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Esther Perinni Lopes – Medicina UVV XXVIII MEDULA ESPINHAL – RESUMO • O SNC é composto pelo cérebro e pela medula espinhal. • A medula espinal ocupa os 2/3 superiores do canal vertebral. • Se estende do forame magno, onde ela está em continuidade com os revestimentos meníngeos do encéfalo, até o nível da segunda vértebra sacral no adulto. • Entre o saco dural e as paredes do canal vertebral está o espaço extradural (extradural espinal) que é frouxamente preenchido com gordura, tecido conjuntivo contendo pequenas artérias e vasos linfáticos, e um importante plexo venoso. • A medula é contínua cranialmente com o bulbo, e se estreita caudalmente no cone medular. • A medula termina no nível do disco entre L1 e L2. • Durante o desenvolvimento, a coluna vertebral cresce mais rapidamente do que a medula espinhal. • A extremidade mais distal da medula, ou seja, mais inferior, é chamada de cone medular. • A intumescência cervical é a fonte dos grandes nervos espinais que suprem os membros superiores. Ela se estende do C3 a T2. • A intumescência lombar é a fonte dos grandes nervos espinais que suprem os membros inferiores que se estendem do L1 até o S3, sendo o equivalente vertebral da nona à décima segunda vértebra. Fissuras, sulcos e o canal central • Fissuras e sulcos da medula espinhal: fissura mediana anterior, sulco mediano posterior, sulco mediano anterior, sulco posterolateral e também temos o canal central. • Uma fissura mediana anterior e um sulco mediano posterior e septo quase separam completamente a medula em metades direita e esquerda. • Um sulco posterolateral existe a partir de 1,5 a 2,5 mm de cada lado do sulco mediano posterior. Raízes dorsais dos nervos espinais entram na medula ao longo do sulco posterolateral. • O sulco posterolateral é, basicamente, o local de entrada das raízes posteriores dos nervos na medula. Irrigação da Medula • A medula espinal, suas raízes e nervos são supridas com sangue dos vasos longitudinais e segmentares. • Três vasos longitudinais principais, uma artéria espinal anterior ímpar e duas artérias espinais posteriores, originam-se no interior do crânio a partir da artéria vertebral e terminam em um plexo ao redor do cone medular. • As artérias medulares nutrícias se anastomosam com as artérias espinais anteriores para formar um único ou parcialmente duplo vaso de calibre desigual ao longo da fissura mediana anterior. Esther Perinni Lopes – Medicina UVV XXVIII Drenagem da Medula • Veias intramedulares no interior da substância da medula espinal drenam no interior de um plexo superficial de veias, o plexo coronal. Nomenclatura • Existem cerca de 31 pares de nervos espinhais que são nomeados de acordo com sua posição em relação à vértebra associada. • Existem 8 nervos cervicais (C1 a C8) • 12 torácicos (T1 a T12) • 5 lombares (L1 a L5) • 5 sacrais (S1 a S5) • 1 coccígeo • O C1 emerge entre o crânio e a primeira vértebra. • De C2 a C7, eles emergem acima de seus pedículos, já a C8 vai emergir entra a vértebra C7 e T1, fica acima de T1. Punção Lombar • Uma linha horizontal pode ser tracejada entre os pontos mais altos da crista ilíaca. Essa linha vai cruzar a vertebra L4, então o espaço entre L4 e L5, L3 e L4 é recomendado para a realização da punção lombar. • O espaço subaracnóideo termina na vertebra S2, que está no mesmo nível das depressões, marcando as espinhas ilíacas posterossuperiores. Lesões na medula • C1-C3 = uma vítima de trauma ou tumor que cresce nesse espaço, o paciente tem ausência da função abaixo do nível da cabeça, é necessário o uso de ventilador para manter a respiração. • C4-C5 = tetraplegia (ausência de função dos membros inferiores e superiores); há respiração. • C6-C8 = perda da função dos membros inferiores, associada a perda da função da mão e grau variável de perda da função dos membros superiores. • T1-T9 = paraplegia (paralisia de ambos os membros inferiores); o grau de controle do tronco varia de acordo com a altura da lesão. • T10-L1 = o paciente tem alguma função dos músculos da coxa, o que Esther Perinni Lopes – Medicina UVV XXVIII pode permitir que caminhe com órteses longas da perna. • L2-L3 = preservação da maior parte da função muscular da perna, pode ser necessário usar órteses curtas da perna para caminhar.
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