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Corynebacterium pseudotuberculosis

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Faculdade de Veterinária – FAVET Disciplina: Microbiologia Veterinária I Aluno: Ildemar Gois Lopes
Atividade
Apresente um exemplo (modelo) de mecanismo de ação de exotoxina bacteriana. Explique sucintamente a ação, citando o nome da espécie bacteriana e a doença por ela causada.
Corynebacterium pseudotuberculosis é o agente etiológico da linfadenite caseosa, também conhecida como mal do caroço, pseudotuberculose e enfermidade de Preiz-Nocard, que acomete populações de pequenos ruminantes em todo o mundo.
Há pouco conhecimento sobre os mecanismos moleculares e as bases genéticas da virulência em C. pseudotuberculosis. Apenas dois fatores de virulência são bem caracterizados: a exotoxina da fosfolipase D e os lipídeos tóxicos da parede celular.
A fosfolipase D (PLD) é uma potente exotoxina produzida por C. pseudotuberculosis e é considerada o principal fator de virulência desta bactéria. É um fator de permeabilidade que promove a hidrólise de ligações éster na esfingomielina de células de mamíferos, contribuindo para a dispersão da bactéria do sítio inicial de infecção para sítios secundários dentro do hospedeiro, já que o uso de uma antitoxina previne a disseminação de C. pseudotuberculosis. O papel da PLD na virulência da bactéria ficou evidente após a geração de mutantes, nos quais o gene pld foi inativado do cromossomo, através de mutagênese sítio-específica. Estes mutantes são incapazes de se disseminar e induzir o desenvolvimento da linfadenite caseosa; e além disso, eles induzem uma resposta imunológica protetora, embora não totalmente satisfatória contra
C. pseudotuberculosis. Sabe-se que a PLD atua na permeabilidade dos vasos
linfáticos e sanguíneos e como uma hemolisina que tem ação necrosante. A disseminação da bactéria por ação da PLD pode ser explicada pela ação dermonecrótica que a mesma exerce danificando as células endoteliais. Isto promove o extravasamento de plasma dos pequenos vasos sanguíneos da derme, e então, o acesso aos vasos linfáticos. Além disso, essa exotoxina é considerada leucotóxica, o que contribui para as lesões e a destruição de macrófagos de caprinos durante a infecção com C. pseudotuberculosis. O gene pld de C. pseudotuberculosis já foi clonado, seqüenciado e expresso em Escherichia coli e tem sido alvo de intensos estudos. Ele codifica uma proteína de 31,4 kilodaltons e está 17 presente no genoma de C. pseudotuberculosis em cópia única.

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