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PRIMEIROS SOCORROS AVALIAÇÃO DA CENA Para a prestação de socorro à vítima sem prejuízo à mesma, independente da natureza do acidente, é primordial procurar localizar o acidentado; assumir o controle daquela situação evitando o pânico; agilidade para avaliar a cena; informar-se do ocorrido procurando colaboradores e delegar tarefas em auxílio às vítimas; ser breve, claro, objetivo e conciso; afastar populares e curiosos preservando o local e mantendo espaço para agir da melhor maneira possível. “Ser ágil e decidido observando rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro” (BRASIL, 2003, p.10). Na prática cotidiana dos serviços de APH, o atendimento inicial do traumatizado exige a avaliação da cena e do mecanismo do trauma como componente de cuidado (CHAVES et al., 2017). Esta análise é chamada de cinemática do trauma e permite a equipe do atendimento pré-hospitalar realizar a assistência possível e necessária na cena e se direcionar para o serviço de tratamento definitivo mais adequado (MONTEIRO et al., 2018). A avaliação da cena auxilia na identificação das lesões resultantes de força e movimento envolvidos no impacto do acidente. Portanto, devem ser levados em consideração a forma que se apresenta o local, as deformidades do veículo, o que atingiu e com que velocidade, o tempo de parada, o uso do cinto de segurança, o acionamento do air-bag, a presença de crianças em cadeirinhas, a presença de ocupantes ejetados do veículo, a altura da queda, o tipo de superfície da queda e a superfície corporal que primeiro atingiu ao solo na queda (VALENTE, et al., 2018). Um profissional capacitado consegue, pela cinemática do trauma, identificar ou prever lesões graves e, ainda, tratá-las precocemente. Além da avaliação global da cena, as informações podem ser obtidas pela vítima e testemunhas, entretanto, as observações da biomecânica do trauma não devem retardar o início da avaliação e o atendimento do doente (TABASE et al., 2017). Deve-se seguir 5 etapas na fase de avaliação da cena, a fim de se isolar os riscos e poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionais: · Segurança: É necessário verificar se a cena é segura para ser abordada, e assim procure tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. Por exemplo, no caso de acidentes de trânsito, deve-se procurar improvisar um espaço para desviar o fluxo de veículos, sinalizando aos carros que vêm no sentido do problema ocorrido. · Cinemática: Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima, perguntando a ela, se estiver plenamente consciente, ou a pessoas próximas que testemunharam o ocorrido. · Bio-proteção: Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções através do contato direto com o sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas se possível, em situações adversas não se deve abortar os procedimentos por falta de instrumentos. · Apoio: Procure o auxílio de pessoas próximas da cena, para ajudar a dar o espaço necessário para o atendimento prévio, chamar imediatamente o socorro especializado, desviar o trânsito de veículos, procurar manter a ordem e a calma entre as outras pessoas, etc. No caso de não ter pessoas por perto, isso deve ser feito com o máximo de agilidade e tranquilidade, pela própria pessoa que presta o socorro inicial. · Triagem: Contabilizar a quantidade de vítimas envolvidas no acontecido e o estado de cada uma. Manter a segurança no local de atendimento previne que outros acidentes aconteçam, inclusive com você. Como manter a segurança: evitar contato direto com substâncias que possam transmitir doenças infecciosas como sangue, urina, fezes, vômito, saliva, muco, esgoto, água, roupas ou superfícies contaminadas. Para tanto, o socorrista deve utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI); evitar ou eliminar os agentes causadores de lesões ou agravos à saúde, como fogo, explosão, eletricidade, fumaça, água, gás tóxico, tráfego (colisão ou atropelamento), queda de estruturas, ferragens cortantes e materiais perigosos. Para que o socorro siga de forma segura, antes mesmo de se examinar a vítima, o local deve ser cuidadosa e sistematicamente avaliado. Por isso é fundamental fazer a "avaliação da cena". REFERÊNCIAS 1. BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Fundação Oswaldo Cruz-FIOCRUZ. Rio de Janeiro, 2003. 2. CHAVES, F. S; SILVA, S.O. P; LIMA, C.B. Atendimento pré-hospitalar à vítima de trauma com fratura de membros: uma análise da atuação do enfermeiro. Rev. temas em saúde. v.17, n.3, p.78-88, 2017. Disponível em: http://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2017/10/17306.pdf. Acesso em: 24/09/2020. 3. COSTA, M. E. S. Cinemática e avaliação de vítima de trauma no atendimento pré-hospitalar: um relato de experiência. Brazilian Journal of health Review. 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/15869/13021. Acesso em: 24/09/2020. 4. DRAGANOV, P. B. Cartilha de Primeiros Socorros para a Comunidade. São Paulo, 2007. Disponível em: https://bombeiromirim18gbm.webnode.com/_files/200000046-02114030b0/Primeiros%20Socorros.pdf. Acesso em: 23/09/2020. 5. KERDNA. Avaliação da cena. Primeiros Socorros. Disponível em: https://primeiros-socorros.info/identificacao-de-emergencias/avaliacao-da-cena.html#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20pr%C3%A9via%20da%20cena,acabe%20se%20tornando%20uma%20v%C3%ADtima. Acesso em: 23/09/2020. 6. MONTEIRO, G. F; BRASILEIRO, M. E. Atuação do Enfermeiro no Atendimento Pré- Hospitalar Móvel: Revisão Integrativa. Rev. Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. V. 04, n.03 p. 30-40, 2018. Dispovínel em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/enfermeiro-noatendimento-pre-hospitalar-movel. Acesso em: 23/09/2020. 7. OLIVEIRA, M. V. R. Primeiros socorros em escolas privadas de educação infantil. Porto Alegre, 2016. Disponível em: http://docs.bvsalud.org/biblioref/coleciona-sus/2016/35989/35989-1355.pdf. Acesso em: 23/09/2020. 8. TABASE, L. Suporte básico de vida: avaliação da aprendizagem com uso de simulação e dispositivos de feedback imediato. Rev. Latino-Am. De Enfermagem, v.25, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692017000100388&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 23/09/2020. 9. VALENTE, T.M. et al. Importância de um atendimento pré-hospitalar efetivo a adultos vítimas de queimaduras: uma revisão integrativa. Rev. bras. Queimaduras. v.17, n.1, p. 50-56, 2018.Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-999943. Acesso em: 23/09/2020. PRIMEIROS SOCORROS AVALIAÇÃO DA CENA Para a prestação de socorro à vítima sem prejuízo à mesma, independente da natureza do acidente, é primordial procurar localizar o acidentado ; assumir o controle daquela situação evitando o pânico; agilidade para avaliar a cena; informar - se do ocorrido procurando colaboradores e delegar tare fas em auxílio às vítimas; ser b reve, claro, objetivo e conciso ; afastar populares e curiosos preservan do o local e mantendo espaço para agir da melhor maneira possível. “Ser ágil e decidido observando rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro” (BRASIL, 2003, p.10). Na prática cotidiana dos serviços de APH, o atendimento inicial do traumatizado exige a avaliação da cena e do mecanismo do trauma como componente de cuidado (CHAVES et al., 2017). Esta análise é chamada de cinemática do trauma e permite a equipe do atendimento pré - hospitalar realizar a assistência possível e necessária na cena e se direcionar para o serviço de tratamento definitivo mais adequado (MONTEIRO et al., 2018). A avaliação da cena auxilia na identificação das lesões resultantes de força e movimento envolvidos no impacto do acidente. Portanto, devem ser levados em consideração a forma que se apresenta o local, as deformidades do veículo, o que atingiu e com que velocidade, o tempo de parada, o uso do cinto de segurança, o acionamento do air - bag, a presença de crian ças em cadeirinhas,a presença de ocupantes ejetados do veículo, a altura da queda, o tipo de superfície da queda e a superfície corporal que primeiro atingiu ao solo na queda (VALENTE, et al., 2018). Um profissional capacitado consegue, pela cinemática do trauma, identificar ou prever lesões graves e, ainda, tratá - las precocemente. Além da avaliação global da cena, as informações podem ser ob tidas pela vítima e testemunhas, entretanto, as observações da biomecânica do trauma não devem retardar o início da avaliação e o atendimento do doente (TABASE et al., 2017). Deve - se seguir 5 etapas na fase de avaliação da cena , a fim de se isolar os riscos e poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionai s: · Seguran ça: É necessário verificar se a cena é segura para ser abordada, e assim procure tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. Por exemplo, no caso de acidentes de trânsito, deve - se procurar improvisar um espaço para desviar o fluxo de veículos, si nalizando aos carros que vêm no sentido do problema ocorrido.
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