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GENÉTICA DA MORFOGÊNESE Morfogênese é o início da formação dos tecidos. Mecanismos genéticos e moleculares específicos controlam o desenvolvimento da face e da dentição. - Quando alterados, pode repercutir na má formação ou não formação de um tecido. Primeiros três meses: devem ocorrer sem problemas para que a formação dos tecidos ocorra sem causar modificações. A diferenciação ocorre na morfologia das células e funções e posterior crescimento. As células da crista neural ocorrem na 4º semana. - Formar as estruturas da face, da boca. A face é formada principalmente pelo 1º arco braquiofacial. ESTUDOS EM ANIMAIS Feito para tirar conclusões sobre o que pode ocorrer no organismo humano. Animal mais compatível: primatas. Os roedores possuem 99% dos genes similares aos nossos. - 80% são idênticos. - 90% dos genes associados a doenças são idênticos. Os camundongos são considerados especiais, pois por meio desses animais foi possível dar origem a modelos experimentais para diversas doenças. Camundongo knockout – geneticamente modificados (gene alvo desativado). - Haverá uma falha em determinada área que irá ser estudada GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO DA FACE Mandíbula e ATM------------------------------ O aparelho estomatognático possuem vias genéticas de desenvolvimento compartilhadas. Algumas mutações em um determinado gene podem refletir na formação de duas ou mais estruturas. - Ex.: a mesma mutação pode afetar o desenvolvimento mandibular e causam agenesia dentária. Genes família Dlx: responsáveis pela formação da mandíbula. - Estudos com a ablação (inativação) desses genes mostrou que as mandíbulas não se desenvolviam adequadamente. Foram descritas mais de 20 mutações em camundongos que causam malformações na mandíbula e/ou maxila. - Ex.: genes Dlx2, Eya1. Desenvolvimento independente do RAMO x CORPO DA MANDÍBULA: - Ocorre devido ao compartilhamento de vias. - Por meio de estudos em animais, percebeu-se que, a inativação de genes (Gli2 e Gli3 ou Eya1) afetava o desenvolvimento côndilo e processo coronóide, mas não do corpo da mandíbula. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus GENÉTICA DA MORFOGÊNESE DO PALATO Mamíferos – únicos com fechamento completo das cristas: sugar, respirar e mastigar ao mesmo tempo. Para que ocorra a formação completa do palato, é importante os seguintes eventos: - Migração, proliferação, elevação e fusão. - Cada evento é controlado por vias genéticas. Palato primário é acima do forame incisivo e palato secundário é abaixo. - Compartilham genes e mecanismos moleculares. É mais comum fissura que afeta os dois palatos (fissura labiopalatina). Essa fissura pode ser: - Isolada: o paciente nasceu com a fissura, mas não há comprometimento sistêmico (mais comum). - Envolvidas em síndromes. SÍNDROME DE PIERRE ROBIN Deficiência no desenvolvimento da mandíbula. Fissura labiopalatina. Glossoptose (queda da língua). GENÉTICA DA ODONTOGÊNESE Fases de formação dos dentes: iniciação, brotamento e morfodiferenciação. Gene PAX9: sinal mais precoce; determina local do brotamento. Genes: TGF, FGF, SHH, WNT + fatores de transcrição da família homeobox. Malformações dentais: anomalias de tamanho dentário, de forma e de número, associadas ou não a síndromes. - Causados devido distúrbios durante o estágio de morfodiferenciação do desenvolvimento dentário. Discrepância de tamanho dentário---------- Quase impossível o alinhamento e a oclusão normal. É mais fácil aumentar a cora clínica de II pequenos, do que reduzir incisivos laterais grandes. Fusão e geminação----------------------------- Fusão: resulta em dentes com câmaras pulpares separadas, unidas na dentina. Geminação: resulta em dentes com uma câmara pulpar única. Dente supranumerário----------------------- Mais comum: mesiodente (dente a mais localizada na linha médio- superior). Também ocorre em incisivos laterais supranumerários, ocasionalmente pré-molares extras. Poucos pacientes possuem o 4º ou 3º molar. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus Grande potencial de alterar o desenvolvimento da oclusão normal. Intervenção precoce com a remoção deste dente é geralmente indicada para se obter alinhamento e relação oclusal razoáveis. Se ocorrer alteração nas vias de formação dos genes, pode ocorrer mutações como essas: Erupção ectópica--------------------------------- Quando ocasionalmente a má posição de um dente permanente pode guiar a erupção de outro para o lugar errado. ----------------AMELOGÊNESE------------------ Células do epitélio interno – ameloblastos. Estágios - Secretório: deposição de matriz orgânica. - Transição: degradação proteica. - Maturação: componente mineral do esmalte. Esses estágios devem ocorrer para que o esmalte forme corretamente células do epitélio interno e se diferenciem em ameloblastos. - Há proteínas que regulam os genes para a formação do esmalte, como a amelogenina, enamelina, amelotina, ameloblastina, tufelina (todas essas atuam no estágio secretório). Esmalte: material mais duro do nosso organismo. - Pode sofrer alterações durante a formação das estruturas, gerando a amelogênese imperfeita. AMELOGÊNESE IMPERFEITA AUTOSSÔMICA DOMINANTE – TIPO HIPOCALCIFICADA A alteração ocorre no gene requerido para apropriada calcificação do esmalte. Falta o final da calcificação do esmalte. AMELOGÊNESE IMPERFEITA AUTOSSÔMICA RECESSIVA – TIPO HIPOPLÁSICA A mutação faz com que o esmalte se desenvolva pouco. Causa hipoplasia do esmalte e mordida aberta. AMELOGÊNESE IMPERFEITA AUTOSSÔMICA RECESSIVA – TIPO HIPOMATURADA Muito rara. Comum em populações com casamentos consanguíneos. Dente cor amarelo intenso. AMELOGÊNESE IMPERFEITA DOMINANTE LIGADA AO X – TIPO HIPOPLÁSICA Defeito na espessura do esmalte e mineralização. ↓ qualidade do esmalte. DENTINOGÊNESE IMPERFEITA TIPO II Herança autossômica dominante. Nesse mesmo gene, pode causar 13 mutações. aa 18 (valina) – mutação para fenilalanina. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus
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