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1. OS RESUMOS SÃO UMA IMPORTANTE FERRAMENTA NA PRODUÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS. ELES AJUDAM O PESQUISADOR A ACESSAR AS INFORMAÇÕES QUE MAIS CORRIQUEIRAMENTE PROCURAM EM UM TEXTO. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA CARACTERÍSTICA NÃO EXIGIDA DE QUEM FAZ O RESUMO: A) Capacidade de síntese. B) Apresentação de informações como metodologia, critérios e conclusões. C) Organização. D) Críticas ou comentários. 2. EM UMA RESENHA DESCRITIVA, A SELEÇÃO DEVE SER REALIZADA PELO RESENHISTA DE ACORDO COM: A) A afinidade entre suas ideias e as ideias do autor da obra. B) As possibilidades de descrever todos os aspectos relacionados a um objeto. C) Os objetivos da resenha, como a quem pretende alcançar. D) O tipo de objeto resenhado. GABARITO 1. Os resumos são uma importante ferramenta na produção de trabalhos acadêmicos. Eles ajudam o pesquisador a acessar as informações que mais corriqueiramente procuram em um texto. Assinale a alternativa que apresenta uma característica não exigida de quem faz o resumo: A alternativa "D " está correta. Não se espera que um resumo apresente críticas, comentários ou quaisquer outros juízos de valor. O resumo deve ocupar-se do fornecimento – organizado e sintético – de informações úteis ao pesquisador, como metodologia, critérios e conclusões, entre outros possíveis, de determinado texto. Críticas ou comentários podem ser encontrados tanto nos fichamentos quanto nas resenhas acadêmicas. Isso foi explicado quando apresentamos a estrutura básica proposta para o fichamento, na primeira parte deste módulo, e quando discorremos sobre a resenha crítica, na parte final. 2. Em uma resenha descritiva, a seleção deve ser realizada pelo resenhista de acordo com: A alternativa "C " está correta. O resenhista fará a seleção necessária de acordo com seus objetivos, e estes estão diretamente associados ao público-alvo. A redação de uma resenha independe da concordância, por parte do resenhista, com as ideias presentes na obra resenhada. Além disso, em uma resenha descritiva, é inevitável fazer seleções, uma vez que o objeto resenhado sempre possuirá, independentemente de sua tipologia, grande quantidade de características e circunstâncias que o rodearão. Isso impedirá a produção de uma síntese total que seja satisfatória para uma resenha. MÓDULO 2 Reconhecer os artigos científicos por meio de sua estrutura e de seus conteúdos Autor: PolyPloiid / Fonte: Shutterstock ARTIGO CIENTÍFICO Como vimos, a correta produção e utilização de fichamentos, resumos e resenhas acadêmicas pode contribuir bastante para o andamento de uma investigação. Com o emprego desses instrumentos, o estudo avança, e o pesquisador começa a se deparar com considerações mais completas em relação ao objeto analisado. É a partir deste momento que, habitualmente, toma forma um tipo bastante específico de trabalho acadêmico: o artigo científico. Um dos objetivos de tal modalidade consiste na divulgação dos resultados de uma pesquisa, mesmo parciais, isto é, cujo estudo ainda esteja em andamento. Contudo, o registro de resultados não é a única motivação que pode levar o pesquisador a produzir um artigo. As razões para isso podem ser várias. Elas podem surgir em consequência das demandas da pesquisa que vem sendo realizada ou para discutir uma questão antiga, mas de forma inovadora. O artigo pode servir, ainda, para refutar um erro ou ponto controverso para o qual outros pesquisadores não tenham dado a devida atenção. Sua concepção também pode ser vinculada a questões de ordem prática. É assim, por exemplo, quando os resultados obtidos ainda não são robustos o suficiente para justificar a redação de um livro, ou quando, no decorrer da investigação, o estudioso se depara com pontos relevantes, mas secundários. O artigo científico pode ser uma opção para apresentar tais pontos, uma vez que eles não aparecerão muito no trabalho completo. Este é o caso, por exemplo, de aspectos que javascript:void(0) atravessam, mas não são o objeto principal de um Trabalho de Conclusão de Curso. ARTIGO CIENTÍFICO “Trabalhos breves, porém completos, que tratam de uma questão científica. Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo.” Fonte: Marconi & Lakatos (2017, p. 276). ATENÇÃO Quando falamos “artigo científico”, podemos passar a impressão de que estamos nos referindo a algo único, o que não é o caso. As características dos artigos são múltiplas e variam não apenas entre as diferentes áreas do conhecimento, mas também no interior de uma mesma área. Isso é assim porque os objetivos por trás de cada artigo, bem como seus conteúdos, estão diretamente vinculados às escolhas tomadas pelo investigador em sua pesquisa ou ao estágio em que ela se encontra. Devemos levar em conta que aqui também não há unanimidade na classificação e delimitação de um artigo. Assim, há autores que chegam a apresentar sete tipos diferentes de artigos, caso de Curty e Boccato (2005): 01 02 03 04 05 06 07 01 Artigo científico. 02 Artigo original. 03 Artigo de revisão. 04 Artigo de atualização. 05 Relato de caso clínico. 06 Nota prévia. 07 Comunicação. Contudo, como a própria autora Boccato (2006) observa, muitas daquelas modalidades apresentadas são subitens de outras. Seja como for, para os fins deste módulo, podemos nos ater à classificação proposta pela norma NBR 6022 da ABNT: 1 ARTIGO CIENTÍFICO Parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. ARTIGO DE REVISÃO Parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas. 2 3 ARTIGO ORIGINAL Parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens originais. Fonte: ABNT (2003a, p. 2). Cabe uma observação a partir das definições apresentadas por essa norma. Podemos reparar que não há, de fato, uma ruptura entre o artigo científico e o artigo original. Pelo contrário, com a exceção dos artigos de revisão, espera-se que todos os outros produzidos na atualidade sejam originais. Já abordamos, no módulo 1, o fenômeno da explosão bibliográfica e das dificuldades que dela decorrem. Nesse sentido, não há razão para a produção de trabalhos que não sejam originais – a não ser os já mencionados de revisão. É nessa linha que Boccato (2006) se situa ao indicar apenas dois tipos de artigo: o original (que se divide em subitens) e o de revisão. Outro ponto relevante que precisamos destacar é a possível confusão gerada pelas nomenclaturas. Isso ocorre porque o termo artigo científico pode ser aplicado em dois sentidos, designando tanto a totalidade de artigos quanto uma tipologia específica, que, como vimos, constitui uma parte dentro da categoria “artigo original” ao lado de outras modalidades. Por isso, não estranhe quando se deparar com textos que tratem o artigo de revisão como artigo científico, porque, afinal, é isso mesmo! ESTRUTURA DOS ARTIGOS ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS E OPCIONAIS Seja original, seja de revisão, o artigo científico precisa apresentar uma gama de elementos obrigatórios. Outros componentes, opcionais, podem vir a ser acrescentados. A já mencionada norma NBR 6022 (ABNT, 2003a) apresenta quais são esses elementos compulsórios. A utilização dos opcionais dependerá das normas indicadas pelos periódicos científicos ou dos congressos que publicarão os textos em seus anais. É preciso ficar atento! As categorias opcionais sempre se somarão às essenciais, mas nunca as substituirão. A estrutura do artigo também deve respeitar uma ordem de apresentação. Assim, os componentes dividem-se, tradicionalmente, em elementos: 01 02 03 01 Pré-textuais. 02 Textuais. 03 Pós-textuais. Consideradas essas questões, os itens que compõem um artigo científico são os seguintes: Partes Componentes Obrigatórios Opcionais Elementos pré- textuais •Título e subtítulo (se houver). • Autor(es). • Resumo no idioma em que o texto • Informações sobre o(s) autor(es). está redigido. • Palavras-chave. Elementos textuais • Introdução. • Desenvolvimento. • Conclusão. Elementos pós-textuais • Título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira. • Versão do resumo do texto em língua estrangeira. • Palavras-chave em língua estrangeira. • Referências bibliográficas. • Glossário. • Apêndice(s). • Anexo(s). Título: Itens de artigos científicos Fonte: Adaptado de ABNT, Norma 6022, 2003. � Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Os componentes obrigatórios pós-textuais que aparecem em vários periódicos como elementos pré-textuais são: 01 02 03 01 Título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira. 02 Versão do resumo do texto em língua estrangeira. 03 Palavras-chave em língua estrangeira. Nesses casos, o leitor depara-se com o título no idioma do texto seguido pelo título em língua estrangeira. O mesmo acontece com o resumo e as palavras-chave, que são seguidos pelas versões traduzidas para outro idioma. Já com relação aos elementos opcionais, o pré-textual informações sobre o(s) autor(es) é bastante difundido, constando junto ao nome do autor ou em nota. Enquanto isso, os pós-textuais podem se fazer presentes, sobretudo o(s) apêndice(s) e o(s) anexo(s), embora não sejam tão comuns assim nos artigos científicos. O glossário é ainda mais raro de aparecer. É mais fácil localizá-los em trabalhos de conclusão ou em livros. Autor: everything possible / Fonte: Shutterstock CONTEÚDO Embora os elementos pré-textuais e pós-textuais sejam importantes em um artigo científico, são os elementos textuais (conteúdo) que exercem a função de carro-chefe da publicação. Por isso, são necessários ao pesquisador atenção e cuidado na hora de redigi-lo. Isso decorre de alguns fatores, como a forma de estruturar o conteúdo, que, dependendo da área, pode variar, e também o tipo de conteúdo a se registrar. Cabe um olhar mais atento sobre as peculiaridades referentes a esses dois pontos.
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