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Bisturi, bisturi elétrico, tesouras e ruginas. É a incisão feita com o objetivo de separar os tecidos para fins operatórios. Os instrumentos mais utilizados são: O corte ocorre pela vaporização do tecido resultante da absorção da corrente elétrica de alta frequência; A energia é focalmente transmitida ao tecido, dependendo de seu conteúdo hídrico. O resultado é a vaporização das células ao longo da linha de incisão, um grau variável de necrose térmica das bordas da ferida e a chamada incisão sem sangue. Curetagem: raspagem de superfícies orgânicas com o auxílio de curetas; Desbridamento: manobra realizada com o auxílio de tesoura ou bisturi com o objetivo de eliminar bridas, ou tecidos que são indesejáveis; Escarificação: semelhante a curetagem, porém mais superficial. Pode ser realizada com a lâmina de bisturi ou com a cureta; Exérese ou ressecção: eliminação de determinada estrutura anatômica, massas tumorais e saco herniário; Punção: introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos ou órgãos, sem seccioná-los. Ex.: cistocentese; Punção-incisão: realização de uma pequena incisão introduzindo o bisturi pela ponta, em posição vertical. Indicado para drenar líquidos, pus etc.; Incisão: corte dos tecidos com o uso de instrumentos cortantes como o bisturi ou a tesoura. Consiste na divisão dos tecidos acompanhada da perda de quantidade significativa de sangue. Algumas técnicas são: Arrancamento: manobra manual visando o rompimento dos tecidos, vasos e nervos; Divulsão (deslocamento): manobra manual ou com tesoura romba fechada. Consiste na separação das fibras dos tecidos , no sentido longitudinal, com rotura dos elementos interfasciculares. Consiste na divisão dos tecidos sem perda significativa de sangue. Pode ser realizada por meio de bisturi elétrico, criobisturi e, atualmente, raio laser. Algumas técnicas são: É um procedimento que se utiliza nitrogênio líquido em um aparelho, para congelar e destruir lesões cutâneas, promovendo uma renovação nos tecidos da pele. A hemostasia é o conjunto de manobras manuais ou instrumentais que visa prevenir ou interromper, temporária ou definitivamente, o sangramento ocasionado pela diérese, evitando, dessa forma, a perda excessiva de sangue do paciente. Tipos de hemostasia cirúrgica: Hemostasia temporária Torniquete ou garrote em membros, cauda ou vasos de grosso calibre para a interrupção total ou temporária da passagem de sangue; Compressão digital em troncos vasculares ou em grandes superfícies; Ligadura vascular é a técnica mais empregada para vasos arteriolares e também para vasos maiores, como artérias e veias de pedículos de órgãos; Pinças hemostáticas para vasos menores, pois esmagam o tecido no ponto de aplicação. As hemostáticas são providas de cremalheira, de modo que o instrumento pode ser aplicado e deixado em posição para oclusão de vasos sanguíneos, o que interromperá Hemostasia definitiva Operação mediante a qual o cirurgião oblitera a luz de um vaso por meio de um fio constritor, com o fim de coibir ou de evitar uma hemorragia. Grandes vasos devem ser ligados. Ligaduras duplas são recomendadas para vasos maiores, particularmente as artérias. Ligaduras por transfixação podem ser indicadas para vasos maiores, evitando o deslizamento da ligadura da extremidade do vaso. O uso da menor sutura possível para ligadura do vaso melhora a segurança do nó. O nó de cirurgião não deve ser usado para ligadura de vasos. Podem ser classificas em: São de extrema importância para a recuperação da integridade dos tecidos. Durante a confecção da sutura, o que se busca é a perfeita coaptação das bordas da ferida. Padrões de suturas: Suturas descontínuas ou em pontos separados A cada ponto se aplica nós e o fio é cortado, repetindo esse procedimento até o final da incisão. De preferência os nós deverão ficar ao lado da incisão cirúrgica, evitando permanecer sobre a incisão. Vantagens Contribui para a drenagem de líquidos e a diminuição de seroma entre os pontos; e, caso haja a necessidade de retirar apenas um ponto para realizar ou mesmo intensificar a drenagem, não se compromete a sutura em toda sua extensão. Porta-agulhas, pinças anatômicas e dente de rato, agulhas e fios cirúrgicos. A síntese visa reconstruir, recompor e restituir a integridade de estruturas, órgãos e tecidos que foram explorados. Prioriza a manutenção da contiguidade dos tecidos a fim de favorecer o processo de cicatrização cirúrgica. Os instrumentos utilizados para a síntese são:Para colocar uma ligadura de transfixação em um vaso, introduza a agulha através do tecido previamente ligado. Coloque um único arremesso na sutura no lado mais próximo, então amarre a sutura (dois nós quadrados), no lado oposto do vaso. Eletrocoagulação: bisturi elétrico. temporariamente o sangramento e lesionará a parede vascular o suficiente para que seja ativado o mecanismo fisiológico da coagulação. Fonte: FOSSUM, Theresa. Cirurgia de Pequenos Animais, 2014. Classificação quanto à posição das bordas da sutura Desvantagens Demora mais, necessita de uma quantidade de material maior e tende a provocar uma reação inflamatória mais intensa devido à quantidade de pontos. Suturas contínuas São aquelas que, após passarmos o fio nas bordas da ferida cirúrgica e darmos o nó inicial, não são cortadas após cada repasse nas bordas. O ponto é feito apenas nas extremidades. Coaptação ou aposição: faz somente a aproximação das bordas; Invaginante: faz a inversão das bordas da ferida (vira para dentro); Evaginante: faz a eversão das bordas da ferida (vira para fora); Sobreposição: uma borda sobre a outra. Considerada mais fácil e rápida, é uma das mais utilizadas, principalmente em peles. Como fazer Faz-se a inserção da agulha através do tecido em um lado de uma incisão ou ferida, passando-a para o lado oposto e dando o nó. Indicações Pele, fáscia muscular, vaso sanguíneo, intestino, cápsula renal, ureter, uretra, córnea, linha média, traqueia, nervo e diafragma. Como fazer Inicia-se com pontos simples paralelos, mas sem interromper. Em seguida, faz-se a figura de um "X" ao confeccionar o nó. Indicações Linha alba, fáscia muscular. Como fazer Inicia-se como se fosse fazer uma sutura simples, mas ao passar a agulha pro outro lado, ela deve avançar por 6 a 8 mm ao longo da incisão e é reintroduzida através da pele no lado proximal. Ela, então, atravessa a incisão, saindo da pele no lado distante. As bordas podem everter. Indicações Em locais de tensão, pele, suturas de hérnias ou aponeuroses e ferimentos extensos na pele. Longe-longe perto-perto Como faz Tem como referência a borda da ferida. A agulha entra longe da borda (entre 7 mm e 10 mm) nos dois lados e depois retorna entrando perto da borda, também nos dois lados (2 mm). Formamos assim o U em pé. Indicações Fígado, pele, deve envolver o tecido subcutâneo. Como faz A agulha entra pela mucosa e sai na serosa, no sentido de dentro para fora, e, após cruzar a ferida, volta no sentido contrário, ou seja, da adventícia para a mucosa, de modo que o nó cirúrgico fique para dentro da luz do órgão. Indicações Esôfago cervical. Como faz A agulha entra na pele formando um ângulo reto em relação à incisão, em ambos os lados. A agulha é então passada através do tecido de um lado para o outro, perpendiculares à incisão. À medida que a sutura avança, o processo se repete até o final. O nós se realiza no final. Indicações Tecido com mínima tensão, músculos, fáscia, subcutâneo. Durante a confecção do ponto Wolf utilizamos tubos de borracha, ou silicone, ou até mesmo gaze. O fio fica protegido pelo tubo, evitando assim que corte a pele, já que este tipo de ponto é utilizado em suturas de alta tensão e, se o cirurgião for usar o tubo, o fio poderá cortar a pele. Como faz Após a agulha passar pelas bordas da ferida o fio é ancorado na laçada anterior, sendo apertado em seguida,e assim se repete o processo de ancoragem em todas as laçadas até o final. Indicações Pele, fáscia muscular, vesícula urinária e estômago. Como faz Realizada em círculo, circundando uma abertura ou um orifício. Quando o círculo é concluído, aperta-se o fio e dá-se o nó. Indicações Orifícios naturais como ânus, evitando contaminação e saída de líquidos para o campo operatório. também promove o fechamento de aberturas feitas por trocarte, especialmente em estômago, servindo ainda para fixação de drenos. Como faz A agulha penetra na derme nas duas bordas, e sempre paralelas, no mesmo nível, de um lado e do outro. No final o fio de sutura não fica visível, pois está abaixo da epiderme. Indicações Cirurgias nas quais se quer ter um efeito estético excelente, como as plásticas, pois não deixa cicatriz. Em animais pode ser utilizada com o objetivo de não se retirarem os pontos. Coaptante Invaginante 1. 2. a) Seroserosa não contaminante; b) Seromuscular não contaminante; c) Seromucosa contaminante. Evaginante; O fio não passa sobre as bordas da ferida. É realizada da mesma forma da sutura de Wolff interrompida, porém, dessa vez, com o padrão contínuo. Suturas em órgãos ocos Como faz Realizada da mucosa para a serosa, portanto considerada contaminante. As bordas das feridas se mantêm bem unidas. Em uma sutura dupla, é utilizada para o primeiro plano de sutura de uma víscera, cabendo ao cirurgião a confecção de um segundo padrão sobre este. Indicações Órgãos ocos, cistorrafia, histerorafia. Como faz A agulha é introduzida paralelamente à borda da ferida de um lado e do outro, contemplando apenas as camadas serosa e muscular, sendo seu retorno através da muscular e da serosa. Este padrão de sutura trabalha apenas a seromuscular das vísceras, portanto não oferece muito risco de contaminação. Indicações Órgãos ocos, estômago e vesícula urinária. Semelhante a sutura de Cushing, porém atravessa todas as camadas, incorporando inclusive a mucosa (padrão de seromucosa). Indicações Órgãos ocos. Longe-perto perto-longe Como faz Na primeira borda o fio passa longe-perto e na segunda borda, perto-longe. A primeira perfuração é executada um pouco mais afastada da borda da ferida e sai ainda deste mesmo lado, só que, desta vez, mais perto da borda. Na segunda borda, entra perto e sai longe. É um padrão de sutura invaginante, e apenas a seromuscular é incorporada à sutura. Indicações Vísceras ocas, sendo indicada também para sepultamento de outra sutura.
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