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Relação do Profissional de Serviço Social com o Paciente

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13
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL
)
 (
Carla CALIANI ESTEVAM DE LIMA
)
 (
A RELAÇÃO ENTRE O PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL E O PACIENTE E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO.
)
 (
Arcoverde
2018.2
)
 (
Carla CALIANI ESTEVAM DE LIMA
)
 (
A RELAÇÃO ENTRE O PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL E O PACIENTE E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO.
)
 (
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Prof.ª 
Maria Ângela Santini
)
 (
Arcoverde
2018.2
)
 (
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por nortear a minha vida.
A meu esposo e minha família por todo apoio nessa jornada.
.
)
agradecimentos
Agradeço a Deus, por estar sempre presente em mim, me dando força e coragem para realização dessa conquista.
A minha família, que mesmo não estando presente sei o quanto torce e estar feliz por mais uma conquista, o meu esposo que sempre esteve ao meu lado me dando muita força e coragem nessa caminhada com seu amor incondicional, onde a eles serei eternamente grata pelo apoio e dedicação.
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes”. 
 (Marthin Luther King)
DE LIMA, Carla Caliani Estevam. A Relação Entre o Profissional de Serviço Social e o Paciente e Suas Áreas de Atuação, 2018. 54 laudas. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Arcoverde-PE, 2018.2. 
RESUMO
O presente trabalho tem como finalidade debater acerca do exercício profissional do assistente social nas diferentes áreas de atuação, discutir acerca do papel do Serviço Social no enfrentamento às expressões da questão social, sendo esta, matéria prima do exercício profissional, retratar as relações entre o profissional do Serviço Social e seu paciente e como essa relação afeta ambas as partes. Com o objetivo de expor aspectos em que emergiu o Serviço Social como profissão, para podermos apreender como estes desdobramentos surgem no cotidiano profissional, a fim de criar resistências para seu enfrentamento. O pressuposto desta reflexão para identificar as potencialidades do assistente social em varias áreas de atuação.
Esta pesquisa utiliza o método histórico-diáletico, o aprofundamento teórico bibliográfico, através de livros e artigos que falam sobre o processo de trabalho do profissional do Assistente social, a “questão social”, filantropia, direitos constitucionais, dentre outras demandas pertinentes a pesquisa. A prática de uma relação de confiança entre profissional/paciente, deve ser saudável para um bom convívio, e podendo melhorar assim o estado em que o paciente se encontra.
Palavras chaves: Serviço Social, Profissional, Paciente
DE LIMA, Carla Caliani Estevam. The Relationship between the Social Worker and the Patient and his Areas de Atuação, 2018. 54 laudas. Course Completion Work (Bachelor in Social Work) - Center for Business and Social Sciences, University of Northern Paraná, Arcoverde-PE, 2018.2.
ABSTRACT
The purpose of this paper is to discuss about the professional practice of the social worker in the different areas of work, to discuss the role of Social Service in coping with the expressions of the social question, which is the raw material of the professional exercise, portraying the relationships between the professional of Social Work and its patient and how this relationship affects both parties. With the objective of exposing aspects in which Social Service emerged as a profession, so that we can understand how these unfoldings arise in the professional daily life, in order to create resistance to their confrontation. The assumption of this reflection to identify the potentialities of the social worker in several areas of performance.
This research uses the historical-diatholic method, the bibliographical theoretical deepening, through books and articles that talk about the work process of the Social Worker's professional, the "social question", philanthropy, constitutional rights, among other pertinent research demands. The practice of a relationship of trust between professional / patient, should be healthy for a good living, and can thus improve the state in which the patient is.
Keywords: Social Work, Professional, Patient
Lista de abreviaturas e siglas
UNOPAR- Universidade Norte do Paraná
LOAS- Lei orgânica da assistência social
SUS- Sistema Único de Saúde
ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente 
SUAS- Sistema Único de Assistência Social
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................13
2. SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL.................................................................15
2.1 SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL..........................16
2.2 QUESTÕES SOCIAS..........................................................................18
3. SERVIÇO SOCIAL COMO PROFISSÃO.............................................................22
 3.1 LEI Nº 8.742/ LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL.........................26 
 3.2 A PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL ATUALMENTE...............................28
 3.3 PRINCÍPIOS DO ASSISTENTE SOCIAL.....................................................29
4. SERVIÇO SOCIAL E POLITICA DE SAÚDE.......................................................33
 4.1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE.........35
 4.2 SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO...........................................................36
 4.3 CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA INDISCIPLINA ENCONTRADAS NO ÂMBITO ESCOLAR....................................................................................................38
 4.4 SERVIÇO SOCIAL NO SISTEMA PENINTENCIÁRIO................................42
 4.5 A ASSISTÊNCIA SERÁ: MATERIAL; À SAÚDE; JURÍDICA; EDUCACIONAL; RELIGIOSA E SOCIAL...................................................................42
 4.6 SERVIÇO SOCIAL PARA COM O IDOSO....................................................44
 5. PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL E O PACIENTE...................................46 
 5.1 PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL.......................................................48
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................51
REFERÊNCIAS..........................................................................................................53
1. INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir, terá como premissa, uma análise sobre a Relação Social entre o profissional de Serviço Social e o paciente, abordando o tema no sentido de entender como essas relações afetam no âmbito do seu exercício profissional, avaliando tanto o profissional como o paciente. 
Faremos uma contextualização sobre a questão social dando destaque a Igreja Católica e ao Capitalismo, considerando que estes contribuíram para a visibilidade da questão social no mundo, e o surgimento do Serviço Social como profissão. Entendendo que é uma profissão que atua com o compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, operando no fortalecimento da Democracia. 
Abordaremos também, leis que regulam o Serviço Social, o que o profissional deve exercer e seus direitos perante a Constituição.Iremos conhecer a relação entre o profissional de serviços sociais e paciente. 
A importância dessa relação na sociedade, como essa relação ocorreu/ocorre atualmente no convívio social. Apresentando de modo específico que tipo de relação se dever ter entre o profissional do Serviço Sociale a população.
O objetivo desse trabalho de conclusão de curso de por fundamental expor aspectos em que emergiu o Serviço Social como profissão, para podermos apreender como estes desdobramentos surgem no cotidiano profissional, a fim de criar resistências para seu enfrentamento.
Tem como objetivos específicos demonstrar alguns espaços ocupacionais e as possibilidades de atuação para intervenção do Assistente Social ressaltando os principais instrumentais utilizados durante o processo de trabalho em diferentes áreas de atuação. Proporcionar uma compreensão das políticas que permeiam as relações entre o profissional do Serviço Social e a sociedade e o paciente. Buscou-se relatar as experiências obtidas durante o período de estágio curricular supervisionado, a importância e a necessidade de intervenção do profissional de Serviço Social em diferentes areas, além da percepção da acadêmica diante do aprendizado adquirido.
.
Analisamos também a realidade na qual o profissional de Serviço Social pretende atuar, buscando respostas para o enfrentamento de desafios que se apresentam nos diversos campos de atuação e constituem um elemento central para uma intervenção qualificada.
O pressuposto desta reflexão para identificar as potencialidades do assistente social em varias áreas de atuação. Esta pesquisa utiliza o método histórico-diáletico, o aprofundamento teórico bibliográfico, através de livros e artigos que falam sobre o processo de trabalho do profissional do Assistente social, a “questão social”, filantropia, direitos constitucionais, dentre outras demandas pertinentes a pesquisa.
2. SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL
Nos seguintes parágrafos, irei relatar como surgiu o Serviço Social, quais foram as causas, e como atualmente esse serviço é encontrado no dia-a-dia.
	O Serviço Social teve suas origens no trabalho social da Igreja Católica, que tentava “interferir” no aparecimento da Questão Social, com o surgimento do trabalho livre profundamente marcado pela escravidão. Momento em que “a força do trabalho é tornada mercadoria”, e o proprietário do capital não é mais um senhor em particular, mas que forma uma “classe de capitalistas” que capitalizam o trabalho operário pelo salário, para sustento de si e de sua família.
	Influenciado pelo Neoteomismo, a Igreja Católica Romana visava preparar essa população para o sistema sócio-econômico-político da época, que buscava enfrentar a questão social, agravada pelo desenvolvimento do capitalismo, que busca apenas a lucratividade.
O Serviço Social em sua origem americana(...), foi estruturado por organizações religiosas, especialmente da igreja Católica Romana. Nesse momento, tinha sua prática fundamentada e inspirada na providência divina, uma vez que “o trabalho social consistia no reforço da moralidade e da submissão das classes dominadas. Era, portanto, o controle social da família operária para adequar e ajustar seu comportamento às exigências da ordem social estabelecida”(FALEIROS, 2001, p. 88).
Com o desenvolvimento capitalista que ocasionou o desemprego (acarretado pela substituição do homem pela máquina), longas jornadas de trabalho, baixos salários, exploração da mão-de-obra de mulheres e crianças, fez com que os trabalhadores começassem a se organizar em movimentos e a reivindicarem melhores condições de trabalho. Trabalhadores dispostos a lutar contra uma burguesia dotada de um espírito capitalista, capazes de explorar a mão-de-obra de homens, mulheres e crianças. “[...] primeiro princípio e base de tudo: não há outra alternativa senão a de acomodar-se a condição humana...”(RERUM NOVARUM, 1981, p. 15-16).
	Insatisfeita com a união dos trabalhadores aos movimentos sociais, a Igreja Católica começa a enviar documentos com o objetivo de “resolver” tais problemas. No entanto, o objetivo da Igreja era reprimir o movimento dos trabalhadores, e apesar de reconhecer o problema, a Igreja defendia a desigualdade e tentava induzir os trabalhadores a aceitarem sua condição social como proposito divino: (...) assim, a classe dominante propagava aos sujeitos a culpa pela sua própria condição, considerando-os culpados por sua pobreza e seus fracassos (FALEIROS, 2001).
A partir de 1935, a Igreja Católica passa a adotar um modelo denominado Neotomismo.
“a necessidade de criar instituições que se encarregassem de formar pessoas especificamente para realizar as tarefas de assistência social e colocar em pauta a institucionalização do Serviço Social” (ESTEVÃO, 1985 p. 14).
Nessa época a profissão de Serviço Social não era regulamentada, porém, existiam pessoas que contribuíam voluntariamente para realizar atividades realizadas pela Igreja.
(...)um marco importante para a organização da Assistência Social é a fundação em 1869 da Sociedade de Organização da Caridade em Londres (ESTEVÃO, 1985). [...] a necessidade de criar instituições que se encarregassem de formar pessoas especificamente para realizar as tarefas de assistência social e colocar em pauta a institucionalização do Serviço Social”(ESTEVÃO, 1985 p. 14). 
2.1 SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Até meados do século XIX, a escravidão foi a “mão-de-obra gratuita” brasileira, onde a questão social, expressava-se nas condições de vida onde os negros e mulatos eram submetidos. Longas horas de trabalhos, péssimas condições de alojamentos e os castigos que sofriam denunciavam a desigualdade social existente na sociedade. 
(...)Essa característica foi fruto da falta de condições de trabalho próprias do regime econômico mesquinho que a colonização implantou, levando o Brasil a ter um aspecto de estagnação; transformando a Colônia em detentora de um padrão econômico que gerou baixo nível de vida e alto nível de pobreza econômica, social, política e cultural (SILVA, 2008, p. 36)
Trazendo o debate para o Brasil, o Serviço Social surge na década de 1930, não de forma isolada, mas em articulação com a história dos processos econômicos, das classes e das próprias ciências sociais, bem como, pelos setores políticos, social e religioso (SILVA & SILVA, 1995).
O Brasil vivenciava o governo provisório, onde Getúlio Vargas começa a tomar medidas de modernização do país, como a criação de novos Ministérios, tal como o Ministério do Trabalho, Comércio, Indústria e o Ministério da Educação e Saúde. “A fase propriamente revolucionária durou até 1934, quando a assembléia constituinte votou nova Constituição e elegeu Vargas como presidente”. (CARVALHO, 2006 p.87).
	Na década de 1930 o Brasil vivia um período de grandes agitações políticas, como a organização de movimentos políticos e mobilizações, estas que atingiram vários estados da federação e grupos sociais como o caso dos operários, classe média, militares, industriais, etc. Quando esses movimentos crescem há um aumento de sindicatos, surgindo assim vários partidos políticos, tendo atribuição de elaborar, implementar e executar políticas sociais. [..] um executor terminal de políticas sociais, intervindo diretamente com a população usuária” (NETTO, 1992 apud, IAMAMOTO, 2008 p. 20).Portanto assim, o Serviço Social no Brasil)
[...] não se baseará, no entanto em medidas coercitivas emanadas do Estado. Surge da iniciativa de grupo e frações de classe, que se manifestam principalmente por intermédio da Igreja Católica. Possui em seu início uma base social bem delimitada e fontes de recrutamento e formação de agentes sociais informados por uma ideologia igualmente determinada.(CARVALHO et al., 1981 apud SPOSATI et al., 2010, p. 43)
.
	Ao longo da história da sociedade brasileira, o Serviço Social vai adquirindo reconhecimento e reflexão de seu fazer profissional. 
[...] o rompimento com o conservadorismo profissional ocorreu no chamado Movimento de Reconceituaçãodo Serviço Social, mais especificamente na fase de intenção de ruptura. (NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social.8. ed. São Paulo: Cortez, 2011.)
	
Com o surgimento das grandes instituições, o mercado de trabalho se amplia para o Serviço Social e este rompe com o estreitoquadro de sua origem para se tornar uma atividade institucionalizada e legitimada pelo Estado e pelo conjunto das classes dominantes (IAMAMOTO, 2004, p.93).
	
		Segundo Martinelli o Serviço Social, vem de uma: “marca profunda do capitalismo e do conjunto de variáveis: alienação, contradição e antagonismo que buscou afirmar-se historicamente como uma prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de servir”. (MARTINELLI, 2001:6).
2.2 QUESTÕES SOCIAS
O Serviço Social institui-se como profissão que atua no enfrentamento das desigualdades sociais, dado este fato, para enterdermos a relação entre o profissional de Serviço Social e o paciente, devemos compreender o que a profissão tem a nos transmitir. Pois, o Serviço Social iniciou sua prática quando houve um confronto com a questão social, ou seja, a procura da igualdade para todos e onde a questão social passa a ser expressa na sociedade.
[...] A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais além da caridade e repressão. (IAMAMOTO, 1982; parte 1, cap. 2).
Podemos dizer que a relação entre Serviço Social e questão social não pode ser simplificada apenas na defesa dos direitos e na oferta pelas políticas sociais. Não se deve, negar o campo das políticas sociais como espaço de objetivação do trabalho profissional do assistente social, porém é preciso relacionar tal espaço com a postura do Estado burguês que garante, uma situação satisfatória para o desenvolvimento do capital. O profissional, atende demandas que interferem diretamente na vida da população, na sua dinâmica de organização familiar e nas relações que se inserem. 
O assistente social ao atuar na interferência entre as demandas da população usuária e no acesso aos serviços sociais, coloca-se em uma linha de cruzamento das esferas pública e privada, como um dos agentes pelo qual o Estado intervém no espaço doméstico dos conflitos, presentes no cotidiano das relações sociais. (IAMAMOTO, 2008, p. 428).
É possível afirmar, que o capitalismo teve grandes influências no agravamento das questões sociais, pois, a maior parte dos lucros iriam para os empregadores, enquanto, a mão-de-obra humana ficava apenas com uma pequena parcela do lucro. Vendo isto, podemos entender que a questão social-econômica é um:
(...) conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da produção, contraposto à apropriação privada da própria atividade humana - o trabalho - das condições necessárias à sua realização, assim como de seus frutos. (IAMAMOTO, 2008, p. 16)
Entretanto, a questão social não afeta somente a economia, como também outros setores: a família, a sociedade, no conteto sociail,
[...] expressa portanto disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa as relações entre amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal (IAMAMOTO, 2008, p. 17).
	Sabemos que o conceito da questão social, não diz respeito somente ao Serviço Social, mais que abrange outras profissões que possuem suas atuações determinadas por este fenômeno. 
[...] Exemplos dessa articulação, na prática, podem ser vistos através das atividades das assistentes sociais subindo os morros das favelas para levar as pessoas a regularizarem suas relações de casal por uma certidão de casamento ou certidão de nascimento dos filhos e a evitar relações consideradas promíscuas ou perigosas: era a ordem moral e social para harmonizar classes sociais e edificar a “boa família”, o “bom operário”, o “homem e a mulher sadia” (FALEIROS, 2005 p.13)
À medida em que a questão social torna-se um acontecimento evidente na sociedade brasileira não podendo mais ser enfrentada pela caridade da Igreja, o Estado passa a interferir no modo como a questão social era tratada, com políticas sociais e formando profissionais habilitados para amenizar as sequelas da questão social. Dessa forma, a questão social é um elemento fundamental para compreensão do papel da profissão na sociedade.
“Este traço da busca do rompimento da dependência, marca a trajetória da profissão e lhe confere uma face de compromisso com a justiça e a liberdade” (SPOSATI et al., 2010, p. 44).
	
 A década de 1990 confere maturidade teórica ao Projeto Ético Político Profissional do Serviço Social brasileiro que, no legado marxiano e na tradição marxista, apresenta sua referência teórica hegemônica. Enfeixa um conjunto de leis e de regulamentações que dão sustentabilidade institucional, legal, ao projeto de profissão nos marcos do processo de ruptura com o conservadorismo: a) o Novo Código de Ética Profissional de 1993; b) a nova Lei de Regulamentação da Profissão em 1993; c) as Diretrizes Curriculares dos cursos de Serviço Social em 1996; d) as legislações sociais que referenciam o exercício profissional e vinculam-se à garantia de direitos como: o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA de 1990, a Lei Orgânica da Assistência Social – Loas de 1993, a Lei Orgânica da Saúde em 1990. (Guerra, 2007, p.37).
	Esse projeto de profissão é consequência de um momento histórico fruto de um amplo movimento de lutas pela democracia da sociedade brasileira.
A intervenção do Serviço Social, vinculou-se à necessidade de conhecer profundamente a realidade, apreender suas contradições e, na aproximação da teoria social de Marx, possuindo uma referência que viabiliza uma qualificação em todas as dimensões da ação do assistente social. Sendo essas as dimensões: teórico-metodológica, e 
· Teórico-metodológica- não padroniza o trabalho profissional, evidencia uma tensão entre as condições objetivas da realidade e a apropriação consciente do profissional, [...]obedece à lógica de constituição da sociedade capitalista, na qual a inversão da aparência fenomênica em essência, a substituição do conteúdo pela forma, a transformação do essencial em acessório, são condições necessárias à sobrevivência dessa ordem social. (GUERRA, 2011, p. 158-159)
Técnico-operativa- é a razão de ser da profissão, que remete às competências instrumentais pelas quais a profissão é reconhecida e legitimada. E é aqui que inserimos os instrumentos e técnicas da intervenção profissional. (GUERRA, 2012).
Ético-político.implica o compromisso com uma nova ordem social na qual busca-se competências profissionais que  visem formação permanente e constante postura investigativa.
Sabemos que o Brasil, atualmente, vive em tempos de flexibilização e precarização do trabalho, onde a questão social passa por um momento de naturalização que, às vezes foca no enfrentamento do “combate à pobreza”, ora focaliza seu enfrentamento no “combate à violência”. 
3. SERVIÇO SOCIAL COMO PROFISSÃO
O perfil que deve se apresentar sobre o profissional do Serviço Social não pode-se distanciar da percepção de que este profissional se estabele a partir de um ser social, ou seja, nas relações sociais. O profissional assume então, um compromisso individual a partir do compromisso coletivo da categoria e acaba por assumir uma visão de mundo que não se abrange apenas no espaço sócio-ocupacional, mas como uma postura para a vida. Porém, ao se considerar isso, entendemos a categoria, e, como o projeto profissional coletivo dessa profissão é apropriado de diversas formas pelos profissionais. 
A cada passo, o novo ser vai criando a base sobre a qual estruturará seu psiquismo e sua personalidade, ao mesmo tempo em que se amolda à sociedade da qual está interiorizando as relações e formando, a partir delas, a consciência de si e do mundo.(IASI, 2011, p. 18).
O assistente social é, antes de tudo,um trabalhador e sua condição de trabalhador não se separa do indivíduo, dos desejos, dos sonhos, das vontades. A percepção da sua amplitute enquanto trabalhador e seus limites profissionais, que se divergem em cada pessoa, cada assistente social. Logo, não é apenas a formação profissional que determina o direcionamento político e social do trabalho, não apenas as condições objetivas, a considerar cada espaço sócio-ocupacional, sua consciência, também constituem sua condição enquanto trabalhador (condições individuais). 
[...] para além das dimensões objetivas que conferem materialidade ao fazer profissional, é preciso considerar também, e de forma nem sempre convergente, o modo pelo qual o profissional incorpora na sua consciência o significado do seu trabalho, as representações que faz da profissão, a intencionalidade de suas ações, as justificativas que elabora para legitimar sua atividade – que orientam a direção social do exercício profissional. (RAICHELIS, 2010, p.752).
O novo Código de Ética Profissional de 1993 é um marco histórico na trajetória do Serviço Social por sua legitimidade teórico-prática alcançada pela categoria profissional. A partir desse momento de discussão e de construção coletiva, destacam-se na profissão a relevância e o reconhecimento da ética como componente fundamental do projeto profissional que, nos últimos vinte anos, tem construído uma hegemonia na profissão. (A CONSTRUÇÃO DO PERFIL DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENÁRIO EDUCACIONAL, p. 112).
Decretada no dia 7 de Junho de 1993, a LEI Nº 8.622, faz com que o Serviço Social torne-se uma Profissão regulamentada, dando aos seus profissionais a necessidade de estatutos legais e éticos que irão regular socialmente essa atividade.
(...) envolvem relações com sujeitos sociais determinados: a instituição estatal (poder Executivo e Ministério Público, Judiciário e Legislativo); as empresas capitalistas; as organizações político-sindicais; as organizações privadas não lucrativas e a instâncias públicas de controle democrático (Conselhos de Políticas de Direito, conferências, fóruns e ouvidorias), que sofrem profundas metamorfoses sociais em tempo de capital fetiche. (IAMAMOTO, 2007, p.220).
		 José Paulo Netto, entende o Serviço Social como um subproduto da síntese dos projetos político-econômicos, e ela está situada na sociedade capitalista como um elemento que participa da reprodução das relações de classe e das contradições nelas existentes.
O surgimento do Serviço Social como profissão, está vinculado à emergência da “questão social”, esta é conceituada como o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos conflitos da relação capital/trabalho (NETTO, 1992, p.13).
O processo pelo qual a ordem monopólica instaura o espaço determinado que, na divisão (e técnica) do trabalho a ela pertinente, propicia a profissionalização do Serviço Social tem sua base nas modalidades através das quais o Estado burguês se enfrenta com a questão social, tipificadas nas políticas sociais (NETTO, 1992, p. 70).
	
 Posterior a esse momento, nas décadas de 1940 a 1950, o mundo vive em uma época difícil político-social-econômicamente citado.
“há uma significativa mudança na regulamentação econômica e política mundial com advento da hegemonia norte-americana no mundo ocidental” (FALEIROS, 2005 p. 14)
Assim, à medida que se aprofundava o processo de expansão e consolidação do regime capitalista e que se agravavam, na mesma medida, especialmente no segundo pós-guerra e nas décadas seguintes, as crises políticas, sociais e econômicas começavam a cair por terra a hegemonia do discurso e das práticas burguesa e com ela a reificada concepção do mundo da burguesia (MARTINELLI, 2005 p. 136).
	 Consequentemente, na década de 60, o Brasil passava por um período de Ditadura, consequentemente afastando temporariamente o Serviço Social das classes mais baixas.
Os anos 60, ao longo dos quais se processou um agravamento do quadro político nacional, encontravam o Serviço Social recuado do cenário histórico, produzindo e reproduzindo práticas incapazes de se somarem aos esforços de construção e prevenção de espaços democráticos em uma sociedade oprimida por uma ditadura militar (MARTINELLI, 2005, p. 42).
	Assim, em plena Ditadura Militar o Serviço Social, passará por um processo de renovação, onde mudará de forma bastante significativa sua base teórico-conceitual.
A mobilização social e política da sociedade e a mobilização interna dos assistentes sociais põem em relevo a crise da profissão em meados dos anos 60: sua desqualificação no mundo científico-acadêmico, sua inadequação “metodológica” com a divisão em serviço social de caso, serviço social de grupo e desenvolvimento de comunidade e a ausência de uma teorização articulada. Suas práticas mais significativas faziam-se longe dos graves problemas sociais, sem consonância com as necessidades concretas do povo. As ações de transformação ficavam “à margem”. (FALEIROS, 2005, p. 26)
A história recente da sociedade brasileira, polarizada pela luta dos setores democráticos contra a ditadura e, em seguida, pela consolidação das liberdades políticas, propiciou uma rica experiência para todos os sujeitos sociais. Valores e práticas até então secundarizados (a defesa dos direitos civis, o reconhecimento positivo das peculiaridades individuais e sociais, o respeito à diversidade, etc.) adquiriram novos estatutos, adensando o elenco de reivindicações da cidadania. Particularmente para as categorias profissionais, esta experiência ressituou as questões do seu compromisso ético-político e da avaliação da qualidade dos seus serviços. (CÓDIGO DE ÉTICA DO/A ASSISTENTE SOCIAL – Lei 8.622/93, p.19)
Os assistentes sociais, preocupados com a modernização do País e da profissão, assumem posições predominantemente favoráveis à reprodução das relações sociais. Porém, a partir da década de 1980, os setores críticos (em geral, respaldados na teoria marxista) assumem a vanguarda da profissão. É no bojo desse processo de renovação do Serviço Social que o pluralismo se institui e inicia a construção do que hoje chamamos de projeto ético-politico da profissão. (SANTANA, 2000, p.80).
 A questão do assalariamento, implica na compra e venda da força de trabalho e a presença do pagamento – o dinheiro -, que expressa o valor da troca dessa força de trabalho, declarando que essa atividade profissional está inserida no valor da sociedade capitalista. Assim, de acordo ainda com Iamamoto:
[...] a condição de trabalhador assalariado, regulada por um contrato de trabalho impregna o trabalho profissional de dilemas da alienação e de determinações sociais que afetam a coletividade dos trabalhadores. (IAMAMOTO, 2007).
sintetiza tensões entre o direcionamento que o assistente social pretende imprimir ao seu trabalho concreto – afirmando sua dimensão teleológica e criadora -, condizente com um projeto profissional coletivo e historicamente fundado; e os constrangimentos inerentes ao trabalho alienado que se repõem na forma assalariada do exercício profissional. (IAMAMOTO, 2007, p.214) 
 O profissional do Serviço Social conta com sua qualificação acadêmico-profissional especializada, a normatização da profissão, de funções privativas, e a necessidade de maior comunicação com outros agentes institucionais que participam do mesmo trabalho, além das forças políticas, das organizações da categoria e dos demais trabalhadores.
 Diversos espaços condicionam o trabalho a ser realizado, as condições em que se materializa a liberdade profissional, assim como seus efeitos no processo de reprodução das relações sociais.
 É nas relações entre as classes sociais e destas com o Estado que se encontram a origem dos problemas a serem enfrentadose a chave de suas soluções, algo que deve ser observado e que deve ser lançado para além da profissão, possibilitando a compreensão do movimento da sociedade e suas necessidades sociais, no seu exercício profissional.
(...) analisar como o Serviço Social se formou e desenvolveu no marco das forças societárias, como uma especialização do trabalho na sociedade. Mas pensar a profissão é também pensá-la como fruto dos sujeitos que a constroem e a vivenciam. Sujeitos que acumulam saberes, efetuam sistematizações de sua “prática” e contribuem na criação de uma cultura profissional (IAMAMOTO, 2008, p. 57).
 Conforme o Art. 5º, da LEI 8.662/93 - São deveres do assistente social nas suas relações com os usuários:
a) contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais; 
b) garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e conseqüências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos usuários, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos profissionais, resguardados os princípios deste Código; 
c) democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários;
d) devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento dos seus interesses; 
e) informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro audio-visual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos dados obtidos; 
f) fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas conclusões, resguardado o sigilo profissional; 
g) contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados; h) esclarecer aos usuários, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação profissional.
3.1 Lei nº 8.742/ lei orgânica da assistência social
A assistência social surge no mundo inteiro a partir de sentimentos e crenças religiosas, tais como a caridade e a solidariedade religiosa. Diversas culturas e religiões fazem menção ao amparo e assistência aos pobres, viúvas e órfãos.Esse sentimento acabou sendo espalhado para setores não religiosos surgindo entidades sem algum vínculo religioso. No entanto, não é grande o reconhecimento dessa contribuição religiosa para a assistência social, segundo Simões:
O tema da religião, vinculado ao Serviço Social, como profissão privilegiada da prestação de serviços sociais não tem sido abordado no Brasil. Mesmo os valores religiosos tendo servido, de forma explícita, para sustentar propostas profissionais até os anos de 1970, ao há registros na literatura nacional (a não ser por muito poucos trabalhos de pós-graduação – especialmente mestrado) de que o tema religião tenha sido enfocado como um objeto próprio de pesquisa. (SIMÕES, 2005; p. 17).
	
Na época da República Velha, o Brasil ainda não discernia a assistência social como um deve do Estado, daí surge um pesamento, que buscava a inovação do assistente social no Brasil, esse pensamento era de Ataulpho Nápoles de Paiva, entretanto, essa ideia não prosperou imediatamente pois era considerada muito avançada para os ideiais daquela época.
No início do século XX, ideais socialistas ganham força, inclusive entre os democratas, trazendo o questionamento do Brasil se tornar um país com a economia capitalista, o Estado deveria então, ofertar um Serviço Social de boa qualidade. Com o novo governo instituído na época, é sob a Ditadura que a assistência social estatal passa a dar seus primeiros passos.
Portanto assim, a Constituição de 1988, é criada pelo Estado com o intuito de melhorar a vida das pessoas. Desta maneira, a Lei Orgânica de Assistência Social, vem a ser regulamentada novamente, passando o Estado a ter que conceder benefício assistencial nos casos previstos da lei, sob pena de cometer omissão constitucional.
De acordo com o art. 1º, da LEI Nº 8742, define a assistência social como parte do conjunto de políticas do sistema de Seguridade Social brasileiro. Política que é não contributiva, ouseja, não existe pagamento de nenhuma espécie, para o acesso ao direito à proteção social.
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
	 Defendido assim legalmente, pelo art. 2º os serviços sociais tem como objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
O Constituinte de 1988, cria um benefício assistencial de acordo com art. 203, inciso V da Constituição Federal de 1988, esse benefício consiste na garantia de um salário mínimo à pessoa portadora de deficiência, cabendo ao legislador a tarefa de disciplinar a concessão do benefício assistencial.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
3.2 A PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL ATUALMENTE
Vivemos em tempos de flexibilização e precarização do trabalho, onde as expressões da questão social passam por um momento de naturalização que, ora focalizam o seu enfrentamento no “combate à pobreza”, ora focalizam seu enfrentamento no “combate à violência”. Desse modo, Iamamoto aponta que:
[...] decifrar as novas mediações por meio das quais se expressa a questão social, hoje, é de fundamental importância para o Serviço Social em uma dupla perspectiva:para que se possa tanto apreender as várias expressões que assumem, na atualidade, as desigualdades sociais–sua produção e reprodução ampliada –quanto projetar e forjar formas de resistência e de defesa da vida. (IAMAMOTO, 2011, p. 28).
Guerra afirma: Que os valores e princípios do atual projeto profissional remetem a um novo modo de operar a profissão o que pressupõe a crítica sobre as condições e relações do seu exercício profissional [...] é claro ao profissional que não basta se indignar contra a moral burguesa, não basta o senso moral. É necessário que se desenvolva a consciência moral, que se aproprie da ética como reflexão crítica sobre a moral para se estabelecer quais as escolhas e ações tácitas e estratégicas que nos permitam organizar ações e sujeitos históricos para intervir no processo de democratização da sociedade, visando a uma sociedade justa e equitativa, o que passa pela defesa da vida humana. (GUERRA, 2007, p.27).
Com isto, o profissional do Serviço Social deve ter uma autonomia presente, habilidades e uma postura decente em meio a sociedade, para exercer sua profissão com mais êxito. “(...) é possível entender que o profissional social, de posse desse projeto crítico, percebe que as possibilidades de transformaçãonão estão na profissão, mas na própria realidade, na qual, certamente, por meio de uma intervenção profissional competente, poderão se estabelecer devidas mediações entre interesses da classe trabalhadora e da classe dominante. Competência essa que é dinâmica, não estática e adquirida de uma vez por todas, construída social e historicamente e que ultrapasse saberes e conhecimentos, mesmo se constituindo por eles. É fundamental que haja uma intervenção reflexiva e eficaz no sentido de articular dinâmicas de conhecimentos, saberes, habilidades,valores e posturas.” (A construção do perfil do assistente social no cenário educacional, p. 111).
	Na era contemporânea, os seres humanos passam a pensar e tentar ajudar o outro com uma frequência contínua.
No decorrer das últimas décadas, evoluiu no processo de pensar-se a si mesmo e à sociedade, produzindo novas concepções e autorrepresentações como “técnica social”, “ação social modernizante” e posteriormente “processo político transformador. Atualmente põe ênfase nas problematizações da cidadania, das políticas sociais em geral e, particularmente, na assistência social. (FILHO, José. 2002, p.57).
3.3 PRINCÍPIOS DO ASSISTENTE SOCIAL
Esses são alguns dos princípios básicos, que cada profissional de Serviço Social deve ter para consigo mesmo, transmitindo esses conhecimentos para uma profissão digna e justa.
· Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
· Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
· Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física. (CRESS-RJ, LEGISLAÇÃO – CÓDIGO DE ÉTICA).
Todos nós temos direitos, assim como deveres, devemos ressaltar que dentro desses direitos vem um princípio importante, a dignidade, ou seja, todo ser humano deve ter seus direitos devidamente cumpridos, perante a lei. Esse princípio da dignidade, podemos dizer, que é um fundamento para os demais direitos e garantias fundamentais do ser humano, sendo uma base de diversos pensadores que defendiam os direitos fundamentais do homem e responsável por mudanças históricas, como é o cadada abolição da escravidão em diversos lugares do mundo. 
Segundo Silva a dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, desde o direito à vida. “Concebido como referência constitucional unificadora de todos os direitos fundamentais [observam Gomes Canotilho e Vital Moreira], o conceito de dignidade da pessoa humana obriga a uma densificação valorativa que tenha em conta o seu amplo sentido normativo-constitucional e não uma qualquer ideia apriorística do homem, não podendo reduzir-se o sentido da dignidade humana à defesa dos direitos pessoais tradicionais, esquecendo-a nos casos de direitos sociais, ou invocá-la para construir ‘teoria do núcleo da personalidade’ individual, ignorando-a quando se trate de garantir as bases da existência humana”. Daí decorre que a ordem econômica há de ter por fim assegurar a todos exigência digna (art. 170), a ordem social visará a realização da justiça social (art. 193), a educação, o desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania (art. 205) etc., não como meros enunciados formais, mas como indicadores do conteúdo normativo eficaz da dignidade da pessoa humana. (SILVA, 2000; p. 109).
	Devemos levar em consideração que todo ser humano deve ser meredor de tal princípio, mas, nós como seres errantes também possamos compreender, tais pessoas que não seguem um fundamento de honra.
A qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, nesse sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos. (SARLET, 2006; p. 60).
Um dos princípios fundamentais da assistência social é a Solidariedade, pois nela encontramos atos de bondade, e uma a cooperação mútua entre as pessoas, tem-se nela a assistência social o instrumento mais eficaz para alcançar tal objetivo, conforme disposto no artigo 3º, inciso I da Constituição Federal de 1988, “Construir uma sociedade livre, justa e solidária”.
A solidariedade prende-se à idéia de responsabilidade de todos pelas carências ou necessidades de qualquer indivíduo ou grupo social. É a transposição, no plano da sociedade política da obligatio in solidum do direito privado romano. O fundamento ético desse princípio encontra-se na idéia de justiça distributiva, entendida como a necessária compensação de bens e vantagens entre as classes sociais, com a socialização dos riscos normais à existência humana. (COMPARATO, 2003; p. 64).
	A solidariedade torna-se um direito perante a lei, devendo ser reconhecida como uma preceito que opera em prol dos mais “fracos”.
Com base no princípio da solidariedade, passaram a ser reconhecidos como direitos humanos os chamados direitos sociais, que se realizam pela execução de políticas públicas, destinadas a garantir amparo e proteção aos mais fracos e mais pobres; ou seja, aqueles que não dispõem de recursos próprios para viver dignamente. (COMPARATO, 2003; p. 64).
O princípio da igualdade prevê a semelhança de recursos e de possibilidades de cada cidadão a usufruir de um tratamento imparcial diante da lei. Por meio desse princípio são proibidas as discriminações casuais e absurdas, sem justificações pelos valores da Constituição Federal e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do intérprete ou autoridade pública e do particular.Conforme o Artigo 5º aponta“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
		Percebemos, que o assistente social deve ser um indivíduo assima de tudo com um caráter íntrego, para atuar na sua profissão como rege na Constituição, em razão, de que a personalidade do assistente social pode influenciar nas emoções do paciente.
		Assistentes sociais podem trabalhar junto a outras categorias é o caso dos profissionais da psicologia, da educação, da saúde, do direito, dentre outrass. Cabe destacar que, durante o atendimento individual, assistentes sociais devem garantir sigilo à pessoa que é atendida.
		É o caso os Conselheiros Tutelares, onde o Serviço Social pode atuar junto com tal órgão para assegurar que a Lei que protege de forma integralseja devidamente cumprida, devendo dar grande importância para a atuação dos Conselheiros perante a sociedade.
O Serviço Social é uma profissão de merecimento com grande importância, tem o pemanente compromisso de propor e efetivar ações profissionais que acompanhem a expansão da política de assistência social se comprometendo com a consolidação do Estado democrático dos direitos, a universalização da seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos espaços de controle social democrático, utilizando-se de estratégias que fortaleçam sua autonomia e competência profissional, a fim de efetuar intervenções com criticidade, autônoma, ética e politicamente comprometida com a classe trabalhadora e as organizações populares de defesa de direitos. (CFESS, 2009)
Em resposta à histórica requisição social, bem como às finalidades, objetivos, valores e princípios com direção ética e política da profissão, os Assistentes Sociais brasileiros possuem o compromisso com a classetrabalhadora e os processos emancipatórios na perspectiva de uma sociedade igualitária.
(...) compromisso com a qualidade na prestação dos serviços, competência profissional e articulação com outros profissionais e trabalhadores.
A consciência ética é umelemento indispensável da prática profissional de todos os Assistentes Sociais. Tem uma grande capacidade de proceder em conformidade com a Ética que é um aspecto muito relevante, essencial à qualidade do serviço que é prestado aos pacientes.
De acordo com a Declaração Internacional dos Princípios Éticos são:
1.º Formular um conjunto de princípios básicos de Serviço Social, os quais devem ser adaptados às diversas realidades socioculturais.
2.º Identificar problemas éticos na prática do Serviço Social. 
3.º Elaborar um guia metodológico para lidar com questões éticas/problemas éticos.
4. SERVIÇO SOCIAL E POLÍTICA DE SAÚDE
O profissional em Serviço Social está qualificado para trabalhar em qualquer área ligada as Políticas Públicas e Privadas incluindo a área da saúde.
		A partir do final da década de 70 e início da década de 80, ocorreram profundas modificações no cenário político brasileiro, com o processo de democratização do país, a falência do modelo de atenção a saúde que preconizava ações meramente curativas e a ascensão de novas atuações sociais no cenário político nacional, surge o Movimento Sanitário, que propunha mudança no setor saúde, atribuindo a este, determinantes sociais, históricos, econômicos e no fazer ético-político dos profissionais, buscando refazer o processo de participação social nas decisões sobre o sistema de saúde.
(educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência e assistência social), de modo a conformar um amplo sistema de proteção, mais consoante às condições gerais dos cidadãos brasileiros (BOSCHETTI, 2007).
		Na historia recente de renovação nas reformas setoriais, realiza-se a VIII Conferência Nacional da Saúde, um marco que traz consigo uma forma sistematizada de diretrizes e novas ideias para um novo sistema de saúde, um sistema único.
[...] sendo a preocupação com a saúde, uma questão política, explicitada somente na virada da década de 80 para 90, quando houve a mudança do conceito “saúde” e a ascensão do Movimento da Reforma Sanitária (BRAVO, 1996). 
		O projeto de Reforma Sanitária, influenciou na nova forma do Sistema Único de Saúde - SUS - atuar perante a sociedade, e a partir desse novo conceito que a saúde passa a ser organizada com mais integralidade, hierarquia, regionalização e tendo uma maior participação popular.
		Esse novo sistema vem com o intuito de trazer a família para construir um novo modelo de medida operacional, tentando romper a centralização focada nos hospitais por apenas um grupo com condições sócio-econômico relevante. Assim, o Programa Saúde da Família, surge com a finalidade de um novo modelo para a melhoria da saúde das famílias brasileiras em geral.
“parte de uma agenda estratégica da luta democrática e popular no Brasil, visando à construção de uma sociedade justa e igualitária” (CFESS, 2000).
O trabalho assistente social no novo Programa, não era priorizada pelo Ministério da Saúde daquela época, porém, poderia integrar a equipe de acordo com o planejamennto e as necessidades dos locais. Assistente Social é atualmente reconhecida como uma profissão que destaca-se pela qualidade dos serviços prestados aos usuários, bem como se posiciona a favor da igualdade e justiça social para assegurar a universalidade de acesso aos bens e aos serviços de Saúde. Atribui ao assistente social enquanto profissional de saúde a intervenção juntos aos fenômenos sócio-cultural e econômicos que reduzam a eficácia dos programas de prestação de serviços nos níveis de promoção, proteção e/ou recuperação de saúde. 
	O SUS uma das propostas do Projeto de Reforma Sanitária, foi regulamentado, em 1990, e tinha como objetivo básico a “saúde como direito de todos e dever do Estado” (BRAVO, 1999; BRAVO; MATOS, 2001). Entretanto, ao longo do tempo, há uma privatização de alguns programas sociais, mantendo apenas o Sistema Único de Saúde - SUS-. Atualmente, é considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo.
	
Em uma breve análise da saúde pública no Brasil com dados de 2006, divulgados no Pacto pela Saúde, mostram que o SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Além de ser o segundo país do mundo em número de transplantes, o Brasil, devido ao SUS, é reconhecido internacionalmente pelo seu progresso no atendimento universal às Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, na implementação do Programa Nacional de Imunização e no atendimento relativo à Atenção Básica (BRASIL, 2010).
	De acordo com a Constituição Federal, o propósito desse sistema é o atendimento público de saúde a toda população. "No SUS todo cidadão tem direito ao atendimento gratuito seja em pronto-socorros ou consultas especializadas, é possível fazer o pré-natal e o parto, exames laboratoriais, entre outros tipos de procedimentos. Além disso, o SUS também é responsável pela fiscalização e produção de medicamentos, e o combate a doenças epidemiológicas (BRASIL, 2010)."
	Com mudanças ocorridas na área da saúde, pode-se perceber a inserção do profissional de serviço social de saberes e práticas, daí parte o marco da Reforma Sanitária, onde alcançou alguns objetivos.
	Conforme a NOB-SUAS, o sistema deve: “operar articulando interinstitucional (entre competências e ações) com os demais sistemas de defesa de direitos humanos, em específico com aqueles de defesa dos direitos da criança e adolescente, idosos, pessoas com deficiência, mulheres, negros e outras minorias, de proteção às vítimas de exploração sexual e violência, e a adolescentes ameaçados de morte, de promoção do direito de convivência familiar”. “Articulação intersetorial entre o SUAS e o Sistema Único de Saúde - SUS, por intermédio da rede de serviços complementares para desenvolver as ações de acolhida, cuidados e proteções como parte da política de proteção às vítimas de danos, violência familiar e sexual, deficiência, fragilidades pessoais e problemas de saúde mental, abandono em qualquer momento do ciclo de vida, associados as vulnerabilidades pessoais, familiares e por ausência temporal ou permanente da autonomia.”
4.1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE
O profissional de Serviço Social diante da saúde apresenta muitos desafios, porém o foco principal é responder as demandas, buscar constantemente manter as articulações com os demais profissionais da saúde, tanto para os movimentos sociais quanto para as políticas sociais. A saúde tem sido cada vez mais debatida através das diversas ações com vista a assegurar a garantia de acesso, a integridade da atenção e o equilíbrio entre regressos.	Segundo Vasconcelo (2003), os avanços conquistados ao longo do tempo por esses profissionais, na saúde, são considerados insuficientes, pois, de acordo com ele o Serviço Social chega a década de 1990 como uma categoria incapacitada do Movimento da Reforma Sanitária, com pouca organização em relação a aos avanços.
O serviço social hospitalar tem sua magnitude nos amplos serviços prestados aos usuários do Sistema Único de Saúde, SUS, seja de natureza individual ou coletiva, programas ou projetos sociais na área da saúde, bem como a integração e interação das ações desenvolvida numa perspectiva abragente, articulada ou humanitária. O assistente social deve se atentar a novas dimenções das lutas sociais que se colocam como desafio na produção de conhecimentos e pelo direito á informação, que por sua vez trás consigo uma sociedade nas suas diversas esferas com uma expressividade democrática e transparente. O projeto de articulação ao assistente social vem requisitando várias demandas, entre elas a seleção sócio-econômica, ação fiscalizatória e uma atuação psicossocial.
Identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas profissionaispara o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado (VASCONCELOS, 2003).
		As entidades do Serviço Social tem por desafio criar um certo "vínculo" com os demais profissionais de saúde e movimentos sociais, deste modo, devendo encarar juntos uma luta pela proteção da democracia, das políticas públicas e desenvolver um trabalho em seu cotidiano contando com outras pessoas que partilhem desse mesmo princípio.
4.2 SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO
Os serviços sociais está inserido em vários campos de atuação, entre eles a educação, buscando desenvolver um projeto que possa o levar assistente social em conjunto,para resolver problemas que estejam relacionados aos alunos. É verdade que a violência no âmbito escolar é assunto que está sempre presente nas instituições de ensino, principalmente, quando o fenômeno passa a afetar diretamente o processo de ensino-aprendizagem, sendo por várias vezes foco principal de inúmeras reuniões e discussões pedagógicas. O problema da falta de disciplina nas escolas e no meio social esta se tornando muito comum. Ficam buscando os culpados sem buscarem soluções, deixando de lado as responsabilidades e não tomam uma atitude perante as inadequadas reações dos alunos, de sua indisciplina.
“o comportamento indisciplinado não resulta de fatores isolados (como, por exemplo, exclusivamente da educação familiar, da influência TV, da falta de autoridade do professor, da violência da sociedade atual etc.), mas da multiplicidade de influências que recaem sobre a criança e o adolescente ao longo de seu desenvolvimento”. AQUINO (1996, p.96)
O assistente social juntamente com a escola, busca sempre permitir que os alunos aprendam a gostar do ambiente escolar, procurando garantir ainda um espaço amplo para a construção de conhecimentos que contribui na formação cidadã e promove a disciplina escolar. A origem dos comportamentos ditos indisciplinares pode estar em diversos fatores: uns ligados a questões relacionadas ao professor, principalmente na sala de aula; outros nas famílias dos alunos, nos próprios alunos, alguns no processo pedagógico (relacionado a metodologia e outros no contexto escolar).Segundo Vasconcelos (2000, p. 23) um fator fundamental para a crise da disciplina na escola e na sala de aula está na queda do mito da ascensão social através da escola. Até a alguns anos atrás, a escola não era também um espaço agradável, mas os alunos tinham uma motivação extrínseca: “ser alguém na vida”. Atualmente, com a queda deste mito, fica muito mais difícil para o professor conseguir um comportamento adequado do aluno, ainda que de passividade.
“Um projeto de escola que busque a formação da cidadania precisa ter como objetivos: tratar todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência, valorizando o que um tem de bom; faz com que a escola se torne mais atualizada para que os alunos gostem dela; e, ainda, garantir espaço para a construção de conhecimentos, que contribuam para uma análise crítica da realidade”. FREIRE (1997)
É necessário que o educador tenha uma clarividência do que é de fato indisciplina, para as dificuldades serem separadas Estar aberto a inovações, rebeldia que, neste contexto, tomam conta dos alunos e vê com intranqüilidade a deteorização dos pacotes educacionais. Assim os alunos e professores devem desenvolver uma competência essencial: precisam aprender a aprender.
	Sempre dispostos a incorporá-las ou não, novos conceitos em busca de um novo jeito de fazer escola. Assim, o investimento no coletivo torna-se um reforço a mais no tratamento com os educadores em sala, mesmo reconhecendo que a questão da indisciplina transcende os muros escolares.
4.3 CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA INDISCIPLINA ENCONTRADAS NO ÂMBITO ESCOLAR
A indisciplina oferece uma sequência de consequências que afetarão a vida dos alunos. Normalmente achamos que os alunos serão afetados por seus atos, os únicos responsáveis. Ai que nos enganamos e as consequências de seus atos refletem no cotidiano dos que já fazem parte do corpo docente das escolas e na sociedade.
Primeiramente afetará a formação moral do individuo, tornando-o mais tarde impune de seus atos. De tanto realizar tais atos e não haver punição, a criança começa a achar que não existe problema algum, nos comportamentos que o mesmo tem.
Em seguida, sua sucessão de “atrocidades” fará com que os outros coleguinhas, professores, familiares, demais funcionários das escolas e familiares dos coleguinhas os deixem excluídos, fora de qualquer relação, contato social prejulgando-o como “marginal” ou “trombadinha.
A vida em sociedade pressupõe criação e o cumprimento de regras e normas capazes de orientar as relações, possibilitar o diálogo, a cooperação e a troca entre membros deste grupo social. A escola por sua vez, também de regras e normas orientadoras do seu funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que nela atuam. Nesse sentido, as normas deixam de assumir a característica de instrumentos de castração e passam a ser compreendidas como condição necessária ao convívio social. Neste modelo, o disciplinador é aquele que educa, oferece parâmetros e estabelece limites, diz Rego (1996).
Segundo Vasconcelos (2000, p. 23) um fator fundamental para a crise da disciplina na escola e na sala de aula está na queda do mito da ascensão social através da escola. Até a alguns anos atrás, a escola não era também um espaço agradável, mas os alunos tinham uma motivação extrínseca: “ser alguém na vida”. 
É necessário que o educador tenha uma clareza do que é de fato indisciplina, para as dificuldades serem separadas. Estar aberto a inovações, rebeldia que, neste contexto, tomam conta dos alunos e vê com intranquilidade a de teorização dos pacotes educacionais. Assim os alunos e professores devem desenvolver uma competência essencial: precisam aprender a aprender.
	Sempre dispostos a incorporá-las ou não, novos conceitos em busca de um novo jeito de fazer escola. Assim, o investimento no coletivo torna-se um reforço a mais no tratamento com os educadores em sala, mesmo reconhecendo que a questão da indisciplina transcende os muros escolares.
Em relação ao papel familiar em relação à indisciplina é que a criança acaba repetindo os modelos de comportamentos que tem e vê em casa.
Se a educação base que é a que a família exerce na formação do cidadão está deficiente, logo a indisciplina será o maior aliado da criança, pois este não conheceu regras, certo e errado e faz porque se espelhou em adultos vistos como “ídolos”.
	Precisa-se que os pais e familiares se conscientizem e deixem o hábito que cada vez mais vem aumentando de achar que educação e disciplina dependem somente da escola e de orientadores (como os assistentes sociais), sendo a escola a responsável pela indisciplina do aluno. Quando os professores e familiares começarem a ter compromissos com as responsabilidades lhes atribuídas, a indisciplina seja com certeza retirada de questões abordadas em palestras e projetos.
Observando o dia-a-dia de uma escola podemos notar que a educação brasileira, de um modo geral, passa por um momento bastante delicado. Além da falta de uma política pública educacional clara e eficiente, educadores, gestores, alunos, enfim, toda comunidade escolar alerta que algo bastante conflituoso vem acontecendo no ambiente escolar.
Dentre esses conflitos destacamos a questão da indisciplina escolar, que tem sido vivenciada de forma intensa e apontada como um dos principais alvos de discussões entre os profissionais da educação. Frequentemente podemos testemunhar nossos educadores bastante apreensivos com o problema, criando dentro da escola uma situação angustiante. Muitos apontam que a autoridade e o controle excessivo de antigamente foram substituídos por certa perplexidade e indiferença entre os educadores, que, muitas vezes, passam a serem cúmplices desse problema educacional, dando à disciplina um valor secundário. Por se tratar de um tema bastante controvertido, professores, diretores, pais e alunosestão atônitos no meio do emaranhado de significados e valores que a disciplina comporta. A indisciplina é um dos grandes desafios a ser enfrentados por estes profissionais da educação, que se vêem aflitos diante de questionamentos feitos pelos educadores de como agir diante desta realidade que atinge a todos os envolvidos no processo educativo, por isso, um dos grandes motivos do Serviço Social interagir com os profissionais da educação, torna-se uma enorme ajuda no âmbito escolar, pois, os assistentes sociais poderiam aconselhar não só alunos, como também, contribuindo para com a gestão escolar, para que a escola torne-se um local de conhecimento.
Segundo Aquino: ”O conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre as diferentes culturas e numa mesma sociedade.”
A questão da indisciplina na escola é um dos temas que movimenta gestores, professores, pais e alunos de diferentes escolas brasileiras. Entretanto, apesar desta temática constituir-se objeto de inquietação, no meio educacional, de um modo geral, superficialmente discutido. Além da falta de consenso e clareza a respeito da definição do termo indisciplina ou, até mesmo de disciplina, as maiores partes da revisão bibliográfica e das análises sobre esse tema expressam sinais de um discurso saturado por preconceitos e costumes da sabedoria popular.No contexto da sociedade temos regras que nos leva a cumprir, de forma a não existências das mesmas levaríamos ao um deslocamento sem tamanho não havendo relações e possibilitando o diálogo, a cooperação e a troca valores que são transmitidos de geração a geração para o desenvolvinto social. A escola, por sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do seu funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que nela atuam. Nesse sentido, as normas deixam de assumir a característica de instrumentos de castração e, passam a ser compreendidas como condição necessária ao convívio social. Neste modelo, o disciplinador é aquele que educa, oferece parâmetros e estabelece limites.
A vida em sociedade pressupõe a criação e o cumprimento de regras e preceitos capazes de nortear as relações, possibilitar o diálogo, a cooperação e a troca entre membros deste grupo social ( sobretudo numa sociedade complexa como a nossa).A escola por sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do seu funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que nela atuam.Diz Rego (1996).
No ambiente escolar as principais queixas dos professores relativamente à indisciplina são: falta de limite dos alunos, mal comportamento, desinteresse e desrespeito às pessoas de autoridade da escola; alguns professores apontam que os alunos não aprendem, pois são indisciplinados em decorrência da não imposição de limites por seus pais; o fracasso escolar seria então o resultado de problemas que estão fora da escola e que se manifestam dentro dela pela indisciplina; de acordo com esses professores, nada pode ser feito enquanto a sociedade não se modificar, porém, com a ajuda do Serviço Social poderiam interferir e tornando-se mais rara essas indisciplinas que são causadas pelos estudantes. Podemos afirmar que no mundo atual a maioria das escolas enfrenta estas questões, que perduram há anos, sofrendo obviamente alterações históricas de acordo com as contingências sócio-culturais.Atualmente a indisciplina tornou-se um “obstáculo” ao trabalho pedagógico e os professores ficam desgastados, tentam várias alternativas, e já não sabendo o que fazer, chega mesmo em algumas oportunidades a pedir ao aluno indisciplinado que se retire da sala já que ele atrapalha o rendimento do restante da sala. Nesses casos, os alunos são encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional. Muitas vezes há pressões por parte dos professores para que sejam aplicadas punições severas a esses estudantes.
“Embora o fenômeno da indisciplina seja um velo conhecido de todos, sua relevância teórica não é tão nítida”. AQUINO (1996, p.96)
O papel tanto do professor quanto da família conta muito no que diz respeito às questões indisciplinares, por sua vez, a orientação de um profissional especializado na área de convívio social, poderia acarretar em novas descobertas fascinantes para uma melhor convivência escolar. Muitas vezes a indisciplina acontece por culpa dos professores que não põe ordem na sala de aula, também por parte da família que incentiva a mesma, não educando corretamente o próprio filho, e este acaba refletindo na escola. A educação já vem moldada dos valores adquiridos no meio familiar, algumas vezes fazendo com que a escola tome um novo procedimento para que o indivíduo se estabeleça melhor no convívio social, entretanto, não são em todas as escolas que tais processos são atribuído, por esse e tantos outros motivos a integração de um profissional do Serviço Social nos âmbitos educacionais, deve ser regulamentada em uma lei.
4.4 SERVIÇO SOCIAL NO SISTEMA PENINTENCIÁRIO
O Sistema Penitenciário Brasileiro está regulamentado pela:Lei de Execuções Penais (LEP - n.º 7.210 de 11/07/84), que em seu artigo 10 dispõe sobre “(...) a assistência ao preso e ao internado, como dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade, estendendo-se esta ao egresso”.
4.5 A ASSISTÊNCIA SERÁ: MATERIAL; À SAÚDE; JURÍDICA; EDUCACIONAL; RELIGIOSA E SOCIAL.
O Serviço Social, portanto, articulado teórica e politicamente às prioridades colocadas pela política penitenciária a nível nacional, conta com profissionais capacitados para pesquisar, elaborar, executar políticas sociais, planos, programas e projetos assistenciais, terapêuticos, promocionais, educativos e preventivos junto a uma rede de relações que constituem a vida prisional.
Segundo Iamamoto: O Assistente Social dispõe de um código de Ética profissional e embora o Serviço Social seja regulamentado como uma profissão liberal, não tem essa tradição na sociedade brasileira. É um trabalhador especializado, que vende a sua capacidade de trabalho para algumas entidades empregadoras. O Assistente social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implementem políticas sociais, especialmente políticas públicas. Ou nos termos de Netto, um executor terminal de políticas sociais, que atua na relação direta com a população usuária. Mas, hoje, o próprio mercado demanda, além de um trabalho na esfera da execução, a formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais. (1998, p. 20).
Ao Serviço Social cabe o papel de orientador e esclarecedor dos direitos e deveres do cidadão, bem como o compromisso de estabelecer uma relação de confiança, pois, neste momento inicia-se uma nova etapa na vida do sentenciado, etapa esta de reeducação e de buscar os princípios básicos da cidadania.
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Ressocializar significa tornar o ser humano capaz de viver em sociedade novamente, consoante à maioria dos homens fazem. A palavra ressocializar poderia a princípio referir – se apenas ao comportamento do preso, aos elementos externos que nós podemos resumir da seguinte forma: ressocializar é modificar o comportamento do preso, para que seja harmônica com o comportamento socialmente aceito e não nocivo à sociedade. Entretanto, como sabemos, antes do comportamento existem os valores; nós agimos, atuamos em função desses valores. (TOZI, 2001, p.56).
Ressocializar-se é um dos passos mais difícil para o presidiário, necessitando de muita coragem e motivação para enfrentar todas as barreiras que encontrará pela frente, devido a marca em que a sociedade lhe confere causando-lhe ao ex-presidiáriouma grande dificuldade para entusiasmar-lhe consigo mesmo, necessitando do trabalho de profissionais capacitados, como o assistente social.
O papel do Assistente Social na efetivação do cumprimento da pena é muito importante, pois é através deste que o preso irá estabelecer-se na comunidade, cumprindo a sua condenação.E ao Assistente Social estabiliza-se, então, para mediar à reflexão dos sujeitos apenados sobre seu papel na sociedade, seus direitos e deveres, o compromisso consigo mesmo e com a coletividade.
A pena de prisão, ninguém mais contesta, é um remédio opressivo e violento, de conseqüências devastadoras sobre a personalidade, e só deve ser aplicada, ‘ultimo ratio’, aos reconhecidamente perigosos. É iniludível que o encarceramento do homem não o melhora, nem o aperfeiçoa, nem corrige a falta cometida, nem o recupera para o retorno à vida da sociedade que ele perturbou com a sua conduta delituosa” Citando o não menos ilustre Heleno Fragoso, o notável mestre finaliza: “ como instituição total a prisão necessariamente deforma a personalidade, ajustando – a à subcultura prisional (prisionização)... O problema da prisão é a própria prisão. (Silva, 1988, p.55).
O Serviço Social é uma profissão interventiva e investigativa que trabalha com as expressões da questão social, trabalhano também em conjunto com as políticas públicas, atendendo as indagações da sociedade. Trabalhando junto as com famílias, sendo que a família é a essência principal na vida de uma pessoa, é ali que as pessoas buscam um conforto,educação, segurança, carinho. Por isso é na família que um indivíduo que necessita ressocializar-se busca ajuda, compreensão, força. Assistentes sociais atualmente não exercem sua profissão com regularidade nas prisões, tornando-se assim um grande limite na ação desse profissional
Essa dificuldade é encontrada devido as prisões no Brasil se encontrarem em estado de precariedade e não são de total segurança para o preso, as rebeliões, por exemplo.Por isso, a interferência do assistente social para com o presidiário deve ser prestado com mais regularidade, reforçando que o trabalho do assistente é tentar transformar a sociedade em que vivemos mais justa e igualitária.
4.6 SERVIÇO SOCIAL PARA COM O IDOSO
Para o Serviço Social, o aumento do número de pessoas nas sociedades contemporâneas é menos importante do que o aumento de grupos particulares, por exemplo, os idosos, constituindo este um indicador de fragilidade social. Nesta faixa etária, os relacionamentos sociais consequentemente vão diminuindo, resultante da morte do companheiro e de amigos, num momento da vida em que a rede de suporte é determinante para a sobrevivência. Este fenômeno atinge, sobretudo, o sexo feminino, em razão de que, vive mais anos do que o sexo masculino. Por isso, o sexo, a idade e o estado civil são variáveis a ter em conta na análise da fragilidade das pessoas idosas, assim como o nível de escolaridade, a situação econômica e o grau de dependência física e emocional.
A fragilidade está também associada à diminuição do rendimento e ao aumento de despesas em bens de saúde, existindo uma maior probabilidade de se ter uma doença degenerativa e/ou incapacitante. A não ocorrência dessas doenças pode ser um dos fatores protetores neste grupo social, em particular, no nível da dependência física e emocional dos indivíduos. Neste caso, é importante ter atenção à habitação e sua adequação às necessidades individuais.
Outra variável importante é o nível de informação, participação social e coesão familiar. Estes fatores concorrem para que as vivências do quotidiano sejam diversas, desde vivências de poupança e de investimento na mobilidade até situações de pobreza.
Os cuidados prestados por familiares são outro factor que concorre para a fragilidade social da velhice, pois cuidar de idosos pode implicar certo estresse físico e psíquico. O stress e as dificuldades resultantes da responsabilidade social pelos idosos podem ser causadores de violência sobre os mesmos, ocorrendo muitos casos registrados de violências verbais, físicas e psicológica relatando alguns casos que chegaram ao óbito do idoso.
A demogracia em si, alterou as atitudes das pessoas com mais idade e levou à criação de legislações em forma de política social. O grupo passou a ser objeto de medidas reguladoras da vida social, como, por exemplo, as reformas, os cuidados, os cuidadores, os equipamentos e os serviços específicos, no âmbito dos recursos sociais institucionais. Mas ligada a esta racionalidade está, por vezes, uma "perda de direitos" de liberdade de escolha e de participação, decorrente de certo paternalismo no cuidado da pessoa idosa. Tomam-se as decisões por ela e não se tem em atenção a sua vontade, liberdade e sentido de responsabilidade. O paternalismo levado ao extremo faz com que o assistente social ou os elementos do grupo familiar decidam sempre pela pessoa idosa, impondo o que é melhor para ela e eliminando os seus direitos individuais, fazendo com que o assistente social, pense e releve algumas de suas atitudes relacionadas ao idoso, pois como sabemos o respeito e a independência são princípios adquirido por todos e a opinião do idoso deve ser levando em conta, para honrar um princípio importante: a liberdade.
5. PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL E O PACIENTE
No Brasil, desde a década de 80, códigos de ética profissional vêm tentando estabelecer uma relação dos profissionais com seus pacientes, na qual o princípio da autonomia tenda a ser ampliado. Em nosso país, cresce a discussão e a elaboração de normas deontológicas sobre as questões que envolvem as relações da assistência à saúde, contendo os direitos fundamentais que devem reger a vida do ser humano.
Sabemos que os primeiros atendimentos como profissional (em qualquer profissão), geram certas dúvidas em um estudante [...] surgem nesse processo são a ansiedade pela perda da situação já conhecida e o medo da situação nova e desconhecida (HOIRISH, 1976). Um dos sentimentos que o principiante vivencia é a culpa por saber que o paciente lhe atribuirá autoridade em virtude do papel que desempenha (SALZBERGER-WITTENBERG, 1970). Além disso, há uma dúvida de compreender os sentimentos do paciente, de ser receptivo, e de lidar com os seus próprios sentimentos. Há também, um certo receio de invadir a intimidade do paciente, causar ao paciente sentimentos penosos e do paciente sentir-se invadido pelos problemas levantados. Devemos entender no princípio que nenhuma dessas ansiedades deve ser desmerecida, pois, tais sentimentos podem acarretar em novas experiências para os novos profissionais atuantes.
Existem várias possibilidades de relações entre profissional/paciente, a respeito desses modelos de relação profissional/paciente, ressaltamos três ângulos diferentes o grau de atividade-passividade (formulado por Hollender), a distância psicológica (formulado por Von Gehsattel), o grau de contato pessoal (formulado por Tatossian).
O exercício do Serviço Social não pode e não deve discriminar pessoas por questões de classe social, religião, nacionalidade, gênero, etnia, orientação sexual, idade, identidade de gênero e condição física, esses são princípios fundamentais a serem reconhecidos pelo assistente social comprometido com a profissão por este escolhida.
	A relação do Profissional para com o Paciente de modo geral, deve transmitir confiança, dentro de uma perspectiva humanista e de valorização de sentimentos envolvidos em tal relação, há a possibilidade de se trabalhar com o paciente, maneiras de conciliar suas necessidades para com o do profissional, um exemplo é a ampliação do diálogo interprofissional e profissional/usuário, essa prática mostra o quanto uma relação de confiança pode auxiliar no tratamento do paciente.
[...] percebe-se que a formação de aliança dos assistentes sociais com a clientela e com os outros profissionais é colocada na perspectiva de uma ação coletiva, visa um processo de organização e mobilização dos assistentes sociais, enquanto categoria profissional de forma que suas ações tenham reflexão na constituição de sujeitos coletivos que visa a um processo de organização e mobilização dos assistentes sociais enquanto categoria profissional (OLIVEIRA, 1988 apudSILVA & SILVA, 2007, p. 175). “assistente social e cliente são participantes ativos da relação profissional e, nesse processo,

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