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DIABETES MELLITUS TIPO 2 Não envolve uma baixa produção de insulina, porém a resposta a insulina não é adequada. Existe uma resistência à insulina. Fazendo com que a glicose se acumule na circulação levando à u m q u a d r o d e h i p e r g l i c e m i a e hiperinsulinemia. GLICEMIA DE JEJUM Normal: abaixo de 100mg/dl Pré diabetes: entre 110 - 125mg/dl Diabetes: ≥ 126mg/dl Hipoglicemia: ≤ 70mg/dl (pode causar desmaios, tonturas e até quadros mais graves) A diabetes, Npo 1 ou 2, pode levar a um compromeNmento renal. O clearance da glicose é = 0. Pois ela é 100% reabsorvida no túbulo contorcido proximal. Não levando à excreção de glicose. É reabsorvida através dos co-transportadores de sódio/glicose (SGLT1 e SGLT2) Esses co-transportadores estão no túbulo contorcido proximal (TCP) em duas regiões diferentes. Numa porção mais proximal do TCP (segmento S1), onde se tem a expressão de SGLT2 e 90% da glicose será reabsorvida nesse segmento. E segmentos S2 e S3 tem a expressão de SGLT1, onde será reabsorvido 10% da glicose. Em média, diariamente, o indivíduo filtra 180g de glicose e reabsorve essas mesmas 180g de glicose. Na urina, ocorre uma excreção mínima de glicose de 0,5g. Na reabsorção da glicose, a bomba Na/K tem um papel importante. Pois ela causa um gradiente negaNvo de sódio dentro da célula que vai favorecer a entrada de sódio a parNr do SGLT2 ou SGLT1, após sua entrada na célula, a glicose vai passar pelo GLUT1 ou GLUT2 (transportadores de glicose) e vai voltar para a corrente sanguínea. Se a bomba Na/K não esNver funcionando, não ocorre co-transporte de sódio/glicose, pois não ocorrerá um gradiente negaNvo de sódio dentro da célula. Quando o paciente é diabéNco, ocorre um acúmulo de glicose na circulação que chega no filtrado. Nesse caso, observa-se uma hiperglicemia que gera uma saturação dos receptores de glicose (SGLT1 e 2). Os receptores tem um limite de absorção, quando passa disso satura eles e ai não conseguem mais reabsorver a glicose, deixando a mesma ser excretada pela urina (glicosúria). NEFROPATIA DIABÉTICA Pode levar a um quadro de insuficiência renal crônica. A hiperinsulinemia causa um quadro de redução de reabsorção e síntese de dopamina. A dopamina é um metabólito que é produzido durante a aNvação do sistema Renina- Angiotensina-Aldosterona e que vai levar à inibição desse sistema. Conforme produz e libera dopamina, leva à uma inibição do sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona, que também leva a uma inaNvação da bomba Na/K. Sem bomba de Na/K não reabsorvemos sódio e não reabsorvemos água. O sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona está aNvo quando ocorre um quadro de hipovolemia ou hipotensão, tendendo a aumentar a função da bomba de Na/K, para aumentar a captação de sódio e reabsorção de água, levando a um aumento da volemia. Isso será inibido por um mecanismo de controle do SRAA (potente), através da dopamina. Durante a DM2, na hiperinsulinemia é provocado uma diminuição na síntese e reabsorção da dopamina nos túbulos renais, causando uma hiperaNvação do SRAA, consequentemente uma hiperaNvação da bomba Na/K, culminando com o aumento da reabsorção de água, aumentando a Taxa de Filtração Glomerular, elevando o fluxo sanguíneo renal. Isso pode causar eventualmente algumas lesões na estrutura glomerular. A barreira de filtração glomerular, com o aumento do fluxo sanguíneo renal, começa a lesar a membrana de filtração, dessa forma, se inicia quadros de glomeruloesclerose (formação de cicatriz no local do glomérulo), podendo culminar a microalbuminúria (perda de proteína na urina). CompromeNmento da função renal, podendo levar a uma futura insuficiência renal. DIABETES E HIPERTENSÃO Com a hiperinsulinemia e inibição da síntese e reabsorção de dopamina, causando um aumento na reabsorção de água, isso leva a uma hipervolemia, causando uma Hipertensão Arterial Sistêmica, sendo relacionada com a diabetes. ______________________________________ DIABETES INTRODUÇÃO Distúrbio do metabolismo, que é fator de risco para as principais doenças cardiovasculares. TIPOS E PATOGENIAS DM1: menos frequente na população. É uma doença autoimune. AutoanNcorpos atacam as células-beta na ilhota pancreáNca, reduzindo gradualmente a síntese de insulina. DM2: mais frequente na população (90% dos pacientes diabéNcos). Distúrbio caracterizado por hiperglicemia e resistências às ações periféricas da insulina. Insulina é o principal hormônio anabólico do corpo, o diabetes é marcado pela dificuldade da insulina em exercer suas ações. DM GESTACIONAL: acontece próximo ao 2º / 3º trimestre da gestação MODY: diabetes autossômica de herança genéNca. Diabetes da maturidade de início da juventude (5% dos casos de pacientes diabéNcos). Caracterizado por pelo menos 3 gerações apresentando diabetes. Geralmente não são insulino-dependentes. Paciente c o n s e g u e fi c a r c o n t r o l a d o c o m hipoglicemiantes. LADA: diabetes autossômica de herança genéNca. Diabetes Autoimune Latente do Adulto, é uma apresentação entre DM1 e DM2, também tem marcadores autoimunes. Geralmente acomete pacientes com mais de 25 anos. Formas mais raras de diabetes CAUSAS - Doenças crônicas - Medicamentos (diuréNcos Nazídicos, betabloqueadores, anNpsicóNcos) - Hemocromatose - PancreaNte crônica - Síndrome de Cushing - Glucagonoma - SomatostaNnoma - Fibrose císNca ATUALIDADE Frequência do DM2 é frequente e vem aumentando, principalmente na infância. A relação da obesidade na infância está extremamente ligada a essa incidência. Risco aumentado? Paciente com obesidade central, com todos os hormônios produzidos pela gordura omental. Paciente que nasce com baixo peso ao nascer tem risco aumentado de diabetes Componente genéNco e história familiar também traz um risco aumentado de diabetes. FATORES DE RISCO • DM em parente de 1º grau • DM gestacional • SOP • Doenças vasculares • Sedentarismo • HAS • Dislipidemia • HBA1C alterada • Glicemia em jejum alterada • TOTG alterado A diabetes é uma doença pouco ou assintomáNca, é uma doença que cabe rastreio, principalmente em pacientes com: - IMC ≥ 25kg/m2 + 1 fator de risco - Todas as pessoas > 45 anos Para o rastreio, solicita-se o exame de hemoglobina glicada, glicemia em jejum e teste oral de tolerância a glicose. Se no rastreio, não for encontrado nenhuma alteração, o rastreio deve ser repeNdo em 3 anos. Porém deve ser antecipado em p a c i e n t e s o b e s o s , d i s l i p i d ê m i c o s , comorbidades cardiovasculares, sedentários e com maus hábitos de vida. DIAGNÓSTICO Em pacientes assintomáNcos, necessita a realização de exames laboratoriais para confirmação do diagnósNco. - Exame de sangue: - Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl - TOTG ≥ 200mg/dl - HbA1C ≥ 6,5% RepeNdo e confirmado. Não precisa ter os 3 valores alterados, mas se apenas um esNver alterado e após o exame ser repeNdo e conNnuar alterado, já é diagnósNco de diabetes. Alguns pacientes podem apresentar poliúria, polidipsia, polifagia. Nos sintomáNcos, o critério diagnósNco é a glicemia aleatória ≥ 200mg/dl (em qualquer horário) PRÉ-DIABETES Redução da tolerância à glicose. • Glicose em jejum: 100 - 125mg/dl • Glicemia pós prandial: 140 - 190mg/dl • Hemoglobina glicada: 5,7 - 6,4% O valor de hemoglobina glicada acima de 6,5% aumenta o risco de reNnopaNa diabéNca. TESTES DISCORDANTES HbA1C x Glicemia Hemoglobina glicada é mais fidedigna ao histórico de glicemia do pacientes nos úlNmos 3 meses. É mais sensível ao ver o estado de hiperglicemia manNdo nesse paciente. Se tem fatores conflitantes mesmo após exame repeNdo, confirmar no que está alterado e dar o diagnósNco de diabetes. HEMOGLOBINA GLICADAMolécula presente em todas as hemácias. Glicação é o processo pelo qual a glicose se fixa a molécula de hemoglobina, um processo que ocorre espontaneamente. Não é um processo imediata, demanda um tempo para acontecer. Por isso a hemoglobina glicada demonstra o tempo de 3-4 meses da glicemia. Pois se a glicemia está alta há 3-4 meses, mais glicação teve na hemoglobina, por isso ocorre um aumento de hemoglobina glicada. Valor normal de hemoglobina glicada < 5,7% TRATAMENTO Medicação + mudança do es0lo de vida. Tratamento não farmacológico: um dos pilares é o exercício zsico. MEV O paciente se exercitando melhora o controle do diabetes, perde peso, diminui a gordura central, diminui citocinas que causam resistência à insulina. Perifericamente ocorre um aumento da captação de glicose pelos grupamentos musculares. MEDICAMENTOS Biguanidas: • Me{ormina - Reduz a produção hepáNca de glicose; - Não causa hipoglicemia Efeitos Adversos: Deficiência de B12, acidose láNca, diarreia, náusea. Obs.: não usar: TFG < 30; acidose e desidratação. Sulfoniluréias • Glipizida • Glimepirida Hipoglicemiantes diretos, tem ação no canal de potássio dependentes de ATP, na célula ß da ilhota pancreáNca. EsNmula diretamente a secreção de insulina. Causa hipoglicemia. Ef e i t o s a d v e r s o s : G a n h o p o n d e r a l ; Hipoglicemia. Glinidas • Nateglinida • Repaglinida Ta m b é m a g e n o c a n a l d e p o t á s s i o dependentes de ATP, nas células ß da ilhota pancreáNca. EsNmulam diretamente a secreção de insulina Causam hipoglicemia. Reduzem a glicose pós prandial. E f e i t o s a d v e r s o s : g a n h o p o n d e r a l ; hipoglicemia. Tiazólidinediona TZD • Pioglitazona • Rosiglitazona ANvam fator de transcrição nuclear que causa aumento da sensibilidade a insulina. Efeitos adversos: ganho de peso; edema Pode descompensar insuficiência cardíaca congesNva (contraindicada nesse perfil de pacientes) Inibidores da Alfa-Glicosidade • Acarbose Inibe a enzima intesNnal que degrada carboidrato, portanto reduz a absorção do carboidrato, reduzindo a glicemia pós prandial principalmente. Efeitos adversos: Diarreia, flatulência, desconforto abdominal. Inibidores da DPP-4 • LinaglipNna • SitaglipNna Inibem as enzimas que degradam as increNnas. As increNnas são os secretagogos de insulina, esNmulam a secreção de insulina naturalmente. Consumindo o medicamento, o paciente acaba tendo mais increNnas, causando uma maior secreção de insulina. Efeitos adversos: descompensação de ICC Inibidores da SGLT2 • Dapaglifozin • Empaglifozin SGLT2: transportador renal de glicose, se realizar a inibição do mesmo, a reabsorção de glicose é inibida. Liberando mais glicose na urina. Efeitos adversos: desidratação, poliúria, polaciúria, ITU, redução de peso e PA. Agonistas do receptor de GLP1 • LiragluNda • ExenaNda Injetáveis O GLP1 é um insulinogogo, ele aumenta endógenamente a secreção de insulina, dessa forma os agonistas dele esNmular para que isso aconteça com mais intensidade. Além disso, reduz o esvaziamento gástrico e a glicemia pós prandial. Efe i to s a d v e r s o s : re d u çã o p o n d e ra l importante. Análogos da Amilina • PramlinNda Reduz a secreção de glucagon (hormônio oposto à insulina); reduz a glicemia pós prandial. Injetável Efeitos adversos: hipoglicemia Insulinização Fatores que podem alterar a eficácia da insulina: - Tipo de insulina uNlizada - Subcutâneo - SíNo de aplicação - Técnica de injeção (sempre alterar o síNo de aplicação para evitar acúmulo de depósito, sempre fazer a rotação) COMO MEDICAR O DM2? Comece com 1 medicamento, a não ser se a HbAC1 ≥ 9%. Monoterapia: me{ormina Se não houver controle com a me{ormina, deve-se parNr para a terapia dupla: Me{ormina + SLFN / TZD / DDP4 / SGLT1 / GLP1 / Insulina Basal Se na terapia dupla não houver controle, parNr para terapia tripla: Me{ormina + SFLN / TZD / DDP4 / SGLT1 / GLP1 / Insulina Basal Associação injetável: Insulina NPH 10u/dia ou 0,1 - 0,2 U/kg Além da associação injetável, pode uNlizar análogo do GLP1 que também são injetáveis e com efeitos benéficos ao paciente. Se mesmo assim, com medicação oral + insulinização basal a diabetes do paciente não melhora, deve-se prescrever mais insulina. Insulina de ação rápida (no momento da alimentação do paciente) + insulina basal + medicações CIRURGIA METABÓLICA Cirurgia bariátrica para o controle do DM2 Indicado para pacientes com: - DM2 + IMC ≥40 - IMC 35 - 39,9 + controle ineficaz do diabetes ALVO HbAC1 < 7% SEGMENTO Controlar se o paciente está respondendo bem ao tratamento - HbA1C: 2x por ano ou 4x por ano RESUMÃO AUMENTAM A SECREÇÃO DE INSULINA - Sulfoniluréias - Glinidas - Inibidores da DPP-4 - Inibidor da degradação do GLP-1 REDUZEM GLICEMIA PÓS REFEIÇÃO - Acarbose - Inibidor do GLP-1 - PranlinNda INSULINA SEM PICO - Longa duração TRATAMENTO - Monoterapia - Dupla terapia - Tripla terapia - Combinação injetável ______________________________________ COMPLICAÇÕES AGUDAS C e t o a c i d o s e D i a b é 0 c a : p o d e s e r a manifestação inicial do DM1 Sintomas consNtucionais: polidipsia, poliúria, sede, desidratação, dor abdominal Exames laboratoriais: Corpos cetônicos aumentados Glicemia > 250mg/dl pH < 7,3 Hiper K+ Pacientes com pouca insulina, dessa forma o K+ que era para estar dentro da célula, vai estar fora, pois não terá a insulina para colocar o potássio para dentro. Em compensação o Na estará diminuído. Pseudohiponatremia. Corrigir o sódio desse paciente. Para cada 100mg de glicose que está acima desse paciente, deve-se corrigir o Na pata 1,6. ACESSO INICIAL Clínica do doente, estabilidade hemodinâmica. DiagnósNco: glicose aumentada, acidose, sintomas. - Eletrólito, gasometria, débito urinário (enfermaria ou acesso fechado) Pacientes com cetoacidose diabéNca precisa de reposição volêmica. 2-3L em 1-3h de soro fisiológico. Depois disso, graduar com uma salina de 0,45%, fazendo 150 a 500ml /hora. Quando a glicose chegar próximo de 200/250, fazer uma nova solução de glicose a 5% com soro fisiológico a 0,45%. INSULINA Depois do manejo volêmico. Insulina regular intravenosa - 0,1U/kg/h A glicemia tem que chegar de 75 a 100mg/dl, se depois de 3h não chegar, começar a aumentar a quanNdade de insulina. ETIOLOGIA Procurar a eNologia da cetoacidose diabéNca: - Má adesão ao tratamento - Infecção - Gestação - Traumas - Fármacos POTÁSSIO Repor potássio, pois quando começar com a insulina ele vai começar a entrar na célula, causando uma hipocalemia. Se o potássio esNver > 5,2 não fazer nada. Se esNver < 3,5 fazer reposição Mas antes de repor, verificar função renal e débito urinário. Reposição: K+ < 3,5: repor 40 a 80 mEq/h K+ 3,5 - 5,2: repor 10 mEq/h NPH Insulina lenta Iniciar quando o paciente já esNver se alimentando. Ela demora para atuar, tem que ter um tempo do início do NPH para o desligamento da insulina intravenosa. METAS Estabilização Glicemia: reduzir 75-100/h e manter entre 150-250 Resolução da acidose Manter K > 3,5 BICARBONATO: repor em uma acidose muito grave pH < 7 CONTROLE Sinais vitais, Débito urinária e neuro: 1-4h HGT: 1-2h Eletrólitos e Anion GAP: 4/4h Coma Hiperosmolar Melhor parâmetro de melhora: osmolaridade < 310 - Glicemia > 600 - Idosos com DM2 - Confusão mental - Osmolaridade > 350 Mortalidade maior do que a da cetoacidose diabéNca Meta terapêuNca: Reposição volêmica: 0,45% 4-6L em 8 a 12h Insulinoterapia Reposição de K+ COMPLICAÇÕES CRÔNICAS Neuropa_a Diabé_ca 50% dos DM2 Principais formas: - PolineuropaNa sensorimotora simétrica - NeuropaNa autonômica (cardiovascular, respiratória,digesNva e geniturinária) Menos comuns: - MononeuropaNa focal (Nbiais, medianos e pares cranianos III, IV, VI e VII) - NeuropaNa mulNfocal radicular (geralmente intercostal, toracoabdominal e lombar) - N e u ro p a N a m u l N fo c a l m u l N p l exo s (localização variada) - PlexopaNa ou amiotrofia AVALIAÇÃO - Sensibilidade Dolorosa: palito ou agulha TáNl: monofilamento de Semmes-Weinstein 5,07 a 10g Térmica: quente/frio V i b r a t ó r i a : d i a p a s ã o d e 1 2 8 H z o u bioestesiômetro. - Pesquisas de reflexos tendinosos Aquileu, patelar e tricipital - Medida de pressão arterial sistêmica em posições deitada e ortostá_ca Hipotensão postural: queda da PAS > 40mmHs 1 min após assumir posição ortostáNca. - Frequência cardíaca de repouso SugesNva de desautonomia cardiovascular quando > 100bpm NEUROPATIA SENSORIMOTORA Quadro clínico: SintomáNcos 25-30% Principalmente em região plantar (comum paciente chegar com hipestesia plantar) Parestesias, disestesia, dor em queimação que piora ao se deitar e aliviar com deambulação. Hiperalgesia (Dói muito mais do que deveria doer em algo que já iria doer) X Alodínea (dor em alguma coisa que não iria doer mas doeu muito) Tratamento: - Controle metabólico - IECA - Agentes anNoxidantes (ácido alfa-lipoico, a benfoNamina e o ácido NócNco) NEUROPATIA DISAUTONÔMICA Tratamento: - Hipotensão postural: evitar mudanças posturais bruscas, meias ou calças compressivas, elevação da cabeceira do leito. - FludrocorNsona - Disjutonomia gastrintesNnal: 75% dos pac ientes . Gastropares ia d iabéNca (cinNgrafia de esvaziamento gástrico). EnteropaNa diabéNca (consNpação ao longo do dia, diarreia noturna). - Gastroesofágica: metoclopramida, cisaprida e domperidona - IntesNnal (diarreia ou consNpação intesNnal): loperamida e difenoxilato; aumento da ingestão de fibra alimentar. - Disautonomia geniturinária (bexiga neurogênica e disfunção eréNl). - C o l i n é r g i c o s ( b e t a n e c o l ) , a l f a - bloqueadores (doxasozina) e inibidores da fosfodiesterase 5. RETINOPATIA DIABÉTICA PraNcamente 100% dos DM1, após 20 anos do diagnósNco e 60% dos DM2. Uma das principais causas de cegueira entre 20-74 anos FISIOPATOLOGIA Hiperglicemia: morte de pericitos; perda de adesão entre as células endoteliais -> microaneurismas -> edema -> proliferação de zonas avasculares -> hipóxia crônica -> proliferação vascular ReNnopaNa diabéNca não proliferava leve: microaneurismas ReNnopaNa diabéNca não prol i ferava moderada: edema ReNnopaNa diabéNca não proliferava grave: zonas avasculares ReNnopaNa diabéNca proliferava: proliferação vascular. TIPOS RD Não ProliferaNva: - ReNnopaNa de fundo - 90% dos casos - Microaneurismas + exsudatos duros + hemorragias reNnianas. - I s q u e m i a r e N n i a n a = m a n c h a s algodonosas / exsudatos moles - Fragilidade venular = veias em rosário RD ProliferaNva: - É o Npo mais grave de reNnopaNa - Isquemia crônica = neovascularização - N e o v a s o s t r a c i o n a m a r e N n a = descolamento - Neovasos rompem = hemorragia vítrea - Fibrose dos neovasos na íris = glaucoma agudo MaculopaNa diabéNca: - Edema macular reversível - Sintoma visual da diabetes - Visão turva = exsudatos duros em torno da fóvea RECOMENDAÇÕES Fundo de Olho em TODOS os pacientes DM1 após 5 anos do diagnósNco (anual ou semestral de RD) Fundo de olho em todos os pacientes DM2 no ato do diagnósNco (anual ou semestral se RD) Grau A: - HbA1C < 7%, em caso de RD - PAS ideal é < 130mmHg, em caso de RD - Tratamento panfotocoagulação em RD proliferaNva - Tratamento com laser focal em edema de mácula. - Fármacos anNangiogênicos (diminui a neovascularização, chance de hemorragia, descolamento de reNna, glaucoma) COMPLICAÇOES VASCULARES - Complicações macrovasculares - Complicações cardiovasculares - Complicações cerebro vasculares - Complicações microvasculares - Renais - O�almológicas - NeuropaNa periférica - Pé DiabéNco COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES DM por si só, já é alto risco cardiovascular Incidência maior, mais precoce, maior mortalidade precoce. Fato re s d e r i s co c l í n i co d e d o e n ça cardiovascular em diabéNcos: 1. D o e n ç a a t e r o s c l e r ó N c a : d o e n ç a coronariana, cerebrovascular ou vascular periférica 2. Sexo feminino 3. Duração elevada da diabetes 4. Doença renal 5. NeuropaNa diabéNca autonômica 6. Fibrilação atrial 7. H A S , d i s l i p i d e m i a , t a b a g i s m o , sedentarismo, aterosclerose precoce na família e síndrome metabólica. A parNr de quando temos que visar um tratamento para o paciente de HAS? 140 x 90 mmHg Associação de Diabetes Americana: alega que o doente novo de DM, pode manter com a pressão 130x80mmHg. Avaliação do risco cardiovascular: - Com sintomatologia �pica, a�pica, ECG alterado - AssintomáNcos com doença vascular > 35 anos REALIZAR TESTE ERGOMÉTRICO PARA AVALIAR O RISCO CARDIOVASCULAR DOENÇA CEREBROVASCULAR Paciente diabéNco tem risco 2x maior de AVEi, principalmente no DM2 Doença caro�dea ateroscleróNca CompromeNmento mulNvascular, gravidade tende a ser maior Hiperglicemia = maiores complicações no contexto pós AVE. Maior índice de demência vascular. PÉ DIABÉTICO MoNvo mais comum de internação do diabéNco NeuropaNa + vasculopaNa + disfunção leucocitária + hiperglicemia Clínica: secreção purulenta em úlcera, celulite associada, odor forte. Infecção branda: GRAM+ Infecção grave - celulite / sepse: GRAM - e anaeróbios Tratamento tem que ser INTENSIVO. TRATAMENTO Casos leves: cefalosporina de 1ª Parar cobrir MRSA: SMX-TMP, clindamicina Nas infecções profundas que ameaçam o membro, com sepse, celulite, cobertura ampliada = cobrar gram negaNvos Amputação: quando houver gangrena úmida, cianose fixa. COMPLICAÇOES CRÔNICAS Risco Cardiovascular - Risco cardiovascular maior (15 anos antes do que pessoas hígidas) - Alvo de PA < 140x90mmHg Nefropa_a diabé_ca: - Lesão �pica é KemmesNel Wilson - Lesão frequente é glomeruloesclerose difusa - DRC DE RIM DE TAMANHO NORMAL 1ª fase da DRC é a de hiperfiltração glomerular Microalbuminúria é 30-300mg/34h ou 30-300mcg/mg de creaNnina Rastrear anualmente a par0r de 5 anos no DM1 e imediatamente no DM2 Tratar com IECA/BRA Re_nopa_a Diabé_ca: Principal é a não proliferaNva: exsudatos duros + aneurismas moles, hemorragias, vasos em contas de rosário. Fundo de olho anual. A par0r de 5 anos de DM1 e imediatamente em DM2 Neuropa_a diabé_ca: 1ª sensibilidade a perder: vibratória 1º reflexo a perder: Aquileu Sensibil idade táNl; monofilamento de Semmes-Weinstein NeuropaNa disautonômica: hipotensão postural, gastroparesia diabéNca, consNpação, diarreia, inconNnência urinária, bexiga neurogênica. Dor neuropáNca: tratar com anNdepressivos ou anNconvulsivantes. Pé Diabé_co LEVE: Cobrir GRAM+ Úlcera profunda com celulite e inflamação sistêmica: amplo espectro Amputar quando gangrena úmida, cianose fixa, graus IV e V. ______________________________________ TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS TIPO II Qual é o alvo? HbA1C < 7% Em alguns casos, é importante fazer uma individualização do alvo de HbA1C de cada paciente. Indo de < 6,5% até < 8%. Considerar sempre: - Duração da doença - ExpectaNva de vida - Comorbidades - Complicações - Preferencias do paciente - Custo Exemplo: paciente jovem, com diagnósNco recente do DM2, sem outras complicações e comorbidades. Ideal de HbA1C: < 6,5% Exemplo2: paciente idoso, com múlNplas comodidades e complicações do diabetes, como reNnopaNa, nefropaNa, expectaNva de vida baixa. Ideal de HbA1C: < 8% Sempre individualizar os casos, mas na maioria será de 7%. Glicemia de jejum: 80-130mg/dl Glicemia pós prandial:< 180mg/dl Esses alvos são mais uNlizados em pacientes com tratamento com insulina, para não precisar esperar 3 meses para verificar a glicada. Tratamento não farmacológico: Mudança do EsNlo de Vida - MEV: Aeróbico: 150min por semana Musculação: 2-3x semana. Encaminhamento para acompanhamento nutricional, para orientação do paciente acerca da alimentação. Todo paciente que tenha sobrepeso ou obesidade, é importante esNmular a perda de peso. Se o paciente perder pelo menos 5% do peso total já traz benezcios para o indivíduo. Tratamento farmacológico: 1. Hemoglobina glicada: < 7,5% : perto do alvo (monoterapia) ≥ 7,5% : dupla terapia > 9% : tripla terapia ou insulina Paciente com HbA1C > 9-10%, normalmente tem glicemia > 300. Sintomas: polifagia, poliúria, polidipsia. Nesses casos, o tratamento oral não farão diferença nesses pacientes. Apenas com a insulina fará com que alcancem o alvo de Hb1AC. Monoterapia: 1. Menormina: primeira indicação para o tratamento da diabetes. Baixo custo, óNma eficácia, não leva ao ganho de peso e não provoca hipoglicemia. Pouco efeito colateral. Re d u z c h a n c e d e m o r t e p o r c a u s a cardiovascular. Dose: 2 - 2,5g/dia Até 1g (Clearance de CreaNnina: 30-45) Cp: 500mg, 850mg, 1000mg Contraindicação : clearance de creaNnina < 30; Insuficiência hepáNca; ICC grave Efeitos adversos: náusea, diarreia, dor abdominal. Sempre indicar o uso da me{ormina junto às refeições. Terapia Dupla: Me{ormina + 2ª Droga (individualização) Paciente tem doença cardiovascular? Medicamentos que diminuem riscos de doença cardiovascular (prevenção secundária, com risco CDV prévio): - Análogo de GLP-1: liraglu_da - Inibidor da SGLT-2: dapagl i fozina, canaglifozina. Essas medicações mostraram redução do desfecho cardiovascular nesses pacientes. O inibidor de SGLT-2, além de reduzir problemas cardiovasculares, também reduziu internação hospitalar por insuficiência cardíaca. Paciente tem doença renal crônica? Se sim, uma óNma droga para se iniciar é o inibidor de SGLT-2. Estudos mostraram que os pacientes demonstraram menos progressão da nefropaNa e Nveram menos mortes por doenças renais. Cuidados com o Clearance de CreaNnina, recomendando com um clearance ≥ 30 -45. Se o Clearance de CreaNnina esNver < 30, uma opção é o Inibidor de DPP-IV (sitaglipi_na, aloglipi_na, linaglipi_na) e sulfoniuréias. Esses medicamentos não mostram redução da doença renal, mas podem ser boas opções para esses pacientes. A insulina também é uma opção para esses pacientes. Paciente tem obesidade? Se sim, os medicamentos mais indicados são: - Análogo de GLP-1: liraglu_da (victosa e saxenda que é usado para tratamento da obesidade). - Inibidor da SGLT-2 São medicamentos que apresentam maior perda de peso como efeito colateral. Paciente com baixo poder aquisi0vo A melhor opção para esses pacientes são: - Glitazonas - Sulfoniuréias (glibemclamida, glicazida, glimepirida, DISPONÍVEIS NO SUS) São medicamentos mais baratos e a SLF estão disponíveis no SUS. As sulfoniuréias tem maior risco de causar hipoglicemia. Paciente que não quer ter quadros de hipoglicemia Usar: - Análogo de GLP-1 - Inibidor da DPP-IV - Inibidor de SGLT-2 - Glitazonas Todas essas medicações tem baixíssimo risco de causar hipoglicemias. Ordem de indicação de medicamentos para terapia dupla adicionado a me{ormina: 2. Análogo de GLP-1 3. Inibidor de SGLT-2 4. Inibidor DPP-IV 5. Glitazonas 6. Sulfoniureias Paciente com Hb1AC ≥ 9% Terapia Tripla ou Insulina Terapia Tripla: Me{ormina + 2ª Droga + 3ª Droga Ordem de indicação de medicamentos para terapia tripla adicionado a me{ormina + 2ª droga: 2. Análogo de GLP-1 3. Inibidor de SGLT-2 4. Inibidor DPP-IV 5. Glitazonas 6. Insulina 7. Sulfoniureias SEGUIMENTO Reavaliar o paciente em 3 meses. Monoterapia: dentro do alvo? Não Progredir para: Terapia dupla: dentro do alvo? Não Progredir para: Terapia tripla: dentro do alvo? Não Progredir para: Análogo de GLP-1 OU Insulina DICAS Inibidor de DPP-IV NÃO USA junto com Análogo de GLP-1 MEDICAÇÕES COMBINADAS: MERITOR: g l imep i r ida + me{ormina (sulfuniureia + me{ormina) NESINA MET: aloglipNna + me{ormina (inibidor de DPP-IV + me{ormina) NESINA PIO: aloglipNna + pioglitazona (inibidor de DPP-IV + glitazona) XIGDUO: dapaglifozina + me{ormina (inibidor de SGLT-2 + me{ormina) XULTOPHY: liragluNda + insulina + degludeca (análogo GLP1 + insulina longa duração). KOMBYGLIZE: saxaglipNna + me{ormina (inibidor da DPP-IV + me{ormina) Exemplo: Uso oral: 1. Kombyglize 5/1000mg ——- tomar 1cp após jantar 2. Xigduo 10/1000mg ——- tomar 1cp após café da manhã INSULINIZAÇÃO Começar devagar para evitar quadros de hipoglicemia. A insulina basal: se mantem em concentrações estáveis no paciente. Representada pela NPH que é a humana e seus análogos que são a Detemir, Degludec e Glargina. Glargina e Degludec são insulinas de longa duração. Com aplicação 1x/dia suficiente. Insulina BOLUS: prandial, com pico de ação rápido. Representado pela: Regular, Lispro, Aspart e Glulisina. Quando começar insulina no paciente? Paciente em uso de terapia tripla com HbA1C fora do alvo, porém, antes de usar a insulina, tentar o análogo de GLP-1. Se mesmo assim não funcionar, entrar com a insulina. HbA1C > 10% + sintomas Iniciar com INSULINA BASAL Dose inicial: 0,1 - 0,2 U/kg/dia ou 10u. Mínimo: 10u. NPH e Detemir: iniciar bedNme (antes do paciente dormir) Glargina e Degludeca: tanto faz. Hemoglucoteste: realizar somente em jejum, ao acordar. Alvo: Jejum < 100-130 < 70: considerado hipoglicemia. Ideal: 80-130. Reajuste a cada 2-3 dias. Se o paciente esNver fazendo hipoglicemia, reduzir 10% da dose. Reajuste a cada 2-3 dias Se o pac iente esNver fora do a lvo, descompensado, aumentar 2u. Paciente chegou no alvo, com glicemia de jejum 80-130 Porém HbA1C fora do alvo. Se o paciente esNver usando uma dose alta de insulina basal: 0,7 - 1 U/kg/dia Provavelmente esse paciente está precisando de uma insulina prandial + insulina basal. Obs.: desconNnuar sulfoniuréia e inibidores de DPP-IV. Únicas medicações que se mantem quando inicia o tratamento com insulina prandial são me{ormina, inibidor de SGLT-2 e análogo de GLP-1 Insulina prandial: iniciar antes da maior refeição ou a refeição com maior glicemia pós- prandial Dose: 4u ou 10% da dose total da basal. Reajuste a cada 2-3 dias Se apresentar hipoglicemia, reduzir 10% da dose. Se o paciente esNver fora do alvo, aumentar 1-2u e avaliar início antes das outras refeições. Glicemia pré prandial: 80-130 Mas glicada ainda fora do alvo Realizar hemoglucoteste (HGT) pré prandial e pós prandial. Na prá_ca: HGT antes do jantar elevada: adicionar dose de basal antes do café (NPH e Detemir) Se está usando degludeca, adicionar prandial pré-lanche . HGT antes do almoço elevada: adicionar dose de basal antes do café (NPH e Detemir) Insulina prandial antes do café Se o paciente aNngir o alvo, acompanhar a cada 3-6 meses e sempre pedir HGT 5 dias antes da consulta.
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