Coevolução: Interações entre Espécies

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Coevolução
Professora: Karoline Vieira
Disciplina: Biologia Evolutiva
PPGBioEvol
Termo utilizado por Ehrlich e Raven (1964) na descrição sobre influências que plantas e insetos herbívoros têm sobre a evolução um do outro;
Definições:
“Evolução na qual a adaptabilidade de cada genótipo depende das densidades populacionais e da composição genética da própria espécie e da espécie com a qual interage.” (Roughgarden, 1976)
Coevolução
Coevolução
“Evolução de uma característica de uma espécie em função de uma característica de outra espécie.” (Jansen,1980)
“Respostas evolutivas recíprocas entre as populações.” (Ricklefs, 1996)
A Coevolução pode ser:
Mutualística: espécies que interagem mutualisticamente não contribuem propositalmente com o sucesso reciproco, e sim, exploram umas as outras como recurso;
	
Coevolução
Pode originar coadaptações entre as espécies;
Ex.: A formiga (Formica fusca) se alimentando em uma larva da borboleta licenídea (Glaucopsyche lygdamus);
Coevolução
A Coevolução pode ser:
Antagonística: Pode acabar levando um dos organismos envolvidos a extinção ou a um equilíbrio estático;
	Hospedeiro/parasita - presa/predador;
	Hipotese da Rainha Vermelha ;
	Competição e deslocamento de caráter;
Coevolução
Coevolução de espécies competidoras: A coevolução entre competidores provavelmente causa a extinção se a competição é assimétrica; 
Depende do tamanho da população e a quantidade de recursos pelo qual estão competindo;
Coevolução
Predador e Presa: A coevolução dos dois impõe pressões seletivas mutuamente. Isso muitas vezes leva a uma corrida armamentista evolutiva entre presas e predadores. 
Coevolução inseto-planta
A coevolução tem sido considerada um a importante força que conduz à radiação adaptativa e a diversificação de insetos e plantas. 
Ex.: Um exemplo de interação inseto-planta é o que ocorre com borboleta monarca - Danaus plexippus e as plantas da família apocinácea;
Planta produz um inseticida natural -> borboleta adquire resistência -> Capacidade de se alimentar de outra flor; 
Corrida armamentista bioquímica.
Coevolução
Coevolução inseto-planta
 -Polinização de Plantas por insetos;
Coevolução
Coevolução inseto-planta
 - Co-filogenias ou imagens especulares;
Besouros do gênero Tetraopes armazenam essas toxinas produzidas pela planta em seu próprio corpo, tornando-se impalatáveis aos seus predadores. 
A especiação em um táxon tende a causar especiação no outro táxon também. Se duas subpopulações de uma espécie ancestral de apocinácea ficarem geograficamente separadas, cada uma terá sua própria subpopulação de Tetraopes. 
Cada sub população de besouros desenvolveria mecanismos específicos para cada grupo de plantas;
Coevolução
 Ave-planta
A relação entre as plantas e aves polinizadoras envolve dois processos: o transporte de pólen entre plantas que é realizado por animais forrageando, promovendo a polinização, e a produção de recursos que atrai polinizadores até as flores;
Ex.: Beija-Flor
Coevolução
Coevolução parasita-hospedeiro:
A coevolução entre ambos pode ser simultânea, à medida que durante a evolução de cada um, uma serie de mutações constantes atuarão sobre cada um individualmente, gerando mudanças coletivas;
Ex.: Coelhos da Austrália;
Coevolução
Coevolução pode originar uma corrida armamentista:
Na corrida armamentista coevolutiva ocorre uma pressão de seleção tanto na presa quanto no predador. O predador evolui para pegar a presa e mutuamente a presa evolui para escapar do predador;
Ex.: Coevolução em escalada dos Mamíferos; 
Coevolução
Rainha Vermelha
Na coevolução rainha vermelha, o nível de adaptação de uma espécie que está competindo com outra não muda, pois enquanto uma espécie investe em armamentos, a outra investe em defesa, mantendo sempre uma competição estável;
Essa hipótese Rainha Vermelha : "aqui, veja você, é preciso correr tanto quanto se consegue para ficar no mesmo lugar.” 
Na coevolução rainha vermelha, as espécies sofrem pressão seletiva para que seja capaz de enfrentar as espécies competidoras, melhorando em uma taxa constante
Coevolução
Literatura utilizada: