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ATIVIDADE SISTEMA TEGUMENTAR - beatriz lima

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ATIVIDADE SISTEMA TEGUMENTAR – BEATRIZ LIMA – 201913755
01- Descrever os aspectos anatômicos, fisiológicos e histopatológicos da pele, mucosa e dos anexos cutâneos. 
O tegumento comum é composto por pele, pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas, unhas e receptores sensitivos. O tegumento comum ajuda a manter uma temperatura corporal constante, protege o corpo e fornece informações sensitivas a respeito do ambiente ao redor. De todos os órgãos do corpo, nenhum é mais facilmente inspecionado ou está mais exposto a infecções, doenças e lesões do que a pele. Embora sua localização a deixe vulnerável a danos causados por traumatismo, luz solar, microrganismos e poluentes no ambiente, as características protetoras da pele a defendem desses danos. Por causa de sua visibilidade, a pele reflete nossas emoções (franzir as sobrancelhas, rubor) e alguns aspectos da fisiologia normal (como o suor). Mudanças na cor da pele também podem indicar desequilíbrios homeostáticos no corpo. Por exemplo, a cor azulada na pele associada à hipoxia (deficiência de oxigênio no nível tecidual) é um sinal de insuficiência cardíaca, bem como de outros distúrbios. Erupções ou rupturas cutâneas anormais, como catapora, aftas ou sarampo podem revelar infecções sistêmicas ou doenças de órgãos internos, enquanto outras condições, como verrugas, manchas senis (melanose solar) ou espinhas, podem envolver apenas a pele. A pele, também conhecida como cútis, cobre a superfície externa do corpo e é o maior órgão do corpo em peso. Nos adultos, a pele cobre uma área de cerca de 2 m2 e pesa entre 4,5 a 5 kg, cerca de 7% do peso corporal total. Sua espessura varia de 0,5 mm nas pálpebras até 4,0 mm nos calcanhares. Na maior parte do corpo ela tem entre 1 e 2 mm de espessura.
A pele é formada por duas partes principais. A parte superficial e mais fina, que é composta por tecido epitelial, é a epiderme. A parte mais profunda e espessa de tecido conjuntivo é a derme. Enquanto a epiderme é avascular, a derme é vascularizada. Por esse motivo, se você cortar a epiderme não haverá sangramento, porém, se o corte atingir a derme, haverá sangramento.
Abaixo da derme, mas sem fazer parte da pele, encontrasse a tela subcutânea. Também chamada de hipoderme, essa camada consiste nos tecidos areolar e adiposo. Fibras que se estendem a partir da derme ancoram a pele na tela subcutânea, que, por sua vez, se liga à fáscia subjacente, o tecido conjuntivo ao redor de músculos e ossos. Na tela subcutânea é armazenada gordura e existem grandes vasos sanguíneos que nutrem a pele. Essa região (e, algumas vezes, a derme) também contém terminações nervosas chamadas de corpúsculos lamelares ou corpúsculos de Pacini, que são sensíveis à pressão. 
A epiderme é composta por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. Ela contém quatro tipos principais de células: queratinócitos, melanócitos, macrófagos intraepidérmicos e células táteis epiteliais. 
Cerca de 90% das células epidérmicas são queratinócitos, que são organizados em quatro ou cinco camadas e que produzem a proteína queratina. Os queratinócitos também produzem grânulos lamelares, que liberam uma substância que repele a água, diminuindo a entrada e a perda de água e inibindo a entrada de material estranho. Cerca de 8% das células epidérmicas são melanócitos, que se desenvolvem a partir do ectoderma do embrião em desenvolvimento e que produzem o pigmento melanina. A melanina é um pigmento amarelo avermelhado ou
Castanho escuro que contribui para a cor da pele e absorve os raios ultravioleta (UV) perigosa. Uma vez dentro dos queratinócitos, os grânulos de melanina se agrupam, formando um véu protetor sobre o núcleo, no lado voltado para a superfície da pele. Desse modo, eles protegem o DNA nuclear do dano causado pelos raios UV. Embora seus grânulos de melanina protejam efetivamente os queratinócitos, os melanócitos em si são particularmente suscetíveis aos danos causados pelos raios UV. 
A segunda porção mais profunda da pele, a derme, é composta por um tecido conjuntivo denso não modelado contendo fibras elásticas e colágenas. Essa rede enovelada de fibras possui grande resistência elástica (resiste às forças de tração ou de estiramento). A derme também tem a capacidade de se esticar e de retornar ao estado original facilmente. Ela é muito mais espessa que a epiderme e essa espessura varia em cada região do corpo, chegando às suas maiores espessuras nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. O couro, que é utilizado para a fabricação de cintos, sapatos, luvas de beisebol e bolas de basquete é a derme seca e tratada de animais. As poucas células presentes na derme incluem predominantemente fibroblastos, com alguns macrófagos e pouco adipócitos próximos à fronteira com a tela subcutânea. Vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos (invaginações epiteliais da epiderme) se encontram inseridos na camada dérmica. A derme é essencial para a sobrevivência da epiderme e essas camadas adjacentes formam muitas relações funcionais e estruturais importantes. Com base em sua estrutura tecidual, a derme pode ser dividida em uma região papilar superficial e fina e em uma região reticular profunda e espessa. 
Os pelos são encontrados na maior parte das superfícies cutâneas, exceto nas palmas das mãos, nas superfícies palmares dos dedos, nas plantas dos pés e nas superfícies plantares dos dedos dos pés. Nos adultos, os pelos em geral são distribuídos mais intensamente na cabeça, nas sobrancelhas, nas axilas e ao redor da genitália externa. Influências genéticas e hormonais determinam fortemente a espessura e o padrão da distribuição dos pelos.
Embora a proteção que eles forneçam seja limitada, os pelos na cabeça protegem a pele das lesões e dos raios solares. Eles também diminuem a perda de calor pela cabeça. Sobrancelhas e cílios protegem os olhos contra partículas estranhas, assim como os pelos nas narinas e no meato acústico externo protegem essas estruturas. Receptores táteis (os plexos das raízes pilosas) associados aos folículos pilosos são ativados sempre que um pelo é movido, mesmo que levemente. Assim, os pelos também agem na percepção dos toques leves.
Cada pelo é composto por colunas de células epidérmicas queratinizadas mortas unidas por proteínas extracelulares. A haste é a porção superficial que se projeta acima da superfície da pele. A raiz é a porção do pelo que penetra na derme e, algumas vezes, na tela subcutânea. O pelo e a raiz consistem em três camadas concêntricas de células: medula, córtex e cutícula do pelo. A medula interna, que pode estar ausente nos pelos mais finos, é composta por duas ou três camadas de células com formatos irregulares ricas em grânulos de pigmento no pelo escuro, pequenas quantidades de grânulos de pigmento no pelo cinza e ausência de grânulos de pigmento com presença de bolhas de ar no pelo branco. O córtex médio representa a principal parte do pelo e é formado por células alongadas. A cutícula do pelo, a camada mais externa, consiste em uma única camada de células achatadas e finas que são queratinizadas mais intensamente. As células cuticulares do pelo são organizadas como telhas de uma casa, com suas superfícies livres apontando para o final do pelo. 
Ao redor da raiz do pelo se encontra o folículo piloso, que é composto por uma bainha externa à raiz e uma bainha interna. Conhecidas conjuntamente como bainha epitelial da raiz. A bainha externa da raiz é uma continuação da epiderme projetada para dentro. A bainha interna da raiz é produzida pela matriz e forma um revestimento tubular celular de epitélio entre a bainha externa e o pelo. Juntas, as bainhas externa e interna são chamadas de bainha epitelial da raiz. A derme densa ao redor do folículo piloso é chamada de bainha dérmica da raiz (bainha conjuntiva). 
As unhas são placas de células epidérmicas queratinizadas mortas, duras e firmemente compactadas que formam uma cobertura sólida e clara sobre as superfícies dorsais das porções distais dos dedos. Cada unha é formada pelo corpo da unha, uma borda livree uma raiz da unha. O corpo da unha é a porção visível da unha. Ele é comparável à camada córnea da epiderme da pele, exceto pelo fato de que suas células queratinizadas achatadas são preenchidas por um tipo mais rígido de queratina e não se soltam. Abaixo do corpo da unha se encontra uma região de epitélio e uma camada mais profunda de derme. A maior parte do corpo da unha parece rosa por causa do sangue que flui através dos capilares na derme subjacente. A extremidade livre é a porção do corpo da unha que pode ultrapassar a extremidade distal do dedo. A extremidade livre é branca porque não há capilares subjacentes. A raiz da unha é a porção da unha encerrada em uma dobra de pele. A área esbranquiçada com formato de crescente da extremidade proximal do corpo da unha é chamada de lúnula (pequena lua). Ela parece branca porque o tecido vascularizado subjacente não é aparente por causa de uma região espessa de epitélio nessa área. Abaixo da extremidade livre se encontra uma região espessa de camada córnea chamada de hiponíquio que une a unha à ponta do dedo. O leito da unha é a pele abaixo do corpo da unha que se estende da lúnula até o hiponíquio. A epiderme do leito da unha não possui camada granulosa. O eponíquio ou cutícula é uma banda estreita de epiderme que se estende a partir da margem lateral da parede da unha e adere a ela. Ele ocupa a borda proximal da unha e consiste em camada córnea.
A porção de epitélio proximal à raiz da unha é a matriz da unha. As células superficiais da matriz da unha se dividem mitoticamente, produzindo novas células da unha. A taxa de crescimento das unhas é determinada pela taxa de mitose das células da matriz, que é influenciada por fatores como idade, saúde e estado nutricional do indivíduo. O crescimento da unha também varia de acordo com a estação, o período do dia e a temperatura ambiental. O crescimento médio em comprimento das unhas dos dedos das mãos é de cerca de 1 mm por semana. A taxa de crescimento das unhas dos dedos dos pés é menor. Quanto maior o dedo, mais rápido a unha cresce. 
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas são glândulas acinares (redondas) simples ramificadas. Com algumas exceções, elas estão conectadas aos folículos pilosos. A porção secretória de uma glândula sebácea se encontra na derme e, em geral, se abre em um folículo piloso. Em alguns locais, como nos lábios, na glande peniana, nos lábios menores do pudendo e nas glândulas do tarso das pálpebras, as glândulas sebáceas se abrem diretamente na superfície da pele. Inexistentes nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, as glândulas sebáceas são pequenas na maior parte das áreas do tronco e dos membros, mas são grandes na pele do tórax, da face, do pescoço e da parte anterossuperior do tórax. As glândulas sebáceas secretam uma substância oleosa chamada sebo, uma mistura de triglicerídios, colesterol, proteínas e sais inorgânicos. O sebo reveste a superfície dos pelos e ajuda a evitar que eles ressequem e se tornem quebradiços. O sebo também evita o excesso de evaporação de água na pele, mantém a pele macia e flexível e inibe o crescimento de algumas (mas não todas) bactérias. Durante a infância, as glândulas sebáceas são relativamente pequenas e inativas. Na puberdade, andrógenos produzidos nos testículos, ovários e glândulas suprarrenais estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e aumentam sua produção de sebo. A acne é uma inflamação das glândulas sebáceas que começa em geral na puberdade, quando as glândulas sebáceas são estimuladas por andrógenos. A acne ocorre predominantemente nos folículos sebáceos que foram colonizados por bactérias, porque algumas delas têm tropismo por sebo rico em lipídios. A infecção pode causar um cisto ou um saco de tecido conjuntivo, que pode destruir e deslocar as células epidérmicas. Essa condição, chamada acne cística, pode formar uma cicatriz permanente na epiderme. O tratamento consiste em lavar suavemente as áreas afetadas 1 ou 2 vezes/dia com sabão neutro, antibióticos tópicos (como clindamicina e eritromicina), fármacos tópicos como peróxido de benzoíla e tretinoína e antibióticos orais (como tetraciclina, minociclina, eritromicina e isotretinoína). Ao contrário da crença popular, alimentos como chocolate e frituras não causam nem pioram a acne. 
As glândulas sudoríferas écrinas são glândulas tubulares simples enoveladas que são muito mais comuns do que as glândulas sudoríferas apócrinas. Elas estão distribuídas ao longo da pele na maior parte das regiões do corpo, especialmente na pele da testa, das palmas das mãos e das plantas dos pés. Não existem glândulas sudoríferas écrinas nas margens dos lábios, nas bases das unhas, na glande peniana, no clitóris, nos pequenos lábios e nas membranas timpânicas. A porção secretória das glândulas sudoríferas écrinas se encontra principalmente na derme profunda (algumas vezes na camada superior da tela subcutânea). O ducto excretório se projeta através da derme e da epiderme e termina como um poro na superfície da epiderme.
O suor produzido pelas glândulas sudoríferas écrinas (cerca de 600 mℓ/dia) é constituído principalmente por água, com pequenas quantidades de íons (principalmente Na+ e Cl–), ureia, ácido úrico, amônia, aminoácidos, glicose e ácido láctico. A principal função das glândulas sudoríferas écrinas é ajudar a regular a temperatura corporal por meio da evaporação. Conforme o suor evapora, muita energia térmica deixa a superfície corporal. A regulação homeostática da temperatura corporal é conhecida como termorregulação. Esse papel das glândulas sudoríferas écrinas ajudando o corpo a alcançar a termorregulação é conhecido como sudorese termorreguladora. Durante a sudorese termorreguladora, o suor se forma primeiro na fronte e na cabeça e se estende para o resto do corpo, sendo formado por último nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. O suor que evapora da pele antes que seja percebido como umidade é chamado de transpiração insensível. O suor abundante que é observado como umidade sobre a pele é chamado de transpiração sensível.
O suor produzido pelas glândulas sudoríparas écrinas também participa na eliminação de escórias metabólicas como ureia, ácido úrico e amônia do corpo. Entretanto, os rins desempenham um papel muito mais efetivo na excreção dessas escórias do que as glândulas sudoríferas écrinas.
As glândulas sudoríferas écrinas também liberam suor em resposta a estresses emocionais como medo ou vergonha. Esse tipo de sudorese é chamado de sudorese emocional ou suor frio. Ao contrário da sudorese termorreguladora, ocorre primeiro nas palmas das mãos, nas plantas dos pés e nas axilas e, então, se espalha para outras áreas do corpo. As glândulas sudoríferas apócrinas também são ativas durante a sudorese emocional. As glândulas sudoríferas apócrinas também são glândulas tubulares simples enoveladas, porém com ductos e lumens maiores do que as glândulas écrinas. Elas são encontradas principalmente na pele da axila, da região inguinal, das aréolas (áreas pigmentadas em torno das papilas mamárias) e nas regiões com barba na face de homens adultos.
Em comparação com o suor écrino, o suor apócrino tem aspecto leitoso ou amarelado. O suor apócrino contém os mesmos componentes do suor écrino, além de lipídios e proteínas. O suor secretado das glândulas sudoríferas apócrinas é inodoro. Entretanto, quando o suor apócrino interage com as bactérias na superfície da pele, as bactérias metabolizam seus componentes, fazendo com que o suor apócrino tenha um odor característico que é chamado frequentemente de odor corporal. As glândulas sudoríferas écrinas começam a funcionar logo após o nascimento, já as glândulas sudoríferas apócrinas começam a funcionar apenas na puberdade.
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Glândulas ceruminosas
Glândulas sudoríferas modificadas na orelha externa chamadas glândulas ceruminosas produzem uma secreção lubrificante serosa. As porções secretórias das glândulas ceruminosas se encontram na tela subcutânea, abaixo das glândulas sebáceas. Seus ductos excretórios se abrem diretamente na superfíciedo meato acústico externo ou em ductos de glândulas sebáceas. A combinação entre as secreções das glândulas ceruminosas e sebáceas é um material amarelado chamado de cerume. O cerume em conjunto com os pelos do meato acústico externo fornece uma barreira viscosa que impede a entrada de corpos estranhos e de insetos. O cerume também impermeabiliza o meato acústico e evita que bactérias e fungos entrem nas células. 
Algumas pessoas produzem uma quantidade anormalmente grande de cerume no meato acústico externo. Se ele se acumular até se tornar impactado (compactado firmemente), as ondas sonoras podem não conseguir alcançar a membrana timpânica. Tratamentos para o cerume impactado incluem irrigação periódica da orelha com enzimas para dissolver a cera e a remoção da cera com um instrumento de sucção por equipe médica treinada. O uso de hastes flexíveis de algodão ou de objetos pontiagudos não é recomendado para esse propósito porque eles podem empurrar o cerume ainda mais no meato acústico externo e danificar a membrana timpânica.
2- Descrever as principais funções, vascularização e inervação do sistema de revestimento. 
A pele cobre a superfície externa inteira do corpo, incluindo o meato auditivo externo, a face lateral da membrana timpânica e o vestíbulo do nariz. Ela é continua com as mucosas dos tratos digestivo, respiratório e urogenital nos seus respectivos orifícios, onde está presente a pele especializada das junções mucocutâneas. Ela também se funde com a conjuntiva nas margens das pálpebras e com o revestimento dos canalículos lacrimais nos pontos (puncta) lacrimais. A pele forma 8% da massa corporal total. Sua área de superfície varia com a altura e o peso, por exemplo, em um indivíduo de 1,8 m e pesando 90 kg, a área de superfície da pele e aproximadamente 2,2 m2. Sua espessura varia de 1,5-4,0 mm, de acordo com o seu estado de maturação, envelhecimento e especializações regionais.
A pele forma uma interface autorrenovável entre o corpo e seu ambiente, e é um local importante de comunicação entre os dois. Dentro de certos limites, ela forma uma barreira efetiva contra invasão microbiana e tem propriedades que podem proteger contra lesão mecânica, química, osmótica, térmica e por radiação UV. Ela e um local importante de imunovigilância processos sintéticos bioquímicos, incluindo a formação de vitamina D sob a influência da radiação ultravioleta B (UVB) e síntese de citocinas e fatores de crescimento. A pele e o alvo de uma variedade de hormônios. Essas atividades podem afetar a aparência e a função de contra a entrada de patógenos e a iniciação de respostas imunes primarias. A pele efetua muitos componentes individuais da pele, como as glândulas sebáceas, os pelos e as células produtoras de pigmento.
O controle da temperatura corporal e uma função importante da pele, e é efetuado principalmente pela regulação da perda de calor a partir da circulação cutânea através do aumento ou redução rápido do fluxo de sangue para uma área extensa da superfície externa: o processo e ajudado pela sudorese. A pele e envolvida na comunicação sociossexual e, no caso da pele facial, pode sinalizar estados emocionais por meio de respostas musculares e vasculares. Ela é um importante órgão dos sentidos, ricamente suprida por terminações nervosas e receptores especializados para toque, temperatura, dor e outros estímulos.
A pele tem boas propriedades de atrito, ajudando na locomoção e manipulação pela sua textura. Ela e elástica e pode ser estirada e comprimida dentro de certos limites. A superfície externa e coberta por várias marcas, algumas grandes e conspícuas e outras microscópicas ou reveladas apenas após manipulação ou incisão da pele. Essas marcas são muitas vezes chamadas coletivamente de linhas da pele. A cor da pele humana varia e é derivada da quantidade de sangue (e seu grau de oxigenação) na circulação cutânea, da espessura da camada cornificada e da atividade das células especializadas que produzem o pigmento melanina. A melanina tem um papel protetor contra radiação ultravioleta e atua como removedor de radicais livres nocivos. As variacoes raciais na cor sao devidas principalmente a diferenças na quantidade, tipo e distribuicao de melanina, e determinadas geneticamente.
A aparencia da pele e afetada por muitos outros fatores, por exemplo, tamanho, forma e distribuicoes dos pelos e glandulas cutaneas (sudoriferas, sebaceas e apocrinas), alteracoes associadas com maturacao, envelhecimento, metabolismo, gravidez. O estado geral de saude e refletido na aparencia e condicao da pele, e os sinais mais iniciais de muitos transtornos sistêmicos podem ser aparentes na pele. O exame da pele, portanto, tem importância no diagnostico de doencas alem das apenas cutaneas. 
As demandas metabolicas da pele nao sao grandes; todavia, em condições normais, seu fluxo sanguíneo excede os requisitos nutricionais por 10 vezes e pode chegar a 5% do debito cardiaco. Isso acontece porque a circulação cutanea tem uma importante funcao de termorregulacao e e arranjada de tal maneira que sua capacidade pode ser aumentada ou diminuida rapidamente até 20 vezes, em resposta a necessaria perda ou conservacao de calor.
O suprimento sanguineo a pele origina-se de tres fontes principais: o sistema cutaneo direto, o sistema musculoesqueletico e o sistema fasciocutaneo.
O sistema de vasos cutaneos diretos e derivado dos principais troncos arteriais e veias acompanhantes. Os vasos correm na gordura subcutânea paralelos a superficie da pele e sao limitados a certas areas do corpo, por exemplo, a arteria supraorbitaria, a arteria iliaca circunflexa superficial e a arteria dorsal do pe. Os perfurantes musculocutaneos originam-se da vasculatura intramuscular, passam atraves da superficie do musculo e perfuram a
fascia profunda para alcancar a pele, espalhando-se nos tecidos subcutaneos.
O sistema fasciocutaneo consiste em ramos perfurantes a partir de vasos profundamente situados (profundos a fascia profunda) que passam ao longo de septos intramusculares e a seguir se abrem em leque ao nivel da fascia profunda para atingir a pele. Exemplos incluem os vasos perfurantes fasciocutaneos a partir das arterias radial e ulnar. Os vasos cutaneos diretos, os perfurantes musculocutaneos e os perfurantes fasciocutaneos contribuem, cada um, para seis plexos reticulares horizontais anastomosados de arteriolas (Fig. 7.19) que possuem conexoes vasculares entre eles e que, em ultima analise, proveem o suprimento sanguineo a pele.
Tres plexos sao localizados na propria pele e suprem todos os elementos, incluindo as glandulas sudoriferas e as unidades pilossebaceas. O plexo subpapilar e localizado na juncao das camadas papilar e reticular da derme. Ele da pequenos ramos que formam alcas capilares nas papilas dérmicas (usualmente uma alca por papila) que sao perpendiculares a superficie da
pele. O plexo dermico reticular e localizado na porcao media da derme e e principalmente venoso. O plexo dermico profundo e localizado na parte mais profunda da derme e na superficie inferior da derme. A estreita associacao entre plexos arteriolares e venosos permite troca de calor entre o sangue nos vasos a diferentes temperaturas fluindo em direções opostas (troca de calor por contracorrente). Os tres plexos restantes sao o plexo subcutaneo e dois plexos associados com a fascia profunda. A fascia profunda tem um plexo na sua superfície profunda e um plexo mais extenso na sua superficie superfi cial. Esse arranjo e muito mais pronunciado nos membros do que no tronco.
Nas camadas mais profundas da derme, anastomoses arteriovenosas sao comuns, particularmente nas extremidades (maos, pes, orelhas, labios, nariz), onde, como os glomos, elas sao rodeadas por espessas capas musculares. Sob controle vasomotor autonomico, esses shunts vasculares, quando relaxados, desviam sangue para longe do plexo superficial e reduzem a perda de calor, enquanto ao mesmo tempo asseguram alguma circulação cutânea profunda e evitam anoxia de estruturas como os nervos.
Anastomoses capilaresextensas estao presentes. Geralmente, o fluxo sanguíneo cutaneo e regulado de acordo com a necessidade de termorregulacao e
tambem, em algumas areas do corpo, de acordo com o estado emocional.
Em condicoes muito frias, a circulacao periferica e grandemente reduzida por
vasoconstricao, mas vasodilatacao intermitente resulta em aumentos periódicos na temperatura que evitam resfriamento ao nivel em que poderia ocorrerperda de calor. Admite-se que isso seja devido a um efeito direto da falta de oxigenio sobre o musculo constritor arteriolar, em vez de uma influencia neural.
Os linfaticos da pele, como em outros locais, sao pequenos terminais que coletam liquido intersticial e macromoleculas para retorno a circulacao por meio de vasos maiores. Eles tambem transportam linfocitos, celulas de Langerhans e macrofagos para os linfonodos regionais. Eles comecam como tubos ou alcas de extremidade cega revestidos com endotelio imediatamente abaixo da derme papilar. Estes drenam para um plexo superficial abaixo do plexo venoso subpapilar, o qual drena por meio de vasos coletores para um plexo mais profundo na juncao da derme reticular e a subcutis, e este, por sua vez, drena para os canais subcutaneos maiores.
INERVAÇÃO
A pele e uma importante superficie sensitiva, com variacoes regionais na sensibilidade a diferentes estimulos. Ela tem um rico suprimento nervoso, o qual tambem se ocupa com funcoes autonomicas, particularmente relacionadas com a termorregulacao. O sentido cutaneo fornece informacao sobre o ambiente externo atraves de receptores responsivos a estimulos que podem ser mecanicos (toque rapido ou sustentado, pressao, vibracao, estiramento, encurvamento dos pelos etc.), termicos (quente e frio) ou nocivos (percebidos como prurido, desconforto ou dor). Os corpusculos de Pacini servem ao sentido de pressao profunda e vibracao, e estao localizados profundamente na derme ou na hipoderme, particularmente nos dedos. Os corpusculos de Meissner estão localizados nas papilas dermicas, proximo da juncao dermoepidermica, e sao
sensiveis a sensacao de toque. Esses receptores sao particularmente apropriados para detectar forma e textura durante toque exploratorio ativo, como o empregado pelos mais experimentados leitores de texto em Braille. O impulso primario e transmitido por neuronios cujos corpos celulares residem nos ganglios espinais e cranianos e cujos axonios mielinizados ou nao mielinizados sao terminalmente distribuidos, principalmente dentro da derme. As fi bras autonomicas eferentes sao nao mielinizadas e noradrenergicas ou colinergicas. Elas inervam as arteriolas, musculos eretores dos pelos e as celulas mioepiteliais das glandulas sudoriferas e apocrinas. No escroto, labios menores, pele perineal e mamilos, elas tambem suprem fascículos de musculo liso da derme e tecido conjuntivo adjacente. Exceto nos mamilos e area genital, a atividade dos nervos eferentes autonomicos se ocupa principalmente com a regulacao da perda de calor por vasodilatacao e vasoconstricao, producao de suor e piloerecao (embora esta seja uma função secundaria nos humanos).
Ao chegarem a derme, os fasciculos nervosos ramificam-se extensamente para formar um plexo reticular profundo que serve a grande parte da derme, incluindo a maioria das glandulas sudoriferas, foliculos pilosos e as maiores arteriolas. Muitos pequenos fasciculos passam a partir desse plexo para ramificarem-se em outro plexo papilar superfi cial na juncao entre as camadas reticular e papilar da derme. Ramos a partir dele passam superfi cialmente para a camada papilar, ramifi cando-se horizontal e verticalmente, e terminam em
relacao com receptores encapsulados ou como terminais alcancando o nível da lamina basal. Em alguns casos, eles entram na epiderme como terminações livres, responsivas a sensacao de pressao e toque leves ou a estimulos nociceptivos. Quando estes ultimos fasciculos terminam, eles perdem suas bainhas epineurais e perineurais, deixando complexos de celulas de Schwann–axônio ou axonios nus envoltos por lamina basal, em contato direto com a matriz.
Esses terminais axonais distais nus podem ser vulneraveis a patogenos que entrem por abrasao da pele. A estrutura e a classifi cacao das terminações sensitivas.
A disposicao segmentar dos nervos espinais e refl etida no suprimento sensitivo da pele: um dermatomo e a area suprida por todos os ramos cutâneos de um nervo espinal individual atraves dos seus ramos dorsal e ventral. Tipicamente, os dermatomos se estendem em torno do corpo da linha mediana posterior para a anterior. A metade superior de cada zona e suplementada pelo nervo acima, a metade abaixo pelo nervo abaixo. Dermatomos de nervos espinais adjacentes superpoem-se acentuadamente, em particular nos segmentos menos afetados pelo desenvolvimento dos membros.

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