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RAÇÃO E PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
A formulação de rações é um processo de combinação das exigências nutricionais dos
animais com os valores nutricionais dos alimentos, tornando a acurácia do valor nutricional
dos alimentos utilizados de extrema importância.
Os produtos de origem animal podem servir como fonte de PB em rações e também fonte
de energia, porém este se dá através dos lipídeos. Pode ser usada para aves, carnívoros,
etc.
carne, farinha de carne e osso, farinha de pena, farinha de sangue, produtos de incubadora
como ovo, produtos de laticínios como soro e leite em pó. Utilizados principalmente como
fonte d proteína para animais carnívoros.
→ A aquisição de matérias primas de qualidade e de suma importância, por isso tem
padrões para a aquisição, fazer uma boa amostragem na chegada, avaliar os padrões no
laboratório, e ter um bom processo, será capaz de preservar a qualidade das matérias
primas e conseguir traduzir fielmente a fórmula da ração
A formulação de rações é um processo de combinação das exigências nutricionais dos
animais com os valores nutricionais dos alimentos, tornando a acurácia do valor nutricional
dos alimentos utilizados de extrema importância.
→ A fábrica de ração busca uma padronização na produção dos produtos. Com o passar do
tempo, conhece-se o padrão de qualidade do produto, pode realizar amostragem para
verificar se os níveis nutricionais se mantêm de acordo o que é definido pela fábrica.
→ Esses produtos de origem animal são ricos em nutrientes e favorecem o crescimento
rápido de microorganismos. O sistema de armazenamento e validade tem que ser
monitorado para que evite o comprometimento sanitário dos produtos.
Alimentos de origem animal
São subprodutos de:
- Abatedouros
- Indústria do pescado
- Laticínios
→ benefício de usar: muitos são subprodutos da produção de carne que é destinada ao
consumo humano.
→ por serem subprodutos que não seriam consumidos pelo ser humano como farinha de
carne e osso, pode ser utilizado na ração e tem alto padrão de qualidade.
Subprodutos de abatedouros
IN nº 15 de 2003 do MAPA, a qual baseia-se nos princípios de boas práticas de fabricação
(BPF) → demandas de saúde animal e de segurança alimentar.
→ A indústria é composta por dois segmentos diferenciados: os frigoríficos e os coletadores
(coletam parte dos subprodutos do abate de bovinos por exemplo).
→ Não são processados animais mortos (mortes naturais) para reutilização como
ingredientes para rações, em nenhuma circunstância. Porque nos animais mortos não se
garante o padrão de sanidade dessa carcaça, por exemplo morte por Clostridium tetani,
esses animais mortos vão ter um outro destino.
→ Os cadáveres devem ser incinerados ou compostados, na dependência das quantidades
diárias existentes.
Desdobramento de peso de um boi em seus vários componentes:
468 → 440 kg (perda de peso por defecação, urina, etc.).
Carcaça quente → duas, porque é o antímero direito e esquerdo.
Carne industrial: limpeza, excesso de gordura.
Sangue: em torno de 12kg, ossos 18 kg, gorduras 18kg.
Desdobramento do peso de carcaça em carne limpa, gordura e ossos.
Os cortes mais usados estão no traseiro.
3 - Rendimento em carne de matança de um boi de 468 kg
5 - Rendimentos obtidos em farinhas para ração animal e sebo, a partir de 48kg de
subprodutos frescos
Processamento dos subprodutos do abate
Cozimento ou fritura em digestores
↓↓↓↓↓
Drenagem em peneira vibratória ou esteira perfurada para escorrer a gordura
↓↓↓↓↓
Prensagem do torresmo para separar o restante da gordura da parte proteica
↓↓↓↓↓
Moagem para transformar em farinha proteica
↓↓↓↓↓
Embalagem e Distribuição
→ Quando aquece o produto e da pressão nessa massa de subprodutos, escorre a gordura.
O que sobra é a parte proteica , e depois tem a moagem para formação da farinha.
1. Farinha de carne e ossos
É produzida em graxarias por coleta de resíduos, ou em frigoríficos a partir de ossos e
tecidos, após a desossa completa da carcaça de bovinos, picados, cozidos, prensados para
extração de gordura e moídos.
→ O ministério da agricultura padroniza cada produto, padronização dos nutrientes e a
questão sanitária determinando ausência ou mínimo necessário de microorganismos
presentes nesses alimentos. Controle principalmente da Salmonella, que se desenvolve
rapidamente nesses produtos.
Farinha de carne e ossos mista (FCOM):
A partir de ossos e tecidos, após a desossa completa da carcaça de bovinos e/ou ovinos
e/ou suínos; moídos, cozidos.
Sua composição será avaliada conforme a proporção de seus componentes, que devem ser
declaradas no rótulo como farinha de carne e ossos mista. Percentagem de carne e osso.
Características gerais do produto:
→ Não devem conter sangue, cascos, unhas, chifres, pêlos, conteúdo estomacal a não ser
os obtidos involuntariamente dentro dos princípios de boas práticas de fabricação.
→ Não deve conter matérias estranhas
→ A% de PB é inversamente proporcional ao 5 de Ca e P ( aumento de PB e diminuição de
Ca e P).
→ Nutrientes fundamentais: 1º fósforo, 2ºproteína bruta, 3º ácidos graxos (lipídios)
→ Fator limitante ao uso: teores de Ca
→ O cálcio não deve exceder a 2,5 vezes o nível de P.
→ Inclusão nas rações: de 3 a 5,5%
2. Farinha de carne
É o produto oriundo do processamento industrial de tecidos animais. É resultante de:
- Retalhos de carne (hematomas…)
- Vísceras sem conteúdo
- Carcaças condenadas pela inspeção (diferente de animais mortos).
→ sem osso, não vai ser fonte de Ca e P necessariamente.
→ são levadas a alta temperatura e pressão, matando microorganismos.
Características gerais do produto:
- Proteína de alto valor biológico, sendo bem absorvida e de alta biodisponibilidade.
Também é necessária que seja constituída com aa essenciais.
- Contém todos os aminoácidos essenciais
→ antes da existência do farelo de soja, era indispensável na composição das rações.
3. Farinha de ossos
- Calcinada: é o produto obtido de ossos após a moagem e calcinação. Obtida pela queima
e moagem dos ossos. Farinha calcinada não contém substâncias orgânicas e, portanto, é
mais difícil de rancificar ou estragar no armazenamento.
- Autoclavada: é o produto obtido de ossos não decompostos e submetidos a tratamento
térmico em autoclave , secagem e moagem.
- maior risco de transmissão de encefalopatias por via do tecido nervoso → eliminação de
farinhas de ossos autoclavada.
→ a calcinada pode ser melhor por eliminar a parte orgânica. Mas a autoclavada pode ser
usada para produzir ração para cães e gatos.
A autoclavada pode ser usada para produzir ração para cão e gato porque estes não
apresentam as mesmas doenças que os ruminantes são susceptíveis.
A proteína bovina não afetaria os carnívoros.
Características gerais do produto:
- Matéria mineral (máximo): 98%
- Fósforo (mínimo): 15%
- Relação Ca/P de no máximo 2,15%
→ quem padroniza é o MAPA;
4. Farinha de sangue
“flash dried”
- É o produto resultante do sangue fresco e limpo, sem contaminantes a não ser aqueles
involuntários
- A água é removida por processo mecânico e/ou evaporada por cocção
“spray dried” → produto resultante de sangue fresco e limpo, sem contaminação.
- A umidade é removida por evaporação…
Plasma sanguíneo
É o produtoproduto resultante da secagem dos plasma obtido após a centrifugação do
sangue
Células vermelhas (hemácias)
É o produto resultante da secagem das hemácias obtidas após a centrifugação do sangue.
Características gerais do produto:
- Fornece proteína By pass para ruminantes: uma proteína Bypass é uma proteína
protegida, pois as bactérias do rume são direcionadas à alimentos vegetais, não tendo
proteínas direcionadas à alimentos de origem animal, dessa forma essa proteína acaba
sendo passada sem alterar a composição dos aminoácidos dessa proteína, passa os
aminoácidos inteiros.
- Rica em triptofano, lisina e treonina
- Limitante em isoleucinas
- Usada em dietas de todas as fases
- Inclusão de 1 a 3% nas formulações
- Escurece muito a ração
Rica em Zn (30ppm) e Fe (2000ppm)- hemoglobina
A farinha feita só de carne,sem ossos, possui mais PB. A farinha de sangue também é
muito rica em PB (80 - 85%) e elementos minerais como o zinco e o ferro.
5. Farinha de peixe
Farinha integral de peixe: É o produto obtido de peixes inteiros e/ou cortes de peixes de
várias espécies, não decomposto, com ou sem extração de óleo, tendo sido seco e moído.
Farinha residual de peixe: é o produto obtido de cortes e/ou partes de peixes de várias
espécies (cabeças, rabo, pele, vísceras barbatanas) não decomposto, com ou sem extração
de óleo, tendo sido seco e moído.
→ é rica em aminoácidos: lisina e metionina que são essenciais. O problema que quando
usa na ração de vacas de leite é a palatabilidade
O problema de usar farinha de peixe na vaca de leite é devido ao paladar que é rejeitado
por estes animais.
Características gerais do produto:
- Bem processada e conservada é a melhor fonte protéica de origem animal
- Não deve conter mais do que 10% de umidade
- O teor de NaCl deve ser indicado
- Transmite gosto e cheiro a carne e ovos
- Evitar o uso nas fases finais → gosto de peixe
- Inclusão máxima de 1 a 5%
- Rica em colina e B12
- É extremamente vulnerável à oxidação
- Exigir uso de antioxidantes em doses elevadas
- No Brasil, normalmente mistura-se farinha de penas (até 20%).
6. Farinha de vísceras de aves
É o produto resultante da cocção, prensagem e moagem de vísceras de aves, sendo
permitida a inclusão de cabeças e pés.
Características gerais do produto:
- Não deve conter penas, exceto aquelas que podem ocorrer não intencionalmente.
- Não deve conter resíduos de incubatório e de outras matérias estranhas à sua
composição.
- Não deve apresentar contaminação com casca de ovo
- Se decompõe com facilidade e rapidez
- Exigir inclusão de anti salmonelas e antioxidantes - inclusão nas rações de 1 a 7%
- Ingrediente nobre: pode ser usado nas rações pré-iniciais
7. Farinha de penas hidrolizadas
É o produto resultante da cocção , sob pressão (hidrólise da queratina), de penas limpas e
não decompostas, obtidas..
sendo permitida a participação de sangue desde que a sua inclusão não altere
significativamente a sua composição média.
→ essas penas passarão por um processo de cocção.
Características gerais do produto
- Produto de constituição basicamente proteica e de baixa variabilidade
- Rico em cistina e pobre em lisina
- Cuidado com digestibilidade
- Não utilizar em rações iniciais.
- Inclusão nas rações de 1 a 6% (dietas finais)
- Aminoácido lantionina → parâmetro de qualidade (contaminação).
8. Farinha de penas e vísceras de aves
É o produto resultante das penas limpas e não decompostas, hidrolisadas sob pressão e
misturadas com resíduos do abate de aves cozidos e prensados para extração do óleo e
moídos (vísceras, pescoço, pés).
É permitida a participação de carcaças de aves abatidas e sangue desde que a sua
inclusão não altere significativamente a composição estipulada
9. Farinha de resíduos de incubatório
É o produto resultante da cocção, secagem e moagem da mistura de cascas de ovos, ovos
inférteis e não eclodidos, pintos não viáveis e os descartados, removida ou não a gordura
por prensagem.

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