Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANEMIAS O que é uma anemia? LABORATORIALMENTE Hemoglobina normal: Mulheres: 12 - 15 g/dL Homens: 13,5 - 17 g/dL Hematócrito normal: Mulheres: 36-44% Homens: 39-50% Regrinha: Ht = 3 x Hb CLINICAMENTE - Palidez de mucosas - Dispnéia aos esforços - Cansaço - Dor em membros inferiores - Sensação de peso - Descompensação de comorbidades - Lipotímia - Intolerância ao esforço. CARACTERIZANDO AS ANEMIAS Índice hematimétricos: • Hematimetria: 4 - 6.000.000 / mm3 • Concentração de Hb: 12 -17 g/dL • Hematócritos: 36-50% • VCM (Volume Corpuscular Médio): 80 - 100fL • VCM < 80: anemia microcítica • VCM > 100: anemia macrocítica • VCM = Ht x 10 / hematimetria • HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): 28-32g/dL • HCM < 28: anemia hipocromia • HCM > 32: anemia hipercrômica • HCM = Hb x 10 / hematimetria • CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média): 32 - 35g/dL • CHCM = HCM / VCM x 100 • RDW (índice de anisocitose): 10-14% Anisocitose: variação dos tamanhos das hemácias. Ideal que sejam homogêneas • Contagem de reticulócitos: 0,5 - 2% do total normal (40.000 - 100.000 / mm3) Pra ter uma noção de reticulocitose melhor do que o número de percentual, podemos usar o índice de produção reticulocitária (IPR) (Ht/40 x % reticulócitos) /2 (Hb/15 x % reticulócitos) /2 Reticulocitose: IPR > 2% • Leucóci tos: estados infecciosos, p l u r i s s e g m e n t a ç ã o , l e u c e m i a s , leucoeritroblastose, hemorragia aguda. • Plaquetas: t romboci topenias nas anemias hemofílicas microangiopáticas, trombocitose por anemia ferropriva, Sínd rome de Evans (anem ia e plaquetomias autoimunes) • Bilirrubina indireta: um dos produtos da degradação da hemoglobina, por conta disso, ela aumenta em situações de hemólise • LDH: as hemácias são cheias de LDH, quando ocorre hemólise, eles são liberados na corrente sanguínea. • Haptoglobina: quando ocorre destruição de hemácia e hemoglobina solta na corrente sanguínea, a haptoglobina se liga a essa Hb e fica diminuída no caso de anemia hemolítica. • Ferrit ina, transferrina: ajudam na suspeita de anemia ferropriva. INVESTIGAÇÃO 4 Perguntas: 1. A medula está respondendo? I. T r a t a - s e d e u m a a n e m i a hipoproliferativa ou de uma anemia com perda excessiva? 2. Como estão os índices hematimétricos? I. Tamanho: micro / normo / macrocítica II. Coloração: hipo / normo/ hipercrômica 3. Como é a “cara" da hemácia? I. Defeitos de membrana? II. Inclusões citoplasmáticas? 4. Algum outro exame laboratorial pode me ajudar? I. Leucograma, plaquetometria, cinética de ferro, marcadores de hemólise, sorologias, aspirado de medula óssea. A MEDULA ESTÁ RESPONDENDO? Se a medula estiver respondendo, ela vai produzir mais reticulócitos. Reticulócitos baixos: hipoproliferativa Reticulócitos altos: perda excessiva ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS Se eu tenho muitos ret iculóci tos, caracteriza perda excessiva. Então preciso definir, essa perda é aguda, paciente está com hematêmese? Ou é por conta de hemólise? Por outro lado, se o reticulócito está baixo, devo caracter izar com os índices hematimétricos. VCM < 80: anemia microcítica VCM 80 - 100: anemia normocítica VCM > 100: anemia macrocítica ANEMIAS MACROCÍTICAS MEGALOBLÁSTICAS Tipo de anemia macrocítica em que h á d e f e i t o n a síntese de DNA e f o r m a ç ã o d e megaloblastos (VCM > 120fL - Patognomônico) Ocorre pela deficiência de vitamina B12 e/ ou ácido fólico, essenciais para formação de base nitrogenada / DNA Destruição intramedular pelos macrófagos: Eritropoiese ineficaz. Causas Nós obtemos a Vitamina B12 através da carne animal, que sofre ação do ácido clorídrico e da pepsina e se desliga da proteína animal. A partir disso, a B12 recebe um ligante R, com ele que ela chega no duodeno e só se dissocia do Ligante R sob ação do suco pancreático, para que seja possível ela se ligar ao fato intrínseco, que também é produzido pelo estômago. B12 + Fato intrínseco é absorvida em íleo terminal, passa pelo capilar, vai para o plasma e é transportada junto com a transcobalamina. Entendendo como a B12 é absorvida, podemos chegar as causas: - Baixa ingesta de carne - D o e n ç a g á s t r i c a : a c l o r i d r i a , gastrectomia parcial - Diminuição de fator intrinseco - P rodução i nadequada de f a to r intrínseco (anemia perniciosa) - Doença pancreát ica (pancreat i te crônica) - Doença de íleo terminal (ileítes, doença de Crohn, ressecção intestinal) A p r i n c i p a l c a u s a d e a n e m i a megaloblástica é a anemia perniciosa. Importante: os efeitos da deficiência de vitamina B12 só serão sentidos 10 a 15 anos depois, se o problema for só de baixa ingesta e 3 a 6 anos depois se for baixa absorção. Com relação ao ácido fólico, ele é absorvido no duodeno e jejuno proximal. Os efeitos da deficiência de folato só evoluem após 4-5 meses de carência devido aos estoque hepáticos. Ele é proveniente de folhas verdes, espinafre, etc. A deficiência de folato pode ser causada por: - Alcoolismo - Gestação - Desnutrição - Metrotrexate - Sulfametoxizol-Trimetropim (SMZ-TMP) Laboratório • VCM > 100fL (> 120 fL é patognomônico d e m e g a l o b á s t i c a ) C u i d a d o , megaloblástica + ferropênica = VCM normal. • RDW aumentado • HCM normal • Pode dar pancitopenia • Esfregaço: macrocitose ovalada Investigação VCM > 100fL: Macrócitos redondos: avaliar hepatopatia, doenças da tireóide. Macrovalócitos: Dosar B13 e Folato, se e s t i v e r e m b a i x o s - A n e m i a megaloblástica. Procurar causa e tratar repondo B12 IM e folato oral. Se B12 e folato normais, dosar ácido metilmalônico e homocisteína, são subprodutos que dependem da B12 e Folato para serem metabolizados, portanto se estiverem altos, é diagnóstico de anemia megaloblástica. Porém, se estiverem baixos, aspirar medula óssea, provável mielodisplasia. ANEMIA PERNICIOSA C a u s a m a i s c o m u m d e a n e m i a megaloblástica Acomete mais mulheres de 45-64 anos, nórdicas, de olhos azuis. Autoimune (anticélula parietal e anti-FI): associação com Hashimoto, vitiligo, Graves, etc. Fator de risco para adenocarcinoma gástrico Quadro clínico: - Queixas gerais de anemia - Glossite / dor na língua / despapilada - Parestesia de extremidades (precoce) - Baixa sensibilidade proprioceptivo e vibratória - Síndrome piramidal - Demência - Psicose ANEMIA MICROCÍTICA Geralmente ocorrem, quando tem algum problema no ferro, geme ou globina. ANEMIA FERROPRIVA Mais importante e frequente. Quadro clínico: - Sintomas gerais de anemia - Perversão do apetite (pica - pagofagia / geofagia) - Coiloníquia (unha em colher) - Esclera azul (incomum) - Queilite angular - Língua despapilada Obs.: Síndrome de Plummer Vinson • Mulheres de meia idade • Membrana esofageana superior • Unhas quebradiças • Disfagia: causada pela membrana esofagena superior • Anemia ferropriva Causas Quando nos alimentos de ferro, ele está no estado férrico (Fe3+), quando chega no estômago, sob efeito do HCl, passa para o estado ferroso (Fe2+), dessa forma, conseguimos absorvê-lo no duodeno. Porém, a hepcidina, proteína produzida no fígado, bloqueia a ferroportina dos enterócitos (canal pelo qual passa ferro). Se a hepc id ina es t iver em a l tas concentrações ela pode bloquear a absorção de ferro no duodeno. Se não houver ação da hepcidina, o Fe será absorvido no duodeno e transportado tela transferrina que também é produzida pelo fígado. Ferro e transferrina vão juntos para a medula óssea, onde ele é estocado e se acumula em forma de ferritina. O problema pode ser proveniente de: - Baixa ingesta - Gastrectomia - Doenças da mucosa duodenal (Crohn, celíaca, etc) - Gravidez (aumento de demanda)- P r i n c i p a l c a u s a : P e r d a s t r a t o gastrointestinal, trato genitourinário, etc, Laboratório Hemácia pequena • VCM baixo (microcítica) • HCM baixo (hipocromica) • Reticulócito baixo (hipoproliferativa) • RDW alto Cinética do ferro: - Ferritina baixa (15 -250 mcg/L) - Ferro sérico baixo (50 - 177 mcg/dL) - Saturação de transferr ina baixa (15-50%) - TIBC (Capacidade Total de Ligação do Ferro inerente à Transferrina) alto (250-370 mcg/d) TIBC: 100ml de soro = transferrina para se ligar de 250 a 450mcg de ferro. Diminui o ferro = aumenta a transferrina Tratamento • Sulfato ferroso 300mg 3x/dia longe das refeições, de preferência com suco de laranja. Sucesso: reticulócitos sobem e tem seu pico em 5 dia Normalização: 2 meses (mas só para após 6 meses ou quando ferritina > 50). ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA Microcítica em 30% dos casos (raro VCM < 72) Aumento de citocinas pró-inflamatórias: Neoplasias, doenças inflamatórias (como colagenoses), infecções crônicas (como TB). Menor produção renal de eritropoietina (EPO), menor resposta a EPO, menor reutilização do ferro (aprisionamento). Il-6 = Maior síntese de hepcidina Laboratório: - Aumento da ferritina = reagente da fase aguda - Ferro normal / baixo - TIBC normal = redução da transferrina Tratamento Tratar doença base Raramente HT < 25% Se < 25%: EPO recombinante + Ferro ANEMIA SIDEROBLÁSTICA Defeito na síntese do heme. M e n o r i n c o r p o r a ç ã o d e f e r r o à protoporfirina (pode ter muito ferro na corrente sanguínea, podendo evoluir para hemocromatose). Na medula óssea: eitroblastos com g r â n u l o s d e f e r r o p e r i n u c l e a r e s (sideroblastos em anel). No sangue periférico: corpúsculos de Pappenheimer - representam os ferros acumulados nas mitocôndrias porque não conseguiram ser acumulados. Laboratório Microcitose com ferro elevado. Ferritina e saturação de transferrina: normal ou maior. TIBC normal Tratamento Caracterizar se é hereditária ou adquirida (mielodisplasias, álcool, tiberculostáticos - isoniazida e pirazinamida). S e f o r p r o v e n i e n t e d o u s o d e tuberculostáticos, tratar com a reposição de Piridoxina (B6) TALASSEMIAS Defeito na síntese de globina (alfa ou ß) MAJOR x MINOR Caracterizadas pela quantidade de defei tos, cadeias defei tuosas que precisam ser substituídas e qual a repercussão disso. Na MAJOR, é um paciente que tem muitos defeitos, levando a muita hemólise, clinica exuberante, chegando a ser incompatível com a vida. Na MINOR, é um defeito leve, que pode até passar despercebido. VCM baixo HCM alto Diagnóstico por Eletroforese de Hb ANEMIA NORMOCÍTICA ANEMIA DE DOENÇA RENAL DRC = menor produção de eritropoietina, diálise expolia ácido fólico. Tratamento: EPO subcutânea quando Hb < 10,5g/dL, 80 - 120 u/kg/semana, 3x por semana Pode causar HAS em 30 a 40% dos pacientes. Não é um paciente que precisa fazer muita transfusão sanguínea. Esse paciente é um candidato para transfusão renal, se fizer muita transfusão, ele pode rejeitar a transfusão no futuro. HAS em 30 a 40% dos pacientes. DOENÇA DA MEDULA ÓSSEA Anemia aplásica: pancitopênicas Adquirida: - Benzeno, quimioterápicos, cloranfenicol - Hepatite, HIV, parvovírus B19, EBV Idiopática: 50% Congênita: - Disceratose congênita, anemia de Fanconi. Tratamento: Retirar o agente causador Globulina antitimócito + ciclosporina Não encher de granulokine (G-CSF) SÓ TRANSFUNDIR SE ESTRITAMENTE NECESSÁRIO Definitivo: transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas. Além da anemia aplásica: • Ocupação medu la r (m ie lo f t i se ) : infiltração leucemia, granulomas de tuberculose, leishmaniose visceral, p a r a c o c c i d i o i d o m i c o s e j u v e n i l , mielofibrose, mielodisplasias… RESUMÃO ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEMÓLISE - Extravascular - Mais comum - Hemácias são destruídas no baço - A l t e r a ç õ e s d e m e m b r a n a , citoesqueleto - Intravascular - Dentro do vaso - Trauma mecân ico , des t ru ição imunológica, fatores tóxicos. Laboratório Anemia normocítica e normocrômica. Policromasia: variadade de tamanho das hemácias. M e d u l a ó s s e a h i p e r c e l u l a r, c o m reticulocitose. Aumento de LDH A u m e n t o d e b i l i r r u b i n a i n d i r e t a (protoporfirina -> biliverdina -> BI) Diminuição de Haptoglobina Intravascular: - Hemoglobinúria - Hemossiderinúria - Hemoglobinemia Quadro clínico: - Síndrome anêmico - Esp lenomegal ia (p r inc ipa lmente talassemia) - Icterícia leve. Complicações agudas: - Crises anêmicas 1. Crise aplásica: Parvovírus B19, reticulocitopenia. Autolimitada. 2. Crise megaloblástica: hemólise crônica consome folato. Reposição profilática. 3. Crise hiperhemolítica: hiperativação do sistema reticuloendotelial. Piora súbita. A n e m i a + e s p l e n o m e g a l i a + reticulocitose. Complicações crônicas: Formação de cálculos bi l iares de bilirrubinato de cálcio. ANEMIA FALCIFORME Troca do ácido glutâmico pela valina na cadeia ß da globina = Hemoglobina S Doença SS: homozigose hemoglobina S Traço falcêmico: heterozigose S Formato em foice da hemácia, propicia e hemólise e causa síndrome de vaso- oclusão. Protege contra as formas graves da malária. Clínica: • 1ª manifestação: até 3 anos de idade. Síndrome mão-pé: dor + isquemia periosteal + dactilite. • Quando cresce: crise óssea = isquemia intramedular em ossos longos. • S e q u e s t r o e s p l ê n i c o e A U T O E S P L E N E C T O M I A ( b a ç o naturalmente destruído) até os 5 anos. Problema por não ter baço: fica mais p ropensa a in fecção por germes encapsulados. Típico: osteomielite por Salmonella. • Síndrome torácica aguda: maior causa de morte no adulto. Quadro clínico: - Febre - Tosse - Hipoxemia - Dor torácica - Secreção purulenta Tratamento Síndrome Torácica Aguda Suporte (analgesia, O2 se SPO2 < 92%) Antibioticoterapia empírica (cobrir típicos - pneumococo e haemophilus influenzar - e atípicos - mycoplasma, chlamidophila e legionella). Só transfundir se Hb < 10g/dL + hipoxemia refratária à suplementação • Crise abdominal (isquemia mesentérica) • Acidente vascular encefálico (isquêmico em crianças e hemorrágico em adultos) • Priapismo • Crises vasoclusivas crônicas renais = necrose de papila Diagnóstico Anemia hemolít ica + drepanócitos (hemácias em forma de fo ice) + corpúsculos de Howell Jolly (asplenia) Eletroforese de hemoglobina > 85% HbS Teste do pezinho Tratamento Agudo - na crise - Hidratação, mas sem exagerar (pode romper baço) - Oxigênio só se SPO2 < 92%, mas sem exagerar (vasoconstrição coronariana) - ATB se febre (crise aplásica = morte) - Só transfundir se Hb < 5g/dL Crônico: - Hidroxiuréia: para paciente que já teve ≥ 2 crises álgidas no ano, 1 sd torácica ou disfunção crônica. O medicamento vai diminuir o percentual da HbS a partir do aumento da HbF. - Transplante de medula óssea, mas dificilmente necessário. ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS ESFEROCITOSE Autossômica dominante - 80% Deficiência de proteínas do citoesqueleto (espectrina, anquirina, banda 3, proteína 4.2) Menor capacidade de se deformar = esferócito Quadro clínico - Anemia leve / moderada - Icterícia leve + esplenomegalia na criança, icterícia neonatal. Diagnóstico Anemia microcítica HIPERCRÔMICA HCM aumentado VCM baixo Teste da fragilidade osmótica (melhor teste para esferocitose). Pode dar falso negativo em 10-20% dos casos Ektacitometria (viscômetro de difração por laser), mais isenta de falsos negativos. Tratamento E s p l e n e c t o m i a s e a n e m i a descompensada, e preferencialmente > 4 anos (maior risco de sepse fulminante encapsulados). Repor ácido fólico.ELIPTOCITOSE Autossômica dominante Perda de forças horizontais por queda da espectrina ou proteína 4.1. Eliptócito. Maioria assintomático Se crises graves = esplenectomia ESTOMATOCITOSE Autossômico dominante. Também pode ocorrer em alcoolismo e doença hepática. Forma ha hemácia como se fosse uma boca fechada. Estomatócico. DEFICIÊNCIA DE G6PD Ligada ao X Mais prevalente em homens Deficiência da G6PD = menor produção de glutation = menor produção da hemoglobina e da membrana do estresse oxidativo (infecções, drogas, toxinas). Deflagram crise: 1. Infecções 2. Drogas: dapsona; fenzopiridina; p r i m a q u i n a ; n i t r o f u r a n t o í n a ; rasburicase; azul de metileno / toluideno Evitar sulfas, ácido nalidíxico e naftalina. Protege contra as formas graves da malária. Destruição rápida = impede altas parasitemias. Clínica Anemia Febre L o m b a l g i a ( l e s ã o r e n a l p o r hemoglobinúria) 2 a 4 dias após exposição. Diagnóstico • H e m ó l i s e i n t r a v a s c u l a r : hemoglobinemia, hemoglobinúr ia, metalbuminemia • Dosar atividade de G6PD (diminuída) Tratamento Hemotransfusão e suporte Mais importante é a profilaxia. ANEMIAS HEMOLÍTICAS ADQUIRIDAS HIPERESPLENISMO Esplenomegalias congestivas (nem sempre tem esplenomegalia). Sangue passa lentamente no baço congesto = hemocaterese Trombocitopenia, neutropenia leve. Hiperplasia reativa e compensatória de medula óssea ACANTÓCITOS 5% dos pacientes com cirrose hepática avançada Maior concentração de colesterol e lecitina membranares. Hemácia em alvo ou com forma de membrana com espinhos (acantócitos) AUTOIMUNE Autoanticorpos contra hemácias e opsonização pelo sistema complemento = hemólise no baço ou no fígado. Se as hemólises ocorrem no baço, são realizadas por anticorpos quentes (IgG). Causa mais comum: idiopática. Mas pode ser secundária à lúpus, AR, retocolite ulcerativa, TB, Citomegalovírus, Leucemia Linfocítica Crônica, linfoma. Enquanto no fígado, são por anticorpo frio (IgM). Causa mais comum: idiopática (doença da crioaglutinina). Pode ser secundária à: micoplasma pneumoniae, LNH, EBV, caxumba, CMV. Por anticorpo quente: Acomete mais mulheres 50-60 anos. Icterícia leve e esplenomegalia discreta. Quando p laquetopen ia auto imune associada: Síndrome de Evans. -> Teste de Coombs Direto positivo Tratamento: Prednisona (60-80%) Refratários: retuximab ou esplenectomia Por anticorpo frio: Idosos de 50-70 anos Exposição ao frio = aglutinação = livedo reticular, acrocianose. Quadro mais brando e insidioso que o anticorpo quente. Diagnóstico à beira leito Coombs direto + teste da crioaglutinina Tratamento: Não adianta esplenectomizar Rituximab (resposta 60%) AUTOIMUNE POR DROGAS Remédio altamente relacionados com anemia autoimune por drogas: Alfametildopa; Levodopa; Penicilina G; Quinidina; Sulfoniluréia; Clorpromazina. HEMÓLISE MECÂNICA Fragmentação hemácias: - Prótese valvas (principalmente aórtica); - Hemoglobinúria da marcha: soldados ou atletas que fazem exercícios físicos extenuantes, acabam lesionando de forma traumática as hemácias de membros inferiores. - Anemia hemolítica microangiopática: microangiopatia trombótica / doença pequenos vasos (CIVD, Púrpura Trombocitopênica Trombótica - PTT, HELLP, SHU)
Compartilhar