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IMAGINOLOGIA-OSTEOSSARCOMA

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EQUIPE: Alícia Rocha Siqueira Barroso 
 Francisco Willame da Silva 
 Geórgia Freitas Café 
 Jéssica de Souza Monte 
 Raquel Sales Rocha Sucupira 
 
 
1. Sinonímias 
Sarcoma Osteogênico; Câncer ósseo; 
2. Definição 
Osteossarcoma é definido como a neoplasia maligna mais comum de tecido ósseo, 
responsável por aproximadamente 20% dos sarcomas, sendo que 5% destes ocorrem 
nos maxilares. Os osteossarcomas da região da cabeça e pescoço são neoplasias 
relativamente raras e agressivas, seus sítios mais comuns são: seio maxilar, cavidade 
nasal e mandíbula. A maioria destas lesões apresentam origem medular, mas também 
podem ser justacortical (originam-se adjacentes à cortical óssea) ou, raramente, 
extraesqueléticos. No caso dos osteossarcomas de origem medular, seu 
desenvolvimento acontece a partir das células mesenquimais, que por sua vez têm a 
capacidade de produzir osso irregular imaturo, uma matriz osteóide pelo estroma 
maligno, a qual tem disseminação através do estroma celular. A etiologia ainda é 
desconhecida, mas sugere-se que alterações genéticas e causas virais podem ter 
relação, assim como já se sabe que pode vir em associação com alterações ósseas, 
por ventura, já existentes, como: doença de Paget, displasia fibrosa, osteomielite 
crônica, assim como a prévia exposição à radioatividade. Os 3 principais tipos 
histológicos são os osteossarcomas condroblástico, osteoblástico e fibroblástico. 
3. Características clínicas 
Em geral, a incidência do osteossarcoma é preferencialmente para a faixa etária 
jovem e adulta, no entanto a displasia pode afetar qualquer idade. O Osteossarcoma 
extragnático demonstra uma distribuição etária bimodal. O pico inicial ocorre durante 
o período de maior crescimento ósseo, a puberdade. Os osteossarcomas dos ossos 
gnáticos são comuns e representam de 6% a 8% do todos os osteossarcomas. Na 
região de cabeça e pescoço o pico de incidência é entre a 3º e 4º décadas de vida, 
entretanto quando o osteossarcoma se desenvolve após história pregressa de 
displasia fibrosa, retinoblastoma, prévia exposição à radioatividade (radioterapia), 
doença de Paget e osteomielite, a idade média dos pacientes é geralmente mais 
elevada que em outros casos. 
A maxila e a mandíbula são envolvidas com frequência aproximadamente igual. 
Tumores mandibulares surgem mais frequentemente no corpo posterior e ramo 
horizontal, em vez de no ramo ascendente. As lesões maxilares são descobertas mais 
comumente na porção inferior (crista alveolar, soalho do seio, palato) do que na 
porção superior (zigoma, margem orbitária). (NEVILLE,2016.) 
Os primeiros sinais clínicos do osteossarcoma é o aumento de volume da região, 
acompanhado da dor (Imagem 1 e 2), parestesia, perda de dentes, obstrução nasal 
(caso esteja localizado na região da maxila), e mobilidade dentaria em ambas as 
regiões podendo ser em algumas situações o primeiro achado clinico para possível 
diagnóstico da 
doença. Alguns 
pacientes relatam 
sintomas por 
períodos 
relativamente longos 
antes do diagnóstico, 
o que indica que 
alguns 
osteossarcomas dos 
ossos gnáticos 
crescem mais 
lentamente. (Imagem 3) 
 
Imagem 1: Aspecto intraoral na região de maxila esquerda, aumento de volume firme e 
doloroso de início recente. (NEVILLE,2016.) 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 2: Aspecto intraoral na região de mandíbula, envolvendo região de molares a pré-
molares. Visibilidade de aumento de volume, mobilidade dentária. (VALLENTE, et al.) 
 
Imagem 3: A- Este grande tumor esteve presente por muitos meses antes de o paciente 
buscar tratamento. B- Fotografia intraoral do aumento de volume tumoral. (NEVILLE, 2016) 
 
4. Características radiográficas 
Localização: De 
forma geral, a 
mandíbula é afetada 
de forma mais 
frequente do que a 
maxila, apesar de 
serem envolvidas 
com frequência 
aproximadamente 
igual. A lesão pode 
A B 
acometer qualquer área de ambos os maxilares, mas a região posterior da mandíbula 
torna-se a área mais comum de se encontrar a lesão, incluindo ramo horizontal, ângulo 
e região dentada. Na maxila, as regiões posteriores também são as mais afetadas, e 
mais comumente na porção inferior, incluindo crista alveolar, soalho do seio maxilar e 
palato, em vez da porção superior, incluindo zigoma e margem orbitária. A lesão pode 
cruzar a linha média. 
Periferia e forma: O osteossarcoma possui os limites periféricos com bordas mal 
definidas na maioria dos casos, tornando difícil determinar a extensão do tumor. Se 
comparado ao osso normal, a lesão pode ser relativamente de densidade radiolúcida 
ou radiopaca, sem presença de esclerose ou cápsula na periferia. Os achados 
radiográficos apresentam variação de uma lesão de esclerose densa (Imagem 1) a 
um misto de lesões radiolúcidas e escleróticas até um processo inteiramente 
radiolúcido. 
Pode ser que em alguns casos, um osteossarcoma extenso apresente apenas 
alteração radiográfica mínima e discreta, apresentando apenas leve variação no 
padrão trabecular. 
Caso haja um envolvimento da lesão com o periósteo, de forma direta ou por sua 
extensão, poderão ser observadas trabéculas semelhantes a “cabelos em pé” ou 
típicas espículas em “raios de sol” em 25% dos osteossarcomas dos ossos gnáticos 
(Imagem 2 e 3). Este achado é frequentemente mais bem visualizado em uma tomada 
oclusal. Esse aspecto ocorre quando o periósteo é deslocado, parcialmente destruído 
e desorganizado. Caso o periósteo esteja elevado e mantenha seu potencial 
osteogênico, mas com seu centro rompido, será formado um triângulo de Codman nas 
extremidades, mas observa-se essas características em poucos casos. 
 
Estrutura Interna: O padrão dessa lesão pode ser inteiramente radiolúcido, misto de 
radiolúcidoradiopaco ou inteiramente radiopaco. Internamente sua estrutura óssea 
pode apresentar uma aparência de um osso granular ou esclerótico, flocos de algodão 
ou estruturas internas em favos de mel localizados em áreas onde antes existia umas 
estruturas óssea adjacente, mas que se tornou destruída. Há uma perda da estrutura 
da estrutura trabecular normal independente da estrutura interna resultante. 
 
Efeitos sobre as Estruturas Adjacentes: Um aumento da membrana periodontal é 
associado ao osteossarcoma, mas outra malignidade pode apresentar essa alteração. 
Em lesões presentes na maxila, as corticais da fossa nasal e do seio podem ser 
perdidas. Lesões na mandíbula podem ser capazes de destruir a cortical do canal 
mandibular e a lâmina dura adjacente. Por outro lado, pode ocorrer o aumento e 
alargamento de forma simétrica do canal mandibular. 
Ocasionalmente, há reabsorção radicular dos dentes que se encontram 
envolvidos pelo tumor. Essa característica é descrita frequentemente como 
reabsorção spiking, como resultado do estreitamento pontiagudo da raiz. 
Há uma alteração radiográfica percebida de forma precoce que consiste em um 
alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal em torno de um ou vários 
dentes (Imagem 5). Isto é resultado da infiltração do tumor ao longo do espaço do 
ligamento periodontal. Este alargamento não é específico do osteossarcoma e pode 
ser observado associado também a outras lesões malignas. Se esse achado 
radiográfico for acompanhado por dor ou desconforto ou outras alterações 
radiográficas mínimas, pode ser muito importante no processo de diagnóstico precoce 
dos osteossarcomas dos ossos gnáticos. 
As radiográficas que levam frequentemente ao diagnóstico inicial são as 
radiografias periapical, oclusal e panorâmica, mas as tomografias computadorizadas 
são excelentes para demonstrar o grau de extensão intramedular, calcificação do 
tumor, envolvimento das corticais e dos tecidos moles. Estes exames não 
apresentaram valor para determinar a extensão da cirurgia. 
 
Imagem 1. (Radiografia periapical mostrando alteração escleróticadensa no padrão 
ósseo). 
 
Imagem 2. (Radiografia panorâmica mostrando um padrão em “raios de sol’ do 
trabeculado do tumor), 
 
Imagem 3. (Radiografia oclusal demonstrando produção de forma proeminente de 
osso tumoral exofítico presente na superfície vestibular da mandíbula resultando em 
um padrão em “raios de sol”). 
 
 
Imagem 4. (Imagem de TC coronal de um orteossarcoma presente na maxila. Setas 
apontam a formação de um osso espiculado estendendo-se lateralmente a partir da 
maxila). 
 
Imagem 5. (Imagem de uma radiografia panorâmica parcial mostrando a lesão 
ocupando o corpo da mandíbula direita e setas marcando o aumento dos espaços 
do ligamento periodontal, além da densidade aumentada na região do primeiro molar 
maior do que a normal decorrente da formação anormal do osso do tumor) 
 
5. Diagnóstico diferencial 
O osteossarcoma pode ter semelhanças radiográficas com outras patologias como 
fibrosarcoma e carcinoma metastático se a estrutura interna for mínima ou ausente. 
O condrossarcoma pode ser quase indistinguível do osteossarcoma, principalmente 
se as calcificações do condrossarcoma estiverem ausentes. Lesões como fibroma 
ossificante e displasia fibrosa podem ser semelhantes ao osteossarcoma pois 
apresentam densidade mista. O fibroma ossificante se diferencia pois vai apresentar 
bordas bem delimitadas, na displasia fibrosa os limites são difusos, entretanto o que 
diferencia o osteossarcoma é a característica imagem semelhante a raios de sol. 
Ademias, o sarcoma de Edwin e a osteomielite assemelham-se pois podem 
apresentar também densidade mista e bordas irregulares, porém essas lesões 
apresentam sinais de infecção e no caso da osteomielite há evidência de sequestro 
ósseo, o que não se observa no osteossarcoma. 
6. Tratamento e prognóstico 
O tratamento adequado para o osteossarcoma dos ossos gnáticos é a ressecção 
cirúrgica, em alguns casos como: neoplasias de ressecção questionável, margens 
cirúrgicas positivas e lesões recorrentes, o uso da quimioterapia e/ou radioterapia são 
considerados. Para osteossarcomas de alto grau dos ossos longos, o tratamento 
consiste em quimioterapia pré-operatória seguida de cirurgia radical e depois 
quimioterapia pós-operatória. 
Tal tratamento para pacientes com a doença localizada no momento do 
diagnóstico a taxa de sobrevida é de aproximadamente 60% a 80%, se comparada 
com a cirurgia de apenas 20%. Porém, para pacientes com osteossarcoma nos ossos 
gnáticos, tais protocolos existem variações nos resultados, e por isso mais estudos 
são necessários. 
O fator prognóstico mais importante é a possibilidade de se obter a remoção 
cirúrgica completa inicial. As lesões maxilares muitas vezes são de ressecção mais 
difícil e apresentam um pior prognóstico se comparadas com as lesões mandibulares. 
Fatores adversos adicionais incluem a exposição à radiação prévia e doença de Paget 
do osso. 
Relata-se um melhor prognóstico para os osteossarcomas gnáticos do que para 
os osteossarcomas dos ossos longos; esta observação esta relacionada a uma 
tendência destes osteossarcomas exibirem uma baixa taxa de metástase apesar de 
apresentarem características histopatológicas mais agressivas. 
Para pacientes com osteossarcomas da maxila, a morte ocorre mais pela 
frequência da doença local descontrolada do que de metástases a distância. A 
maioria das mortes ocorre pelo descontrole da doença local dentro de dois anos 
após o início do tratamento. As metástases acometem mais frequentemente os 
pulmões. 
 
 
 
 
7. Referências bibliográficas 
NEVILLE, Brad. Patologia oral e maxilofacial. Elsevier Brasil, 2016. 
VALENTE, Rômulo; ABREU, Taciana Cavalcanti de; REAL, Flávio Henrique. 
Osteossarcoma em mandíbula-relato de caso. Revista de Cirurgia e 
Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 11, n. 4, p. 37-42, 2011. 
WHITE, Stuart; PHAROAH, Michael J. Radiología oral. Elsevier Brasil, 2015.

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