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Dislipidemias

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Dislipidemias 
• Alterações metabólicas no metabolismo de lipídios que repercutem nos níveis séricos de lipoproteínas. 
 
• Lipoproteínas: 
• Permitem a solubilização e o transporte dos lipídeos: compostas por lipídeos e proteínas denominadas 
apolipoproteínas (Apos) 
 
• Estrutura: 
• Parte externa: ricas em fosfolipídios, colesterol não esterificado, e proteínas 
• Parte interna: Colesterol esterificado (Colesterol no lugar da OH tem o AG) (Mais insolubilidade) e TG 
 
• Apos: “identificam” e dão “função” às lipoproteínas 
• Essas PTN são garantidoras de solubilidade; 
• Ligantes a receptores de membrana; 
• Cofatores enzimáticos; 
 
• Classes das lipoproteínas 
 
• Quilomícrons: Ricas em TG (85%), maiores e menos densas, origem intestinal 
• VLDL: Carrega TG (50%) e colesterol (20%) - densidade muito baixa, origem hepática 
• IDL : Carrega TG(30%) e colesterol (30%) - Densidade intermediária 
• LDL : Ricas em colesterol (50%) e pouco TG (8%), densidade baixa 
• HDL: Densidade alta: 
 
 
• Metabolismo lipídico: 
• Dos pontos de vista fisiológico e clínico, os lipídeos biologicamente mais relevantes são: 
• Os fosfolípides que formam a estrutura básica das membranas celulares. 
• O colesterol que é precursor dos hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Além disso é 
constituinte das membranas celulares, o colesterol atua na fluidez destas e na ativação de enzimas aí situadas. 
• E os TG são formados a partir de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol e constituem uma das 
formas de armazenamento energético mais importantes no organismo, sendo depositados nos tecidos adiposo 
e muscular. 
 
• Os TG representam a maior parte das gorduras ingeridas. 
 
TG Densidade 
• Via exógena: 
 
• Ingestão: 
 
• As lipases pancreáticas hidrolisam os TG em ácidos graxos livres, monoglicerídeos e diglicerídeos. 
 
• Sais biliares são liberados na luz intestinal emulsificam os lipídeos oriundos da dieta, e ocorre a formação de 
micelas. Essas micelas são compostas por pequenas gotículas de gordura, que se misturam com água. Então ela 
apresenta característica anfipática. 
 
• A solubilização dos lipídeos em micelas, facilita a sua movimentação, e posterior absorção. 
 
• Absorção 
 
• A proteína Niemann-Pick C1-like 1 (NPC1-L1), está situada na membrana apical do enterócito e promove a 
passagem através da borda em escova, facilitando a absorção intestinal. 
• No enterócito, ocorre a reconstituição do TG (esterificação). 
• Ocorre a produção do Quilomícron (QM): Lipoproteína responsável pelo transporte de lipídeo dietético no 
intestino para o fígado. 
• QM ficam disponíveis para o transporte. 
• Transporte 
• Os QM são secretados para o sistema linfático, e através do ducto torácico chegam a circulação 
sanguínea. 
• Na circulação, os QM sofrem hidrolise pela ação da Lipase Lipoproteica- LPL (Enzima localizada 
na superfície do endotélio do tecido adiposo e muscular. 
• Ocorre a liberação de AG, glicerol e colesterol não esterificado. 
• Após essa lipólise, os AG são capturados pelo tecido adiposo (importante reservatório de TG) e 
tecido muscular. 
• Os QM Remanescentes são capturados pelo fígado e são utilizados na formação do VLDL. 
 
• Via hepática: 
 
• O transporte de lípides de origem hepática ocorre por meio das VLDL, IDL e LDL. As VLDL são lipoproteínas 
ricas em TG e contêm a ApoB100 como sua Apo principal. 
• As VLDL são montadas e secretadas pelo fígado, sendo liberadas na circulação periférica. 
• A montagem das partículas de VLDL no fígado requer a ação de uma proteína intracelular, a chamada proteína 
de transferência de TG microssomal (MTP, do inglês microsomal triglyceride transfer protein), responsável pela 
transferência dos TG para a ApoB, permitindo a formação da VLDL. 
 
• Já na circulação, os TG das VLDL, assim como no caso dos quilomícrons, são então hidrolisados pela LPL, 
enzima estimulada pela ApoC-II e inibida pela ApoC-III. 
 
• Os ácidos graxos assim liberados são redistribuídos para os tecidos, nos quais podem ser armazenados (como 
no tecido adiposo), ou prontamente utilizados, como nos músculos esqueléticos. Por ação da LPL, as VLDL, 
progressivamente depletadas de TG, transformam-se em remanescentes, também removidos pelo fígado por 
receptores específicos. Uma parte das VLDL dá origem às IDL, que são removidas rapidamente do plasma. O 
processo de catabolismo continua e inclui a ação da lipase hepática, resultando na formação das LDL. 
 
• Durante a hidrólise das VLDL, estas lipoproteínas também estão sujeitas a trocas lipídicas com as HDL e as 
LDL. Por intermédio da ação da Proteína de Transferência de Ésteres de Colesterol (CETP, do inglês cholesteryl 
ester transfer protein), o LDL recebe o colesterol esterificado presente nas HDL, em troca de TG, aumentando 
assim o teor de colesterol e diminuindo o TG dessa lipoproteína. 
 
 
• LDL: Transportam colesterol do fígado para os tecidos, cujas membranas apresentam receptores B/E, que 
reconhecem a apoB-100 presente no LDL. 
 
• A LDL tem um conteúdo apenas residual de TG e é composta principalmente de colesterol e uma única apo, a 
ApoB100. As LDL são capturadas por células hepáticas ou periféricas pelos Receptores de LDL (LDLR). No 
interior das células, o colesterol livre pode ser esterificado para depósito por ação da enzima Acil-
CoA:Colesteril Aciltransferase (ACAT). 
 
• A expressão dos LDLR nos hepatócitos é a principal responsável pelo nível de colesterol no sangue e depende 
da atividade da enzima Hidroximetilglutaril Coenzima A (HMGCoA) redutase, enzima-chave para a síntese 
intracelular do colesterol hepático. 
 
• HDL: 
 
• As partículas de HDL são formadas no fígado, no intestino e na circulação. Seu principal conteúdo proteico é 
representado pelas apos AI e AII. O colesterol livre da HDL, recebido das membranas celulares, é esterificado 
por ação da Lecitina Colesterol Aciltransferase (LCAT). A ApoA-I, principal proteína da HDL, é cofator desta 
enzima. O processo de esterificação do colesterol, que ocorre principalmente nas HDL, é fundamental para sua 
estabilização e seu transporte no plasma, no centro desta partícula. A HDL transporta o colesterol até o fígado, 
no qual ela é captada pelos receptores SR-B1. 
 
• O circuito de transporte do colesterol dos tecidos periféricos para o fígado é denominado transporte reverso do 
colesterol. 
 
• A HDL também tem outras ações que contribuem para a proteção do leito vascular contra a aterogênese, como 
a remoção de lípides oxidados da LDL, a inibição da fixação de moléculas de adesão e monócitos ao endotélio, 
e a estimulação da liberação de óxido nítrico. 
 
 
Valores referenciais do perfil lipídico 
@nandassilva_ 
 
• *O Colesterol Não HDL é estimado subtraindo-se o valor do HDL do CT: não HDL = CT-HDL. A utilização do não HDL-
c tem a finalidade de estimar a quantidade de lipoproteínas aterogênicas circulantes no plasma, especialmente em 
indivíduos com TG elevados. 
 
Classificação das Dislipidemias 
• Causas primárias: são aquelas nas quais o distúrbio lipídico é de origem genética. 
– Hipercolesterolemia familiar (CT>300 e LDL > 200) 
– Hipertrigliceridemia familiar (TG > 500) 
• Apresentação clínica: 
• Eventos coronarianos em jovens da mesma família 
• Xantelasma: 
 
 
• Causas secundárias: a dislipidemia é decorrente de estilo de vida inadequado, de certas condições mórbidas, 
ou de medicamentos. 
• Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). 
• Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a 
amostra for obtida sem jejum). 
• Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ 
dL, se a amostra for obtida sem jejum). 
• Se TG ≥ 400 mg/dL, deve-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao 
aumento de LDL-c ou de TG. 
@nandassilva_

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