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Resumo Farmacotécnica - Diluentes Farmacêuticos

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Aula 8 - Farmacotécnica 
Diluentes farmacêuticos 
 
• Comprimidos: 
Formas sólidas, geralmente preparadas com auxílio de adjuvantes farmacêuticos, obtidos 
principalmente por compressão com máquinas de comprimir, capazes de exercer grande pressão 
para compactação de pós e grânulos. 
• Tipos de máquinas de compressão: 
1) Máquina de comprimir de punção único ou máquinas excêntricas ou alternativas: possuem um 
única matriz ou par de punções 
2) Máquinas de comprimir rotativas ou de estações múltiplas: possuem várias matrizes e jogos de 
punções, possibilitando a produção de inúmeros comprimidos quase que ao mesmo tempo, isto 
porque existem várias coroas e jogos de punção. 
 → A quantidade de punções pode variar, como de 3 para máquinas menores e até 60 para 
máquinas maiores. 
3) Máquinas de comprimir hidráulicas computadorizadas: a movimentação dos punções pode ser 
controlada e modificada. Os usos na investigação da sensibilidade de um fármaco a determinadas 
variações. Pode ser usada na pesquisa de formulações de novas formas farmacêuticas como núcleos 
para drageamento. 
 
• Fases da compressão 
 
1) Alimentação: Enchimento da matriz com granulado, que fica na sapata do alimentador da matriz 
da máquina de comprimir. Então o alimentador preenche a matriz e nivela o nível do granulado 
e é retirado. 
2) Compactação: O punção superior comprime esse granulado ou conjunto de pós, 
compactando-o (s) e dando forma ao comprimido. 
3) Ejeção do comprimido: O punção inferior é elevado se maneira a ejetar o comprimido recém-
formado para parte superior da matriz. 
 
• Produção de comprimidos 
- Por compressão direta: mistura prévia dos pós seguida de compressão. 
- Por granulação prévia: este é dividido em dois tipos, o de granulação por via úmida (utiliza-se um 
líquido para unir e granular os pós) ou o de granulação por via seca e granulação por compressão 
(briquetagem – produção de grandes compactos que posteriormente são triturados para se obter 
o granulado). 
• Vantagens 
Redução do tempo de duração, maior estabilidade, dissolução mais rápida – porque acontece a 
rápida desintegração do comprimido. 
• Desvantagens 
Materiais de enchimento e aglutinantes especiais mais caros, partículas relativamente grandes para 
obter fluidez e densidade bruta aceitáveis, o que dificulta a obtenção de misturas de alta 
homogeneidade e o que leva a segregação. 
• Máquina de compactação: granulação a seco ou granulação por compressão 
 
 
• Máquina de compactação em rolo: granulação por compressão ou granulação a seco 
 
 
 
• Solvente x Diluente 
O diluente trata-se do material de enchimento inerte usado para produzir volume, propriedades 
de fluxo e características de compressão desejáveis em cápsulas, comprimidos e outras formas 
farmacêuticas sólidas. Já o solvente é uma substância líquida que dissolve outras substância na 
preparação de uma solução. 
Exemplos de Diluentes Farmacêuticos 
Lactose Celulose microcristalina 
Sacarose Derivados da celulose 
Materiais à base de sacarose Fosfato de cálcio dibásico diidratado 
Dextrose Sulfato de cálcio diidratado 
Manitol Cloreto de Sódio 
Sorbitol 
Amidos 
• Atributos de um bom diluente 
∙ Não podem ser tóxicos 
∙ Têm que ser fisiologicamente inertes 
∙ Não podem, per si, apresentar contraindicações ou devido a algum componente serem 
contraindicados para algum segmento da população. 
∙ Têm que ser física e quimicamente estáveis não interagindo com os fármacos ou outros 
componentes da formulação. 
∙ Não podem apresentar contaminação microbiológica 
∙ Seu custo deve ser baixo 
∙ Devem estar disponíveis comercialmente no país onde será produzido 
∙ Têm que ser compatíveis com o corante 
∙ Não podem apresentar efeito prejudicial sobre a biodisponibilidade do fármaco 
 Fosfato de cálcio + tetraciclinas (na presença de cálcio, a tetraciclina que é um antibiótico 
tem sua biodisponibilidade reduzida porque na presença de cálcio, essas substâncias formam 
complexos) 
 Lactose + fenitoína 
Uma maneira de diferenciar o uso dos seguintes diluentes de edulcorantes, visto que, em muitas 
vezes a mesma substância pode atuar como ambos, é entender que quando são utilizados 
como diluentes, estas estarão em muito maior quantidade, ao contrário do que acontece 
quando são utilizadas como edulcorantes, estando em menor quantidade nessas formulações. 
• Lactose 
É um dos materiais mais utilizados em enchimento de comprimidos e possui muitas características 
desejáveis, como a seguir: 
Sabor agradável Dissolve-se em água 
Não é higroscópica Boas características de escoamento (até 20 – 
25% de fármaco) 
Baixa reatividade e custo Boa compatibilidade 
 
Forma anidra x Forma hidratada 
Na forma anidra ela pode reter água em unidades relativamente elevadas e ainda é diretamente 
compressível, não precisando granular a lactose para torná-la compressível. Já na forma hidratada, 
esta é utilizada na granulação por via úmida. 
Ambas são açúcares redutores com potencial para interagir com aminas primárias e secundárias 
(reação de Maillard), aminoácidos e anfetaminas e a sua principal limitação é o fato de algumas 
pessoas apresentarem intolerância a lactose. 
- Lactose seca por aspersão ou Spray-dried é diretamente compressível, podendo ser através de 
compressão direta (CD) + desintegrante + lubrificante 
- Pode escurecer na presença de umidade excessiva e compostos aminados. 
• Sacarose 
∙ Evitar uso em diabéticos 
∙ Empregada em pequenas quantidades, pois é altamente aglutinante e ataca os punções das 
máquinas de comprimir 
∙ Comprimidos que se destinam a dissolver-se lentamente na boca 
∙ Em associação com outros compostos – também para compressão direta 
Açúcares à base de sacarose: 
Sugartab® - 90 a 93% sacarose + 7 a 10% de açúcar invertido 
Dipac® - 97% sacarose + 3% dextrinas invertidas 
Nutab® - 95% sacarose + 4% açúcar invertido + amido de milho + estearato de Mg (0,1 a 0,2%) 
Sendo os citados acima todos compressíveis, não precisando passar por nenhum processo de 
granulação para que possam ser convertidos a comprimidos, e alguns podem ser usados com 
manitol em comprimidos mastigáveis. Todos têm tendência a reter umidade em meios de alta 
umidade relativa. 
• Dextrose 
- Forma anidra: É comercializada quando são requeridas pequenas quantidades de umidade, 
podendo substituir parte da lactose “spray-dried” para reduzir a tendência dos comprimidos ao 
escurecimento. Além disso pode ser usada por via úmida ou para compressão direta. É importante 
destacar que a dextrose também pode funcionar como aglutinante. 
• Manitol ou Manita 
Tem como característica o fato de ser um açúcar mais caro usado como diluente, sendo bastante 
utilizado em comprimidos mastigáveis por possuir calor de solução negativo e paladar agradável, tal 
como baixa solubilidade. Formulações com manitol possuem características pobres de escoamento 
e necessitam de quantidades relativamente elevadas de lubrificante, além de ser praticamente não-
higroscópico, portanto, é adequado para formulações contendo compostos onde a sensibilidade a 
umidade possa ser um problema – vitamina C, B12 e ácido acetilsalicílico. 
• Sorbitol (Neosorb, Sorbitab) 
Isômero óptico do manitol, sendo usado em conjunto com o manitol para reduzir o custo deste 
último diluente. É higroscópico para umidades superiores a 65%, ambos têm teor calórico reduzido. 
Não são conhecidas, até hoje, propriedades carcinogênicas. Este pode ser usado tanto na 
granulação por via úmida como na compressão direta. Também pode ser utilizado como diluente 
entre 20 e 90%, sendo muito solúvel em água e etanol. 
• Derivados da Celulose 
São também muito empregados como diluentes, sendo biocompatíveis e quimicamente inertes, 
apresentando boas propriedades de formação de comprimidos e de desintegração. Devido a sua 
higroscopicidade, podem ser incompatíveis com fármacos que tendem a hidróliseno estado sólido. 
Um exemplo é a celulose microcristalina. 
• Celulose Microcristalina 
É o tipo mais comum de derivado de celulose usada na formulação de comprimidos, sendo obtida 
por hidrólise da celulose, seguida da secagem por aspersão. Apresenta diferentes dimensões 
granulométricas que possuirão características de fluxo diferentes. Como exemplos podem ser 
citados: 
Avicel®: PH 101, PH 102, PH 105, PH 112, PH 113, PH 200, PH 301 e PH 302. 
Medicel®, Emcocel®, Elcema® e o Solka-Floc®. 
A celulose microcristalina pode sofrer compressão direta devido às suas boas propriedades de 
escoamento e compressão, podendo ser usada como diluente em comprimidos 20 a 90% 
dependendo da concentração do princípio ativo. É um diluente de propriedades únicas no que diz 
respeito à produção de comprimidos coesos, sendo caro para ser usado em quantidades elevada, 
podendo ser combinado com outros materiais como lactose, amido, fosfato de cálcio dibásico 
diidratado. E assim como o amido, possui várias finalidades agindo como adsorvente, aglutinantes e 
desagregante. 
• Fosfato de cálcio diidratado 
Substância inorgânica, não-higroscópica, mas hidrofílica. Como exemplo pode ser citado o 
Emcompress®. Não deve ultrapassar 60%, porque apresenta redução da velocidade de dissolução 
de substâncias ativas pouco hidrossolúveis. Apresenta boa fluidez, sendo usado para compressão 
direta, contudo é levemente alcalino. 
O sulfato de cálcio, assim como o fosfato, também apresenta a vantagem de possuir baixas 
concentrações de água não ligada e ter uma baixa afinidade para a umidade atmosférica, podendo 
ser utilizado em comprimidos que sofrerão processo de hidrólise. 
• Cloreto de Sódio 
Bom diluente, sendo pouco usado porque ataca os punções, contudo é recomendado para 
comprimidos como os de hipocloritos, porque facilita a dissolução da substância ativa. É usado em 
comprimidos hipodérmicos, como diluente em torno de 10 a 80%, sendo muito solúvel em água. 
• Amidos 
Ocasionalmente usado como diluente e como principais fontes podem ser citadas o milho, mandioca, 
arroz, trigo, batata etc. Possui teor de umidade alto (11 e 14%), podendo ser eliminado por secagem 
até cerca de 3%, em temperatura inferior a 50°C. 
Os amidos especiais apresentam teor de umidade entre 2 e 4%, sendo característicos pelo alto 
custo. Além disso, são diretamente compressíveis e podem ser hidrolisados. 
1) Amidos diretamente compressíveis: 
Como exemplo pode-se citar o Sta-Rx 1500®, que possui escoamento fácil e é 
autolubrificante. Quando combinado a 10-15% de fármaco é necessário o emprego de 
lubrificante e deslizante como cerca de 0,25% dióxido de sílica coloidal ou Aerosil®. 
Este contém cerca de 10% de umidade – amolece na presença de quantidades excessivas 
de estearato de Mg (>0,5%). 
 
2) Amidos hidrolisados: 
Como exemplo pode-se citar o Emdex® e o Celutab®, possuindo cerca de 90 a 92% de 
dextrose e 3 a 5% de maltose, também são diretamente compressíveis e ambos 
apresentam escoamento livre, possuindo cerca de 8 a 10% de umidade, estes podem 
substituir o manitol em comprimidos mastigáveis, possuindo também poder edulcorante.

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