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Hemogasometria

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11/09/2019 – HEMOGASOMETRIA 
Exame que mensura pH e os gases presentes na circulação, auxiliando na avaliação respiratória ou na avaliação do equilíbrio ácido básico. Pode ser coletado sangue arterial ou venoso, sendo que cada um deve ser usado a depender do que está se avaliando 
Sangue arterial 
Sangue que não sofreu reações no corpo *na prática, esse é o sangue mais adequado 
· Avaliação respiratória - sangue acabou de sair do pulmão, por isso traz informações mais fidedignas sobre a hematose 
· Equilíbrio ácido-básico 
Sangue venoso
Sangue que já passou pelo corpo e sofreu reações 
· Equilíbrio ácido-básico 
A COLETA
· Vasos calibrosos
· Sempre em regiões não inflamadas, pois a inflamação acidifica o sangue
· Tirar bolhas de ar da agulha e vedar com borracha porque é muito volátil e qualquer presença de gás em contato com o sangue altera o resultado 
· Além de vedar é preciso homogeneizar, porque o aparelho trabalha com sangue total 
· Se houver separação do soro pode mexer o tubo/seringa até que esteja homogêneo - cuidado com hemólise 
· Não pode coagular, então se for demorar para analisar deve heparinizar a seringa 
· Existem 2 heparinas: a de baixo peso molecular e a sódica
· Se for medir íons não usa a sódica, porque altera o resultado de todos íons. 
· Se coagular estraga um cartucho do aparelho mini-móvel, e no de bancada entope e precisa lavar, mas se não desentupir precisa trocar a máquina inteira (10mil)
· A amostra pode permanecer no ambiente por 30 minutos
· Pra transporte: mergulhar em água e gelo (água e gelo na mesma proporção) e pode ficar nisso por 2 a 3 horas
NO APARELHO 
É obrigatório fornecer para o aparelho 3 informações que influenciam no resultado 
1. Temperatura do paciente (se não fornecer essa informação o aparelho deduz que seja a 37°C e os resultados saem errados 
2. A % de O2 que ele está respirando (FiO2) *ar ambiente tem 21% de O2 
3. Hematócrito do paciente (esse só nos aparelhos mais baratos) 
INTERPRETAÇÃO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
Acredita-se que o que controla o H no corpo é o HCO3 e o CO2 
	A
	
	B
	
	C
	
	D
	H
	+
	HCO3
	«
	CO2
	+
	H2O
Os átomos presentes em A + B devem ser iguais aos presentes em C + D 
Quando uma substância presente em um dos lados aumenta, a substância do mesmo lado da fórmula diminui, e ambas as substâncias do outro lado da fórmula aumentam 
DISTÚRBIO PRIMÁRIO
Primeiro passo: olhar o pH do resultado da hemogasometria e determinar se é uma acidemia ou uma alcalemia. Se guiar pelos valores de referência fornecidos 
· 7,35 – 7,46: normal
· <7,35: acidemia
· >7,46: alcalemia 
Segundo passo: olhar os resultados de HCO3 e de CO2 para determinar quem está alterado e provocando a alteração de pH, classificando em acidose respiratória ou metabólica e alcalemia respiratória ou metabólica 
· PaCO2: 30,8 – 42,8 
· HCO3: 18,8 – 25,6 
E se ambos os valores (CO2 e HCO3) estiverem alterados? Se guiar pela alteração que movimenta o pH!
Por exemplo: pH ácido com aumentos de CO2 e de HCO3. Apesar do HCO3 estar alterado (valor alto), quem provocou o aumento de pH foi o CO2, por isso será classificada como respiratória, a princípio 
PH BAIXO – ACIDEMIA
↑ CO2 – Acidose respiratória
Quando a alteração parte do aumento de CO2
	↑ H
	+
	↑ HCO3
	«
	↑ CO2
	+
	↓ H2O
↓ HCO3 – Acidose metabólica 
Quando a alteração parte da diminuição de HCO3
	↑ H
	+
	↓ HCO3
	«
	↓ CO2
	+
	↓ H2O
PH ALTO – ALCALEMIA
↓ CO2 – Alcalose respiratória
Quando a alteração parte da diminuição de CO2
	↓ H
	+
	↓ HCO3
	«
	↓ CO2
	+
	 ↑ H2O
↑ HCO3 – Alcalose metabólica 
Quando a alteração parte do aumento de HCO3
	↓ H
	+
	↑ HCO3
	«
	 ↑ CO2
	+
	↓ H2O
*Não vai cobrar em prova as causas 
CAUSAS DE ALCALOSE RESPIRATÓRIA 
Descobre a causa de base de uma alcalose respiratória com a inspeção, avaliando como o animal está naquele momento. Muitas vezes se descobre sepse ao excluir as demais causas de alcalose respiratória 
· Hipertermia - Aferir temperatura
· Aumento da demanda de oxigênio
· Exercício
· SIRS/Sepse
· Dor
· Hiperventilação - UTI
· Baixo aporte de O2 - Situação específica
· Alterações centrais
· Estresse - Ofegante
CAUSAS ALCALOSE METABÓLICA 
· Administração de soluções alcalinas (i.e. bicarbonato)
· Alcalose responsiva ao cloro 
· Alcalose pós hipercapnia 
· Perda desproporcional de cloro 
· Vômito
· Uso de diuréticos
· Alcalose não responsivas ao cloro 
· Excesso de mineralocorticóides 
· Hiperadrenocorticismo 
· Hiperaldosteronismo
CAUSAS ACIDOSE RESPIRATÓRIA
Dentro das causas de acidose respiratoria existem alterações centrais e musculares, além do próprio sistema respiratório. A primeira exclusão deve ser as doenças do sistema respiratório através de inspeção, histórico e exames físicos/complementares; em seguida pesquisam-se as demais causas 
· Depressão respiratória central
· Fármacos: anestésicos e outros que diminuem a respiração
· Neoplasia
· Cinomose
· Doenças no sistema respiratório
· Pneumonia
· Edema
· Fibrose pulmonar
· Contusão pulmonar
· Efusões pleurais
· Pneumotórax
· Doenças musculo-esqueléticas
· Paralisias flácidas: paralisias musculares *botulismo
· Ventilação controlada
CAUSAS ACIDOSE METABÓLICA
Acidose metabólica é a mais encontrada e apresenta muitas causas
· Ânion gap aumentado
· Intoxicações por ácido salicílico 
· Intoxicação por ácido glicólico (metabólico de etilenoglicol)
· Cetoacidose diabética 
· Acidose láctica
· Acidose urêmica
· Neoplasias por hiperlactatemia 
· Parada cardíaca 
· Ânion gap normal
· Diarréia por perda intestinal de bicarbonato, 
· Hipoadrenocorticismo
· Acidose tubular renal 
· Inibidores da anidrase carbônica 
· Ingestão de cloreto de amônia 
· Infusão de aminoácidos catiônicos 
· Acidose metabólica pós hipocapnia 
· Diluição plasmática por infusão de cloreto de sódio.
Por se tratar de uma acidose o tratamento pode ser feito com um tamponamento através da administração de bicarbonato, mas somente em casos em que a causa for por perda de bicarbonato, ou seja, ânion gap diminuído.
Caso o bicarbonato seja administrado quando a causa é por aumento de ácido/ânion gap aumentado, o animal na grande maioria das vezes vem a óbito. Isso porque o ácido é produzido da união de uma cadeia ácida é uma de sal; ao quelar o ácido com o bicarbonato o sal fica livre e passa a buscar hidrogênios para que então volte a ser um ácido; nisso há sequestro de hidrogênios das células de todo organismo, provocando falência múltipla dos órgãos
Sendo assim, quem determina o tratamento dessa acidose é o ânion gap
· Ânion gap aumentado: produção de ácido – não administrar bicarbonato
· Ânion gap diminuído: perda de bicarbonato – pode administrar bicarbonato
Para determinar o ânion gap é necessária a mensuração de sódio, potássio, cloro e bicarbonato. O resultado é determinado pela diferença entre a soma de sódio e potássio com bicarbonato e cloro 
Na + K – HCO3 + Cl
Alteração de proteína e fosforo devem ser corrigidas 
VALORES COMPENSATÓRIOS ESPERADOS
O hidrogênio é muito sensível e alterações mínimas causam morte, por isso o corpo luta contra seu equilíbrio *a diferença de íons DEVE existir, e o H deve se manter nos valores considerados normais para que as reações do organismo possam acontecer
Quando há acidoses ou alcaloses o organismo precisa reagir para que os valores voltem ao estado normal, e ele faz isso com respostas opostas a alteração, ou seja:
· Acidose metabólica: organismo responde com alcalose respiratória
· Acidose respiratória: organismo responde com alcalose metabólica
· Alcalose metabólica: o organismo responde com acidose respiratória
· Alcalose respiratória: o organismo responde com acidose metabólica
Dessa forma, para cada variação existe um valor de compensação considerado normal – o organismo está reagindo da forma esperada para manter os níveis de hidrogênio normais
Caso o animal apresente alteração dos valores de compensação significa que não está reagindo da forma esperada - está perdendo o controle dos níveis de hidrogênio
VALORES DE REFERÊNCIA 
Alterações metabólicas – Resposta compensatóriarespiratória
· Δ 1 HCO3- = 0,7 PCO2
Alterações respiratórias – Resposta compensatória metabólica
Acidose aguda (3 a 5 dias)
· Δ 1 PCO2 = 0,15 HCO3-
Acidose crônica (5 a 30 dias)
· Δ 1 PCO2 = 0,35 HCO3- 
Acidose hipercrônica (> 30 dias)
· Δ 1 PCO2 = 0,55 HCO3- 
Alcalose aguda (3 a 5 dias)
· Δ 1 PCO2 = 0,25 HCO3-
Alcalose crônica (> 7 dias)
· Δ 1 PCO2 = 0,55 HCO3-
Nesse momento é necessário classificar a alteração como simples, mista ou compensatória, e para isso é feito um cálculo 
São utilizadas as médias dos valores de normalidade de CO2 e HCO3, sendo eles 37 e 22 respectivamente 
· PaCO2: 30,8 – 42,8 (37)
· HCO3: 18,8 – 25,6 (22)
Deve-se pegar o número da média oposto ao íon que está causando alteração: se a alteração for no CO2 o número utilizado deve ser o 22 
Em seguida deve-se calcular o valor daquele que está causando a alteração, subtraindo o valor obtido na hemogasometria do valor da média de normalidade: se a alteração for no CO2, por exemplo, 57, deve ser feita 57-37=20. Se o valor do resultado da hemogasometria for acima de 37, o resultado “20” deve ser positivo “+20”
Os dois valores obtidos devem ser somados/subtraidos e o resultado deve ser multiplicado pelo valor de referência na lista acima 
Média do valor de normalidade do íon oposto ao que está causando a alteração + ou – a diferença entre o valor obtido na hemogasometria com a média do valor de normalidade do íon causador da alteração x valor da lista a depender da alteração primária 
Feito isso, o novo valor deve se tornar um novo intervalo de normalidade. O resultado obtido deve ser somado 2 e subtraído 2
INTERPRETANDO O RESULTADO 
É preciso analisar o valor do íon que NÃO está causando a alteração primária e comparar com os dois intervalos de normalidade (o calculado e o normal)
· Se o valor estiver dentro do novo intervalo de normalidade calculado e dentro do valor de normalidade normal, é uma alteração SIMPLES
· Se o valor estiver dentro do novo intervalo de normalidade calculado, mas estiver FORA do valor de normalidade normal, é uma alteração COMPENSATÓRIA 
· Se o valor estiver FORA do novo intervalo de normalidade é uma alteração MISTA 
*Respostas que provocam acidose são rápidas, mas de bicarbonato não, porque o bicarbonato é eliminado pela urina (poucas quantidades - leva dias)
*Vômito faz alcalose metabólica
*Hemorragia com lesão em caixa torácica provoca acidose metabólica e respiratória - 2 acidoses morre rápido

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