Buscar

ODONTOGÊNESE 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

BROTO OU BOTÃO
CAPUZ OU BONÉ
CÂMPANULA OU SINO 
COROA
RAIZ
Objetivo: Discutir o aspecto histológico do desenvolvimento dentário e o agrupamento dos
diferentes tecidos que formam os dentes e seus tecidos ao redor. 
Existe uma complexa e intrincada cascata de expressão de genes, a qual ocorre para direcionar as
células para o local correto e guiar a diferenciação celular. A odontogênese é um evento
embrionário para formação de tecido dentário e o tecido de suporte. Todos os dentes seguem
um processo similar de desenvolvimento, o qual é INDUTIVO, realizado por meio de sinalizações
intercelulares que se estabelece principalmente entre dois tecidos: Epitélio de Revestimento da
Cavidade Oral e Ectomesênquima, a partir da interação entre esses dois tecidos a especialização
dos tecidos dentários e de sustentação começa a ocorrer. 
 Fases da Odontogênse:
1.
2.
3.
4.
5.
 
Ao longo da odontogênese vai ocorrer a formação do esmalte (Amelogênese), a da dentina
(Dentinogênese), do cemento (Cementogênse) e o osso alveolar (Osteogênese).
Período da Formação Embrionária e Eventos Iniciais:
Os eventos que serão estudados ocorrem no embrião humano, em um local chamado cavidade
oral primitiva ou estomódeo, que é uma estrutura que lembra um saco em fundo cego, fica entre
proeminência cardíaca e proeminência encefálica e nesse estágio ela não tem comunicação com
o trato digestório anterior, por conta da membrana buco faríngea. Essa membrana sofre
desintegração, por volta do 27° dia do desenvolvimento embrionário, comunicando o estomódeo
com a faringe. 
Nessa fase se encontra uma cavidade oral revestida externamente por um epitélio simples, de 2
ou 3 camadas de células, que recobre um tecido que está sendo invadido por uma população de
células de origem ectodérmicas que migraram lateralmente da crista neural (quando ocorreu a
formação das pregas neurais). Uma vez nesse local esse tecido passa a se comportar como
mesênquima originando estrutura de natureza conjuntiva.
Na 5ª semana de vida intrauterina ocorre a primeira sinalização que parte do epitélio oral
primitivo (onde se encontra o fator indutor principal) essa sinalização gera uma proliferação
desse epitélio que "invagina" para dentro do ectomesênquima que produz a BANDA EPITÉLIAL
PRIMÁRIA que possui uma forma de ferradura que estabelece no arco superior e no arco
inferior.
Esse cordão epitelial (banda epitelial primária) logo após sua formação sofre uma bifurcação na
sua região de base resultando em duas populações epiteliais proliferação que continuam
mantendo sua forma de arco, correndo uma paralela a outra. Essa bifurcação é causada pela
condensação de células ectomesênquimais na base, que gera uma força mecânica forçando a
separação. Essa duas populações passam a receber nomes diferentes: Mais para fora- Lâmina
Vestibular e a Mais para dentro da Cavidade oral- Lâmina Dentária. A lâmina vestibular vai evoluir
e dar origem ao fundo de saco do sulco vestibular e a lâmina dentária evoluí para dar origem as
etruturas dos dentes.
(ao mesmo tempo que o dente vai formando a raiz ele vai se
movimentando do local onde ele se origina até o local onde ele vai
encontrar o seu antagonista, isso é importante porque é
justamente esse encontro que permite que o dente realize suas
funções)
PARTEPARTE 11
ODONTOGÊNESEODONTOGÊNESE
Cada esférula representa o início da formação dos germes dentários dos dentes decíduos. 
 Iniciamos assim a primeira fase da odontogênese. É importante lembrar que os germes dentárias
não se formam todos ao mesmo tempo.
FASE DE BROTO OU BOTÃO
- início da condensação ectomesenquimal na parte mais profunda da esférula
- existem numerosas mitoses (atividade proliferativa)
FASE DE CAPUZ OU BONÉ
- tanto as células do epitélio quanto as células ectomesênquimais continuam em processos de
mitoses que aumentam o nº de células. Esse aumento e a interação desses dois tecidos vai
produzir mudanças morfológicas que estabelecem essa segunda fase.
- as células ectomesênquimais que se proliferam na base da esférula "pressionam" essa base
formando assim uma concavidade. Com isso as células crescem de forma desigual e no fim desse
processo, a aparência se assemelha a de um capuz (gorro), por isso essa fase recebe essa
nomenclatura. Na concavidade formada vai ser observada uma maior concentração das células
ectomesênquimais. 
- é nessa fase que se estabelece o germe dentário e o folículo dentário, pois ainda que as células
não estejam especializadas elas já se encontram em locais diferentes e são morfologicamente
distintas. E por isso esses tecidos ainda que embrionários podem ser relacionados com os tecidos
maduros que irão se diferenciar. 
Essa banda que se localiza mais
externamente vai continuar se proliferando
por meio de mitoses sucessivas aumentando
sua espessura, as células centrais sofrem
APOPTOSE (degeneração) que origina a
separação dos lábios da estrutura da
mucosa que reveste a gengiva e a mucosa
alveolar. E origina uma fenda que é o futuro
saco do sulco vestibular, se localiza entre as
bochechas e os lábios e os futuros arcos
dentários.
Agora vamos estar observando as alterações
morfológicas progressivas da lâmina dentária que vai
originar os elementos dentários (os dentes). Após uma
proliferação uniforme na região dos futuros arcos
dentários, a lâmina dentária vai passar a apresentar em
alguns locais atividade mitótica diferenciada, e por isso
a partir da 8ª semana de desenvolvimento intrauterino
em cada arco vão se originar 10 pequenas esférulas que
vão invadir o ectomesêquima, ou seja, vão se
aprofundar mais ainda. 
- ainda nessa fase haverá a infiltração de capilares sanguíneos adjacente ao epitélio mais
externamente ao órgão do esmalte, que serão responsáveis pela nutrição dessa porção epitelial
do germe dentário.
- no Epitélio do Órgão do Esmalte: as células começam a apresentar diferenças morfológicas
dependendo da sua posição. As células que estão localizadas na concavidade adjacente a
condensação das células que formam o ectomesênquima da papila dentária, esse epitélio passa a
ser chamado Epitélio Interno do Órgão do Esmalte, incialmente apresentam um formato
cúbico. As células que revestem a concavidade externa do capuz epitelial passam a constituir o
Epitélio Externo do Órgão do Esmalte e suas células tem um formato mais
achatado/pavimentoso. E as células que ficam na região central do órgão do esmalte, entre o
epitélio interno e o epitélio externo, vão se separando uma das outras e aumenta a quantidade
de substância fundamental, rica em proteoglicanas, entre elas. Essas células adquirem forma
estrelada por conta dos seus prolongamentos que fazem ligação umas com as outras, por meio
dos desmossomos., por esse formato das células essa região passa a se chamar Retículo
Estrelado. 
Formará o
ESMALTE +
DENTINA E
POLPA
Formará o
PERIODONTO DE
INSERÇÃO - Cemento,
LP e Osso Alveolar
FASE DE SINO OU CAMPÂNULA
- nessa fase é possível observar que o epitélio do
órgão do esmalte passa a assumir um formato
de um sino (campânula), com a concavidade
cada vez mais acentuada e as margens mais
acentuadas. 
- há uma diminuição na divisão células tanto no
E.O.E quanto na estrutura que forma o
ectomesêquima. 
- aqui é possível observar modificações tanto na
forma quanto na especialização das células.
o retículo estrelado cresce em volume, principalmente a distância entre as células e seus
prolongamentos, há um aumento de água e de proteoglicanos que as células produzem.
as células do EEOE irão se achatar mais ainda, se tornando pavimentosas.
as células do EIOE irão se alongar, se tornar cilíndricas baixas, com o núcleo mais centralizado.
além disse, entre as células do retículo estrelado e as células do EIOE irá surgir uma nova
camada de células que são chamadas de Células do Extrato Intermediário, possuindo 2 ou
3 linhas de células. Acredita-se que elas participem da formação do esmalte.
nas bordas do "sino" são estabelecidos ângulos agudos no encontro do EEOE e do EIOE que
formam as Alças Cervicais. 
a alça cervical é o local que no finalda fase de coroa tanto as células do EEOE tanto as células
do EIOE se proliferam e constituem uma estrutura chamada de Bainha Radicular de Hertwig
e é a partir dessa alça cervical que se inicia a indução da formação da raiz.
na papila dentária observa-se que as células ectomesênquimais ainda apresentam-se
indiferenciadas na sua região central e os capilares sanguíneos começam a penetrar a região
da papila dentária.
o folículo dentário torna-se mais evidente porque envolve todo o germe dentário até na sua
extremidade oclusal.
os ossos maxila e mandíbula ao se formarem constituem uma estrutura óssea ao redor do
germe dentário para protegê-lo, que se denomina de cripta óssea, que é um espaço para o
que haja o desenvolvimento do dente.
esse dente em desenvolvimento se separa do epitélio oral, mas não totalmente, porque
alguns grupos de células da lâmina dentária continuam ligadas ao epitélio oral formando o
gubernáculo ou canal gubernáculo, na região da formação do osso. Os autores acreditam que
essas células são importantes para direcionar a reupção dentária. 
há degradação das células que estavam ligadas ao epitélio oral e há a formação do teto da
cripta óssea. Que futuramente será reabsorvido, justamente no gubernáculo, para permitir a
erupção dentária.
- é por conta disso, dessa especialização das células, da morfodiferenciação e deposição dos
tecidos maduros do dente que essa fase também pode ser chamada de FASE DE
MORFODIFERENCIAÇÃO E DE HISTODIFERENCIAÇÃO.
- essa fase possui uma fase inicial e depois a estrutura da campânula perde o contato com a
lâmina dentária por causa da fragmentação das estruturas que as une. E é na fase de câmpanula
avançada que ocorre a diferenciação das células. 
- Na fase de Campânula Inicial:
- Na fase de Campânula Avançada:
na fase de campânula é possível observar alguns fenômenos morfogenéticos que vão levar a
determinação da coroa desse futuro dente, isso se deve a formação de dobras do EIOE.
Nesses locais, as primeiras células cessam as divisões mitóticas antes de iniciar a
diferenciação nas células maduras que irão formar o esmalte, os ameloblastos. 
quando essas células param de se dividir elas vão estabelecer pontos fixos, que são
formados por essas primeiras células que pararam de se dividir juntamente com as células
que formaram as alças cervicais. A diferença entre esses pontos fixos e os pontos móveis é
distinta entre cada grupo de dentes, isso determina formas de coroas distintas para cada
grupo.
como as outras células continuam com sua atividade mitótica, elas fazem uma força nos
pontos fixos e isso gera as dobras no EIOE. Quando a atividade mitótica vai terminando
sequencialmente, a partir dos vértices das cúspides em direção a cervical, as vertentes das
cúspides vão se delineando estabelecendo a futura forma da coroa do dente.
nos dentes anteriores as primeiras células que param de se dividir são as células que
formam os bordos incisais. E nos dentes posteriores as primeiras células que param de se
dividir para se diferenciar são as células que formam pontas de cúspides.
as primeiras células que pararam de se dividir e geraram as dobras do EIOE, elas vão iniciar o
processo de diferenciação celular que vai culminar no aparecimento de células capazes de
originar os tecidos maduros do dente. 
as primeiras célula a se diferenciar são as células que ocupam os pontos fixos do EIOE.
Essas células vão se alongar, ganhando altura, tomando forma cilíndrica e vão ter uma
inversão da polaridade, ou seja, as estruturas internas trocam de lugar, o núcleo fica em
cima e as estruturas produtores de proteínas ficam embaixo. Daí surge o PRÉ-
AMELOBLASTO, é uma células em processo de diferenciação, capaz de produzir
sinalizadores que vão interagir com as células do ectomesênquima induzindo elas a se
diferenciarem. Essa sinalização é chamada de FÊNOMENOS DE INDUÇÃO RECÍPROCA.
as células mais superficiais do ectomesênquima da papila dentária são induzidas a se
diferenciarem em ODONTOBLASTOS, que começam a produção de DENTINA, que é o
primeiro tecido que vai se depositar no dente, essa deposição contém os sinalizadores
necessários para que ocorra um processo de continuidade de especialização dos pré-
ameloblastos em AMELOBLASTOS (que continua ganhando altura e se tornando células com
mais organelas de síntese, são aptas a formar a matriz do esmalte).
na fase de campânula avançada tem-se o início de produção dos tecidos dentários na coroa, a
dentina do manto e o esmalte dentário ali nos primeiros locais de deposição desses tecidos.
 - MORFODIFERENCIAÇÃO
- HISTODIFERENCIAÇÃO
A formação do osso basal, ou
seja, a base do osso maxila e
a base do osso madíbula
ocorre ainda que não
estejam se formando dentes.
Entretanto, a formação do
osso do processo alveolar só
ocorre se tiver acontecendo
formação de dente.
a partir daí os eventos que acontecem são respectivos da fase de coroa.
PONTOS FIXOS COROA 
COMPLETA
E.I.O.E
E.O.E
LÂMINA BASAL
ECTOMESÊNQUIMA
PRÉ-AMELOBLASTOS
AMELOBLASTOS
FORMAÇÃO DE ESMALTE

Outros materiais