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CASOS CLÍNICOS DE TERAPÊUTICA APLICADA EM ODONTOLOGIA

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2 
 
SUMÁRIO 
 
CASO CLÍNICO 01 ................................................................................................................ 3 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICOS OPIÓIDES .................................................. 3 
CASO CLÍNICO 02 ................................................................................................................ 7 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS ............................... 7 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS- AINES .......... 7 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE .............................................. 7 
CASO CLÍNICO 03 .............................................................................................................. 18 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS ..................................... 18 
CASO CLÍNICO 04 .............................................................................................................. 22 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIVIRAIS .................................................. 22 
CASO CLÍNICO 05 .............................................................................................................. 25 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS ............................................ 25 
CASO CLÍNICO 06 .............................................................................................................. 28 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS ............................... 28 
CASO CLÍNICO 07 .............................................................................................................. 32 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS USADOS NO CONTROLE DA ANSIEDADE 
NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: BENZODIAZEPÍNICOS ...................................... 32 
CASO CLÍNICO 08 .............................................................................................................. 35 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS 
AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA ............................................................................. 35 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 37 
 
3 
 
CASO CLÍNICO 01 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICOS OPIÓIDES 
F.G.H, com 27 anos de idade, sexo feminino, fioderma, procurou complexo 
odontológico UNIFAMETRO, referindo que seus 4 terceiros molares haviam 
erupcionado e que os mesmos vinham trazendo dor intensa e intermitente. Durante 
realização da anamnese criteriosa paciente referiu não ser alérgico aos AINES. E uma 
vez feito exame clínico (físico e intra oral) e radiológico revelou-se que os dentes 18, 
28, 38 e 48 estavam impactados e em posição horizontal. Diante da situação clínica, 
a paciente submeteu-se a uma cirurgia odontológica para remoção do elemento 18 e 
48 no mesmo dia e foi marcada exodontia dos elementos 28 e 38 para consultas 
posteriores. No decorrer do ato cirúrgico, foi realizado retalho, odontossecção, 
osteotomias, removido uma porção de tábua óssea e o procedimento considerado de 
alta complexidade durou cerca de 5 horas. Após o procedimento a paciente 
apresentou dor forte e intermitente, assim como edema na região operada. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Levando em consideração situação clínica pós-operatória apresentada acima, como 
também a não realização de uma terapia preempitiva antes do procedimento que teria 
uma expectativa de inflamação e dor muito elevada, o profissional optou por realizar 
a prescrição farmacológica de Analgésico Opióide associado a um Anti-Inflamatório: 
Paracetamol 500mg + Fosfato de Codeína 7,5mg (TILEX), por via oral, realizando a 
orientação precisa de 1 comprimido de 4 em 4 horas durante 3 dias, totalizando 24 
comprimidos. 
 
 
 
 
 
4 
 
PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
5 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANALGÉSICOS OPIÓIDES 
 
 
Os opióides atuam a nível celular ligando-se aos receptores de opióides (mesmos 
receptores das endorfinas) presentes em todo sistema nervoso central (SNC), 
potencializando a resposta analgésica e diminuindo a chegada de informações de dor 
ao SNC, em vista disso são analgésicos de ação central. Resumidamente, os 
receptores opióides são ligados às proteínas G inibitórias. A ativação dessa proteína 
desencadeia uma cascata de eventos: bloqueiam os canais de cálcio voltagem 
dependentes, diminui a liberação de neurotransmissores excitatórios, redução na 
produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao refluxo de 
potássio resultando em hiperpolarização celular. Assim, o efeito final é a redução da 
excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos 
nociceptivos. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
Opióides ligam-se a 
receptores de 
opóides
Bloqueiam canas de 
cálcio
Diminuem a 
liberação de 
neurotransmissores 
excitatórios
Resultando em 
redução da 
neurotransmissão 
de impulsos 
nociceptivos.
Alívio de dores moderadas a intensas.
Pacientes alérgicos a qualquer AINE que tenham 
sido submetidos a procedimentos cirúrgicos.
6 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Comumente, efeitos adversos de opióides não causam letalidade e se mostram 
controláveis ou podem ser prevenidos. Tolerância e dependência física são raras em 
uso agudo, mas podem ocorrer em qualquer indivíduo submetido de modo prolongado 
a opióide por prescrição médica. Os efeitos colaterais mais comuns são geralmente 
sonolência, prisão de ventre, náuseas e vômitos. Alguns pacientes também podem ter 
tontura, prurido, alterações mentais (tais como pesadelos, confusão e alucinações), 
respiração lenta ou superficial ou dificuldade para urinar. 
 
 
 
 
 
 
Pacientes que tenham histórico de hipersensibilidade aos 
Analgésicos Opióides.
Dependência a drogas, inclusive alcoolismo.
7 
 
CASO CLÍNICO 02 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS- AINES 
GRUPO FARMACOLÓGICO: ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE 
Paciente R.D.N. do sexo masculino, 50 anos, melanoderma, sem histórico de 
patologias de base, normossistêmico. Procurou o complexo odontológico da 
UNIFAMETRO encaminhado pelo ortodontista para remoção de 2 dentes 
inclusos/impactados próximo a região da linha mediana, o que tornaria inviável uma 
possível intervenção ortodôntica. O profissional que recebeu o caso analisou estado 
clínico geral do paciente, programou a cirurgia de exodontia e finalização com enxerto 
ósseo para a semana seguinte e realizou as orientações adequadas. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Diante procedimento para remoção de tais dentes inclusos, esperando que 
certamente a cirurgia terá uma expectativa de dor e inflamação elevada, com duração 
de cerca de 5 horas (cirurgia ampla de alta complexidade), a conduta do profissional 
foi realizar uma terapia preempitiva com Glicocorticóides antes da lesão tecidual, para 
controle da hiperalgesia e redução da expectativa de dor, edema e trismo pós-
operatório, objetivando inibir todo o desencadeamento da resposta inflamatória. 
Dessa maneira, havendo a necessidade de prescrever no pós-operatório somente 
Analgésico Não Opióide e Anti-Inflamatório Não Esteroidal (AINE), viabilizando assim 
maior conforto ao paciente. Levando em consideração o exposto, foi prescrito: 
Pré-operatoriamente: 
1) Dexametasona 4 mg, via oral, com as seguintes orientações: tomar 1 
comprimido 1 hora antes da realização do procedimento de exodontia dos 
dentes inclusos. 
Pós-operatóriamente: 
8 
 
2) Dipirona 500mg, por via oral, orientando tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas 
durante 3 dias. 
3) Nimesulida 100mg, por via oral de 12 em 12 horas durante 3 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
PRESCRIÇÕES FARMACOLÓGICAS PARA CASO CLÍNICO 
ANTI-INFLAMATÓRIO ESTEROIDAL 
 
 
10 
 
ANTI-INFLAMATÓRIONÃO ESTEROIDAL (AINE) 
 
11 
 
ANALGÉSICO NÃO OPIÓIDE 
 
12 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS 
 
 
O mecanismo de ação dos Glicocorticóides (GC) é a transcrição gênica, inibindo a 
expressão de toda a inflamação, por isso são mais potentes. O medicamento 
glicocorticóide é absorvido para o plasma sanguíneo, por ser lipofílico, atravessa por 
difusão passiva a membrana celular da célula-alvo e no citoplasma se liga a uma 
proteína ligadora de corticoide específica. O complexo glicocorticóide-receptor sofre 
transformação estrutural e se torna capaz de penetrar no núcleo celular, no qual se 
liga ao DNA da célula responsável por produzir não somente de proteínas 
antiinflamatórias, como a lipocortina-1 e IkB, mas também de proteínas que atuam no 
metabolismo sistêmico (proteínas que promovem gliconeogênese). O glicocorticoide 
faz o DNA parar de produzir tais elementos e inibe todas as substâncias envolvidas 
no processo inflamatório. 
 
Glicocorticóide é 
absorvido
Atravessa a 
membrana celular da 
célula-alvo
Liga-se a uma 
proteína ligadora de 
corticoide específica
Penetra no núcleo 
celular
Liga-se ao DNA 
DNA reduz a 
produção de 
elementos essenciais
Resultando na 
inibição de todas as 
substâncias 
envolvidas no 
processo 
inflamatório
13 
 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Os efeitos colaterais dos corticoides são mais comuns em casos de uso prolongado e 
incluem cansaço, aumento dos níveis de açúcar no sangue, diminuição das defesas 
corporais, agitação, insônia, aumento do colesterol e dos triglicerídeos, dor de cabeça 
ou glaucoma, por exemplo. 
 
 
 
 
É importante ressaltar que normalmente o corticoide é utilizado por curtos 
períodos de tempo, e quando o seu uso é mais recorrente ou longo, outros 
remédios são necessários para tentar conter os seus efeitos colaterais mais 
significativos.
O corticoide é indicado para grande parte das reações inflamatórias e em 
alguns casos de imunossupressão, assim como é indicado para realização de 
terapia preempitiva (dose única terapêutica).
Crianças também devem ser monitoradas e os medicamentos apenas utilizados 
em casos de necessidade, uma vez que o seu uso por longos períodos pode 
causar um prejuízo no desenvolvimento muscular e esquelético. Em idosos 
também é preciso avaliar como está o metabolismo antes de prescrever 
corticoides.
Os corticoides não possuem uma contra-indicação absoluta, mas devem ser 
utilizados apenas sob orientação médica. Pessoas com diabetes, hipertensão, 
com osteoporose ou na menopausa devem ser mais cuidadosas com estes 
medicamentos, uma vez que eles costumam alterar a glicemia, pressão arterial 
e estão relacionados à uma propensão de aumento da fragilidade óssea.
14 
 
MECANISMO DE AÇÃO DO ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDAL (AINE) 
 
 
Fisiologicamente, diante de uma agressão tecidual o organismo irá responder com 
uma inflamação, cujo objetivo é a defesa e reparação. A reação tecidual acontece 
inicialmente com a liberação imediata de mediadores pré-formados, especificamente 
histamina, bradicinina, serotonina e demais, minutos depois há liberação dos 
mediadores recém-sintetizados e formação do coagulo sanguíneo. Acontece então a 
ativação de uma enzima, Fosfolipase A2 que age sobre os fosfolipídios de membrana 
quebrando-os em ácido araquidônico. Diante disso, duas enzimas são expressas, 
cicloxigenase e lipoxigenase, ambas agem sobre o mesmo substrato (ácido 
aracdônico) produzindo assim os mediadores inflamatórios, leucotrienos, 
prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano A2, responsáveis pelos sinais clínicos 
da inflamação. Os AINES têm como alvo farmacológico o sítio catalítico das 
cicloxigenases, consequentemente inibindo os mediadores da inflamação (dor, calor, 
edema, rubor e perda da função). 
 
 
 
Ligam-se ao 
sítio catalítico 
das 
cicloxigenases
Inibem os 
mediadores da 
inflamação
Dor, calor, 
rubor, edema e 
perda da 
função.
15 
 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
A principal limitação no uso dos AINES são os seus efeitos gastrointestinais que estão 
entre os mais graves, incluindo náuseas, dor abdominal e úlcera gástrica. Os AINES 
inibidores seletivos de COX-2 parecem minimizar esses efeitos. Os AINES não 
oferecem efeitos cardioprotetores, e podem agravar problemas renais em paciente 
idosos, com insuficiência cardíaca, diabéticos, cirróticos, dentre outros. Alguns AINES 
têm sido associados a efeitos de hepatotoxicidade. O uso dos AINES está relacionado 
a uma elevação da pressão sanguínea, sendo esse efeito mais evidenciado em 
pacientes que fazem uso de drogas anti-hipertensivas. 
Os AINES apresentam propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e 
antipiréticas. São as drogas de primeira escolha no tratamento de doenças 
reumáticas e não-reumáticas como, artrite reumatóide, osteoartrite e artrite 
psoriática, assim como nas seqüelas de traumas e contusões e ainda nos pós-
operatórios. É o principal tratamento para a dor leve e moderada devido as suas 
propriedades analgésicas prolongadas e diminuem a temperatura corporal 
elevada sem provocar dependência química.
Pessoas com úlcera péptica ativa. Os não seletivos devem ser evitados 
também se houver história prévia de doença ulcerosa péptica. Embora o uso de 
inibidores seletivos da cicloxigenase 2 (COX-2) possa ser considerado nesta 
situação, sua vantagem sobre os não seletivos na redução de complicações 
gastrintestinais parece não se manter a longo prazo.
Em geral, os anti-inflamatórios não-esteroides não são recomendados na 
gravidez.
Insuficiência cardíaca grave, uma vez que podem afetar a função renal, 
provocando retenção de água e sal. Devem ser usados com cautela em 
pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Anti-inflamatórios não-esteroides não seletivos da COX-2, apresentam aumento 
no risco de eventos tromboembólicos, como enfarte agudo do miocárdio e 
acidente vascular cerebral, sendo contra-indicados nestas situações e na 
vigência de doença arterial periférica.
16 
 
MECANISMO DE AÇÃO ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES 
 
 
Os analgésicos não opióides inibem cicloxigenases (COX-1 e COX-2), enzimas 
envolvidas na síntese de prostaglandinas, evitando assim sensibilização (hiperalgesia 
primária) de receptores periféricos de dor e produzindo analgesia. Sugere-se que 
paracetamol tenha mecanismo de ação diferente, inibindo centralmente COX-
2 e COX-3 (variante de COX-1) e ativando outras vias e receptores envolvidos na 
produção de dor. Dipirona (metamizol), do grupo das fenazonas, inibe 
fracamente COX-1 e COX-2 em tecidos periféricos, atuando provavelmente em 
cicloxigenases cerebrais e inibindo COX-3 em corno dorsal da medula espinhal. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
 
 
 
Inibem 
cicloxigenases (
COX-1 e COX-2)
Enzimas 
envolvidas na 
síntese de 
prostaglandinas
Evitando 
sensibilização, 
hiperalgesia 
primária.
Como analgésico-antipirético, são indicados por tempo curto, para alívio 
temporário de dores agudas e crônicas de intensidade leve a moderada, 
associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas 
costas, dores leves relacionadas a artrites, dismenorreia e para a redução da 
febre.
17 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
São em geral fármacos bastante seguros e com baixíssima incidência de efeitos 
colaterais quando a dose máxima é respeitada. Pode ocorrer, reações alérgicas 
graves em casos de hipersensibilidade. O consumo agudo de doses excessivas pode 
provocar insuficiência renal aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indivíduos portadores de doença hepática
Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.
Alcoólatras
18 
 
CASO CLÍNICO 03 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS 
Paciente R.L.O, 33 anos de idade, sexo feminino, procurou atendimento odontológico 
de urgência queixando-se de dor intensae intermitente em região de dentes 
posteriores, não conseguindo referir dente exato, há 2 ou 3 dias. Durante anamnese 
a mesma referiu sentir febre, dificuldade de se alimentar, como também revelou ser 
portadora de HIV/AIDS, doença imunossupressora. Durante a execução do exame 
físico observou-se edema, comprometimento ganglionar e área de extensa de 
flutuação, ao mesmo tempo que ao exame intra oral identificou-se lesão cariosa 
extensa no elemento 46. Dessa maneira, foi solicitado uma radiografia periapical, que 
revelou a presença de um abcesso dentoalveolar agudo de evolução rápida. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Diante do quadro clínico apresentado pela paciente, o profissional responsável pelo 
caso realizou drenagem extra oral do abcesso e extração do elemento 46 para 
consultas posteriores. Levando em consideração também que a paciente é portadora 
de uma doença que causa imunossupressão e que a mesma apresenta sinais de 
disseminação sistêmica da infecção como dor, febre, comprometimento ganglionar e 
edema. O profissional optou ainda por realizar uma terapia medicamentosa, 
prescreveu um fármaco Antimicrobiano de maior espectro bacteriano: 
Amoxicilina 500mg + Ácido Clavulânico 125mg, por via oral, instruindo paciente a 
tomar 1 comprimido de 8 em 8 horas por 7 dias, totalizando 21 comprimidos. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
20 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS 
 
 
As drogas antimicrobianas têm seu mecanismo de ação baseado na interferência do 
crescimento bacteriano ou destruindo bactérias já presentes, têm ação bacteriostática 
ou bactericida, respectivamente. Tais fármacos possuem seu espectro bacteriano 
específico, ou seja, conjunto de microrganismos sensíveis a uma dada substância 
química antibiótica, com também exercem sua ação após alcançar uma concentração 
mínima no plasma sanguíneo, por esse motivo os antibióticos demoram um maior 
tempo para fazer seu efeito. Os agentes antimicrobianos, utilizados para o tratamento 
de infecções bacterianas, podem ser classificados, também, de acordo com o principal 
mecanismo de ação. Existem cinco principais modos de atuação: inibição da síntese 
da parede celular; inibição da síntese de proteínas; desestabilização da membrana da 
célula bacteriana; interferência na síntese de ácido nucleico. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
Podem interferir 
no crescimento 
bacteriano
Podem agir 
destrindo 
bactérias já 
presentes
Resumidamente, 
ação 
bacterostática 
ou bactericida
Paciente com processos infecciosos mesmo leves, mas que sejam 
imunocomprometidos.
Paciente que mesmo não sendo imunocomprometido, apresenta infecção de 
avanço rápido, menos de 24 horas.
Infecção avançada, com presença de celulites ou pericoronarite e sinais de 
comprometimento sistêmico.
21 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Alguns dos efeitos colaterais podem incluir alterações nos resultados de exames ao 
sangue, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, inflamação do esôfago e faringe, 
úlcera no esôfago, pele e olhos amarelos ou urticária na pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evitar administrar tais drogas em situações de infecções que não sejam as 
citadas nas indicações. 
Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.
22 
 
CASO CLÍNICO 04 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIVIRAIS 
Paciente G.L.B, 28 anos de idade, sexo masculino, procurou atendimento 
odontológico referindo sentir por volta de 3 dias prurido, ardência, queimação, dor e 
desconforto na região do lábio inferior em direção a comissura labial. O exame clínico 
intra oral realizado pelo profissional responsável revelou a presença de lesões 
eritematosas em comissuras labiais, com vesículas e bolhas típicas do período clínico 
ativo da doença herpética labial. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Diante do quadro clinico característico de Herpes Labial, uma infecção na área da 
boca e dos lábios por HSV-1, o profissional em questão estabeleceu como tratamento 
medicamentoso a prescrição de um fármaco antiviral: 
Aciclovir Creme 5%, de uso local, realizando as orientações para paciente aplicar na 
lesão 5 vezes ao dia durante 5 dias, totalizando 1 bisnaga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
24 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIVIRAIS 
 
 
Inúmeros são os mecanismos para o tratamento de infecções virais, dentre eles 
podemos citar o bloqueio da ligação do vírus, inibição da síntese de DNA/RNA, 
inibição da síntese proteica, inibição da liberação de vírus, inibição de vírus não 
encapsulado e o estímulo Imunológico. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Inconvenientes no estômago como mal-estar e vômitos, irritação da mucosa, 
queimação transitória, assim como reações na pele após exposição ao sol. 
 
Inibição da 
síntese de 
DNA/RNA
Inibição da 
liberação de 
vírus
Inibição 
da síntese 
proteica
Os antivirais são uma classe de medicamentos indicados para combater os 
sintomas do vírus, trata infecções virais, inclusive herpes genital e labial inicial e 
recorrente.
Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.
https://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/
25 
 
CASO CLÍNICO 05 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS 
J.I.P. paciente de 60 anos de idade, sexo masculino, melanoderma, hipertenso, 
diabético, compareceu ao complexo odontológico da UNIFAMETRO para uma 
consulta. Durante anamnese paciente referiu ser fumante, relatou ainda fazer uso de 
prótese total superior e inferior por cerca de 20 anos e que sentia constantemente 
prurido intra oral, quando questionado sobre sua técnica de higienização da prótese o 
mesmo disse não realizar com frequência e que não retirava a prótese para dormir. 
No decorrer da consulta foi realizado o exame clínico intra oral, no qual percebeu-se 
placas brancas da mucosa oral de maneira generalizada, mucosa labial e bucal, língua 
e palato mole, suspeitando de Candidíase pseudomembranosa o profissional fez a 
tentativa de remoção com uma compressa de gaze seca e detectou que as manchas 
eram destacáveis. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Após estabelecido diagnóstico de Candidíase pseudomembranosa (caracterizada 
pela presença de placas brancas aderentes na mucosa bucal, que lembram leite 
coalhado. As placas brancas são compostas por hifas emaranhadas, leveduras, 
células epiteliais descamadas e fragmentos de tecido necrótico, que podem ser 
removidas pela raspagem), diante desse quadro clínico o profissional prescreveu a 
primeira linha de escolha das medicações Antifúngicas: 
Nistatina solução oral 100.000 UT/ML, de uso externo, instruindo paciente a realizar o 
bochecho com 5 ml, 4 vezes ao dia durante 7 dias, retendo na boca por 
aproximadamente 1 minuto e após deglutir a solução. 
 
 
 
 
 
26 
 
RESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
27 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS 
 
 
Os antifúngicos têm seu mecanismo de ação agindo sobre membrana celular, se 
intercala na membrana do fungo, formam poros na parede da membrana plasmática 
e promovem o vazamento principalmente de Na, Ca e k, matando as hifas do fungo. 
Pode agir também interferindo na enzima alfa-desmetilase, responsável pela 
organização do ergosterol durante a síntese da membrana plasmática, então forma 
defeitos na membrana que culmina também no vazamento de Na, Ca e k, matando as 
hifas do fungo. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
A Nistatina é geralmente bem tolerada por todos os grupos de idade. Grandes doses 
orais têm ocasionalmente produzido diarreia, distúrbios gastrintestinais, náuseas e 
vômitos. 
Agem agindo 
sobre a 
membrana 
celular do 
fungo
Ou agem 
sobre a 
enzima alfa-
desmetilase, 
responsável 
pela 
organização 
do ergosterolFormam 
poros 
Promovem 
vazamento de 
Na, Ca e k
Matando as 
hifas do fungo
É indicado para o tratamento de candidíase da cavidade bucal e do trato 
digestivo superior.
Estes medicamentos são contra-indicados para pessoas com alergia 
comprovada.
28 
 
CASO CLÍNICO 06 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS 
Paciente A.K.D, com 38 anos de idade, sexo masculino, compareceu ao consultório 
odontológico para marcar extração dentária do elemento 14 e 44, por indicação 
ortodôntica. No decorrer da anamnese o paciente pontuou que é portador da doença 
de Von Willebrand, doença caracterizada pela ausência do fator de Von Willebrand, o 
qual posiciona-se abaixo da parede endotelial e é exposto após exposição da matriz, 
de maneira geral é um fator responsável pela agregação plaquetária. Após 
questionado sobre alguma outra condição sistêmica, o mesmo não relatou alterações 
ou doenças de base, logo sem risco cardiovascular aumentado. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Diante da condição clínica do paciente, em que se espera sangramento acentuado e 
constante em qualquer procedimento cirúrgico que passa ser executado, em especial 
nas exodontias, o profissional optou por prescrever pré-operatoriamente um fármaco 
Anti-hemorrágico para controlar sangramento no trans-cirúrgico, também com auxílio 
de esponjas de fibrina e visando ainda evitar hemorragia no pós-operatório. O 
medicamento proposto foi: 
Ácido Tranexâmico (Transamin) 250 mg, por via oral, dessa forma orientando-o a 
tomar 2 comprimidos de 8 em 8 horas, durante 1 dia, totalizando 6 comprimidos. Uma 
vez realizado a prescrição medicamentosa anti-hemorrágica e realizado a exodontia 
prevista, o profissional faz acompanhamento do paciente e suspende medicação anti-
hemorrágica. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
30 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ANTI-HEMORRÁGICOS 
 
 
Fármacos anti-hemorrágicos têm ação antifibrinolíticas, os mais usados em 
odontologia. Irão agir impedindo a ação do plasminigênio (presente nas células basais 
epidérmicas) em formar plasmina, reduzindo atividade fibrinolítica, proporcionando 
maior tempo da fibrina em contato com o coágulo e consequentemente aumentando 
a eficiência hemostática do coágulo formado, durante a cascata de coagulação. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
Impedir a ação 
do 
plasminigênio 
em formar 
plasmina 
Reduzindo 
atividade 
fibrinolítica
Proporcionando 
maior tempo da 
fibrina em 
contato com o 
coágulo 
Destinado ao controle e profilaxia de hemorragias provocadas por 
hiperfibrinólise, ausência de troboxano A2, falta do número mínimo de plaquetas 
ou plaquetas defeituosas, ausência do fator de Von Willebrand ou algum fator 
de coagulação sanguínea como é o caso de pacientes hemofílicos e ainda 
alterações estruturais na parede endotelial
Pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Paciente que fazem uso de Varfarina, Heparina, AAS, Clopidogrel, ou seja, 
aqueles indivíduos com risco cardiovascular aumentado.
31 
 
EFEITOS ADVERSOS 
De maneira geral são bem tolerados. Entretanto, podem desenvolver-se reações 
cutâneas de hipersensibilidade. Raramente, tonteira, cefaleia, alterações da visão, 
hipotensão arterial e tromboembolismo. Em tratamentos de longo prazo, foi 
observada, também, dificuldade para identificação das cores. Estas reações adversas 
ocorreram com a utilização de doses elevadas e desapareceram com a redução das 
mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
CASO CLÍNICO 07 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS USADOS NO CONTROLE DA 
ANSIEDADE NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO: BENZODIAZEPÍNICOS 
Paciente S.S.O, sexo feminino, 35 anos de idade, normossistêmico, compareceu a 
unidade de saúde para atendimento odontológico para realizar a exodontia de um 
resto radicular detectado em consulta anterior (procedimento simples e de baixa 
complexidade). Ao sentar-se na cadeira odontológica dentista percebeu que o mesmo 
estava suando excessivamente e que se apresentava pálido. No decorrer da 
anamnese realizada de maneira detalhada o paciente relatou sentir-se muito nervoso 
e ansioso a cada vez que necessitava ir ao dentista, e referiu já ter passado por 
episódios de lipotímia (dificuldade de respirar e vista escura) e até mesmo síncope 
(desmaio, perda de consciência) durante atendimento odontológico, quando 
questionado pelo cirurgião. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Estabeleceu-se o protocolo de redução do estresse para controle da ansiedade, 
adequação de um ambiente tranquilo, boa relação de confiança entre o profissional e 
paciente, e junto disso profissional prescreveu benzodiazepínicos para uso prévio ao 
procedimento: 
Diazepam 10 mg, por via oral, realizando instrução para paciente tomar 1 comprimido 
na noite anterior ao procedimento clínico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
PRESCRIÇÃO FARMACOLÓGICA PARA CASO CLÍNICO 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
 
 
Os benzodiazepínicos exercem efeitos hipnóticos, ansiolíticos, miorrelaxantes e 
anticonvulsivantes relativamente seletivos que tem como principal atividade 
potencializar o mecanismo de inibição do Sistema Nervos Central (SNC). Como 
agentes hipnóticos, os benzodiazepínicos reduzem o tempo de latência para o sono e 
aumenta a duração do sono no estado natural. São drogas que acalmam, deixa mais 
tranquilo, reduz a ansiedade, que provocar inconsciência. 
Efeitos hipnóticos Ansiolíticos Miorrelaxantes Anticonvulsivantes 
Potencializando o 
mecanismo de 
inibição SNC
34 
 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Alguns dos efeitos colaterais incluem sonolência, cansaço extremo, relaxamento 
muscular e dificuldade para andar, tontura, confusão, depressão, agitação, irritação 
ou agressividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alívio da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas 
associadas com a síndrome da ansiedade.
Pacientes com alergia aos benzodiazepínicos ou a outros componentes da 
fórmula.
Pacientes com psicoses, insuficiência respiratória grave, glaucoma, pacientes 
com história de dependência de álcool ou drogas.
35 
 
CASO CLÍNICO 08 
GRUPO FARMACOLÓGICO: FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS 
AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA 
Paciente H.L.M, sexo feminino, 30 anos de idade, melanoderma, direcionou-se ao 
complexo odontológico da UNIFAMETRO para realização de uma consulta e 
raspagem periodontal, no ato da anamnese paciente referiu ter asma (uma doença 
inflamatória crônica das vias aéreas). No decorrer do atendimento a paciente 
demonstrou-se muito ansiosa e apresentou os seguintes sinais e sintomas clínicos: 
falta de ar, cianose, respiração com sibilos e de maneira geral sentia dificuldade de 
expirar. 
QUAL A CONDUTA DO PROFISSIONAL? 
Diante um quadro clínico de crise asmática, o profissional de imediato pediu ao 
paciente que auto-administresse o broncodilatador em aerossol de seu próprio uso, 
uma alternativa caso, por algum motivo, isto não seja possível, seria a realização do 
insufle em 5 aplicações de Aerolin (Salbutamol apresentação em “spray” de 100 
mcg/dose) num saco de papel, adaptando-o na boca/nariz, dessa forma pedindo para 
que o paciente inspire. Seguidamente, colocar a paciente sentada confortavelmente, 
proporcionando apoio para braços a frente, estabelecendo o protocolo de redução da 
ansiedade, acalmar o paciente, administrar oxigênio (O2) e por último, em casos mais 
graves, onde não houver regressão do episódio, administrar adrenalina 0,3 ml de uma 
diluição de 1:1.000 por via SC) e providenciar auxílio médico de imediato. 
 
 
36 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS UTILIZADOS NAS EMERGÊNCIAS 
AMBULATORIAIS EM ODONTOLOGIA 
As emergências ambulatoriais em Odontologia são situações que necessitam 
medidas imediatas, tendo em vista que o(a) paciente corre risco de vida. De modo 
geral sãoexecutas por parte do Cirurgião-Dentista manobras específicas para cada 
caso, existem um arsenal de medicamentos que podem ser usados levando em 
consideração a situação de emergência presente e cada medicação apresenta um 
mecanismo de ação específico de acordo com a condição que paciente se encontra. 
A crise asmática acontece em paciente que já apresenta histórico de asma, isto 
somado ao processo de ansiedade exacerbada que paciente sente durante 
atendimento odontológico, dentre as medidas para reverter esse quadro, como citado 
anteriormente, está a auto-administração do broncodilatador em aerossol do próprio 
uso do paciente, ou realização de insufle (fazendo 5 aplicações de Aerolin, Salbutamol 
apresentação em “spray” de 100 mcg/dose) num saco de papel, adaptando-o na 
boca/nariz, dessa forma pedindo para que o paciente inspire. Posteriormente, colocar 
a paciente sentada confortavelmente, proporcionando apoio para braços a frente, 
estabelecendo o protocolo de redução da ansiedade, acalmar o paciente, ofertar 
oxigênio (O2) e por último, em casos mais graves, onde não houver regressão do 
episódio, administrar adrenalina 0,3 ml de uma diluição de 1:1.000 por via SC) e 
providenciar auxílio médico de imediato. 
INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES CLÍNICAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Alguns dos efeitos colaterais estão relacionados a episódios de hipersensibilidade. 
Os fármacos utilizados nas emergências ambulatoriais em odontologia, são 
administrados em casos específicos de crise hipertensiva, angina, crise de 
hipoglicemia, crise convulsiva, asmática, crise por superdosagens de 
anestésicos locais, hipersensibilidade a medicamentos específicos, dentre 
outros.
Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
DE ANDRADE, Eduardo Dias. Terapêutica medicamentosa em odontologia. Artes 
Médicas Editora, 2014. 
NOGUEIRA, Hadison Santos et al. Antibacterianos: principais classes, mecanismos 
de ação e resistência. Unimontes Científica, v. 18, n. 2, p. 96-108, 2017. 
TEIXEIRA, Tanussa Freitas; QUESADA, Gustavo Adolfo Terra. Terapia ansiolítica 
para pacientes odontológicos. Saúde (Santa Maria), v. 30, n. 1-2, p. 100-103, 2004. 
WANNMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia clínica 
para dentistas. In: Farmacologia clínica para dentistas. 1995.

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