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Filtração glomerular • O que á filtração glomerular Para responder isto, é necessário compreendermos geralmente sobre os processos fisiológicos renais, como sendo o alvo a filtração, contudo, não é o único processo, sendo simultânea a absorção, secreção e a excreção, que compõe o produto de todos os 3 processos citados anteriormente. Porque se uma substância é filtrada, mas não é reabsorvida, ela será excretada. Se uma substância é secretada e após isso ela não for reabsorvida, ela também será excretada através da urina, portanto, a excreção em si é na verdade o somatório de todos os processos realizados anteriormente, indicando como uma substância foi processada pelos rins. A reabsorção caracteriza uma substância que já foi absorvida anteriormente, como o exemplo da glicose que foi absorvida a partir da alimentação pelo trato gastrointestinal, e então essa glicose passa pela filtração glomerular, atravessando a barreira da glomerular, a glicose provavelmente deve ser reabsorvida no espaço de bowman e para o túbulo proximal, não fazendo mais parte da circulação, mas como a glicose é extremamente importante, ela é reabsorvida de volta para a circulação – processo de reabsorção. Já a secreção constitui o processo de eliminação de alguma substância, ou seja, a passagem de uma substância do sangue para dentro do túbulo, portanto, uma substância que é integralmente reabsorvida, potencialmente essa substância não deverá aparecer na urina, ao passo que a substância secretada potencialmente deve aparecer na urina. A filtração é a passagem de uma substância dentro do espaço glomerular para a cápsula de bowman, depois que ela entra no espaço de bowman e começa a passar pelo túbulo, já não se tem mais a filtração. Portanto, o local onde acontece a filtração é especificamente em nível de corpúsculo renal, sendo o único local onde acontece a filtração. Se observarmos em termos conceituais, na filtração glomerular se tem a produção de um filtrado de plasma ou ultrafiltrado de plasma, constituindo o primeiro passo de formação da urina. É importante destacar que a proteína não é filtrada, fazendo referência às proteínas de alto peso molecular (tendo como representante a albumina), principalmente porque a passagem de proteínas na urina se relaciona intimamente com a pressão oncótica e coleidosmótica, sendo muito importante na questão do transporte de substâncias, hormônios e fármacos, por isso que proteínas de alto peso molecular e elevado valor fisiológico, usualmente não são filtradas. Essa exclusão se relaciona com o tamanho das proteínas que por ser grande, não permite a passagem juntamente com a carga residual da molécula em si. É um processo de filtração de plasma em nível molecular e é a primeira etapa na formação da urina - Fisiologia em números: A ideia de colocar tal quantidade de líquido no trato gastrointestinal, é de fato impossível, porque para efetivamente cumprir a missão, antes dele cumprir as 24 horas, tem-se a ocorrência de uma resposta protetora de vômito causada pela distensão abdominal, contudo, os nossos néfrons filtram cerca de 180 L de líquidos por dia, mais especificamente o plasma, que á mesma taxa do suposto experimento, destacando a importância desse processo. É por isso que quando o indivíduo tem insuficiência renal grave, se tem a dependência. • Qual força direciona a filtração glomerular? Do ponto de vista hemodinâmico, a pressão hidráulica/hidrostática (pressão arterial sistêmica) no vaso sanguíneo, tem uma tendência para saída de fluído no vaso ou a entrada de fluído no vaso? Para compreender de que maneira isso acontece, é necessário ter noção da atuação das forças de Starlling no capilar, se tem as trocas capilares – não sendo o glomerular . Os capilares são micro vasos que perfundem a intimidade de um órgão a nível celular, portanto, se tem interstício e células, que precisam se nutrição, portanto, na extremidade arteriolar do capilar, ocorre um processo resultante de filtração (fluído/substâncias) saem de dentro do capilar e nutrem as células. Já na extremidade venular, os produtos metabólicos gerados pelas células nutridas, não absorvidos, entram na circulação e são direcionados para os órgãos excretores. Essa escolha e decisão de que na região arteriolar absorve e na venular excreta, está totalmente ligada com o fato de que π (pressão oncótica, que diferente da hidrostática) é uma força no sentido contrário, enquanto que a pressão do capilar é a liberação de líquido, a oncótica se opõe a saída de substância do vaso, portanto, toda vez que a pressão aparecer em valores positivos, ela favorece a filtração, quando negativa, ela se opõe à filtração (forças de ação e reação), em que em determinado momento elas se anulam, ou decidem qual professo vai acontecer. O que justifica a diminuição da pressão na região venular, se relaciona com a dinâmica da sístole diástole, isto porque o sangue sai de um local de maior pressão para um de menor pressão – forças de atrito e cisalhamento, porque o fluxo passa a ser parabólico. Do ponto de vista fisiológico, as arteríolas eferentes possuem menor calibre para apresentar uma via de saída de alta resistência, o que permite a filtração glomerular ao longo de todo glomérulo. PCAPS: pressão hidrostática dentro da cápsula de bowman, força de reação à filtração glomerular, se opondo. Portanto, a pressão efetiva de filtração possui valor positivo, favorecendo sempre a filtração. Como a filtração acontece várias vezes ao dia, ficam retidos alguns líquidos do processo de filtração anterior, ou seja, ultrafiltrado, porque o deslocamento dele é gradativo, então se a necessidade é passar líquido do espaço glomerular para o espaço de bowman, é necessário forçar essa coluna de líquido. Contudo, a tendência dessa força é se opor à filtração, porque para que aconteça, a força tem que se suficiente para deslocar essa coluna de líquido. Então, a filtração glomerular ou a taxa de filtração glomerular é o produto da resultante das forças que favorecem ou se opõe à filtração, chamando essas forças de pressão efetiva de ultrafiltração (Puf), que em condições fisiológicas, tem valor positivo favorecendo a filtração. Que á pressão hidrostática do capilar glomerular – a soma da pressão hidrostática na cápsula de bowman e a pressão oncótica no capilar glomerular. Não existe variação de pressão oncótica porque as proteínas de alto peso molecular não passam pela barreira, não podendo provocar pressão oncótica na cápsula de bowman. Na pressão oncótica no capilar glomerular, tem-se uma menor pressão na extremidade eferente, uma maior concentração de proteína porque esta não passa, e por mais que a pressão oncótica aumente na extremidade eferente, elas ainda não conseguem superar a magnitude da pressão motriz que direciona a filtração, chamada de pressão hidrostática no capilar glomerular. Por mais que a resultante seja pouca, 88 mmHg, ela é suficiente porque se trata de um vaso fenestrado de permeabilidade elevada. Portanto, a força que direciona a filtração glomerular, é a pressão efetiva da ultrafiltração. • Em condições fisiológicas, a ultrafiltração exclui a passagem de qual substância? Inicialmente, no corpúsculo renal, pega-se um trecho do capilar e se aumenta ele, de maneira a seccionar um C1, permitindo a visualização da parede do capilar glomerular, cheia de fenestrações e que existe uma espécie de folheto visceral da cápsula de bowman, que é colado com a parede do capilar, composto por células chamadas podócitos, e esta célula emite extensões citoplasmáticas chamadas pedicélios (processos pediculares). Em teoria, se uma substância está dentro do capilar para ser filtrada, saindo do capilar para o espaço de bowman, essa substância tem que atravessar duas barreiras, a parede do capilar e os podócitos. Na verdade, são três barreiras. Em perspectiva microscópica, ela sai de dentro do capilar, atravessa as barreiras e se direcionapara o espaço de bowman, com o sentido do fluxo migratório vetorial, atravessando a parede e os pedicélios. Se seccionarmos e aproximarmos ainda mais nas regiões do pedicélios, tem-se C3. No C3, o trecho aumentado apresenta e induz a compreensão que a substância a ser filtrada sai de dentro do capilar, atravessa as barreiras e chega ao espaço de Bowman. Contudo, após atravessa efetivamente a parede do capilar (espaços entre das células endoteliais que compõe as fenestrações), a barreira gerada pela fusão histológica das membranas basais do pedicélios (podócitos) com a membrana basal do próprio capilar glomerular (membrana basal) e uma terceira membrana, pois se evidencia uma espécie de filete que une os pedicélios dos podócitos, chamado diafragma da fenda de filtração. Então se a substância atravessa todas, ela é filtrada. É importante destacar que nenhuma das camadas que compõe as barreiras é de fato, contínua, então na verdade, existem micro aberturas tanto na membrana basal como na fenda de filtração, sendo uma peneira grossa e duas finas (três barreiras). A albumina passa pelas fenestrações, mas não consegue passar pela segunda barreira, isto porque a albumina combina um tamanho intermediário e a carga negativa presente na albumina, então a membrana basal e a fenda de filtração, principalmente a primeira, é recheada por cargas residuais negativas, portanto, quando a albumina não se aproxima devido à repulsão elétrica. Outras moléculas de cargas negativas, conseguem passar como o bicarbonato e o cloro, mesmo que tenham carga negativa, mas o tamanho molecular é tão pequeno que passa pelo centro do poro. Portanto, as substâncias neutras e de carga residual positiva tem sua filtração permitida pela atração elétrica. Em todo momento a natureza das substâncias pode ser a mais variada possível, então muitas delas são de interesse fisiológico, portanto se o tamanho não favorece, não atravessa, se o tamanho é intermediário, depende da carga e se o tamanho for significativamente menor, passa livremente. (slide 21) Então, substância com tamanho maior que 42 angstrons, ela não atravessa a barreira, se seu tamanho está entre 20 e 42, ela atravessa apenas dependendo da carga elétrica (negativa gera passagem dificultada ou impedida e a com carga positiva ou neutra, tem a passagem facilitada), e quando a substância tem raio molecular pequeno, ela atravessa a barreira de filtração independente da carga. Parâmetro de filtrabilidade relativa, que constitui a razão entre a concentração no filtrado e no plasma, e quanto menor for o valor da razão, tem-se que o denominador está maior (o valor da concentração relativa no plasma), nos levando a entender que a substância não é praticamente filtrada, no caso, quando a razão for próxima de 1, significa que a substância é livremente filtrada, portanto, passa pela barreira sem problemas, valendo para sódio, potássio, glicose. Por outro lado, quanto menor a relação, mais difícil é para a passagem pela barreira de filtração, como o caso da hemoglobina(0,03: tamanho) e albumina (<0,01: tamanho e carga residual negativa, então praticamente toda albumina é excluída da barreira de filtração, sendo rara sua presença na urina), se a albumina estiver presente na urina, tem-se Albuminuria, indicando diversas doenças, sendo sinal de que a barreira de filtração está permitindo sua passagem.
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