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2 SUMÁRIO CASO CLÍNICO 01 ................................................................................................................ 3 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICOS OPIÓIDES .................................................. 3 CASO CLÍNICO 02 ................................................................................................................ 7 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS ............................... 7 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS- AINES .......... 7 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE .............................................. 7 CASO CLÍNICO 03 .............................................................................................................. 18 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS ..................................... 18 CASO CLÍNICO 04 .............................................................................................................. 22 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIVIRAIS .................................................. 22 CASO CLÍNICO 05 .............................................................................................................. 25 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS ............................................ 25 CASO CLÍNICO 06 .............................................................................................................. 28 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS ............................... 28 CASO CLÍNICO 07 .............................................................................................................. 32 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS USADOS NO CONTROLE DA ANSIEDADE NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: BENZODIAZEPÍNICOS ...................................... 32 CASO CLÍNICO 08 .............................................................................................................. 35 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA ............................................................................. 35 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 37 3 CASO CLÍNICO 01 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICOS OPIÓIDES F.G.H, com 27 anos de idade, sexo feminino, fioderma, procurou complexo odontológico UNIFAMETRO, referindo que seus 4 terceiros molares haviam erupcionado e que os mesmos vinham trazendo dor intensa e intermitente. Durante realização da anamnese criteriosa paciente referiu não ser alérgico aos AINES. E uma vez feito exame clínico (físico e intra oral) e radiológico revelou-se que os dentes 18, 28, 38 e 48 estavam impactados e em posição horizontal. Diante da situação clínica, a paciente submeteu-se a uma cirurgia odontológica para remoção do elemento 18 e 48 no mesmo dia e foi marcada exodontia dos elementos 28 e 38 para consultas posteriores. No decorrer do ato cirúrgico, foi realizado retalho, odontossecção, osteotomias, removido uma porção de tábua óssea e o procedimento considerado de alta complexidade durou cerca de 5 horas. Após o procedimento a paciente apresentou dor forte e intermitente, assim como edema na região operada. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Levando em consideração situação clínica pós-operatória apresentada acima, como também a não realização de uma terapia preempitiva antes do procedimento que teria uma expectativa de inflamação e dor muito elevada, o profissional optou por realizar a prescrição farmacológica de Analgésico Opióide associado a um Anti-Inflamatório: Paracetamol 500mg + Fosfato de Codeína 7,5mg (TILEX), por via oral, realizando a orientação precisa de 1 comprimido de 4 em 4 horas durante 3 dias, totalizando 24 comprimidos. 4 PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 5 MECANISMO DE AÇÃO DOS ANALGÉSICOS OPIÓIDES Os opióides atuam a nível celular ligando-se aos receptores de opióides (mesmos receptores das endorfinas) presentes em todo sistema nervoso central (SNC), potencializando a resposta analgésica e diminuindo a chegada de informações de dor ao SNC, em vista disso são analgésicos de ação central. Resumidamente, os receptores opióides são ligados às proteínas G inibitórias. A ativação dessa proteína desencadeia uma cascata de eventos: bloqueiam os canais de cálcio voltagem dependentes, diminui a liberação de neurotransmissores excitatórios, redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao refluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular. Assim, o efeito final é a redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos. INDICAÇÕES CLÍNICAS Opióides ligam-se a receptores de opóides Bloqueiam canas de cálcio Diminuem a liberação de neurotransmissores excitatórios Resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos. Alívio de dores moderadas a intensas. Pacientes alérgicos a qualquer AINE que tenham sido submetidos a procedimentos cirúrgicos. 6 CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Comumente, efeitos adversos de opióides não causam letalidade e se mostram controláveis ou podem ser prevenidos. Tolerância e dependência física são raras em uso agudo, mas podem ocorrer em qualquer indivíduo submetido de modo prolongado a opióide por prescrição médica. Os efeitos colaterais mais comuns são geralmente sonolência, prisão de ventre, náuseas e vômitos. Alguns pacientes também podem ter tontura, prurido, alterações mentais (tais como pesadelos, confusão e alucinações), respiração lenta ou superficial ou dificuldade para urinar. Pacientes que tenham histórico de hipersensibilidade aos Analgésicos Opióides. Dependência a drogas, inclusive alcoolismo. 7 CASO CLÍNICO 02 GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS- AINES GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE Paciente R.D.N. do sexo masculino, 50 anos, melanoderma, sem histórico de patologias de base, normossistêmico. Procurou o complexo odontológico da UNIFAMETRO encaminhado pelo ortodontista para remoção de 2 dentes inclusos/impactados próximo a região da linha mediana, o que tornaria inviável uma possível intervenção ortodôntica. O profissional que recebeu o caso analisou estado clínico geral do paciente, programou a cirurgia de exodontia e finalização com enxerto ósseo para a semana seguinte e realizou as orientações adequadas. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Diante procedimento para remoção de tais dentes inclusos, esperando que certamente a cirurgia terá uma expectativa de dor e inflamação elevada, com duração de cerca de 5 horas (cirurgia ampla de alta complexidade), a conduta do profissional foi realizar uma terapia preempitiva com Glicocorticóides antes da lesão tecidual, para controle da hiperalgesia e redução da expectativa de dor, edema e trismo pós- operatório, objetivando inibir todo o desencadeamento da resposta inflamatória. Dessa maneira, havendo a necessidade de prescrever no pós-operatório somente Analgésico Não Opióide e Anti-Inflamatório Não Esteroidal (AINE), viabilizando assim maior conforto ao paciente. Levando em consideração o exposto, foi prescrito: Pré-operatoriamente: 1) Dexametasona 4 mg, via oral, com as seguintes orientações: tomar 1 comprimido 1 hora antes da realização do procedimento de exodontia dos dentes inclusos. Pós-operatóriamente: 8 2) Dipirona 500mg, por via oral, orientando tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas durante 3 dias. 3) Nimesulida 100mg, por via oral de 12 em 12 horas durante 3 dias 9 PRESCRIÇÕES FARMACOLÓGICAS PARA CASO CLÍNICO ANTI-INFLAMATÓRIO ESTEROIDAL 10 ANTI-INFLAMATÓRIONÃO ESTEROIDAL (AINE) 11 ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE 12 MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS O mecanismo de ação dos Glicocorticóides (GC) é a transcrição gênica, inibindo a expressão de toda a inflamação, por isso são mais potentes. O medicamento glicocorticóide é absorvido para o plasma sanguíneo, por ser lipofílico, atravessa por difusão passiva a membrana celular da célula-alvo e no citoplasma se liga a uma proteína ligadora de corticoide específica. O complexo glicocorticóide-receptor sofre transformação estrutural e se torna capaz de penetrar no núcleo celular, no qual se liga ao DNA da célula responsável por produzir não somente de proteínas antiinflamatórias, como a lipocortina-1 e IkB, mas também de proteínas que atuam no metabolismo sistêmico (proteínas que promovem gliconeogênese). O glicocorticoide faz o DNA parar de produzir tais elementos e inibe todas as substâncias envolvidas no processo inflamatório. Glicocorticóide é absorvido Atravessa a membrana celular da célula-alvo Liga-se a uma proteína ligadora de corticoide específica Penetra no núcleo celular Liga-se ao DNA DNA reduz a produção de elementos essenciais Resultando na inibição de todas as substâncias envolvidas no processo inflamatório 13 INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Os efeitos colaterais dos corticoides são mais comuns em casos de uso prolongado e incluem cansaço, aumento dos níveis de açúcar no sangue, diminuição das defesas corporais, agitação, insônia, aumento do colesterol e dos triglicerídeos, dor de cabeça ou glaucoma, por exemplo. É importante ressaltar que normalmente o corticoide é utilizado por curtos períodos de tempo, e quando o seu uso é mais recorrente ou longo, outros remédios são necessários para tentar conter os seus efeitos colaterais mais significativos. O corticoide é indicado para grande parte das reações inflamatórias e em alguns casos de imunossupressão, assim como é indicado para realização de terapia preempitiva (dose única terapêutica). Crianças também devem ser monitoradas e os medicamentos apenas utilizados em casos de necessidade, uma vez que o seu uso por longos períodos pode causar um prejuízo no desenvolvimento muscular e esquelético. Em idosos também é preciso avaliar como está o metabolismo antes de prescrever corticoides. Os corticoides não possuem uma contra-indicação absoluta, mas devem ser utilizados apenas sob orientação médica. Pessoas com diabetes, hipertensão, com osteoporose ou na menopausa devem ser mais cuidadosas com estes medicamentos, uma vez que eles costumam alterar a glicemia, pressão arterial e estão relacionados à uma propensão de aumento da fragilidade óssea. 14 MECANISMO DE AÇÃO DO ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDAL (AINE) Fisiologicamente, diante de uma agressão tecidual o organismo irá responder com uma inflamação, cujo objetivo é a defesa e reparação. A reação tecidual acontece inicialmente com a liberação imediata de mediadores pré-formados, especificamente histamina, bradicinina, serotonina e demais, minutos depois há liberação dos mediadores recém-sintetizados e formação do coagulo sanguíneo. Acontece então a ativação de uma enzima, Fosfolipase A2 que age sobre os fosfolipídios de membrana quebrando-os em ácido araquidônico. Diante disso, duas enzimas são expressas, cicloxigenase e lipoxigenase, ambas agem sobre o mesmo substrato (ácido aracdônico) produzindo assim os mediadores inflamatórios, leucotrienos, prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano A2, responsáveis pelos sinais clínicos da inflamação. Os AINES têm como alvo farmacológico o sítio catalítico das cicloxigenases, consequentemente inibindo os mediadores da inflamação (dor, calor, edema, rubor e perda da função). Ligam-se ao sítio catalítico das cicloxigenases Inibem os mediadores da inflamação Dor, calor, rubor, edema e perda da função. 15 INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS A principal limitação no uso dos AINES são os seus efeitos gastrointestinais que estão entre os mais graves, incluindo náuseas, dor abdominal e úlcera gástrica. Os AINES inibidores seletivos de COX-2 parecem minimizar esses efeitos. Os AINES não oferecem efeitos cardioprotetores, e podem agravar problemas renais em paciente idosos, com insuficiência cardíaca, diabéticos, cirróticos, dentre outros. Alguns AINES têm sido associados a efeitos de hepatotoxicidade. O uso dos AINES está relacionado a uma elevação da pressão sanguínea, sendo esse efeito mais evidenciado em pacientes que fazem uso de drogas anti-hipertensivas. Os AINES apresentam propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. São as drogas de primeira escolha no tratamento de doenças reumáticas e não-reumáticas como, artrite reumatóide, osteoartrite e artrite psoriática, assim como nas seqüelas de traumas e contusões e ainda nos pós- operatórios. É o principal tratamento para a dor leve e moderada devido as suas propriedades analgésicas prolongadas e diminuem a temperatura corporal elevada sem provocar dependência química. Pessoas com úlcera péptica ativa. Os não seletivos devem ser evitados também se houver história prévia de doença ulcerosa péptica. Embora o uso de inibidores seletivos da cicloxigenase 2 (COX-2) possa ser considerado nesta situação, sua vantagem sobre os não seletivos na redução de complicações gastrintestinais parece não se manter a longo prazo. Em geral, os anti-inflamatórios não-esteroides não são recomendados na gravidez. Insuficiência cardíaca grave, uma vez que podem afetar a função renal, provocando retenção de água e sal. Devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Anti-inflamatórios não-esteroides não seletivos da COX-2, apresentam aumento no risco de eventos tromboembólicos, como enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo contra-indicados nestas situações e na vigência de doença arterial periférica. 16 MECANISMO DE AÇÃO ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES Os analgésicos não opióides inibem cicloxigenases (COX-1 e COX-2), enzimas envolvidas na síntese de prostaglandinas, evitando assim sensibilização (hiperalgesia primária) de receptores periféricos de dor e produzindo analgesia. Sugere-se que paracetamol tenha mecanismo de ação diferente, inibindo centralmente COX- 2 e COX-3 (variante de COX-1) e ativando outras vias e receptores envolvidos na produção de dor. Dipirona (metamizol), do grupo das fenazonas, inibe fracamente COX-1 e COX-2 em tecidos periféricos, atuando provavelmente em cicloxigenases cerebrais e inibindo COX-3 em corno dorsal da medula espinhal. INDICAÇÕES CLÍNICAS Inibem cicloxigenases ( COX-1 e COX-2) Enzimas envolvidas na síntese de prostaglandinas Evitando sensibilização, hiperalgesia primária. Como analgésico-antipirético, são indicados por tempo curto, para alívio temporário de dores agudas e crônicas de intensidade leve a moderada, associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, dores leves relacionadas a artrites, dismenorreia e para a redução da febre. 17 CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS São em geral fármacos bastante seguros e com baixíssima incidência de efeitos colaterais quando a dose máxima é respeitada. Pode ocorrer, reações alérgicas graves em casos de hipersensibilidade. O consumo agudo de doses excessivas pode provocar insuficiência renal aguda. Indivíduos portadores de doença hepática Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula. Alcoólatras 18 CASO CLÍNICO 03 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS Paciente R.L.O, 33 anos de idade, sexo feminino, procurou atendimento odontológico de urgência queixando-se de dor intensae intermitente em região de dentes posteriores, não conseguindo referir dente exato, há 2 ou 3 dias. Durante anamnese a mesma referiu sentir febre, dificuldade de se alimentar, como também revelou ser portadora de HIV/AIDS, doença imunossupressora. Durante a execução do exame físico observou-se edema, comprometimento ganglionar e área de extensa de flutuação, ao mesmo tempo que ao exame intra oral identificou-se lesão cariosa extensa no elemento 46. Dessa maneira, foi solicitado uma radiografia periapical, que revelou a presença de um abcesso dentoalveolar agudo de evolução rápida. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Diante do quadro clínico apresentado pela paciente, o profissional responsável pelo caso realizou drenagem extra oral do abcesso e extração do elemento 46 para consultas posteriores. Levando em consideração também que a paciente é portadora de uma doença que causa imunossupressão e que a mesma apresenta sinais de disseminação sistêmica da infecção como dor, febre, comprometimento ganglionar e edema. O profissional optou ainda por realizar uma terapia medicamentosa, prescreveu um fármaco Antimicrobiano de maior espectro bacteriano: Amoxicilina 500mg + Ácido Clavulânico 125mg, por via oral, instruindo paciente a tomar 1 comprimido de 8 em 8 horas por 7 dias, totalizando 21 comprimidos. 19 PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 20 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS As drogas antimicrobianas têm seu mecanismo de ação baseado na interferência do crescimento bacteriano ou destruindo bactérias já presentes, têm ação bacteriostática ou bactericida, respectivamente. Tais fármacos possuem seu espectro bacteriano específico, ou seja, conjunto de microrganismos sensíveis a uma dada substância química antibiótica, com também exercem sua ação após alcançar uma concentração mínima no plasma sanguíneo, por esse motivo os antibióticos demoram um maior tempo para fazer seu efeito. Os agentes antimicrobianos, utilizados para o tratamento de infecções bacterianas, podem ser classificados, também, de acordo com o principal mecanismo de ação. Existem cinco principais modos de atuação: inibição da síntese da parede celular; inibição da síntese de proteínas; desestabilização da membrana da célula bacteriana; interferência na síntese de ácido nucleico. INDICAÇÕES CLÍNICAS Podem interferir no crescimento bacteriano Podem agir destrindo bactérias já presentes Resumidamente, ação bacterostática ou bactericida Paciente com processos infecciosos mesmo leves, mas que sejam imunocomprometidos. Paciente que mesmo não sendo imunocomprometido, apresenta infecção de avanço rápido, menos de 24 horas. Infecção avançada, com presença de celulites ou pericoronarite e sinais de comprometimento sistêmico. 21 CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Alguns dos efeitos colaterais podem incluir alterações nos resultados de exames ao sangue, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, inflamação do esôfago e faringe, úlcera no esôfago, pele e olhos amarelos ou urticária na pele. Evitar administrar tais drogas em situações de infecções que não sejam as citadas nas indicações. Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula. 22 CASO CLÍNICO 04 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIVIRAIS Paciente G.L.B, 28 anos de idade, sexo masculino, procurou atendimento odontológico referindo sentir por volta de 3 dias prurido, ardência, queimação, dor e desconforto na região do lábio inferior em direção a comissura labial. O exame clínico intra oral realizado pelo profissional responsável revelou a presença de lesões eritematosas em comissuras labiais, com vesículas e bolhas típicas do período clínico ativo da doença herpética labial. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Diante do quadro clinico característico de Herpes Labial, uma infecção na área da boca e dos lábios por HSV-1, o profissional em questão estabeleceu como tratamento medicamentoso a prescrição de um fármaco antiviral: Aciclovir Creme 5%, de uso local, realizando as orientações para paciente aplicar na lesão 5 vezes ao dia durante 5 dias, totalizando 1 bisnaga. 23 PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 24 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIVIRAIS Inúmeros são os mecanismos para o tratamento de infecções virais, dentre eles podemos citar o bloqueio da ligação do vírus, inibição da síntese de DNA/RNA, inibição da síntese proteica, inibição da liberação de vírus, inibição de vírus não encapsulado e o estímulo Imunológico. INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Inconvenientes no estômago como mal-estar e vômitos, irritação da mucosa, queimação transitória, assim como reações na pele após exposição ao sol. Inibição da síntese de DNA/RNA Inibição da liberação de vírus Inibição da síntese proteica Os antivirais são uma classe de medicamentos indicados para combater os sintomas do vírus, trata infecções virais, inclusive herpes genital e labial inicial e recorrente. Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula. https://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/ 25 CASO CLÍNICO 05 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS J.I.P. paciente de 60 anos de idade, sexo masculino, melanoderma, hipertenso, diabético, compareceu ao complexo odontológico da UNIFAMETRO para uma consulta. Durante anamnese paciente referiu ser fumante, relatou ainda fazer uso de prótese total superior e inferior por cerca de 20 anos e que sentia constantemente prurido intra oral, quando questionado sobre sua técnica de higienização da prótese o mesmo disse não realizar com frequência e que não retirava a prótese para dormir. No decorrer da consulta foi realizado o exame clínico intra oral, no qual percebeu-se placas brancas da mucosa oral de maneira generalizada, mucosa labial e bucal, língua e palato mole, suspeitando de Candidíase pseudomembranosa o profissional fez a tentativa de remoção com uma compressa de gaze seca e detectou que as manchas eram destacáveis. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Após estabelecido diagnóstico de Candidíase pseudomembranosa (caracterizada pela presença de placas brancas aderentes na mucosa bucal, que lembram leite coalhado. As placas brancas são compostas por hifas emaranhadas, leveduras, células epiteliais descamadas e fragmentos de tecido necrótico, que podem ser removidas pela raspagem), diante desse quadro clínico o profissional prescreveu a primeira linha de escolha das medicações Antifúngicas: Nistatina solução oral 100.000 UT/ML, de uso externo, instruindo paciente a realizar o bochecho com 5 ml, 4 vezes ao dia durante 7 dias, retendo na boca por aproximadamente 1 minuto e após deglutir a solução. 26 RESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 27 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS Os antifúngicos têm seu mecanismo de ação agindo sobre membrana celular, se intercala na membrana do fungo, formam poros na parede da membrana plasmática e promovem o vazamento principalmente de Na, Ca e k, matando as hifas do fungo. Pode agir também interferindo na enzima alfa-desmetilase, responsável pela organização do ergosterol durante a síntese da membrana plasmática, então forma defeitos na membrana que culmina também no vazamento de Na, Ca e k, matando as hifas do fungo. INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS A Nistatina é geralmente bem tolerada por todos os grupos de idade. Grandes doses orais têm ocasionalmente produzido diarreia, distúrbios gastrintestinais, náuseas e vômitos. Agem agindo sobre a membrana celular do fungo Ou agem sobre a enzima alfa- desmetilase, responsável pela organização do ergosterolFormam poros Promovem vazamento de Na, Ca e k Matando as hifas do fungo É indicado para o tratamento de candidíase da cavidade bucal e do trato digestivo superior. Estes medicamentos são contra-indicados para pessoas com alergia comprovada. 28 CASO CLÍNICO 06 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS Paciente A.K.D, com 38 anos de idade, sexo masculino, compareceu ao consultório odontológico para marcar extração dentária do elemento 14 e 44, por indicação ortodôntica. No decorrer da anamnese o paciente pontuou que é portador da doença de Von Willebrand, doença caracterizada pela ausência do fator de Von Willebrand, o qual posiciona-se abaixo da parede endotelial e é exposto após exposição da matriz, de maneira geral é um fator responsável pela agregação plaquetária. Após questionado sobre alguma outra condição sistêmica, o mesmo não relatou alterações ou doenças de base, logo sem risco cardiovascular aumentado. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Diante da condição clínica do paciente, em que se espera sangramento acentuado e constante em qualquer procedimento cirúrgico que passa ser executado, em especial nas exodontias, o profissional optou por prescrever pré-operatoriamente um fármaco Anti-hemorrágico para controlar sangramento no trans-cirúrgico, também com auxílio de esponjas de fibrina e visando ainda evitar hemorragia no pós-operatório. O medicamento proposto foi: Ácido Tranexâmico (Transamin) 250 mg, por via oral, dessa forma orientando-o a tomar 2 comprimidos de 8 em 8 horas, durante 1 dia, totalizando 6 comprimidos. Uma vez realizado a prescrição medicamentosa anti-hemorrágica e realizado a exodontia prevista, o profissional faz acompanhamento do paciente e suspende medicação anti- hemorrágica. 29 PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 30 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS Fármacos anti-hemorrágicos têm ação antifibrinolíticas, os mais usados em odontologia. Irão agir impedindo a ação do plasminigênio (presente nas células basais epidérmicas) em formar plasmina, reduzindo atividade fibrinolítica, proporcionando maior tempo da fibrina em contato com o coágulo e consequentemente aumentando a eficiência hemostática do coágulo formado, durante a cascata de coagulação. INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS Impedir a ação do plasminigênio em formar plasmina Reduzindo atividade fibrinolítica Proporcionando maior tempo da fibrina em contato com o coágulo Destinado ao controle e profilaxia de hemorragias provocadas por hiperfibrinólise, ausência de troboxano A2, falta do número mínimo de plaquetas ou plaquetas defeituosas, ausência do fator de Von Willebrand ou algum fator de coagulação sanguínea como é o caso de pacientes hemofílicos e ainda alterações estruturais na parede endotelial Pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Paciente que fazem uso de Varfarina, Heparina, AAS, Clopidogrel, ou seja, aqueles indivíduos com risco cardiovascular aumentado. 31 EFEITOS ADVERSOS De maneira geral são bem tolerados. Entretanto, podem desenvolver-se reações cutâneas de hipersensibilidade. Raramente, tonteira, cefaleia, alterações da visão, hipotensão arterial e tromboembolismo. Em tratamentos de longo prazo, foi observada, também, dificuldade para identificação das cores. Estas reações adversas ocorreram com a utilização de doses elevadas e desapareceram com a redução das mesmas. 32 CASO CLÍNICO 07 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS USADOS NO CONTROLE DA ANSIEDADE NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: BENZODIAZEPÍNICOS Paciente S.S.O, sexo feminino, 35 anos de idade, normossistêmico, compareceu a unidade de saúde para atendimento odontológico para realizar a exodontia de um resto radicular detectado em consulta anterior (procedimento simples e de baixa complexidade). Ao sentar-se na cadeira odontológica dentista percebeu que o mesmo estava suando excessivamente e que se apresentava pálido. No decorrer da anamnese realizada de maneira detalhada o paciente relatou sentir-se muito nervoso e ansioso a cada vez que necessitava ir ao dentista, e referiu já ter passado por episódios de lipotímia (dificuldade de respirar e vista escura) e até mesmo síncope (desmaio, perda de consciência) durante atendimento odontológico, quando questionado pelo cirurgião. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Estabeleceu-se o protocolo de redução do estresse para controle da ansiedade, adequação de um ambiente tranquilo, boa relação de confiança entre o profissional e paciente, e junto disso profissional prescreveu benzodiazepínicos para uso prévio ao procedimento: Diazepam 10 mg, por via oral, realizando instrução para paciente tomar 1 comprimido na noite anterior ao procedimento clínico. 33 PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS Os benzodiazepínicos exercem efeitos hipnóticos, ansiolíticos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes relativamente seletivos que tem como principal atividade potencializar o mecanismo de inibição do Sistema Nervos Central (SNC). Como agentes hipnóticos, os benzodiazepínicos reduzem o tempo de latência para o sono e aumenta a duração do sono no estado natural. São drogas que acalmam, deixa mais tranquilo, reduz a ansiedade, que provocar inconsciência. Efeitos hipnóticos Ansiolíticos Miorrelaxantes Anticonvulsivantes Potencializando o mecanismo de inibição SNC 34 INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Alguns dos efeitos colaterais incluem sonolência, cansaço extremo, relaxamento muscular e dificuldade para andar, tontura, confusão, depressão, agitação, irritação ou agressividade. Alívio da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pacientes com alergia aos benzodiazepínicos ou a outros componentes da fórmula. Pacientes com psicoses, insuficiência respiratória grave, glaucoma, pacientes com história de dependência de álcool ou drogas. 35 CASO CLÍNICO 08 GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA Paciente H.L.M, sexo feminino, 30 anos de idade, melanoderma, direcionou-se ao complexo odontológico da UNIFAMETRO para realização de uma consulta e raspagem periodontal, no ato da anamnese paciente referiu ter asma (uma doença inflamatória crônica das vias aéreas). No decorrer do atendimento a paciente demonstrou-se muito ansiosa e apresentou os seguintes sinais e sintomas clínicos: falta de ar, cianose, respiração com sibilos e de maneira geral sentia dificuldade de expirar. QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? Diante um quadro clínico de crise asmática, o profissional de imediato pediu ao paciente que auto-administresse o broncodilatador em aerossol de seu próprio uso, uma alternativa caso, por algum motivo, isto não seja possível, seria a realização do insufle em 5 aplicações de Aerolin (Salbutamol apresentação em “spray” de 100 mcg/dose) num saco de papel, adaptando-o na boca/nariz, dessa forma pedindo para que o paciente inspire. Seguidamente, colocar a paciente sentada confortavelmente, proporcionando apoio para braços a frente, estabelecendo o protocolo de redução da ansiedade, acalmar o paciente, administrar oxigênio (O2) e por último, em casos mais graves, onde não houver regressão do episódio, administrar adrenalina 0,3 ml de uma diluição de 1:1.000 por via SC) e providenciar auxílio médico de imediato. 36 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA As emergências ambulatoriais em Odontologia são situações que necessitam medidas imediatas, tendo em vista que o(a) paciente corre risco de vida. De modo geral sãoexecutas por parte do Cirurgião-Dentista manobras específicas para cada caso, existem um arsenal de medicamentos que podem ser usados levando em consideração a situação de emergência presente e cada medicação apresenta um mecanismo de ação específico de acordo com a condição que paciente se encontra. A crise asmática acontece em paciente que já apresenta histórico de asma, isto somado ao processo de ansiedade exacerbada que paciente sente durante atendimento odontológico, dentre as medidas para reverter esse quadro, como citado anteriormente, está a auto-administração do broncodilatador em aerossol do próprio uso do paciente, ou realização de insufle (fazendo 5 aplicações de Aerolin, Salbutamol apresentação em “spray” de 100 mcg/dose) num saco de papel, adaptando-o na boca/nariz, dessa forma pedindo para que o paciente inspire. Posteriormente, colocar a paciente sentada confortavelmente, proporcionando apoio para braços a frente, estabelecendo o protocolo de redução da ansiedade, acalmar o paciente, ofertar oxigênio (O2) e por último, em casos mais graves, onde não houver regressão do episódio, administrar adrenalina 0,3 ml de uma diluição de 1:1.000 por via SC) e providenciar auxílio médico de imediato. INDICAÇÕES CLÍNICAS CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS Alguns dos efeitos colaterais estão relacionados a episódios de hipersensibilidade. Os fármacos utilizados nas emergências ambulatoriais em odontologia, são administrados em casos específicos de crise hipertensiva, angina, crise de hipoglicemia, crise convulsiva, asmática, crise por superdosagens de anestésicos locais, hipersensibilidade a medicamentos específicos, dentre outros. Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula. 37 REFERÊNCIAS DE ANDRADE, Eduardo Dias. Terapêutica medicamentosa em odontologia. Artes Médicas Editora, 2014. NOGUEIRA, Hadison Santos et al. Antibacterianos: principais classes, mecanismos de ação e resistência. Unimontes Científica, v. 18, n. 2, p. 96-108, 2017. TEIXEIRA, Tanussa Freitas; QUESADA, Gustavo Adolfo Terra. Terapia ansiolítica para pacientes odontológicos. Saúde (Santa Maria), v. 30, n. 1-2, p. 100-103, 2004. WANNMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia clínica para dentistas. In: Farmacologia clínica para dentistas. 1995.
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