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Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Tecido nervoso Tecidos que constituem o organismo humano Introdução Localização do tecido nervoso Tecido Células Matriz Extracelular Funções Principais Epitelial Células poliédricas justapostas Pequena quantidade ou ausente Revestimento da superfície ou de cavidades do corpo, secreção Conjuntivo Vários tipos de células fixas e migratórias Abundante Apoio e proteção Muscular Células alongadas contráteis Quantidade moderada Movimento/Contração Nervoso Longos prolongamentos Muito pouca Transmissão de impulsos nervosos Células da glia Neurônio Neurópilo sistema nervoso central sistema nervoso periférico sistema nervoso Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Organização do SNC Organização do tecido nervoso no SNC Neurônio → Dimensões e forma da célula nervosa Corpo celular pode medir até 150μm → Classificação de acordo com a morfologia Categorias de neurônio → Transmitem impulsos do SNC ou dos gânglios para as células efetoras Substância branca Substância cinzenta Meninges Substância cinzenta Substância branca Neurônios sensitivos: gânglios espinhais e cranianos Gânglios coclear e vestibular, retina e mucosa olfatória Localização da substância branca e cinzenta no cerebelo Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO → Fibras eferentes somática e visceral: impulsos voluntários para ME, impulsos involuntários para ML, células de condução cardíaca (fibras de Purkinje) e glândulas → Transmitem impulsos dos receptores para o SNC; → Fibras aferentes somáticas ou viscerais: sensação de dor, temperatura, tato e pressão → Também denominados neurônios intercalados, formam uma rede de comunicação e de integração entre os neurônios sensitivos e motores; → Estima-se que mais de 99,9% de todos os neurônios pertençam a essa rede de integração. Corpo celular ou pericárdio RER + ribossomos livres = corpúsculos de Nissl Mitocôndria – moderada Cone axônio Grânulos de lipofuscina Acúmulo de lipofuscina Acúmulo de melanina Substância tigroide Microtúbulos Cone de implantação Sinapse Glia Golgi Sinapse Glia Sinapse Nissl Nissl Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Dendritos: prolongamentos citoplasmáticos que recebem estímulos de outros neurônios ou do ambiente externo → mais finos a medida que se ramificam → não apresentam Golgi → espinhas ou gêmulas – pequena dilatação (impulsos nervosos) Axônios: prolongamentos efetores que transmitem estímulos a outros neurônios ou a células efetoras Microtúbulos e proteínas motoras são responsáveis pelos fluxos axônios Caracterização dos neurotransmissores mais comuns Sinapses químicas → Neurônios excitadores Neurotransmissores: despolarização da membrana pós- sináptica → Neurônios inibidores Neurotransmissores: hiperpolarização da membrana pós- sináptica Não há transmissão do impulso nervoso - inibitórias Telodendro – porção final ramificada Segmento inicial Fluxo anterógrado (cinesina) Fluxo retrógrado (dineína) Região pós sináptica Terminal pré sináptico Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Células da glia (neuroglia) Astrócitos → Células estreladas com muitos prolongamentos → Ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e a pia-máter Funções: sustentação, controle dos constituintes do meio extracelular (receptores), participam da barreira hematoencefálica Oligodendrócitos → Produzem as bainhas de mielina – SNC → Núcleos redondos → Células de Schwann – SNP → Um único oligodendrócito com seus prolongamentos formam as bainhas de mielina para diversas fibras nervosas → Nódulo de Ranvier Micróglia → Pequenas, alongadas, prolongamentos curtos e irregulares → Núcleos escuros e alongados – identificáveis em HE → Derivam de precursores mononucleares da MO Micróglias. Coloração por impregnação por prata. Aumento grande. → Participam da inflamação e reparação do SNC → Ativas – retraem os prolongamentos, assumem a forma de macrófagos → Fagocitárias e apresentadoras de antígenos Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Sistema nervoso central Localização da substância branca (cerebelo e cinzenta no cérebro Cerebelo Localização da substância branca e cinzenta no cerebelo Fotomicrografia que mostra as três camadas da substância cinzenta do cerebelo e a substância branca, constituída apenas por fibras nervosas e células da glia. HE. Sub. cinzenta Sub. branca Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Localização da substância branca e cinzenta na medula espinhal Método de prata de Bielschowsky. 5X. Sub. branca Sub. cinzenta Camada molecular Camada de células de Purkinje Camada granular Camada molecular Camada granular Camada de células de Purkinje Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Medula espinhal Meninges Dura-máter: TCD contínuo com periósteo Nas vertebras – espaço peridural Espaço subdural – entre dura e aracnoide Canal ependimário ou canal central da medula Células ependimárias Substância branca Canal ependimário Coluna dorsal (posterior) Substância cinzenta Coluna ventral (anterior) Substância branca Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Superfície interna e externa – epitélio simples pavimentoso Aracnoide Membrana de TC e traves que se ligam a pia Espaço subaracnóideo – LCR Superfície interna e externa – ESP Vilosidade da aracnoide Pia-máter Vascularizada e envolvida por prolongamentos de astrócitos Superfície externa – células achatadas Barreira Hematoencefálica Funções – dificultar a passagem de determinadas substâncias, como alguns antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso Componentes: Menor permeabilidade dos capilares sanguíneos Junções oclusivas – entre células endoteliais Participação dos prolongamentos dos astrócitos Plexos Coroides Função – Secretar LCR (importante para o metabolismo do SNC e protege contra traumatismos) São dobras da pia-máter para o interior dos ventrículos 3º e 4º ventrículos e parte dos ventrículos laterais Constituintes: TC frouxo da pia-máter revestido por epitélio simples cúbico; Capilares fenestrados e dilatados Características do LCR: Líquido claro de baixa densidade com raras células descamadas (linfócitos) Absorvido pelas vilosidades da aracnoide – seios venosos cerebrais – sangue Plexo coroide Epitélio Capilares Tecido conjuntivo frouxo Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Sistema nervoso periférico Fibras nervosas: mielínica e amielínica Nervo: → Epineuro: tecido conjuntivo denso → Perineuro: bainha de várias camadas de células achatadas justapostas → Unidas por junções oclusivas Nervo em corte longitudinal. Notar: mielina, axônios, nódulos de Ranvier e núcleo de células de Schwann. HE. Aumento grande. Gânglios Acúmulo de neurônios fora do SNC São esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos De acordo com a direção do impulso nervoso: Gânglios sensoriais (aferentes) Gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes) Gânglios sensitivos Levam impulsos para o SNC Gânglios cranianos (nervos cranianos) Gânglios espinhais (raízes dorsais dos nervos espinhais) São neurônios pseudounipolares Estroma e cápsula de TC Neurônios circundados por célulasda Glia – células satélites Gânglio sensitivo. HE. Aumento pequeno Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Gânglio sensitivo. HE. Aumento médio Gânglios do sistema nervoso autônomo Formações bulbosas ao longo dos nervos do SNA; Interior de órgãos – Gânglios intramurais: Não apresenta cápsula conjuntiva Raras células satélites Gânglio do SNA – gânglio intramural (plexo mioentérico). HE. Aumento médio. Divisão funcional do SN: SN SOMÁTICO → Partes somáticas SNC e SNP → Funções sobre o controle voluntário consciente (exceto arcos reflexos) → Inervação sensorial e motora SN AUTÔNOMO → Partes autônomas do SNC e SNP Inervação sensorial e motora (vísceras, músculo liso, cardíaco e glândulas) PARASSIMPÁTICO Encéfalo e porção sacral da medula espinhal Acetilcolina SIMPÁTICO Porção torácica e lombar na medula espinhal Norepinefrina Correlações clinicas Correlações Clínicas Gliose Hiperplasia e hipertrofia de astrócitos Regeneração SNC: • Células-tronco neurais: bulbo olfatório e giro denteado do hipocampo • São capazes de sofrer mitose e gerar novos neurônios Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Neurônios patológicos: Cromatólise central. Neurônios que sofreram lesão de seu axônio podem apresentar dissolução dos corpúsculos de Nissl e deslocamento do núcleo para a periferia. Atrofia de neurônios motores da medula espinhal, na doença degenerativa esclerose lateral amiotrófica. Atrofia pigmentar: acúmulo de lopofuscina (grânulos amarelados) no citoplasma de neurônios na idade avançada. Inclusões virais. Em certas neuroviroses como na encefalite herpética, neurônios podem mostrar corpúsculos eosinófilos intranucleares compostos por colônias de partículas virais (setas) Necrose isquêmica. Neurônio necrótico em um infarto cerebral recente. Regeneração da fibra nervosa Neuromas de amputação Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Plasticidade neuronal Durante desenvolvimento embrionário: → Excesso de neurônios – neurônios eliminados por sinapses incorretas Em adultos após lesão do SNC: → Reorganização – crescimento dos prolongamentos dos neurônios formam novas sinapses → Neurotrofinas – fatores de crescimento (células da glia, neurônios) Hidrocefalia. → Acúmulo de LCR → Diminuição na absorção de LCR → Neoplasia do plexo – excesso de LCR Microcefalia – Zika vírus A. Leptomeninges espessadas (cabeça de seta) e calcificações corticais e subcorticais irregulares (asteriscos) associadas ao deslocamento cortical (setas); tecido nervoso preservado (seta branca). HE. Raiva Ciclo epidemiológico Quadro clínico da raiva humana: Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO Lesões histopatológicas da raiva: Esquema para profilaxia da raiva humana com vacina de cultivo celular Doença de Creutzfeldt – Jakob → Encefalopatia Espongiforme Transmissível Humana Entre as causas de DCJ iatrogênica estão: transplante de córnea, administração de hormônio de crescimento contaminado por príons, e transplante de dura-máter de cadáver (este, comum no Japão nos anos 1980; responsável por 97 casos até 2003) A nova variante de DCJ apareceu principalmente na Europa ocidental. Tem semelhanças com a encefalopatia espongiforme bovina e admite-se que seja transmitida do gado a humanos O Kuru foi descoberto após a segunda guerra mundial na tribo Fore da Nova Guiné, e é transmitido pela ingestão ritual de partes de cadáveres, incluindo o cérebro. Sua incidência diminuiu acentuadamente após o fim do canibalismo Caso clínico: → Fem. 72 a. → Sintomas psiquiátricos progressivos ao longo de 2 meses: agitação, desorientação temporo-espacial, insônia, alteração do ciclo sono-vigília → Distúrbio comportamental com um episódio de agressividade → Em semanas, houve piora da confusão mental, dos distúrbios de memória, e passou a apresentar tremor de membros inferiores e desequilíbrio à marcha → Durante a internação (cerca de 2 semanas) evoluiu com piora progressiva do estado geral e do quadro neurológico, Tecido nervoso Camila Santiago TECIDO NERVOSO | CAMILA SANTIAGO vindo a falecer por distúrbios hidroeletrolíticos e complicações respiratórias → Por precaução devido à suspeita de DCJ, a necropsia foi limitada ao encéfalo
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