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Sorotipos D, E, F, G, H, I, J, K da Chlamydia trachomatis, Parasita intracelular obrigatório, Cocos minúsculos Gram negativos;Agente Etiológico Linfogranuloma venéreo Infecção crônica de transmissão sexual;Definição Alta frequência na população feminina; podendo ser oligo ou assintomática; Infecção cervical em torno de 15% (8 a 40%) Epidemiologia (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) Fisiopatologia Afinidade por células do epitélio colunar; Corpo Elementar (CE) - inativo e extracelular; Corpo Reticular (CR) - ativo e intracelular; (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) (BRASIL, 2016) Fases ● Aparecimento de uma ferida nos órgãos genitais que desaparece sem tratamento. Pápula pequena -> úlcera herpetiforme, com poucos sintomas. Primária Fases Secundária ● Hipertrofia granulomatosa crônica com ulceração nos gânglios e genitais externos, podendo ocorrer também obstrução linfática e conduzir para um edema localizado como elefantíase (acúmulo de linfa ) no pênis , escroto e vulva. ● Entre 1 a 6 semanas - inchaço doloroso na virilha (Linfadenopatias e sintomas sistêmicos “ como febre, cefaleia e intensa mialgia”); ● Gânglios não dolorosos à palpação e recoberto por pele eritematosa com massa inflamatória em seu interior pode formar fístulas e abcessos; ● O sulco formado entre o gânglio linfático femoral e inguinal chama-se sinal de Groove. Terciária (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) Reação inflamatória em qualquer local do corpo, com pré-disposição genética (HLA B2 articulações, olhos, ossos e genitais. Síndrome de Reiter Curso da doença RN à 50% apresentam a conjuntivite de inclusão (adquirida durante a passagem no canal vaginal durante o parto). Conjuntivite de inclusão: 5 a 19 dias após o parto; secreção mucopurulenta; Oftalmia (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) ● Conjuntivite granulomatosa As cicatrizes produzem deformidades que evoluem para a retração da pálpebra entrópio) e dos cílios (triquíase). Tracoma endêmico Diagnóstico Doxiciclina (100mg 1cp VO 12/12h por 21 dias) ou Azitromicina (500mg 2cp VO 1x na semana por 3 semanas). Tratamento Sorologia; Cultura em células Mc COY; Anticorpos monoclonais; Detecção antigênica; Biologia molecular; Citologia esfoliativa: baixa sensibilidade/ alta especificidade; (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) Sífilis geral Agente etiológico: Treponema pallidum subsp. pallidum ● Morfologia alongada, helicoidal. ● Agente da sífilis venérea, parasita intracelular. ● Apresenta baixa variabilidade genética. ● Grande capacidade de evasão da resposta imune. ● A penetração ocorre via mucosa ou pele lesionada. Infecção Epidemiologia Sífilis Geral Enfermidade infecciosa SISTÊMICA de evolução CRÔNICA. Alterna períodos de ATIVIDADE e aparente INATIVIDADE com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas. A sífilis é uma DST e sistêmica. Tem o homem como seu único hospedeiro. A doença apresenta 3 fases: primária, secundária ou terciária. A população sob maior risco são homens e mulheres, de menor nível socioeconômico, usuário de drogas e pessoas com comportamento sexual de risco. Definição (BRASIL, 2016) Fases •Concro duro - ferina geralmente única no local de penetração da bactéria. •10 a 90 dias após o contágio Primária Fases Secundária •Lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas. •2 a 40 anos após a infecção. •Manchas pelo corpo principalmente nas palma das mãos e sola dos pés. •Após a cicatrização espontânea do cancro duro; •6 semanas a 6 meses. Terciária (Profa. Dra. Aline Machado, 2019/2) (BRASIL, 2016) •Após o período de latência de duração variável (recente/tardia). •Reatividade dos testes imunológicos que detectam anticorpos. Testes Diagnósticos Treponêmico Não Treponêmico Inespecífico: tem-se o VDRL, que se torna reagente após 2 a 4 semanas do aparecimento do cancro. Poderá dar falsos positivos em casos de doenças reumatológicas e hepatopatias crônicas. Específico: tem-se o FTA ABS por imunofluorescência indireta, esse que se mantém positivo durante toda a vida. Poderá dar falsos positivos em casos de hanseníase, malária, colagenoses e mononucleose. ● Tratar e realizar monitoramento do tratamento; ● Realizar seguimento mensal com teste não treponêmico para gestante; ● Notificar e investigar o caso de sífilis em gestante Diagnóstico Nas situações com novo teste treponêmico reagente ou os dois reagentes: Tratamento Infecções Obstétricas Conteúdo ● Sífilis Congênita ● Toxoplasmose ● Rubéola ● Zika Circulação Materno-fetal https://www.youtube. com/watch?v=r0947y wQwos http://drive.google.com/file/d/1uiyLid64ng2YA2_rRGCWqP57WO9YBnXz/view Hepatoesplenomegalia, lesões cutâneas (rash, condiloma plano, pênfigo palmo-plantar), obstrução nasal e rinite sero-sanguinolenta, sofrimento respiratório (com ou sem pneumonia), icterícia, pseudo paralisias, edema (secundário à desnutrição). Mais comuns Complicações Achados raros Sífilis Congênita Prematuridade, baixo peso ao nascer, alterações ósseas, surdez neurológica e comprometimento nervoso. Meningite, corioretinite, síndrome nefrótica e hemoglobinúria paroxística (BRASIL,2019) ❏ Dentes incisivos medianos deformados; ❏ Ceratite intersticial - inflamação de córnea; ❏ Surdez - comprometimento NC par VIII; Tríade de Hutchinson Testagem Resultado Manejo Pré-natal Manejo Tratamento Adequado ❏ Tratamento completo com penicilina benzatina, iniciado até 30 dias antes do parto. ❏ As gestantes que não se enquadrarem neste critério serão consideradas como tratadas de forma não adequada e os RN como expostos (devem ser estados). ❏ No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita. Tratamento ● Benzilpenicilina procaína 50.000 UI/kg, IM, uma vez ao dia, por 10 dias OU ● Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 12/12h (crianças com menos de 1 semana de vida) e de 8/8h (crianças com mais de 1 semana de vida), por 10 dias. Não reagente Reagente Tratamento do parceiro Características gerais Sintomas maternos Achados no feto Toxoplasmose “sintomas inespecíficos similares a gripe”: como febre baixa, mialgia, alteração de gânglios linfáticos, toxoplasmose ocular e cerebral em imunocomprometidos. Ventriculomegalia, hidropsia fetal, microcefalia, hepatoesplenomegalia e a tríade do RN com coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracranianas. (BRASIL,2019) Doença resultante de infecção pelo parasita Toxoplasma gondii. Primeiro trimestre Segundo Trimestre Terceiro Trimestre Idade gestacional Aborto ou nascimento prematuro, podendo a criança apresentar-se normal ou já com anomalias graves, típicas. 1. A criança pode nascer normal e apresentar evidências da doença alguns dias, semanas, meses ou anos após o parto. 2. A toxoplasmose pode ser multiforme, (comprometimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia e lesões oculares). (BRASIL,2019) Aborto. Toxoplasmose Mecanismos pelos quais a placenta humana restringe a transmissão vertical de T. gondii nos estágios iniciais e finais da gravidez humana e demonstrar a existência de pelo menos duas vias independentes de interferon que restringem o acesso de T. gondii para o compartimento fetal. Trofoblastos placentários humanos do segundo e terceiro trimestres respondem exclusivamente ao T. gondii infecção em comparação com linhas de células trofoblásticas, tipificada pela regulação positiva de vários genes relacionados à imunidade. Fisiopatologia Parasita encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados. A transmissão vertical ocorre na fase aguda da doença com o atravessamento de taquizoítos pela barreira placentária, podendo gerar uma infecção primária ou a reativação de infecção latente. 1. Ingestão de oocistos ou cistos; 2. Congênita/transplacentária (Human placentalsyncytiotropho blasts restrict Toxoplasma gondii vertical transmission at two distinct stages and induce CCL22 in response to infection, 2017) Passagem do Toxoplasma gondii pela barreira transplacentária Diagnóstico Em gestantes suscetíveis deve-se realizar orientação com relação a medida higienodietéticas e realizar sorologia mensal. 1. A transmissão vertical - confirmada pela amniocentese (18°semana) - pesquisa do DNA do parasita por PCR no líquido amniótico. 2. Investigação entre a 17 e 32º semana nas, com ultrassonográfica suspeita. Espiramicina 500mg, 2cp VO de 8/8h até o nascimento + ultrassonografia mensal em gestantes com suspeita. Tratamento Usa-se por 15 dias sulfadiazina 500mg 2cp VO 8/8h + pirimetamina 25mg 1cp VO 12/12h + ácido folínico 15mg 1cp VO 1x ao dia. Deve-se alternar com espiramicina a cada 15 dias. Devendo acabar com esses esquema anteriormente ao parto. Deve ser solicitado hemograma a cada 2 semanas, pelo risco de anemia megaloblástica. Gestantes com infecção aguda ou suspeita sem confirmação sorológica. Confirmadas Zika O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus (família Flaviviridae). Agente Etiológico Vetorial, vertical e sexual (IST) - partículas virais foi observada em fluidos corporais, como o sêmen. Transmissão Rash cutâneo, febre, conjuntivite, cefaleia, dores articulares e mialgia.Sinais e sintomas Microcefalia ❏ ZIKVBR é muito mais agressiva do que e a versão africana; ❏ Apresentaram danos cerebrais (semelhantes aos constatados em bebês) e restrição de crescimento uterino com sinais de microcefalia. ❏ Nos cérebros dos filhotes - alta concentração do vírus nas células neuronais e, em menor quantidade, no fígado e no baço. ❏ atravessa a placenta e direcionar as células progenitoras corticais - morte celular por apoptose e autofagia (prejudica o neurodesenvolvimento). Trimestre gestacional de infecção Consistência da hipótese ❏ Isolamento do RNA e antígenos virais no líquido amniótico de mães infectadas e em cérebros de neonatos e fetos com microcefalia. ❏ Temporalidade: uma coorte de gestantes com exantema e positivas para o ZIKV. ❏ Estudo caso-controle conduzido demonstrou existir uma forte associação entre microcefalia e infecção congênita pelo ZIKV. Cuidados Para áreas endêmicas, a recomendação para uso contínuo do preservativo durante toda a gestação. Resultado do exame Diagnóstico Direto Indireto Pré-natal de alto risco e seguimento especializado se criança nascida com anomalia. Positivo Por isolamento do vírus ou a busca pelo genoma do (ZIKV) através de reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa ( RT-PCR). Para os métodos indiretos, a pesquisa de anticorpos (IgG e IgM) por sorologias como o Ensaio imunoenzimático – ELISA. Ainda não há vacinas para prevenir a infecção pelo vírus Zika e nem tratamento específico;Tratamento Prevenção Medidas de controle do vetor e medidas protetivas individuais de modo a diminuir a chance de picada pelo mosquito.: ● Uso de repelentes e de roupas com mangas longas e calças compridas; Rubéola Agente Etiológico Por meio de gotículas/contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas, sangue e/ou urina.Transmissão 1) Autolimitada em adultos; 2) Gestantes desencadeia a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).Complicações Vírus RNA, do gênero Rubivirus e da família Togaviridae. Doença exantemática aguda: exantema maculopapular e puntiforme difuso (Face-Tronco -Membros). Sinais e sintomas Linfadenopatia retroauricular, sub occipital e cervical posterior Sinal de Forchheimer - Petéquias em palato mole; Intra Uterina: Aborto espontâneo, malformação congênita de grandes órgãos e sistemas como: 1) Oculares (microftalmia, retinopatia, glaucoma e catarata); 2) Cardíaca (persistência de ducto arterial, defeitos do tabique interauricular e interventricular, estenose da artéria pulmonar); 3) Alterações neurológicas (meningoencefalite, retardo mental), púrpura, esplenomegalia, osteopatia radiolúcida; Malformações Síndrome da Rubéola Congênita Extrauterinas: surdez parcial, deficiências cardíacas, catarata Detecta anticorpos IgM específicos e soroconversão ou aumento na titulação de anticorpos IgG. Diagnóstico Sorologia Não existem indicações para solicitar e realizar o exame de rotina para rubéola no pré-natal em gestantes assintomáticas. O exame só deve ser solicitado e realizado mediante suspeita de rubéola na gestante/ contato com uma pessoa com doença exantemática. A imunidade ativa é adquirida por meio da infecção natural ou por vacinação. Os filhos de mães imunes - imunidade passiva e transitória até 9 meses de idade. Prevenção Vacina Indicações 1. Tríplice viral (Sarampo Caxumba e Rubéola); 2. Duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses; 3. Mulheres grávidas não podem ser vacinadas; Gravidez até 30 dias depois de tomarem a vacina, e também aquelas receberam a vacina sem saber que estavam grávidas devem ser acompanhadas; http://www.ipedapae.org.br/triagem-pre-natal O tratamento é sintomático para alívio dos sintomas. Antitérmicos e Analgésicos. Tratamento Iped/Apae Referências •SERVICES, U.s. Department Of Health & Human. Pelvic Inflammatory Disease (PID). 2015. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/tg2015/pid.htm. Acesso em: 23 out. 2020. •FREITAS, Fernando. Rotinas em Ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., 2011. •SERVICES, U.s. Department Of Health & Human. Granuloma Inguinale (Donovanosis). 2015. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/tg2015/donovanosis.htm. Acesso em: 23 out. 2020. •SERVICES, U.s. Department Of Health & Human. Chancroid. 2015. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/tg2015/chancroid.htm. Acesso em: 23 out. 2020. •SAUDE, Ministério da. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoe s_sexualmente_transmissiveis.pdf. Acesso em: 23 out. 2020.
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