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Introdução Durante o estudo da patologia iremos encontrar alguns termos como: Etiologia: Origem da enfermidade, incluindo suas causas fundamentais Patogenia: Refere-se as fases do desenvolvimento dessa enfermidade, descrevendo fatores etiológicos Alterações morfofuncionais: Consistem nas alterações estruturais da célula ou um tecido, sendo característico da enfermidade Fisiopatologia: Determina o modo em que nosso organismo reage a uma patologia. Manifestações clinicas da doença: São os sinais e sintomas • Sinais: É aquilo que o paciente te conta, o que ele está sentindo. Ex.: dor nas costas • Sintomas: É aquilo que você vê Ex.: O paciente está com a cor da pele amarelada Resposta da célula ao estresse As células possuem uma alta resistência em relação ao seu ambiente, ajustando constantemente sua estrutura e sua função. Isso tudo para que ocorra a sua adaptação decorrente a alteração do meio que causem estresse extracelular. A célula sempre tem como objetivo manter a homeostasia. A homeostasia é o processo de regulação pelo qual um organismo mantem o seu equilíbrio. Estado de equilíbrio das diversas funções e composições químicas do corpo. Ex.: temperatura, pulso, pressão arterial, taxa de açúcar no sangue etc. As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia Processos patológicos gerais Agentes lesivos Ações Diretas Ações indiretas (maioria Lesões celulares Reversíveis Degenerações Irreversíveis Necroses • Membrana citoplasmática – Permeabilidade Seletiva • Primeira estrutura que sente todos os estímulos celulares Adaptações celulares São alterações reversíveis em numero, tamanho, fenótipo, atividade metabólica ou das funções celulares, em resposta as alterações no seu ambiente. • Respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos. • São respostas ao estresse que permitem as células modular sua estrutura e função escapando, assim, da lesão. Células Lábeis • Tecidos de renovação continua • Ex.: Epitélio de superfície, mucosas, epitélio colunar e epitélio transicional, células da medula óssea e tecidos hematopoéticos Células Quiescentes (G0) • Baixo nível de replicação. Capacidade de recolocar células • Ex.: Hepatócitos, glândulas endócrinas, fibroblastos, células musculares lisas e células endoteliais, condrócitos. Células permanentes • Células que deixaram o ciclo celular, sem poder sofrer mitose na vida pós natal. • Ex.: Células nervosas, musculares esqueléticas e musculares cardíacas. Determinantes para lesões reversíveis e irreversíveis • Tipo Celular • Tipo do agente • Intensidade da agressão • Duração da agressão Degenerações: Lesão reversível secundária a alteração bioquímica que resultam em acumulo de substâncias no interior das células. • Presença de alterações metabólicas e deposito intracelular. (Subst. Acumulada pigmento – pigmentações) • Infiltrações: Ex.: Infiltração adiposa do miocárdio. • Alteração morfológica: Só aparece quando os transtornos moleculares ou metabólicos são suficientemente importantes para alterar a estrutura das células e tecidos. Tipos de Degeneração Com base na composição química celular, as degenerações agrupam-se de acordo com a natureza da substancia acumulada na célula. • Acumulo de água e eletrólitos – Degeneração Hidrópica • Acumulo de proteínas – degenerações hialina e mucoide • Acumulo de lipídeos – Esteatose e lipidoses • Acumulo de carboidratos – glicogenoses (causas genéticas – deficiências de enzimas responsáveis pelo metabolismo de carboidratos). Causas mais comuns de lesão celular: • Isquemia – Falta de oxigenação no tecido • Infecções – Lesões por agentes vivos • Tóxicos - Lesões por agentes químicos • Traumas/Radiação/Térmico – Lesão por agentes físicos. Degeneração Hidrópica • Tipo mais comum de lesão, independente da natureza do agente. • Lesão reversível onde ocorre acúmulo de água e eletrólitos no interior da célula (tumefação) • Provocada por transtornos de equilíbrio hidroeletrolítico, que levam à retenção dos produtos • Diminuição da síntese de ATP • Interferência na bomba de sódio – + Na • Cessando o estimulo as células voltam ao estado normal. • Geralmente sem consequências funcionais sérias Órgão – Aumentam de peso e volume, células mais salientes, aspecto mais pálido, células turgidas comprimem capilares, diminuem sangue no órgão. Tecido – Células tumefeitas, citoplasma com aspecto granuloso Agentes lesivos 1. Hipóxia, infecções bacterianas e virais 2. Hipertermia (febre), + ATP 3. Toxinas que lesam diretamente a membrana 4. Substâncias inibidoras de ATPase Na/K dependente. Retenção de Na, redução de K e aumento da PO intracelular levando a entrada de água Características Morfológicas Macroscópicas: aumento de volume e peso do órgão (tumefação, cápsula tensa, consistência pastosa), com palidez (compressão vascular pelas células tumefeitas e/ou coloração acinzentada clara). Microscópicas: citoplasma opaco, granuloso, turvo, refrigente, com transparência diminuída mascarando o núcleo/ tumefação turva Degeneração Hialina • Forma mais grave • Acúmulo de material proteico (alteração na síntese proteica) • Hepatócitos de alcoólatras crônicos * Corpusculo Hialino de Mallory (queratina) Ação tóxica do etanol sobre o fígado comum no Alcolismo Humano Degeneração Mucoide • Hiperprodução de muco pelas células mucíparas dos tratos digestivo e respiratório, levando ao acumulo de mucina, podendo levar à morte celular • Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, que às vezes extravasam para o interstício. • Ocorre: estômago, intestino grosso, vesícula biliar, próstata e pâncreas. Esteatose (gordurosa) • Deposição de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células que normalmente não as armazenam • Lesão comum no fígado, epitélio tubular e renal e no miocárdio, podendo ser observada também nos músculos esqueléticos e pâncreas. • Lesão aparece sempre que um agente interfere no metabolismo de ácidos graxos, aumentando a síntese ou dificultando a utilização, transporte ou excreção. • Causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética. Hepatócitos: Retiram da circulação ácidos graxos e triglicerídeos – Absorção intestinal e lipólise do tecido adiposo. Produção de colesterol, síntese de lipídeos complexos, produção de energia. • A ingestão abusiva de etanol é a causa mais comum de esteatose hepática. • Oxidação do Etanol favorece síntese de ácidos graxos. o Acumulo de triglicerídeos Fígado – Aumenta de peso e volume, tem consistência diminuída, bordas arredondadas e coloração amarelada. Tecido – Triglicerídeos se depositam em vesículas, revestidos por membranas (lipossomas). • Embora reversível, a esteatose pode evoluir para a morte celular • Em etilistas crônicos, ela reduz e desaparece em poucos dias após a abstinência. • Os hepatócitos repletos de gordura podem se romper e formar os chamados cistos gordurosos, podendo ocorrer reação inflamatória • Se os cistos se rompem pode haver embolia gordurosa. Lipidoses Acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não os triglicerídeos Em geral são depósitos de colesterol ou ésteres, sendo raros os acúmulos de lipídeos complexos. Glicogenoses Doenças genéticas, caracterizadas pelo acumulo de glicogênio nas células do fígado, rim, músculos esqueléticos e coração que rem como causa base a deficiência de enzimas que atuam no processo de sua degradação. • Depósitos intralisissômicos ou no citosol Ex.: Doendça de McArdle– Doença autossômica recessiva, ocorre acumulo de glicogênio em fibras musculares esqueléticas. Intolerancia aos exercícios/fadiga rápida.
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