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Resumo de Processo Penal II

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Processo Penal – Mariana Secorun
Aula 05/08
Grau A: 30/09 - misto; valendo 10,0; com consulta ao código.
APS: valendo 1,0 – entrega: 11/11.
Grau B: 25/11 - valendo 9,0; sem consulta; todo objetivo.
Procedimento Penal: As regras de como processar um acusado criminalmente.
1. Procedimento Comum: É a regra geral.
Art. 394, par. 2º, CPP “Art. 394. O procedimento será comum ou especial. § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. § 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. § 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. § 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.
Modalidades: ordinário, sumário e sumaríssimo (é procedimento especial, pois é regulado por lei especial, mas é doutrinário isso).
	Ordinário: Crimes cuja a pena máxima é igual ou superior a 4 anos.
	Sumário: Crimes cuja a pena máxima é superior a dois e inferior a 4 anos.
	Sumaríssimo: Infrações penais (entra as contravenções penais também) cuja a pena máxima é igual até 2 anos. Encontra-se regulado pela Lei 9.099/95.
1.1 Ordinário:
	Etapas:
1º Oferecimento da denúncia (MP) ou da queixa-crime (a vítima).
2º Análise judicial: Juiz analisa as questões processuais (inepta, legitimidade das partes e se existe justa causa p processar).
- Ele pode rejeitar a denúncia (art. 395 – cabe recurso em sentido estrito – art. 581, I)
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta; II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. ou
- Ele pode receber a denúncia (é o início do processo penal) + citar o réu para apresentar a resposta à acusação no prazo de 10 dias (tem que ter já o rol de testemunha – 8 testemunhas p cada parte); Se não apresentar a resposta à acusação em 10 dias, será nomeado um defesor (dativo) que terá mais 10 dias.
3º Análise do art. 397 CPP - Se tiver a defesa, é a análise judicial de absolvição sumária (causa manifesta de excludente de ilicitude, causa manifesta de excludente de culpabilidade - exceto no caso do art. 26 do CP – louquinho: aí tem que ter o processo, fato narrado não constitui infração penal – excludente de tipicidade e se não está extinta a punibilidade – art. 107).
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.
4º Audiência de instrução e julgamento no prazo de 60 dias:
1. Ouve as testemunhas da acusação.
2. Ouve as testemunhas da defesa.
3. Por último, o interrogatório do réu (não é obrigado a comparecer).
4. Alegações finais orais acusação/defesa ou memoriais, tendo em vista a complexidade da causa ou corréus, em 5 dias.
5. Sentença oral em audiência: Exceção: Art. 403, par. 3º, CPP quando têm memoriais, a sentença é por escrito em dez dias.
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
AULA 12/08 – Procedimento Comum
1.2 Sumário:
	Diferenças: Arts. 531 e 532 CPP:
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa.
- Número de testemunhas: 5 testemunhas.
- Prazo para audiência: 30 dias.
No mais, tudo igual como no ordinário.
	No procedimento sumário, não existe previsão legal de substituição de alegações finais orais por memoriais. Geralmente porque não tem complexidade.
2. Procedimentos Especiais:
2.1 Tribunal do Júri:
	Art. 5º, XXXVIII, CF – Julga os crimes dolosos contra a vida: cláusula pétrea
- Crimes: Homicídio, induzimento ao suicídio, infanticídio e abortos.
	Conexão: Art. 78 CPP – Julga os crimes conexos aos crimes dolosos contra a vida.
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: I- no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;
Natureza: É um procedimento bifásico.
1ª Fase: Feita perante um juiz singular. É analisado se é um crime doloso contra a vida e se o acusado está envolvido.
2ª Fase – Plenário: É o julgamento perante os jurados.
2.1.1 Da instrução preliminar: 1ª Fase do Tribunal do Júri
Juízo de probabilidade: Aqui, ainda não pode ser feita a análise completa do mérito – indubio pro societat.
	Acréscimos ao procedimento comum ordinário:
1. Oferecimento da denúncia ou queixa (ação subsidiária da pública).
2. Análise judicial: Se recebe ou rejeita – mesmas hipóteses do art. 395, CPP
Recebendo, cita o réu para resposta à acusação, no prazo de dez dias. (8 testemunhas)
Caso não seja apresentada resposta à acusação, nomeia defensor, para apresentar em novo prazo de dez dias
3. Art. 409, CPP: Recebida a resposta à acusação, intima o Ministério Público ou o querelante, para se manifestar no prazo de 5 dias. (Não faz a análise de absolvição sumária, como faz no procedimento comum)
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias.
4. Art. 410, CPP: Marca audiência de instrução e julgamento, após a manifestação da acusação, no prazo de 10 dias.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas e a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
5. Art. 411, par. 9º, CPP: Na audiência de instrução e julgamento, serão produzidas as provas primeiro tudo da acusação, depois da defesa e por fim, o interrogatório do réu.
As alegações finais serão orais (não tem previsão de substituição de alegações finais orais por memoriais).
Após, o juiz poderá proferir sentença ou dez dias para sentença por escrito.
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate. § 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz. § 2o As provas serão produzidasem uma só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. § 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o caso, o disposto no art. 384 deste Código. § 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). § 5o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusação e a defesa de cada um deles será individual. § 6o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. § 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. § 8o A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. § 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
6. Art. 412, CPP: A primeira fase do procedimento do júri deve ser concluída no prazo de 90 dias.
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.
	Assim, o juiz singular pode:
	Absolver sumariamente:
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
- Natureza: Ela faz coisa julgada material. Assim, mesmo que tenha novas provas, não podem processar novamente.
- Art. 416: Cabe recurso para acusação: Apelação.
	Desclassificar: Art. 419 CPP
Própria: Se o juiz se convencer de que o crime não é de competência do Tribunal do Júri. Assim, encaminha para o juiz competente. Princípio da identidade física do juiz: O juis que sentencia é aquele que participa da produção das provas.
Imprópria: Não impede de ser julgado pelo júri (portanto, deve seguir as regras da pronúncia). É quando o juiz tipifica como outro crime doloso que não aquele que estava na denúncia.
Art. 81, par. Único CPP (conexão) – Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais processos. Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. → Vai p juiz especial.
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado preso.
- O recurso é: Recurso em Sentido Estrito. 
	Impronunciar:
Art. 414, CPP: Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova.
Não se convencendo da materialidade do fato ou não tendo elementos suficientes da participação do acusado no crime.
- Natureza: Faz coisa julgada formal. Ou seja, caso tenham novas provas, podem processar novamente, se não estiver prescrito.
 
	Pronunciar:
Fundamento: É quando o juiz entende que houve um crime doloso contra a vida e que o denunciado estaria envolvido na prática.
Eloquência acusatória gera nulidade absoluta da sentença de pronúncia – juiz se empolga acusando.
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
A sentença de pronúncia deve conter a tipificação, qualificadoras e majorantes. Agravantes não precisam constar na denúncia, pode levantar em plenário.
As minorantes e os privilégios podem ser levantadas em plenário.
- Prisão preventiva: Art. 413, par. 3º CPP
§ 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.
Caso o réu esteja preso preventivamente, deve o juiz motivar a manutenção desta prisão.
- Emendatio libelli: Art. 418 CPP
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.
- Córreus: Art. 417 CPP
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código.
- Recurso: Art. 581, IV CPP
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: IV – que pronunciar o réu;
2.1. Segunda Fase do Tribunal do Júri: Plenário
1. Preparação para o Plenário:
- Preclusão: Art. 421 CPP: Demonstrado não ter sido interposto recurso da decisão de pronúncia, vai para o juiz presidente do júri.
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri.
- Partes: Art. 422 CPP
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência.
Apresenta o rol de testemunhas e os documentos que irá usar no júri, não existe prova surpresa.
- Despacho saneador: Art. 423 CPP
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente: I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa; II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri.
Ou ele determina diligências para sanar eventuais nulidades relativas ou encaminha para pautar a sessão do júri.
- Desaforamento: Arts. 427 e 428 CPP
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. § 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente. § 2o Sendo relevantes os motivosalegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. § 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado.
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. § 1o Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de interesse da defesa. § 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento.
	Quem pode arguir: MP, querelante (da sub), assistente da acusação, o acusado e o juiz de ofício.
	Quem vai decidir: O Tribunal.
- Ordem de julgamento: Art. 429 CPP
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão preferência: I – os acusados presos; II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. § 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunião periódica, será afixada na porta do edifício do Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem prevista no caput deste artigo. § 2o O juiz presidente reservará datas na mesma reunião periódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento adiado.
- Habilitação assistente da acusação: Art. 430 CPP
Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias antes da data da sessão na qual pretenda atuar. (produzir provas pro cível)
2. Sessão de julgamento:
	Análise de ausências:
a) MP – Art. 455 CPP = tem que remarcar e se for o caso, avisar o PG
Art. 455. Se o Ministério Público não comparecer, o juiz presidente adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, cientificadas as partes e as testemunhas. Parágrafo único. Se a ausência não for justificada, o fato será imediatamente comunicado ao Procurador-Geral de Justiça com a data designada para a nova sessão.
b) Defesa – Art. 456 CPP = tem que remarcar, e se não tiver motivo, avisar a OAB
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado do acusado, e se outro não for por este constituído, o fato será imediatamente comunicado ao presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sessão. § 1o Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado somente uma vez, devendo o acusado ser julgado quando chamado novamente.
- Imotivada: Par. 2º
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo, o juiz intimará a Defensoria Pública para o novo julgamento, que será adiado para o primeiro dia desimpedido, observado o prazo mínimo de 10 (dez) dias.
Se for imotivada a ausência, intimar-se-á a Defensoria para comparecer na nova sessão do júri.
c) Acusado solto: Art. 457 CPP
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. § 1o Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser, salvo comprovado motivo de força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz presidente do Tribunal do Júri. § 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor.
Devidamente intimado, sem motivo, o júri seguirá.
d) Acusado preso: Art. 457, par. 2º CPP
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. § 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor.
Se ele está preso, regra geral: O júri será desmarcado; Salvo, se ele não quiser participar.
e) Testemunha: Art. 461 CPP
Art. 461. O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 deste Código, declarando não prescindir do depoimento e indicando a sua localização. § 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua condução. § 2o O julgamento será realizado mesmo na hipótese de a testemunha não ser encontrada no local indicado, se assim for certificado por oficial de justiça.
- Art. 458 CPP: Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o juiz presidente, sem prejuízo da ação penal pela desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2o do art. 436 deste Código.
Regra geral, se a testemunha intimada não comparecer, o júri seguirá. Exceto, se, no prazo do art. 422, as partes indicarem a testemunha como imprescindível.
A prescindível responderá pelo crime do art. 330 CP e pagará multa.
	Jurados: Art. 463 CPP
Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento. § 1o O oficial de justiça fará o pregão, certificando a diligência nos autos. § 2o Os jurados excluídos por impedimento ou suspeição serão computados para a constituição do número legal.
De 15 a 25 jurados.
- Ausência: Art. 464 CPP – sem o número mínimo, o júri será remarcado.
Art. 464. Não havendo o número referido no art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio de tantos suplentes quantos necessários, e designar-se-á nova data para a sessão do júri.
	Sorteio: Art. 467 CPP
Art. 467. Verificando que se encontram na urna as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a formação do Conselho de Sentença.
	Recusa: Art. 468 CPP
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa. Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a composição do Conselho de Sentença com os jurados remanescentes.
	Formação do Conselho de Sentença: Art. 472 CPP
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se, e, com ele, todos os presentes, fará aos jurados a seguinte exortação: Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão de acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça. Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão: Assim o prometo. Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação e do relatório do processo.
→ Um juiz presidente (fiscalizar o procedimento e elaborar a sentença final e se necessário, calcular a pena) e 7 jurados.
3. Instrução em Plenário:
	Art. 473 e par. 1º CPP
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação.§ 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios estabelecidos neste artigo.
→ Produzidas as provas (acusação e defesa) e interrogatório.
	Peças: Art. 473 e par. 3º CPP: os documentos.
§ 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis.
	Interrogatório: Art. 474 CPP
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, se estiver presente, na forma estabelecida no Capítulo III do Título VII do Livro I deste Código, com as alterações introduzidas nesta Seção. § 1o O Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, perguntas ao acusado. § 2o Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz presidente. § 3o Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes.
→ Quem faz as perguntas é o juiz presidente.
Aula 26/08
4. Debates: Começa com a acusação e depois a defesa.
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante. § 1o O assistente falará depois do Ministério Público. § 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério Público, salvo se este houver retomado a titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código. § 3o Finda a acusação, terá a palavra a defesa. 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário.
→ Nos debates, a acusação deverá limitar-se a tipificar, junto com as qualificadoras e majorantes, determinadas pela sentença de pronúncia. Se entender cabível, alegar as agravantes.
	Defesa: A defesa poderá levantar todas as teses que entender cabíveis, não necessariamente a defesa tem que alegar tudo agora, haja vista que há réplica e tréplica.
	Réplica: 1h.
	Tempo: Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. § 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o determinado neste artigo. § 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo.
→ A divisão do tempo entre vários defensores e/ou acusação será dividido entre eles. Se não houver acordo, aí o juiz decide.
	Vedações:
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade (absoluta), fazer referências: I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.
	Esclarecimentos:
Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato por ele alegado. § 1o Concluídos os debates, o presidente indagará dos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. § 2o Se houver dúvida sobre questão de fato, o presidente prestará esclarecimentos à vista dos autos. § 3o Os jurados, nesta fase do procedimento, terão acesso aos autos e aos instrumentos do crime se solicitarem ao juiz presidente.
	Diligências:
Art. 481. Se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz presidente dissolverá o Conselho, ordenando a realização das diligências entendidas necessárias. Parágrafo único. Se a diligência consistir na produção de prova pericial, o juiz presidente, desde logo, nomeará perito e formulará quesitos, facultando às partes também formulá-los e indicar assistentes técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias.
5. Quesitação:
Art. 482. O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido. Parágrafo único. Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão (sob pena de nulidade). Na sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das partes.
	Ordem: 
Materialidade; Autoria; Absolvição; Teses defensivas; Qualificadoras. A inversão da ordem também gera nulidade absoluta.
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: I – a materialidade do fato; II – a autoria ou participação; III – se o acusado deve ser absolvido; IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. § 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. § 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: O jurado absolve o acusado? § 3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa; II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. § 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso. § 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito. § 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas.
	Súmula: 162 STF - É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.
	Leitura:
Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos e indagará das partes se têm requerimento ou reclamação a fazer, devendo qualquer deles, bem como a decisão, constar da ata. Parágrafo único. Ainda em plenário, o juiz presidente explicará aos jurados o significado de cada quesito.
6. Votação:
	Cédulas:
Art. 486. Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz presidente mandará distribuir aos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7 (sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra não.
	Votos:
Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por maioria de votos.
→ A hora que atingir mais de 3 votos iguais já está decidido.
	Contradição:
Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já dadas, opresidente, explicando aos jurados em que consiste a contradição, submeterá novamente à votação os quesitos a que se referirem tais respostas. Parágrafo único. Se, pela resposta dada a um dos quesitos, o presidente verificar que ficam prejudicados os seguintes, assim o declarará, dando por finda a votação.
→ A falta de clareza nos quesitos gera nulidade absoluta.
7. Sentença:
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: I – no caso de condenação: a) fixará a pena-base; b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; II – no caso de absolvição: a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. § 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. § 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
	Juiz-presidente:
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente referidas neste Código: I – regular a polícia das sessões e prender os desobedientes; II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade; III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante requerimento de uma das partes; IV – resolver as questões incidentes que não dependam de pronunciamento do júri; V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso, podendo, neste caso, dissolver o Conselho e designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a constituição de novo defensor; VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a realização do julgamento, o qual prosseguirá sem a sua presença; VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências requeridas ou entendidas necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados; VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para repouso ou refeição dos jurados; IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a defesa, ou a requerimento de qualquer destes, a argüição de extinção de punibilidade; X – resolver as questões de direito suscitadas no curso do julgamento; XI – determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as diligências destinadas a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento da verdade; XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.
→ No caso de sentença, o juiz não irá fazer a análise de autoria e materialidade, ele apenas irá pronunciar a sentença nos limites definidos pelos jurados.
→ Caso o juiz se passe na sentença, não gera nulidade, o Tribunal apenas corrige e segue o que os jurados entendem por correto e decidiram.
Procedimento Sumaríssimo – Lei 9.099/95
	Art. 98, I, CF
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Objeto: Crimes (e contravenções) cuja a pena máxima sejam de no máximo 2 anos e as contravenções penais.
Conexo – art. 60, par. Único
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.
	Em caso de conexão será julgado pela competência MAIOR, mas a infração penal de menor potencial ofensivo deverá ter os benefícios penais da Lei 9.099/95.
1) Limite da pena para competência:
	Majorantes (ao máximo) e minorantes (ao mínimo): Teoria da pior das hipóteses – Vai pensar na pior pena que ele poderia ter, se ultrapassar os dois anos, não é de competência do juizado.
	Concurso material: Somam-se as penas máximas para determinar a competência.
2) Benefícios Processuais:
1º) Composição civil dos danos: Art. 74 e 75
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
→ 1º audiência com um conciliador para que se chegue a um acordo entre ofensor e ofendido; O objetivo é patrimonial (sua natureza).
→ É só para infração penal que tenha ofendido (vítima), por isso têm crimes que não há essa parte (exemplo: tráfico de drogas).
Natureza: Título executivo judicial, se houver descumprimento, será executado no cível.
Art. 107 CP – Ocorre a renúncia expressa que gera extinção da punibilidade, não podendo processar de novo. → tudo que ocorre antes do processo é renúncia; perdão é só depois e somente na ação penal privada.
	Composição para apenas um corréu:
Art. 49 CPP. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
2º) Transação Penal: Art. 76
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. §5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
	É um direito público subjetivo.
	Tecnicamente, é uma antecipação de pena sim.
	É o oferecimento de uma pena restritiva de direitos (qualquer delas) ou de uma pena de multa de forma antecipada para encerrar o feito (e não processo, tendo em vista que ainda não houve).
	A vantagem é que não gera condenação, portanto, não consta como antecedente criminal.
	É o Ministério Público quem oferece. 
	Requisitos: Par. 2º
	Não pode ter sido condenado nos últimos 5 anos por um crime a uma pena privativa de liberdade (reincidência – 5 anos do cumprimento do outro crime – arts. 63 e 64). Se tiver sido condenado a uma pena restritiva de direitos ou pena de multa, TEM direito a transação penal. Ademais, se for condenação por contravenção penal, também tem direito a transação (pois a Lei diz CRIME).
	Não pode ter obtido transação penal nos últimos 5 anos.
	Prognose de suficiência da substituição – Analisar conduta social...
	Ser crime de menor potencial ofensivo (pena menor de 2 anos).
Natureza: DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO -> Se ele preencheu os requisitos, ele DEVE receber os benefícios. Podendo ele recursar, é claro. 
Não oferecimento pelo MP: Se o MP não oferecer, o juiz deve remeter os autos ao Procurador Geral aos moldes do artigo 28 do CPP.
	Ação Penal Privada: Se o ofensor tiver os requisitos para a transação, o próprio querelante pode oferecer. Caso ele não ofereça, o MP deve ser acionado para oferecer (STF). Isso decorre pois o STF entende que como ainda não há o processo, não é interferência do MP, bem como como é direito subjetivo, o mesmo deve oferecer.
	Descumprimento: Em caso de descumprimento, a sentença que homologa a transação penal, faz coisa julgada formal. Ou seja, se descumprida, o processo deve ser retomado de onde parou. 
Súm. Vinc. 35 STF - A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. Coisa julgada formal.
3) Suspensão Condicional do Processo: Art. 89
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
	O nome é também sursis processual.
	Após a acusação oferecer a denúncia ou queixa, tendo o acusado os requisitos, deverá o juiz determinar a suspensão do processo, por determinado prazo e desde que o acusado cumpra com as obrigações, estará extinta a punibilidade.
	É só depois de não ter como a transação penal (ainda é a melhor)
	Deve ser aplicada para todas as infrações penais cuja pena mínima não ultrapasse um ano, mesmo que não seja de competência do jecrim (comum, ordinário, etc).
	Forma: Uma vez decretada a suspensão condicional do processo, pelo prazo de 2 a 4 anos, fica suspenso também o prazo prescricional.
	Requisitos:
	Pena mínima de 1 ano
	Não pode se estiver sendo processado por outro crime
	Não pode se tiver sido condenado por outro crime (respeitado os 5 anos)
	Prognose de suficiência da substituição (mesmo que do outro)
	Súmula 696 STF - Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.
	Súmulas 723 e 243 STF:
723 STF: Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
	Em caso de crime continuado, dever ser aplicada a majorante de 1/6 na pena mínima prevista para ver se fica no patamar de 1 ano e, portanto, tem direito ao sursis. 
243 STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.
	Em caso de concurso material, não se aplica a suspensão condicional do processo, se a soma das penas mínimas ultrapassar 1 ano. Concurso material é quando mais de uma ação/omissão comete mais de 1 crime. Nesse caso, vai responder por cada crime separadamente e vai somar a pena. 
	Em caso de concurso formal, não se aplica a suspensão condicional do processo, se o aumento de 1/6 sobre a pena mínima ultrapassar 1 ano. É quando com uma ação/omissão você comete mais de um crime, mais de um resultado. Aí responde pelo mais grave, com aumento de pena pelo outro.
	As majorantes e minorantes não são consideradas para aplicação do sursis processual.
	Ação Penal Privada: Somente caberá sursis processual se o querelante ao oferecer a queixa-crime assim o requerer. Como já tem o processo, não pode o MP se manifestar nesse sentido.
	Momento: Regra geral, será decretada após o oferecimento da queixa-crime.
Exceção – Súmula 337 STJ: É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.
	Desclassificação: Art. 383, par. 1º CPP – Em caso de na sentença um crime for desclassificado para outro cuja pena mínima seja até um ano, o juiz deverá aplicar a suspensão condicional do processo.
Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. § 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. 
	Condições: Art. 89, parágrafo 2º - No período de 2 a 4 anos:
	Reparar o dano, salvo a impossibilidade fazê-lo
	Proibição de frequentar determinados lugares
	Proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial
	Comparecer mensalmente em juízo
	O juiz poderá determinar outras condições
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por estaLei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
	Cumprimento: Gera a extinção da punibilidade.
4) Procedimento JECRIM:
a) Citação: Art. 66 e parágrafo único – Devem ser pessoais, mas não têm as formalidades do CPP (art. 351 CPP). Réu em local incerto e não sabido, não pode citar por edital. Caso seja hipótese de citação por edital (art. 366), deverão os autos serem remetidos ao juízo comum. 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.
b) Termo circunstanciado: Art. 69 e parágrafo único – Em caso de infração penal de menor potencial ofensivo, regra geral não cabe prisão em flagrante. 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.
c) Audiência preliminar: Primeira audiência, para o oferecimento da composição civil dos danos e transação penal. Frustradas as tentativas de composição e transação, começa então o rito sumaríssimo, com o oferecimento de forma oral da denúncia ou queixa. 
d) Rito sumaríssimo:
	Oferecimento: O oferecimento é de forma oral. Depois é reduzida a termo, saindo então o réu citado na audiência preliminar.
	Citação do réu: Ocorre já na audiência, sabendo que deve apresentar a resposta à acusação de forma oral na próxima audiência.
Prova testemunhal (número) – A Lei não fala especificamente, mas deve trazer consigo, na audiência de instrução, as testemunhas que entender necessárias. Se quiser pedir a intimação das testemunhas, deve peticionar até 5 dias antes da audiência. 
	Dois posicionamentos quanto ao número de testemunhas:
	Defendem que é 3 pessoas, em analogia ao JEC Cível.
	Outros defendem que deveria adotar o mesmo número de testemunhas do rito sumário, quantas sejam, 5, em analogia ao processo penal. (majoritário)
Audiência de instrução: Inicia a audiência com a apresentação da resposta à acusação. Após, aí sim o juiz analisa se recebe ou rejeita a denúncia/queixa. Hoje entende-se que tanto com base no artigo 395, quanto no artigo 397 do CPP para rejeitar. 
	Se recebida a acusação, ouve-se o ofendido, as testemunhas, demais provas, interrogatório, alegações finais orais (sem previsão de prazo) e sentença. 
	Não cabe prova pericial, tem que mandar para outro para aí sim proceder.
	Não pode substituir as alegações finais orais, considerando que é para ser rápido. 
5) Recursos: Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença, cabe o mesmo recurso. O prazo é de 10 dias e deve conter interposição e razões de apelação.
	Apelação: Art. 82
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. § 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. § 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei. § 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa. § 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
Aula 16/09 – Prisões Cautelares
 Prisões Cautelares: Relativizar o princípio da culpabilidade (presunção de inocência). Visa proteger alguma coisa (provas, etc), mas não tem nada a ver com o crime que a pessoa cometeu. Antes de sair a sentença, que aí traz a prisão-pena. Não tem a ver com a gravidade do que cometeu. Dividem-se em três: Em flagrante, preventiva e temporária. 
1. Prisão em Flagrante: Sequer é uma prisão cautelar e sim, uma medida pré-cautelar. É a única modalidade de prisão que é feita antes de autorização judicial. A prisão em Flagrante serve para garantir os indícios de materialidade e autoria da prática de um crime. 
		Sujeito ativo: Art. 301 CPP - Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
	Flagrante facultativo: Qualquer do povo.
	Flagrante obrigatório: Autoridades policiais (de segurança pública – 142 e 144 CF/88) e seus agentes. 
		Espécies de Flagrante:
	Próprio: Art. 302, I e II – Indivíduo está cometendo ou acabou de cometer a infração penal.
	Impróprio: Art. 302, III – Requisitos: Perseguição (tem que ser contínua mesmo que perca de vista o autor da infração); Logo após (entende-se que não pode ser um período muito longo MAS fica vinculado a perseguição); Em situação que dê a entender que se trata do autor da infração.
	Presumido: Art. 302, IV – É encontrado logo depois; Tem que estar na posse dos objetos e ou com produtos da infração.
	Preparado: É quando a autoridade policial cria a situação de flagrância. “Força” a pessoa a cometer. Súmula 145 STF – não há crime se a preparação pela autoridade o torna impossível de consumar. Nos de tráficos, alegam que outro verbo já foi consumado e que então não é preparado. 
	Esperado: Deriva da atuação da autoridade policial na prevenção das infrações penais (denúncia anônima, etc, assim a polícia pode saber e ir impedir.)
	Prorrogado ou retardado: Só para as Leis 12.850/13 e Lei 11.943/06: Organização e tráfico – Quando a autoridade policial se deparar com uma situação que apesar de em si, já ser hipótese de prisão em flagrante, poderá deixar de realizá-lo se, além de manter sob vigilância constante, comprove que é para realizar flagrante posterior. NÃO significa discricionariedade do flagrante pelo crime anterior. (Se perder o próximo flagrante, não há o que fazer).
	Crime permanente: Art. 303, CPP - Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência; Entende-se que o sujeito está em situação de flagrância nos crimes permanentes enquanto durar a permanência. Pode prender em flagrante em qualquer tempo daí. STF: Em caso de violação de domicílio para prisão em flagrante de crime permanente, é preciso demonstrar fundados indícios de que há crime permanente (elementos de investigação de que mostrem que havia possibilidade de ser crime permanente ocorrendo). 
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendidoou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
1.3 Lavratura do Auto de Prisão em Flagrante: 
	Autoridade: Art. 305 CPP - Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
	Etapas: Art. 304 CPP - Art. 304 CPP - Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas (DUAS) que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. § 1o  Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. § 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
	Deve entregar cópia do auto (nota de culpa) em flagrante ao acusado, se não, gera nulidade absoluta.
	Recolhimento à prisão: Art. 304, par. 1º e 309 CPP - Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
	
	Prazo: Art. 306, caput - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
	Comunicação da pessoa e o local em que está presa, será comunicada imediatamente ao juiz, MP e a família/pessoa indicada por ele.
	Após o término do auto de prisão em flagrante, tem 24hrs para encaminhá-lo ao juiz e cópia ao defensor. 
	Hoje, pelo CNJ, deve ser feita audiência de custódia.
	Art. 322 CPP: A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
	É de no máximo 4 anos pois não tem violência, não vai pegar regime fechado, então não vale a pena, etc.
	Ele admite que o delegado arbitre fiança para os crimes cuja a pena máxima seja até 4 anos.
1.4 Validação Judicial: Art. 310 CPP - Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.   
	Pode relaxar a prisão se ela for ilegal – tá 100% solto (se houve violência, se não era hipótese de flagrante);
	Ele homologa a prisão com ou sem fiança – em liberdade provisória;
	Ele homologa a prisão e converte em prisão preventiva DESDE QUE tenha os elementos dos arts. 312 e 313 do CPP.
AULA 23/09
2. Prisão Preventiva:
Momento: Art. 311 CPP - Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
	Em sede de investigação ou em processo.
	Em sede de investigação, quem pode: O assistente da acusação, MP, querelante, delegado – JUIZ DECIDE
	Em sede de processo: O assistente, MP, querelante, delegado e o juiz de ofício pode decretar – JUIZ DECIDE.
2.1 Fundamentos: Art. 312 CPP - A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
1º) Fumus Comissi Delicti: Indícios de autoria e materialidade de um crime. 
2º) Periculum In Libertatis: Tem que mostrar qual é o perigo que esse indivíduo apresenta o processo se ele ficar solto. 
	Precisa ter os dois elementos p conseguir.
 
	Garantia da ordem pública: Potencial de reincidência. STF: não é: a) antecedentes criminais; b) clamor social; c) gravidade do crime; d) credibilidade do judiciário; e) o caso de estar foragido anteriormente.
	Garantia da ordem econômica: Potencial de reincidência só que em crimes contra a ordem econômica, financeira e tributária.
	Garantia da instrução criminal: Prende preventivamente porque o acusado está atrapalhando as investigações do processo.
	Garantia da aplicação da lei penal: Prende preventivamente porque solto é efetivo risco de fuga.
	Art. 312, par. Único CPP - Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. Art. 282 CPP: caso seja hipótese de prisão preventiva, deve-se analisar primeiro se não é cabível uma das medidas previstas no art. 319 – caso o acusado descumpra a medida cautelar aplicada, converte em prisão preventiva.
2.2 Requisitos de Admissibilidade:
	Art. 313 CPP - Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; IV - (revogado). Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
	Crime doloso cuja a pena máxima é superior a 4 anos; OU, caso a pena seja igual ou inferior a 4 anos, o acusado seja reincidente em crime (não precisa ser reincidência específica).
	Em caso dedescumprimento de medida protetiva de urgência da Lei 11. 340/06.
2.3 Excludentes: Art. 314 CPP - A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.
Exclusão de ilicitude - Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível - Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
	Caso o juiz entenda que se tratam de hipótese do art. 23 do Código Penal, não cabe prisão preventiva. Não é fácil, pois não tá discutindo o mérito em si. 
2.4 Fundamentação: Art. 315 CPP - A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada. 
	Art. 93, IX, CF – todas as decisões têm que ser fundamentadas. 
	A decisão que decreta a prisão preventiva deve ser fundamentada. Não pode só referir os termos, devendo, no caso concreto, especificar como que é um risco não prender preventivamente. 
2.5 Revogação: Art. 316 CPP - O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
	É a única, das cautelares, que não tem prazo de duração. Isso decorre em razão da intenção ser a de proteger o processo. 
	Ela deve durar enquanto o motivo que lhe deu origem subsistir. 
3. Prisão domiciliar: Existem duas prisões domiciliares e os requisitos são parecidos. Prisão domiciliar Pena – art. 117 LEP (Ler! Vai terminar a pena toda em casa. Súmula vinculante 76 STF – até abrir vaga); Prisão domiciliar sem pena – vai ficar até acabar o processo, aí vai cumprir a pena.
	Natureza: É a prisão que substitui a prisão preventiva (é enquanto durar a preventiva). Tem que ter os requisitos da preventiva, para poder converter. 
 Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Parágrafo único.  Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. 
	Características: Recolhimento em residência, somente podendo se ausentar mediante autorização judicial. (Ler – art. 147-D da LEP – monitoramento eletrônico não é obrigatório)
Art. 317.  A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
	Hipóteses: Maior de 80 anos; Extremamente debilitado por motivo de doença grave; Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência; Gestante; Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos; Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos de idade incompletos. 
	Em todas as hipóteses, caso o preso preventivamente se enquadre em uma delas, o juiz DEVE converter em domiciliar. 
	Art. 318 V e IV e alterações 318-A e 318-B do CPP.
Art. 318-A.  A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.
	Caso da gestante e da mãe ou responsável, para ter direito à prisão domiciliar, não pode ter cometido crime com violência ou grave ameaça e não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente. CUMULATIVOS
Art. 318-B.  A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.
AULA 07/10
4. Prisão Temporária: É uma prisão para investigação.
	Lei 7.960/89 – Não tá no CPP
	Fundamentos: Não é para qualquer crime, é para os que estão no rol. 
Art. 1° Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial (se têm outras formas para investigar não pode); II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986); p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.
	Casar o inciso I com o III (indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos no rol) para decretar a prisão temporária. 
	O rol é taxativo. E nem todos são crimes hediondos. 
	Somente por ordem judicial (a única que não precisa é a flagrante).
	Caso não ocorra a identificação civil, deve ser realizada primeiramente a identificação criminal aos moldes da Lei 12.037/09 (não pode mais prender por isso – II).
	Prazo: Regra geral, para os crimes comuns (do rol), você pode prender por 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias (não pode decretar 10 dias direto). Crimes hediondos e equiparados (art. 2º da Lei 8072/90), você pode prender por 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. 
	Momento: É durante a fase de investigação preliminar (inquérito). NUNCA durante o curso do processo.
	Quem requer é o MP ou autoridade policial – nunca o juiz de ofício (não tem como saber do processo). A vítima não pode requerer pois não é ela quem investiga.
5. Liberdade Provisória: Art. 321 CPP - Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. 
	Quem pode conceder: Art. 322 CPP - A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
	Fiança: Não perde o dinheiro, é apenas para atrelar o réu ao processo, recebendo de volta.
5.1 Liberdade Provisória sem Fiança:
a) Art. 310, par. Único CPP - Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisão ilegal; ou  II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III - conceder liberdadeprovisória, com ou sem fiança. Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.             
- Caso o juiz entenda que o preso agiu em excludente de ilicitude (pode ser em qualquer crime daí, soltando em liberdade provisória sem fiança)
b) Art. 350 CPP - Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso. Parágrafo único.  Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste Código.  
- Pode abrir mão da fiança em casos de pobreza (não arbitrar)        
c) Lei 9.099/95 – Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, não há prisão em flagrante (assina termo), logo, não irá pagar fiança para a liberdade
d) Inafiançáveis – Somente poderá permanecer preso se houver requisitos de prisão preventiva, logo, se é inafiançável e não tem os requisitos para prisão preventiva, será posto em liberdade provisória sem fiança
	Todos os demais crimes, em caso de flagrante, serão impostos fiança.
AULA 28/10
5.2 Liberdade Provisória com Fiança:
a) Art. 330 CPP - A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. § 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade. § 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus.
	Fiança não é apenas pagamento em pecúnia, e sim qualquer tipo de valor.
5.3 Valor da Fiança: Art. 325 incisos e parágrafos - Art. 325.  O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites: I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. § 1o  Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser: I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.
5.4 Obrigações: Arts. 327 e 328 CPP - Art. 327.  A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
Art. 328.  O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante (TEM QUE PEDIR E NÃO SOMENTE COMUNICAR), ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
	Toda vez que for intimado deve comparecer, não pode se mudar sem autorização e não pode ficar longe (outra comarca) mais de oito dias
5.5 Quebramento: Art. 341 e 343 CPP - Art. 341.  Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; V - praticar nova infração penal dolosa.
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. 
	Se ele descumprir as obrigações dos artigos 327 e 328 ou cometer nova infração penal, a fiança será considerada quebrada. O efeito do quebramento é perda de metade do valor depositado a título de fiança E não é caso automático de prisão preventiva, devendo o juiz analisar os requisitos do art. 312 e 313 do CPP 
5.6 Devolução: Art. 347 CPP - Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado.
	Mesmo condenado ou absolvido, não ocorrendo a hipótese de perda da fiança, o valor será devolvido ao réu, descontadas as custas e indenizações
5.7 Perda: Art. 344 CPP – Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta. 
	Caso de condenação definitiva e o réu não ter se apresentado para cumprir a pena.
Nulidades do processo penal: Art. 564 e segs. E súmulas 
	Natureza jurídica: Tem natureza de sanção, como se fosse uma pena - Quando ocorre o descumprimento de uma regra de produção de um ato jurídico, este ato perde seus efeitos (e tudo que se originou dele também é desfeito)
1) Espécies de atos jurídicos viciados: Atos realizados de modo errado. São todos os atos que não cumprem a regra de produção, dependendo do erro, muda o tipo de ato e as suas consequências 
a) Ato inexistente: É aquele ato feito um processo que não tem como produzir efeitos no mundo jurídico. Sequer vale pro mundo jurídico – ele não existe; Ex: sentença sem assinatura 
b) Ato irregular: Ele descumpre regra considerada mera formalidade, logo, produzirá efeitos não precisa ser refeito; Ex: súmula 366 STF -­ Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia
c) Ato nulo: É aquele que descumpre uma regra na sua produção, porém entra em vigor, ou seja, produz efeitos. Uma vez reconhecida a nulidade, deixa de produzir efeitos
2) Espécies de atos nulos:
a) Nulidade relativa: São aquelas que são sanáveis. 
	Sanáveis: Significa que elas têm prazo para serem arguidas. E o juiz pode arguir de ofício, diferentemente do processo civil 
	Prejuízo: Além de arguir no prazo, tem que demonstrar/comprovar o prejuízo no caso concreto; Ex: Súmula 523 STF - No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
	Art. 572 CPP - As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas: I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior; II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos. SÓ REFERENTE ÀS RELATIVAS
b) Nulidade absoluta: 
	Momento: Em qualquer tempo. Regra geral, não é sanável. 
	Prejuízo: O prejuízo é presumido, eis que fere uma regra de produção derivada do texto constitucional 
3) Efeitos do ato nulo: O ato perde a validade e tudo que dele derivou deve ser refeito.
	ATENÇÃO: “Reformatio in pejus indireta” – Caso a nulidade seja reconhecida por órgão julgador de 2º grau, a decisão deverá ser refeita pelo julgador de 1º grau e este não poderá dar decisão mais gravosa da que foi desfeita quando apenas a defesa tenha recorrido
	Art. 617 CPP: Se só a defesa recorreu, o tribunal não pode agravar a pena, o regime, etc 
4) Princípios das Nulidades do CPP:
a) Princípio do Prejuízo: Para ser nulo um ato, deve trazer prejuízo para a acusação ou defesa.
	Art. 563 CPP - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
	Vale somente para as nulidades

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