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COMÉRCIO ELETRÔNICO Programa de Pós-Graduação EAD UNIASSELVI-PÓS Autoria: Patrícia Luciana Sarli CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090 Reitor: Prof. Hermínio Kloch Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Carlos Fabiano Fistarol Ilana Gunilda Gerber Cavichioli Cristiane Lisandra Danna Norberto Siegel Camila Roczanski Julia dos Santos Ariana Monique Dalri Bárbara Pricila Franz Marcelo Bucci Revisão de Conteúdo: Thaíse Schmitz Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Copyright © UNIASSELVI 2018 Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. SA245e Sarli, Patrícia Luciana Comércio eletrônico. / Patrícia Luciana Sarli – Indaial: UNIASSELVI, 2018. 156 p.; il. ISBN 978-85-53158-37-9 1.Comércio eletrônico – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 658.84 Patrícia Luciana Sarli Graduada em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (1998). Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC (2002), MBA em Gestão Educacional (2014) pela FACOS - Osório/RS, Pós-Graduação em Estratégia Empresarial (FCJ 2006). Atuou nos anos de 2003 a 2014 como coordenadora dos cursos de Administração da Faculdade Cenecista de Joinville. Tem experiência na área de Administrativa atuando principalmente nas seguintes áreas: marketing, gestão educacional, gestão de equipe, comercialização, negociação, gestão de conflitos, empresas produtoras exportadoras. Atuou como Vice-Presidente do Núcleo de Internacionalização AJORPEME - N.I.A.- Associação de Joinville e Região da Pequena Micro e Média Empresa no ano de 2012. Voluntária no Instituto Joinville no Grupo de Internacionalização, participando do planejamento estratégico da cidade (2004 a 2007) Sumário APRESENTAÇÃO ..........................................................................07 CAPÍTULO 1 Introdução ao Comércio Eletrônico .......................................09 CAPÍTULO 2 O Comércio Eletrônico ..............................................................29 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 7 Comércio Eletrônico e sua Utilização no Varejo ..................49 Logística no Comércio Eletrônico ...........................................71 Marketplaces e Ferramentas de Comparação de Preços ....95 Atendimento, Venda e Pós-Venda ............................................ 113 Tendências do Comércio Eletrônico .....................................133 APRESENTAÇÃO Olá, eu sou a profa. Msc. Patrícia Luciani Sarli e quero convidá-lo para um aprendizado fascinante: vamos juntos descobrir mais sobre Comércio Eletrônico (CE). Ao longo deste livro, você encontrará sete capítulos sobre este tema tão atual e tão importante, e que certamente transformou, está transformando e ainda mudará muito mais todas as relações de comércio! No capítulo 1 você irá compreender as origens e os principais conceitos, entender o surgimento do C.E. e sua importância e identificar os seus benefícios e suas limitações. No capítulo 2 você conhecerá os principais modelos de CE e suas características operacionais. Compreenderá como o CE pode se adaptar a outros modelos, identificará o melhor modelo de CE para um determinado negócio e aprenderá a ver de forma estratégica os modelos de CE. No capítulo 3 vamos analisar o CE e sua utilização no varejo, compreendendo a importância da internet para as vendas, identificando tendências na prática do CE e ferramentas para venda na Internet, bem como os canais mais utilizados para pagamento. Já no capítulo 4 será a vez de estudarmos a logística! Aqui você poderá analisar a importância da logística para o CE, entender os aspectos logísticos como um diferencial estratégico, identificando os aspectos logísticos necessários para manter a competitividade constante no CE. Neste capítulo aprofundaremos o estudo das origens, conceitos e a importância da logística no CE, a logística de suprimentos no CE, os desafios da logística, a otimização da Gestão Logística e a importância do rastreamento no CE. Em seguida, iremos estudar, no Capítulo 5, os Marketplaces suas origens e conceitos e as ferramentas de comparação de preços. Procuraremos entender a utilização das ferramentas de comparação de preço identificando o melhor método de aplicação dessas ferramentas, quais os canais ideais de marketplaces para cada tipo de negócio, além de compararmos Marketplaces X Lojas Virtuais. Veremos ainda as operações no Marketplaces, suas vantagens e desvantagens. No Capítulo 6 lhe serão apresentados os meios para o relacionamento do cliente do comércio eletrônico, as estratégias de fidelização destes consumidores, quais são e qual a importância dos canais de comunicação customizados conforme os diferentes perfis de consumidores, bem como as demais diferentes formas de relacionamento com cliente até o pós-venda. Terminaremos nossa jornada no capítulo 7, refletindo sobre as tendências do comércio eletrônico, buscando compreender a utilização de novas tecnologias no comércio digital, identificando as tendências e o comportamento de um novo consumidor, antecipando as novas tecnologias possíveis de serem utilizadas no e-commerce e reconhecendo as novas gerações de consumidores e os canais de comunicação a serem utilizados. E aí, vamos lá? Mãos à obra! Bom estudo! CAPÍTULO 1 Introdução ao Comércio Eletrônico A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: � Compreender as origens e os principais conceitos do comércio eletrônico. � Entender o surgimento do comércio eletrônico e a importância dele. � Identificar os benefícios e as limitações do comércio eletrônico. 10 COMÉRCIO ELETRÔNICO 11 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Contextualização A revolução tecnológica nos trouxe mudanças profundas em nossos hábitos e costumes. Com o acesso fácil e rápido a todo tipo de informação, mudamos nossa forma de pensar e de fazer as coisas. A percepção do “tempo” não é mais medida por horas, minutos ou segundos, mas por “cliques” e pela velocidade da internet. É importante conhecer a origem da evolução e os fatores que envolveram o desenvolvimento de novas tecnologias para que possamos nos situar melhor de forma pessoal e profissional em um mundo altamente conectado e de mudanças extremamente rápidas, bem como para que continuemos a desenvolver e aprimorar práticas já existentes. O comércio eletrônico trouxe mudanças principalmente na forma como conduzíamos nossos negócios. Entender os impactos ocasionados por essa modalidade de comércio é estar preparado para as inúmeras e velozes quebras de conceitos no mundo, na sociedade (negócios e empresas) e principalmente nas pessoas. Compreender e se adaptar às profundas alterações no pensar e no agir significará, muitas vezes, a diferença entre sobreviver e se adaptar ou ser enterrado no passado. Este é um capítulo introdutório que irá prepará-lo para os aspectos mais técnicos do Comércio Eletrônico, que serão abordados nos demais capítulos. Histórico do Comércio Eletrônico Antes de se abordar sobre a história do comércio eletrônico, é necessário conhecer a história da internet. A internet surge em plena Guerra Fria com o objetivo de interligar as bases militares dos Estados Unidos e assegurar as comunicações norte-americanas, sem depender unicamente dos meios de telecomunicações convencionais. Ainda, surge com objetivos bélicos. A ARPANET foi a primeira versão da internet. Seu funcionamento era através de um sistema conhecido comochaveamento de pacotes, um sistema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos pacotes. Em 29 de outubro de 1969 ocorreu a transmissão do que pode ser considerado como o primeiro e-mail da história. A Guerra Fria chegou ao fim, mas deu início ao maior fenômeno midiático do século 20, o único meio de comunicação que em apenas quatro anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas. 12 COMÉRCIO ELETRÔNICO Nas décadas de 1970 e 1980, o mundo entraria em uma era de relativa tranquilidade. Sem a ameaça de um ataque imediato, o governo norte-americano permitiu que pesquisadores que já trabalhavam com estudos na área de defesa continuassem em suas respectivas universidades utilizando e desenvolvendo a ARPANET. Assim, a internet ganha uma nova função e passa a servir como um importante meio de comunicação para acadêmicos e professores universitários através da troca de ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial que ainda estava em seus primórdios. Nas décadas de 1970 e 1980, a internet ganha uma nova função e passa a servir como um importante meio de comunicação para acadêmicos e professores universitários através da troca de ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial que ainda estava em seus primórdios. Figura 1 - Primeira interface do processador de mensagens da ARPANET em 1969 Foi através da National Science Foundation que a internet avançou. O governo americano investiu na criação dos backbones, computadores muito potentes conectados por linhas que têm a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Surge então a estrutura física da internet. A internet passou a se popularizar somente em 1990, quando o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, o famoso padrão “www”, que possibilitou a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. Foi em 1988 que surgiram, de forma tímida, os primeiros protótipos da rede no Brasil, interligando universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. No mesmo ano, o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), uma instituição autônoma que tinha como um dos seus objetivos levar informação à sociedade civil, incluindo o acesso à rede de computadores, começou a testar o Alternex, um serviço de troca de mensagens e conferências eletrônicas inovador no país. Foi o primeiro serviço brasileiro de internet não acadêmica e não governamental. Seria aberto ao público em 1992. Fonte: Disponível em <https://www.oficinadanet.com.br/post/13707- como-surgiu-a-internet>. Acesso em: 4 nov. 2018. 13 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia lança um projeto pioneiro, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com o objetivo de capacitar recursos humanos de alta tecnologia e difundir a tecnologia da internet através da implantação do primeiro backbone nacional para uso exclusivamente acadêmico. Em 1995, o governo resolveu abrir o backbone e fornecer conectividade aos provedores de acessos comerciais. Backbone significa “espinha dorsal”, e é o termo utilizado para identificar a rede principal pela qual os dados de todos os clientes da internet passam. Determinada rede também é a responsável por enviar e receber dados entre as cidades brasileiras ou para países de fora. Internet é um conjunto de redes mundiais e o nome tem origem inglesa. Inter vem de internacional e net significa rede, logo, rede de computadores mundial. Os primeiros portais privados surgem no Brasil em 1996, chamados de ZAZ e UOL. Ainda com conexão discada, em 2000 surgem as primeiras provedoras de acesso gratuito, como o iG. Mantinham-se com o patrocínio de lojas e produtos por meio de propagandas e banners colocados sobre o navegador. Contudo, tal modelo não promoveu a sustentabilidade pretendida e as provedoras começaram a fechar. Neste momento, surgem as primeiras provedoras de acesso por tecnologias de banda larga como o ADSL, com uma considerável qualidade de conexão e possibilitando a transmissão de vídeo pela primeira vez. Internet é um conjunto de redes mundiais e o nome tem origem inglesa. Inter vem de internacional e net significa rede, logo, rede de computadores mundial. Quando ocorreu o seu primeiro acesso à internet? Como foi esta experiência para você? Quais os sites que você visitava? Em 2004, outro grande fenômeno tem início no Brasil: as redes sociais. Mais notavelmente com o Orkut e posteriormente com o Facebook, a Internet começa a se popularizar como uma mídia de massa. Mas é a partir do ano de 2007, com a conexão 3G e com o surgimento dos primeiros smartphones, que a internet passa a estar disponível também em dispositivos móveis. Origem do Comércio Eletrônico Tratando-se do comércio eletrônico, Turban e King (2004) consideram sua primeira aplicação na década de 70 com a transferência eletrônica de fundos, na qual se podia transferir dinheiro eletronicamente, mas determinada transação 14 COMÉRCIO ELETRÔNICO Figura 2 – Evolução da quantidade de pessoas conectadas à internet ao longo dos anos Fonte: The Statistics Portal (2017). era restrita a grandes corporações. Em seguida, temos a troca eletrônica de dados possibilitando o envio de documentos como faturas, ordem de compra e pagamentos. Entretanto, o grande desenvolvimento se daria através da empresa Netscape com a criação do protocolo HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure), que possibilitaria o envio de dados criptografados para transações comerciais pela internet e promoveria um crescimento vertiginoso das compras on-line. Os Estados Unidos foram pioneiros no comércio eletrônico, com a primeira empresa virtual em 1995: a Amazon. Foi o início para que outras empresas percebessem o crescimento vertiginoso das vendas on-line e a sua lucratividade. Empresas dos mais variados segmentos passam a atuar no comércio eletrônico, contribuindo com a criação de um novo conceito no ramo varejista, totalmente desafiador e inovador para a época. Em quatro anos de funcionamento, a empresa partiu do zero para US$ 1,7 bilhão de faturamento, montante nunca antes atingido no varejo mundial. No Brasil, no ano 2000, o comércio eletrônico surgiu revolucionando o comércio varejista dentro de um conceito inovador. As empresas pioneiras no Brasil foram as Lojas Americanas, Submarino e o grupo Pão-de-Açúcar, que acompanharam o crescimento da ferramenta internet. Desde então, a internet não para de crescer e a sua utilidade acompanha o mesmo ritmo. Com sua popularização, cresce também o número de pessoas conectadas. Segundo dados do site The Statistics Portal (2017), existem quase 3,6 bilhões de internautas. 15 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Dez anos depois, o número chegaria a 3 bilhões e 600 mil internautas, ou seja, quase 50% da população mundial. No Brasil, o número de pessoas que possuem acesso à internet é de 120 milhões em 2017, ocupando assim o 4º lugar no ranking mundial. Fonte: Internet World Stats. Disponível em: <http://www. internetworldstats.com/stats.htm>. Acesso em: 2 jan. 2018. Os avanços tecnológicos desempenharam um papel fundamental para o desenvolvimento do comércio eletrônico. Dentro do avanço, o crescimento da ferramenta internet nos últimos anos foi primordial para a expansão do comércio eletrônico em todo o mundo. Além do aquecimento da economia, um dos fatores que contribuíram para o aparecimento do comércio eletrônico foi o crescimento constante do número de usuários da internet, além do aprimoramento de seus produtos e serviços que as organizações viram de forma promissora para a interação com seus clientes de modo virtual. Um fato muito importante observado pelas organizações é quecom a automatização dos negócios, os custos diminuem, reduzindo processos, tarefas e pessoal necessários para a entrega e venda de produtos. Com a margem de lucro aumentada, as empresas buscaram o aprimoramento desse modelo de negócio. Conceitos Após conhecer a história da internet e sua importância para o comércio eletrônico, deve-se buscar agora o entendimento do termo. Com a revolução digital, conforme a tecnologia avança, os meios de se comunicar e de fazer negócio mudam no mesmo ritmo. O Comércio Eletrônico é a atividade que mais cresce no mundo e as transações na esfera comercial são realizadas utilizando meios tecnológicos. Segundo Teixeira (2015, p.19): O comércio eletrônico ou e-commerce representa parte do presente e do futuro do comércio. Existem várias oportunidades de negócios espalhadas pela internet, além de muitas que são criadas a todo momento. É bem provável que uma pesquisa de preços na internet traga não só o menor preço, como também melhores opções de bens. E, apesar do gargalo representado pelo analfabetismo digital de uma grande parcela da população, o e-commerce já desponta junto a uma geração que nasceu com o computador no colo ou nas mãos. O crescimento do número de internautas na última década é espantoso. 16 COMÉRCIO ELETRÔNICO Tanto as empresas como consumidores buscam flexibilidade para mudar seus parceiros, plataformas, carreiras e redes. A busca da eficiência das comunicações entre os participantes é constante no comércio eletrônico para expandir a participação em um mercado cada vez mais disputado. Assim, comércio eletrônico pode ser entendido como um processo de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por redes de computadores ou pela internet. Salvador (2013) define o comércio eletrônico como transações comerciais feitas no ambiente virtual com ajuda de meios eletrônicos, podendo negociar determinado item de casa ou do escritório, utilizando celular, computador ou outros dispositivos. A comodidade e a facilidade de acesso são alguns diferenciais desse tipo de comércio, atraindo cada vez mais consumidores. Cameron apud Albertin (2010) define comércio eletrônico como qualquer negócio transacionado eletronicamente, no qual as transações ocorrem entre dois parceiros de negócio ou entre um negócio e seus clientes. Para Lorenzetti (2004, p. 219), o comércio eletrônico representa “toda atividade que tenha por objetivo a troca de bens físicos ou digitais por meios eletrônicos. Pode-se acrescentar que existe uma relação entre as partes”. O comércio eletrônico, para Macarez e Leslé (2002), é o conjunto de transações comerciais efetuadas por uma empresa com o objetivo de atender a seus clientes, de forma direta ou indireta, utilizando para tanto as facilidades de comunicação e de transferência de dados mediados pela internet. Segundo Turban e King (2004, p.3), o comércio eletrônico também pode ser definido conforme sua perspectiva: Perspectiva da comunicação: é a distribuição de produtos, serviços, informações ou pagamentos por meio de linhas telefônicas, redes de computadores ou outros meios eletrônicos. Perspectiva de processo comercial: é a aplicação de tecnologia para a automação de transações de negócios e do fluxo do trabalho. Perspectiva de serviços: é uma ferramenta que satisfaz a necessidade de empresas, consumidores e administradores para 17 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 diminuir custos de serviços enquanto eleva o nível de qualidade das mercadorias e agilidade de atendimento. Perspectiva on-line: fornece a capacidade de compra e venda de produtos e informações pela internet e por outros serviços on-line. Em termos gerais, o comércio eletrônico ocorre com uma empresa que cria um site onde oferece seus produtos (ou serviços) em uma vitrine virtual como ocorre em uma loja física. A empresa deve fornecer de forma detalhada imagens, descrições técnicas, preços e formas de pagamento para que o cliente conheça o que pretende comprar. No comércio eletrônico também ocorre a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio em ambiente eletrônico com uma aplicação intensa de tecnologias de comunicação e de informação. Determinada forma de comércio busca integrar toda a cadeia logística, desde a indústria, passando pelos atacadistas e distribuidores, e chegando ao consumidor final. Para Turban e King (2004, p.7), [...] desde 1995 os usuários da internet vêm acompanhando o desenvolvimento de diversas aplicações, desde comerciais interativos até experiências com realidade virtual. Quase todas as empresas de médio e grande porte, em todo o mundo, já possuem um site, e a maioria das corporações norte- americanas tem grandes portais em que os funcionários, os parceiros comerciais e o público podem acessar informações corporativas. Essa nova possibilidade ampliou a participação de empresas financeiras, de manufatura, de revenda e prestadoras de serviços. Segundo Kotler (2000), o comércio eletrônico é uma forma de negócio que as empresas estão buscando para realizar compras e dispor produtos. O autor ressalta ainda que muitas empresas estão lucrando e se beneficiando da “vitrine virtual”, rompendo com a burocracia, agilizando processos e o tempo despendido na decisão. Algumas das principais vantagens citadas pelo autor se referem à facilidade do relacionamento, à construção de novos projetos de algum produto e à visão de oportunidades de forma mais direta. O comércio eletrônico (e-commerce) não tem hora para acontecer. As lojas não fecham as portas, a compra ocorre em tempo real e a facilidade de pesquisar o melhor produto e preço são outras das vantagens ofertadas por essa modalidade de comércio. Pela automatização das transações comerciais, as empresas podem reduzir seus procedimentos manuais e acelerar pedidos, entregas e pagamentos de produtos e serviços. 18 COMÉRCIO ELETRÔNICO Assim, podemos dizer que o comércio eletrônico tem como principais atribuições a comunicação com o mercado, a melhoria de processos de negócios, o gerenciamento de serviços e o aprimoramento de transações. a) E-business versus E-commerce Para alguns, o termo comércio é entendido como transações efetuadas entre parceiros de negócios. Assim, analisando a expressão “comércio eletrônico”, a sua função se torna um tanto restrita. Assim, muitos preferem o termo e-business, que é uma definição mais ampla de comércio eletrônico que não inclui simplesmente a compra e venda de produtos, mas também a prestação de serviços a clientes, a cooperação com parceiros comerciais e a realização de negócios eletrônicos dentro de uma organização. Já o comércio eletrônico (e-commerce) é a atividade que segue a estratégia estabelecida pelo e-business fazendo a conexão eletrônica entre empresa e cliente para a venda de produtos ou serviços, sendo assim, parte integrante do e-business. No comércio eletrônico, a troca de informações é automática considerando a comunicação, a segurança e o gerenciamento. Atividades de Estudos: 1) O que é comércio eletrônico? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Como podemos entender e-business? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 19 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Estrutura do Comércio Eletrônico Para as organizações trabalharem com o comércio eletrônico (e-business), é importante replanejarem a infraestrutura e as áreas de suporte para o funcionamento do comércio eletrônico. SegundoTurban e King (2004, p. 4), as cinco áreas são: • Pessoas: vendedores, compradores, funcionários e outros envolvidos. • Políticas públicas: são as questões legais e de segurança determinadas pelo governo. • Protocolos e padrões técnicos: são necessários alguns protocolos para as empresas negociarem e movimentarem dinheiro de forma segura on-line. • Parceiros de negócios: parcerias de diversas formas são realizadas no e-commerce entre empresas, clientes e fornecedores. Muitas vezes, dentro da própria cadeia de suprimento. • Serviços de apoio: O marketing dá apoio com a pesquisa de mercado, promoção e precificação. Outros setores dão apoio, como a logística, o financeiro e a TI. Todos os envolvidos nessa estrutura necessitam de um bom desempenho gerencial. Segundo Turban e King (2004, p.5), “isso significa que as empresas devem planejar, organizar, motivar, desenvolver estratégias e refazer processos de acordo com as necessidades”. Ainda citam cinco infraestruturas que dão suporte à gestão do comércio eletrônico: • Estrutura de serviços comuns: segurança, autenticação, pagamentos eletrônicos, diretórios, catálogos. • Infraestrutura de mensagens e distribuição de informações: EDI, e-mail, protocolos. • Conteúdo multimídia e infraestrutura de publicação em rede: HTML, JAVA, XML, VRML. • Infraestrutura de redes: Telecom, TV a cabo, internet, acesso a telefones celulares. • Infraestrutura de interface: database, aplicações para parceiros de negócios. 20 COMÉRCIO ELETRÔNICO Para Turban e King (2004), existem muitas aplicações para o comércio eletrônico e para executar tais aplicações as empresas necessitam de informações, infraestrutura e serviços de apoio adequados. Benefícios do Comércio Eletrônico É fato que as tecnologias aumentaram as relações entre as instituições e estreitaram a relação com seus clientes. O aumento de parcerias permitiu uma maior compreensão do mercado e o compartilhamento de dados com concorrentes. No comércio eletrônico, as empresas recebem rapidamente as respostas do mercado, alterando as estratégias de venda de forma mais flexível para cada perfil de cliente, além de eliminarem intermediários e diminuírem custos de comercialização. Conforme Turban e King (2004, p. 13), “graças ao comércio eletrônico as empresas não precisam mais arcar com os custos de criação, processamento, distribuição, armazenamento e recuperação de informações registradas em papel”. Com o comércio eletrônico, o consumidor tem uma maior facilidade para fazer uma pesquisa de mercado e comparar preços de diversos estabelecimentos, buscando a melhor relação custo/benefício para a sua tomada de decisão. Assim, as empresas personalizam o atendimento dos consumidores para atender às suas necessidades. As empresas investiram na inovação de seus produtos e serviços para se manterem em um mercado com consumidores cada vez mais exigentes. Smith, Speaker e Thompson (2000, p. 363) sugerem que a “negociação digital aumenta o potencial de inovação dentro da empresa com redução de custos de produtos e de funcionários necessários dentro da organização”. Surge a possibilidade de trabalho com novos processos, em sua maioria, facilitados pela grande quantidade de informações pesquisadas com um número reduzido de pessoas de forma ágil e prática. Segundo Turban e King (2004, p.12), “o comércio eletrônico expande o mercado. Com o dispêndio mínimo de capital, uma empresa pode fácil e rapidamente obter mais clientes, os melhores fornecedores e os melhores parceiros em âmbito nacional e internacional”. Ainda, a redução de custos é outro benefício do comércio eletrônico. Ocorre em toda a cadeia de processos, no ciclo das operações e no custo administrativo. 21 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Um banco gasta $ 1,08 dólares para efetuar uma simples transação na agência. Pela Web, a mesma transação custa em torno de $ 0,02 a $ 0,10 dólares. O custo para processar o pedido de um eletrodoméstico, no varejo tradicional, é de 12 a 20 dólares. Na venda pela internet o custo é de 2 dólares. Fonte: Turban e King (2004, p. 12). Segundo Smith, Speaker e Thompson (2000, p.38), “o comércio eletrônico proporciona novas formas de entregar sua mensagem e marcar sua imagem, comunicações mundiais sem tarifas de ligações de longa distância e o grande potencial de capacidade de interagir com usuários em suas próprias casas com custo de transação próximo a zero”. Devido à velocidade com que as negociações comerciais ocorrem no comércio eletrônico, houve um importante aumento da competitividade entre organizações. Para Turban e King (2004), muitos benefícios potenciais resultam para as organizações, os indivíduos e a sociedade devido à natureza global da tecnologia, o baixo custo, as inúmeras oportunidades para alcançarem centenas de milhares de pessoas, a natureza interativa, a variedade de possibilidades reforçada pelo rápido crescimento das infraestruturas de suporte (especialmente a web). Para a sociedade, podem ser elencados os seguintes benefícios, conforme Turban e King (2004): • Maior igualdade de acesso à informação e ao conhecimento. • Ajuda na diminuição das diferenças entre países e culturas. • Facilidade na negociação de produtos e serviços por pequenas empresas ou por empresas isoladas geograficamente. • Democratização do acesso a serviços públicos. 22 COMÉRCIO ELETRÔNICO Limitações do Comércio Eletrônico Segundo Porter (1999, p. 35), “o comércio eletrônico gera a competição e quando isso ocorre se tem a vantagem de se comercializar em qualquer lugar do mundo, tornando a competição que era local em mundial”. Dentro do ambiente competitivo, com a concorrência agora mundial e não mais local, os riscos também aumentam e a análise da organização deve ser cada vez mais estratégica. A internet potencializou não apenas a globalização de mercados, mas também da comunicação. No comércio eletrônico a concorrência é maior, o cliente tem maior poder de barganha, as informações de mercados e concorrências estão mais acessíveis, obrigando empresas a investirem constantemente em qualidade e novos produtos, porém nem sempre elas investem em determinados recursos. Ainda, outra questão é o surgimento de conflitos entre distribuidor e revendedor pelo estreitamento dos laços entre empresa e cliente final. Desde sua criação até os dias atuais, a segurança dentro do comércio eletrônico ainda é um obstáculo para clientes e comerciantes. Incontáveis certificados foram criados buscando aumentar a confiança e credibilidade das transações efetivadas. Insumos de segurança tentam garantir que as informações enviadas se mantenham inalteradas e que não sejam utilizadas para outros fins além dos negociados. Devemos considerar hábitos e costumes de alguns consumidores que, segundo Turban e King (2004, p.12), “gostam de tocar nos produtos e senti-los. Resistem a trocar as lojas reais pelas virtuais”. Por melhor que sejam as fotos e a descrição do produto, alguns consumidores simplesmente preferem ter a segurança física da troca e a confirmação da qualidade do produto comprado. Por falta de conhecimento, muitas organizações não investem capital em negócios eletrônicos com medo de inviabilizar futuros projetos, pois os resultados do investimento nem sempre estão claros para as empresas. As questões legais ainda devem ser trabalhadas, pois segundo Albertin (2010), não há uma estrutura legal que atinja nível mundial, ou seja, dependendo do local em que esteja se praticando o comércio eletrônico, alguns princípios práticos que valem para alguns consumidores não valem para outros. Os direitos de autoria não são respeitados e se tornaram um problema devido à facilidade de cópias na internet, gerando prejuízos para empresas e trabalhadores que deixam de arrecadar receita. Apesar das desvantagens, é cada vez maior o número de empresas trabalhando com o comércio eletrônico,optando por tornar sua marca e produtos conhecidos no mercado. 23 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Qual a falta que a internet faria em sua vida? Qual a importância que a internet tem nos dias de hoje? Você consegue perceber o impacto que seria para o sistema financeiro, ligações sociais, nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais no acesso às informações e notícias do mundo? Se você quiser conhecer mais sobre a origem da internet e como ela funciona, leia: “Para entender a internet”, que poderá ser acessado gratuitamente pelo site: <http://paraentender.com/baixe>. E-COMMERCE: UM MERCADO QUENTE EM EVOLUÇÃO CONSTANTE Por Eduardo Silva Ruano No ecossistema da tecnologia de negócios, diversas transformações ocorrem o tempo todo e, certamente, o e-commerce assume papel protagonista nesse ambiente digital repleto de mudanças. Em meio a esse habitat tecnológico e mutável, o comércio eletrônico responde por um mercado que evolui de maneira constante e desenfreada. As tecnologias, sempre mais sofisticadas, vêm afetando brusca e vertiginosamente a experiência de como os consumidores compram na internet. No comércio eletrônico, a tolerância e a confiança dos usuários frente à tecnologia são menores a cada dia que passa. Como um fenômeno responsável pelas mais bruscas transformações sociais, a internet provoca um impacto inegável e avassalador no comportamento e nos hábitos das pessoas que se veem em meio a um turbilhão de ofertas disponíveis na web que as deixam mais confusas, exigentes e seletivas na hora de comprar. Por conta disso, suas dinâmicas de consumo no mundo digital acabam sendo alteradas completamente. 24 COMÉRCIO ELETRÔNICO Frente a esse contexto de expansão frenética do mundo digital, a maioria das organizações vêm atuando no mercado e-commerce de forma bem mais cautelosa do que antes, pois essas empresas sabem muito bem que seus produtos e serviços se tornam subitamente obsoletos e facilmente substituíveis no mundo digital, uma vez que a competitividade extremamente agressiva e irredutível nesse setor afeta bruscamente a qualidade e o valor percebido pelos consumidores em relação às ofertas disponíveis no mercado on-line. Mapa global do E-commerce A média de gastos e investimentos em e-commerce cresceu 127% nos últimos 10 anos (de acordo com a FGV/EAESP). Atualmente, 96% das empresas utilizam a web na execução de suas atividades. Em um espectro global, o número de usuários de e-commerce no mundo todo chega na casa de 1,3 bilhão de consumidores, e o continente asiático concentra 46% desses indivíduos. O país com o maior número de e-consumidores é a China (com 22,2% deles), com os EUA figurando em 2º lugar (com 10,2% do público que consome on-line). A predominância asiática no mercado de e-commerce se faz presente em todos os cantos do planeta. Para se ter uma noção, só a China recebe 6 de cada 10 dólares investidos em e-commerce e, em 2017, o país ultrapassará os EUA e assumirá a liderança desse mercado em termos de participação (com 20,1%). Até o fim do ano, a região asiática será responsável por 3/4 dos gastos e investimentos em e-commerce. No mobile commerce, por exemplo, tablets e smartphones Android são responsáveis por 66% do total de vendas em e-commerce no mundo todo, onde os continentes Ásia, Europa e América do Norte, juntos, correspondem a 90% de todos os cliques móveis no mundo digital. Em 2003, menos de 1% dos celulares eram “inteligentes”. Hoje, 21% de todas as compras on-line são feitas usando a tecnologia móvel (de acordo com a Multichannel Merchant). Fonte: Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/eblog/2014/07/15/e- commerce-um-mercado-quente-em-evolucao-constante/>. Acesso em: 2 jan. 2018. 25 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Atividades de Estudos: 1) O que é comércio eletrônico? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Como podemos entender e-business? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Algumas Considerações A internet surgiu em plena Guerra Fria com objetivos bélicos, além de interligar as bases militares dos Estados Unidos para assegurar as comunicações norte-americanas sem dependerem unicamente dos meios de telecomunicações convencionais. A ARPANET foi a primeira versão da internet. Nas décadas de 1970 e 1980, em seus primórdios, a internet ganhou uma nova função e passou a servir como um importante meio de comunicação para acadêmicos e professores universitários através da troca de ideias, mensagens e descobertas. A Web é um conjunto de redes mundial e o nome tem origem inglesa. Inter vem de internacional e net significa rede, logo, rede de computadores mundial. A internet se popularizou somente em 1990, quando o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, o famoso padrão “www”, que possibilitou a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. O grande desenvolvimento da internet se deu com a empresa Netscape pela criação do protocolo HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure), e possibilitou o envio de dados criptografados para transações comerciais pela rede e promoveu um 26 COMÉRCIO ELETRÔNICO crescimento vertiginoso das compras on-line. O crescimento da internet nos últimos anos foi primordial para a expansão do comércio eletrônico em todo o mundo. O comércio eletrônico é um processo de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por redes de computadores ou pela internet e tem como principais atribuições a comunicação com o mercado, a melhoria de processos de negócios, o gerenciamento de serviços e o aprimoramento de transações. O termo e-business é uma definição mais ampla de comércio eletrônico, pois não inclui simplesmente a compra e venda de produtos, mas também a prestação de serviços a clientes, a cooperação com parceiros comerciais e a realização de negócios eletrônicos dentro de uma organização. Já o comércio eletrônico (e-commerce) é uma atividade que segue a estratégia estabelecida pelo e-business fazendo a conexão eletrônica entre empresa e cliente para a venda de produtos ou serviços. No mundo digital, as empresas devem planejar, organizar, motivar, desenvolver estratégias e refazer processos de acordo com as necessidades. Há muitas aplicações para o comércio eletrônico e para executar tais aplicações as empresas necessitam de informações, infraestrutura e serviços de apoio adequados. No comércio eletrônico, as empresas recebem rapidamente as respostas do mercado, alterando as estratégias de venda de forma mais flexível para cada perfil de cliente, além de eliminarem intermediários e diminuírem custos de comercialização. A negociação digital aumenta o potencial de inovação dentro da empresa com redução de custos de produtos e de funcionários necessários dentro da organização. Devido à velocidade com que as negociações comerciais ocorreram no comércio eletrônico, houve um importante aumento da competitividade entre organizações. Com a concorrência (agora mundial e não mais local), os riscos também aumentaram e a análise da organização precisa ser cada vez mais estratégica. No comércio eletrônico a concorrência é maior, o cliente tem maior poder de barganha, as informações de mercados e concorrências estão mais acessíveis, obrigando empresas a investirem constantemente em qualidade e novos produtos. Desde sua criação até os dias atuais, a segurança dentro do comércio eletrônicoainda é um obstáculo para clientes e comerciantes. É cada vez maior o número de empresas trabalhando com o comércio eletrônico, optando por tornar sua marca e produtos conhecidos no mercado. 27 Introdução ao Comércio Eletrônico Capítulo 1 Referências 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. AVORIO, Andre; SPYER, Juliano. Para entender a internet. 2009. Disponível em: <http://paraentender.com/sites/paraentender.com/static/pdf/livro.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2017. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. LORENZETTI, Ricardo Luis. Comércio eletrônico. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004. MACAREZ, Nicolas; LESLE, François. Comércio eletrônico. Editorial Inquérito, 2002. PORTER, Michael E. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999. SALVADOR, Mauricio. Gerente de e-commerce. São Paulo: Ecommerce School, 2013. SMITH, Rob; SPEAKER, Mark; TOHMPSON, Mark. O mais completo guia sobre e-commerce. São Paulo: Futura, 2000. TEIXEIRA, Tarcisio. Comércio eletrônico: conforme o marco civil da internet e a regulamentação do e-commerce no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2015. TESTA, M. G.; LUCIANO, E. M.; FREITAS, H. Comércio eletrônico: tendências e necessidades de pesquisa. Rio de Janeiro: Revista ANGRAD, v. 7, n. 1, jan-mar 2006, p. 23-42. THE STATISTICS PORTAL. Number of internet users worldwide from 2005 to 2017 (in millions). Disponível em: <https://www.statista.com/statistics/273018/ number-of-internet-users-worldwide/>. Acesso em 27 fev. 2018. TURBAN, E.; KING, D. Comércio eletrônico: estratégia e gestão. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 28 COMÉRCIO ELETRÔNICO CAPÍTULO 2 O Comércio Eletrônico A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: � Conhecer os principais modelos de comércio eletrônico e suas características operacionais. � Compreender como o comércio eletrônico pode se adaptar a outros modelos. � Identificar o melhor modelo de comércio eletrônico para um determinado negócio. � Aplicar adequadamente de forma estratégica os modelos de comércio eletrônico. 30 COMÉRCIO ELETRÔNICO 31 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 Contextualização Como vimos no Capítulo 1, a evolução e a difusão da internet permitiram ao comércio eletrônico conquistar velozmente espaço no ambiente empresarial. Assim, com mudanças intensas na organização das empresas e na relação delas com seus clientes, parceiros e fornecedores, surgiu uma nova era no mundo dos negócios. Por trás da aparentemente simples mudança na forma de comprar, há profundas modificações na economia, na organização da indústria, na legislação, empregos, formas de consumo, de relacionamento e de criação de valor. A mudança é tão grande e tão profunda que se pode afirmar, sem sombra de dúvida, que o mundo está em meio a uma revolução na forma de fazer comércio. Portanto, as empresas que quiserem sobreviver devem repensar toda a estruturação de seus negócios, pois o comércio eletrônico não significa apenas mais uma forma de vender e comprar, mas sim a diferença entre permanecer no mercado ou se estagnar, e em consequência, falir futuramente. Assim, o cenário econômico mundial foi impactado por meio do crescimento do comércio eletrônico. O desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento de usuários conectados tiveram papel preponderante para viabilizar a nova ferramenta de comercializar. Ressalta-se ainda que o comércio eletrônico não é mais uma mera opção, mas um fator imperativo para o sucesso e até para a sobrevivência das empresas, conforme vários autores norte-americanos já afirmavam ainda nos anos 1990. Pense em alguma empresa próxima a você, em sua cidade. Provavelmente a empresa já faça comercializações com os tipos mais diferentes de públicos, como fornecer ou receber materiais de outras empresas, vender diretamente para o consumidor final, trabalhar para o governo ou realizar parcerias comerciais com empresas para vender os seus produtos ou serviços. Assim, todo este cenário e estes públicos que lhe são conhecidos e com os quais você já estabelece relações comerciais, também podem ser pensados em um formato aplicado à realidade do comércio eletrônico, ou seja, podemos trabalhar com todos os tipos de públicos que esta empresa negocia a partir da utilização do e-commerce. Veja que após a internet ter se tornado comercial, muitas negociações passaram a ser fechadas exclusivamente em meio virtual, e têm gerado uma gama de serviços diversos implementados na grande rede. A partir de determinada evolução, surgiu um conjunto de siglas para expressar os diversos serviços. Neste Capítulo 2, iremos apresentar as principais formas de comercialização eletrônica que um negócio pode gerar através do e-commerce para os tipos mais diferentes de públicos e de interesse que uma transação negócio possa ter. 32 COMÉRCIO ELETRÔNICO Tipos de Comércio Eletrônico (E-Commerce) Nos últimos anos, com o advento de novas tecnologias, surgiram várias formas de trabalhar com a modalidade de comércio eletrônico e que serão contempladas neste Capítulo 2. Da mesma forma que no comércio convencional, o comércio eletrônico também possui vários tipos de negócios que podem ser realizados on-line entre diversos tipos de públicos: pessoas físicas, jurídicas ou o governo. Turban e King (2004) definem as áreas de atuação de comércio eletrônico mais conhecidas. a) Business-to-business (B2B – empresa para empresa) Este é o principal tipo de comércio eletrônico atualmente. Ocorre quando duas ou mais empresas fazem transações ou colaboram eletronicamente. Todas as operações são somente entre empresas, podendo ser de produtos ou serviços. Assim, as empresas utilizam o e-commerce para se relacionarem com os seus fornecedores, distribuidores, revendedores e parceiros. Por exemplo: um distribuidor pode comprar produtos de um fabricante ou importador, uma loja pode repor seu estoque deste distribuidor ou diretamente da indústria que fabrica o produto. Este tipo de comércio eletrônico ocorre também nas transações financeiras, na compra de serviços, tecnologias, equipamentos, componentes e no comércio atacadista. No business-to-business (B2B), as negociações são favorecidas, beneficiando o gerenciamento de fornecedores, estoque, distribuição, canal e pagamento. Entretanto, existem alguns fatores próprios de uma negociação, como o valor do frete e o prazo de entrega, que necessitarão de uma atenção muito maior. As empresas que trabalharem com determinada modalidade deverão levar em consideração a capacidade de estoque e investir no setor logístico a fim de que se torne mais rápido e eficiente, proporcionando uma taxa de entrega com valor mais competitivo. Há duas maneiras de business-to-business (B2B): • Quando o portal representa uma empresa que mantém relações diretas com outras empresas, comprando e vendendo produtos e serviços. Assim, temos uma vantagem competitiva, pois os intermediários são eliminados. • Quando se usa um portal que será o intermediário entre os pedidos dos clientes e os fornecedores, ou seja, uma compra indireta. O acesso das empresas às informações estratégicas está dentre as principais vantagens do uso do business-to-business (B2B). Veja aqui algumas das importantes informações para as empresas: 33 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 • Produtos (modelos, preços, especificações). • Clientes (histórico de vendas, previsões). • Transportes (operadores e custos). • Estoque (nível de estoque, localização). • Concorrentes (benchmarking, market share). • Processo e desempenho da cadeia de fornecimento (tempo de entrega, satisfação do cliente, descrição dos processos, medidas de performance). • Vendas e Marketing (pontos de vendas, promoções). Portanto, o que a maioria das empresas objetiva no business-to-business (B2B)é uma maior eficiência e, em consequência, maior aproximação com clientes e fornecedores, além de uma importante e estratégica redução de custos que a torna mais competitiva. Cabe salientar ainda que grande parte das empresas, em um primeiro momento, está preocupada em melhorar seus processos de compra ou venda de produtos, insumos e matéria-prima. Algumas empresas conseguem perceber que a aplicação da tecnologia para a integração dos processos do gerenciamento do B2B pode proporcionar ganhos significativos quando combinados aos processos já existentes. Um dos objetivos principais das empresas que optam em trabalhar em determinado modelo de negócio é a captação de novos clientes, gerando assim novas receitas. Estar mais próximo do cliente e oferecer a ele um canal que facilite a compra de seus produtos são estratégias comerciais. Ainda, o business-to-business se tornou um modelo de comércio eletrônico agressivo e muito lucrativo, que utiliza ferramentas de gestão específicas com a aplicação de estratégias de marketing. b) Business to business to consumer (B2B2C – empresa para empresa para consumidor) O B2B2C também pode ser descrito como B2B, pois uma empresa faz negócios com outra objetivando uma venda para o cliente final. Para Turban e King (2004, p. 6), ocorre quando “uma empresa oferece produtos ou serviços a uma empresa que seja sua cliente, a qual, por sua vez, mantém seus próprios clientes”. 34 COMÉRCIO ELETRÔNICO Atividade de Estudos: 1) E-Commerce B2B movimenta o dobro que B2C nos Estados Unidos. E só deve crescer. A partir disso, analise o gráfico a seguir e explique quais são os principais fatores para o crescimento do comércio eletrônico B2B nos últimos anos. Figura 1 – Projeção de Receita e-Commerce B2B Fonte: Disponível em: <https://goo.gl/7Bvxxv>. Acesso em: 20 fev. 2018. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ c) Business-to-consumers (B2C – negócios para consumidores) Esta modalidade é a mais comum. É a venda no varejo e ocorre quando uma loja faz a venda diretamente ao consumidor final. 35 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 Quando se fala em e-commerce, normalmente pensamos em lojas B2C. As transações comerciais ocorrem entre a pessoa jurídica para a pessoa física. Um exemplo é quando uma pessoa visita um site para comprar livros, games, uma geladeira ou uma passagem aérea. O B2C vem apresentando questões distintas sobre o varejo tradicional. Tais questões estão diretamente ligadas à tomada de decisão pela compra de um produto, como prazo de entrega, rastreamento, frete, pois afetam diretamente ao consumidor. No comércio eletrônico business-to-consumer, a troca de informação é a base de sustentação para estabelecer um relacionamento entre o cliente e a loja on-line. Neste tipo de comércio, o mais importante é capturar as informações do cliente, mesmo quando a venda não ocorre, pois tais informações servirão para a conversão de vendas futuras, planejamentos de marketing e desenvolvimento de estratégias comerciais. É o setor de Tecnologia de Informação o responsável por monitorar e aplicar determinadas informações. Outra característica do comércio eletrônico business-to-consumer é a sua enorme concorrência, que faz com que os consumidores sejam estimulados a comprar cada vez mais, tornando-os muito exigentes em relação a preços e à qualidade nos produtos. Assim como o B2B, as empresas de varejo on-line precisam investir principalmente na logística de distribuição, para evitar que o consumidor deixe de comprar devido a atrasos no recebimento. Reduzir o tempo de entrega é uma condição para o sucesso no B2C. Segundo Paolilello e Furtado (2004, p.22), entre os elementos necessários para uma operação virtual com êxito, podemos destacar “um site funcional e amigável, um sistema de pedidos integrado com a logística da venda (Fulfillment), um SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) por telefone, uma marca reconhecida e bem divulgada”. Os autores comentam que em 2002, apenas 14 dos 20 maiores sites de venda on- line eram lucrativos, devido ao fato de que sites menores não possuíam escala de venda para cobrir os custos fixos e, consequentemente, não eram lucrativos. Hoje, com os avanços tecnológicos e com as novas formas de comércio existentes, a realidade mudou muito. Atualmente, através das redes sociais, sites multimarcas ou plataformas de compra (ex.: Mercado Livre e OLX), qualquer pessoa pode vender ou comprar qualquer coisa. O varejo se popularizou. Quando o business-to-consumers (B2C) começou a ser praticado pelas empresas no início dos anos 2000, o foco estava em cortar custos e aumentar a lucratividade, pois a economia mundial estava recessiva. Muitas empresas investiram no novo comércio com medo de se tornarem obsoletas, mas pela falta de visão e sem entenderem sobre as verdadeiras vantagens que o B2C poderia proporcionar, tiveram seus projetos fracassados. 36 COMÉRCIO ELETRÔNICO Nos dias de hoje, muitas redes de varejo utilizam do e-commerce como um canal adicional para a venda de seus produtos. Oferecem mais uma opção para o cliente escolher entre visitar a loja física ou um pedido on-line, sem a necessidade de se deslocar para comprar. Embora o B2C possa ser mais fácil e mais dinâmico, ele também é ocasional e eventual. Assim, os profissionais de comunicação de marketing, juntamente com os profissionais da área de tecnologia, estão constantemente inovando no formato dos sites, cuidando especialmente das imagens dos produtos e do conteúdo informativo. É neste momento que o cliente fica mais predisposto a tomar uma decisão de compra, entendendo melhor as vantagens e atribuições de um produto. Você já efetuou compras pela internet? O que comprou? Quais as vantagens/desvantagens que você percebeu em relação à loja física? Caso você nunca tenha comprado, quais foram os motivos? d) Consumers-to-business (C2B – consumidores para empresas) O C2B ou consumer-to-business é a sigla usada para definir a venda de serviços de indivíduos pela internet. Para Turban e King (2004, p. 6), é a categoria de comércio eletrônico na qual os consumidores podem oferecer produtos e serviços para as empresas. Um exemplo desse tipo de negócio são os sites de emprego (ex.: Catho). As pessoas oferecem suas informações profissionais (currículos) para que empresas com necessidades de profissionais com perfil específico possam contratá-las. As pessoas pagam uma taxa pelo tempo em que suas informações ficam disponíveis para consulta. Outro exemplo que pode ser citado são os sites de compras coletivas de produtos e serviços (ex.: Groupon), ou os sites de leilões eletrônicos, onde a ideia é conhecer as opiniões dos consumidores e torná-las disponíveis para as empresas. De forma geral, determinado modelo de comércio eletrônico é composto por sites que disponibilizam informações provenientes de pessoas físicas destinadas às pessoas jurídicas. É o inverso do que é praticado no varejo tradicional. Geralmente são caracterizados como sendo modelos inovadores de negócios que fogem das formas tradicionais de compra ou venda de algo. 37 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 Determinado tipo de comércio eletrônico é muito frequente em projetos baseados em crowdsourcing. Conforme Boni, Candido e Santos (2008), crowdsourcing é um modelo de criação e produção que conta com contribuições e conhecimento coletivos para desenvolversoluções e criar produtos. Também pode ser traduzido como "recursos da multidão". Outra prática de C2B são os mercados que vendem fotografias, imagens, medias (ex.: iStock e o Shutterstock). Os fotógrafos disponibilizam fotos ou vídeos em um site para que as empresas comprem para usarem nos seus próprios materiais de divulgação. e) Consumer-to-consumer (C2C – consumidor para consumidor) No modelo de aplicação consumidor para consumidor, segundo Turban e King (2004, p. 6), “um indivíduo vende produtos ou serviços a outros indivíduos, sem que haja empresas diretamente envolvidas”. Um exemplo citado pelos autores é a venda de carros e móveis através de classificados on-line. Um bom exemplo são os sites Mercado Livre e Ebay, que intermedeiam transações diretamente entre um consumidor e outro. As pessoas não compram seus produtos do Mercado Livre, elas compram de outras pessoas (físicas ou jurídicas) que os anunciam lá. Geralmente funcionam como intermediários que disponibilizam a plataforma informatizada para realizar as transações. A plataforma realiza a divulgação dos produtos e faz a corretagem das transações de compra e venda cobrando uma taxa dos vendedores. O sucesso dos sites foi ter oportunizado aos consumidores comercializarem entre eles seus produtos e serviços. Os recursos oferecidos possibilitam que quase todos os modelos de e-commerce sejam praticados. f) Business to employee (B2E - empresa para funcionário) É quando uma empresa faz a venda para seus próprios funcionários e concede vantagens como preços diferenciados e desconto em folha. Este modelo é uma variação do B2C. Embora o B2E não gere grandes volumes de vendas, deve ser visto como uma ferramenta estratégica. Sendo o seu funcionário um consumidor de seu produto e estando mais próximo a ele, a empresa poderá captar informações destes consumidores e corrigir rotas necessárias na promoção de seu produto no mercado. Outra questão é a certeza de receber pelo produto e melhorar o relacionamento com o seu colaborador ou empresa parceira. 38 COMÉRCIO ELETRÔNICO g) Business to government (B2G – empresa para governo) Este tipo de comércio eletrônico ocorre quando uma empresa vende para o governo. Poderia ser conceituada como uma venda B2B, contudo há diversas regulamentações e regras que devem ser seguidas por imposições de lei. O B2G abrange a comercialização de diversos produtos e serviços para vários níveis governamentais, incluindo federal, estadual e local. Recentemente, os governos começaram a reorganizar a administração dos sistemas públicos de arrecadação, proporcionando um volume considerável de transações de B2G. As tecnologias de comércio eletrônico estão sendo utilizadas pelo governo, nesta modalidade, no processo de gestão pública e relacionamento com os demais agentes econômicos. Um exemplo do uso de determinadas tecnologias está nos pagamentos e restituições de impostos, facilitando e reduzindo custos. Assim, se obtém melhorias no acesso às informações dos contribuintes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, e se proporciona rapidez e eficiência na comunicação entre os envolvidos. Para manter de forma transparente a sociedade informada sobre o processo de gestão da máquina pública, o uso da tecnologia da informação e comunicação (TIC) possibilita a existência de um canal de massa de baixo custo. Segundo Paoliello e Furtado (2004), para as pessoas físicas ou jurídicas, a adoção das técnicas de comércio eletrônico pelos governos proporciona alternativas para que determinados agentes realizem as transações sem enfrentar filas, sem restrição de tempo e horário, podendo fazer consultas, realizar pagamentos, atualizar dados, prover esclarecimentos e obter informações. A utilização da internet nos serviços públicos possibilita uma constante adaptação às necessidades dos agentes, podendo criar novos serviços e funcionalidades sem muitos obstáculos. Para Paoliello e Furtado (2004, p. 7), “tratando-se particularmente dos benefícios para o governo, é possível disponibilizar informações que contribuam para o processo de fiscalização, arrecadação, pagamentos e até em redução no quadro do funcionalismo”. É também através do uso de mecanismos da internet que o cidadão busca informação sobre o que acontece nos governos, podendo dar sua opinião. Assim, a internet pode ser vista, conforme os mesmos autores, como “uma ferramenta para a democracia e para a participação popular na gestão pública” (PAOLIELLO; FURTADO, 2004, p. 7). Assim, fica evidente que a adoção das técnicas de comércio eletrônico pelos governos visa a melhorar a eficiência dos processos e na comunicação com a sociedade. 39 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 h) Government-to citizen ou E-government (G2C – governo para cidadãos) Para Turban e King (2004, p. 6), “uma entidade governamental adquire produtos, serviços ou informações de empresas ou cidadãos ou, ainda, oferece esses bens a tais empresas ou cidadãos”. Segundo Turban, Rainer e Potter (2007), o governo presta serviços a seus cidadãos por intermédio de tecnologias e comércio eletrônico. Os governos podem também negociar com outros governos (G2G) e com empresas (G2B). Exemplos de aplicações: • Educação – através da formação a distância na divulgação de informação etc. • Saúde – histórico e marcação de consultas, banco de dados e informações sobre doenças, pagamentos, serviços de saúde etc. • Segurança social – divulgação de informações, pagamentos, consultas, reclamações, entre outros. • Impostos – entrega das declarações, pagamentos, negociação de dívidas, emissão de atestados etc. Portanto, o uso das TICs (Tecnologias da informação e comunicação) torna acessíveis os serviços prestados aos cidadãos pelo Estado, fazendo-os muito melhores e mais eficientes. i) CE intranegócios (organizacional) Conforme Turban e King (2004, p. 6), “abrangem todas as atividades internas que envolvem trocas de produtos, serviços ou informações entre diferentes unidades e indivíduos de uma organização”. Geralmente ocorrem em intranets e portais corporativos. j) Business to business to consumer (B2B2C – empresa para empresa para consumidor) O B2B2C também pode ser descrito como B2B, pois uma empresa faz negócios com outra objetivando uma venda para o cliente final. Para Turban e King (2004, p.6), ocorre quando “uma empresa oferece produtos ou serviços a uma empresa que seja sua cliente, a qual, por sua vez, mantém seus próprios clientes”. k) Comércio colaborativo (C-commerce) Nesta modalidade de comércio eletrônico, indivíduos ou grupos se comunicam ou colaboram uns com os outros on-line. Turban e King (2004, p. 6) 40 COMÉRCIO ELETRÔNICO citam como exemplo que “parceiros de negócios que estejam em locais diferentes podem, juntos, desenvolver um produto por meio de telas compartilhadas ou criar previsão de demanda de mercado”. Além dos diversos tipos de comércio eletrônico citados anteriormente, há aqueles que usam como canais de comercialização dispositivos móveis e a televisão. l) Mobile commerce (M-commerce - comércio móvel) Turban Rainer e Potter (2007) denominam determinado tipo de negócio quando o comércio eletrônico ocorre em um ambiente de comunicação sem fio, utilizando telefones celulares para acesso à internet. Como exemplo, podemos citar a compra de ingressos de cinemas e teatros, jogos, músicas e outras formas de entretenimento. Segundo Turban e King (2004, p. 6), “por se destinar a indivíduos em locais e horários específicos, esse tipo de CE é chamado de comércio baseado na localização ou l-commerce”. MOBILE COMMERCE (M-COMMERCE) Segundo o relatório WebShoppers sobre o mercado de e-commerce — promovido pela Ebit — em 2016, 21,5% das compras virtuais no Brasil de smartphones ou tablets dá uma ideia do crescimento das transações de mobile commerce (m-commerce), que no ano anterior representaram 12% das transações on-line no país. Devido à popularizaçãodos dispositivos móveis, soluções de e-commerce para esses aparelhos se tornaram mais frequentes. Além de investirem no desenvolvimento de aplicativos próprios, as lojas virtuais passaram a dar mais atenção à adaptação de seus sites para os gadgets, principalmente em termos de design responsivo — um conjunto de técnicas que permite que as páginas web adéquem a disposição dos seus elementos de acordo com o tamanho da tela do usuário. Aliás, os aplicativos têm a vantagem de possibilitar o envio de notificações para os consumidores, alcançando-os diretamente em seus celulares com avisos de lançamentos, ofertas e promoções. Fonte: Disponível em: <https://meetime.com.br/blog/gestao- empresarial/o-que-e-b2b/>. 22 fev. 2018. 41 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 m) Social commerce (S-commerce) Com a popularidade das mídias e das redes sociais cada vez mais expressivas, as empresas têm buscado oportunidades para o comércio eletrônico. Assim, novos modelos de negócio de e-commerce estão surgindo em sites como o Facebook, Twitter e Youtube. O social commerce ou comércio social pode ser definido como um subconjunto do comércio eletrônico que envolve o uso de mídias sociais, ocorrendo nas plataformas das redes sociais para o auxílio das atividades e transações no comércio eletrônico. Os usuários das redes compartilham informações sobre produtos e empresas e são incentivados a recomendá-los em sua rede de contatos. Podem vender e compartilhar produtos através das mídias sociais, além de consultarem a opinião de outros consumidores auxiliando sua decisão de compra. Podemos citar como exemplo o Facebook, que hoje permite lista de produtos em páginas comerciais, além de redirecionar o usuário para um site específico ou um aplicativo. Sites de serviços como o da OLX e Minha Muamba estão presentes no Facebook, permitindo o comércio entre seus usuários. Grandes marcas de carros e eletrônicos permitem que usuários conheçam novos produtos e opinem sobre eles. Recursos semelhantes são encontrados em outras redes, como no Pinterest, tendo a opção de criar galerias com produtos e os seus respectivos preços. Já o Instagram também oferece a possibilidade de incluir um botão “Comprar agora”, contudo só é possível aplicá-lo em anúncios. Segundo Garrido (2012), o valor da recomendação da melhor opção de produto é facilitado e vai além dos canais de promoções e vendas. Outras formas que caracterizam o social commerce são as compras coletivas, comparadores de preços, clubes de descontos, entre outros, mas o mais importante é o entendimento das interações e indicações. Assim, para as empresas, estar visível nas mídias sociais, divulgando seus produtos e serviços, é a principal estratégia do social commerce. Mas, determinado modelo de comércio eletrônico não depende apenas de canais de mídias sociais, depende de um canal de vendas que realmente entenda o consumidor e sua forma de comprar. n) TV Commerce (T-commerce) É o comércio eletrônico que junta entretenimento e a comercialização de produtos. Segundo Carneiro (2012, p. 265), “o T-Commerce representa um comércio via televisão”. Da mesma maneira que a internet proporciona a venda de produtos e serviços diretamente pela rede, o T-Commerce pode permitir 42 COMÉRCIO ELETRÔNICO a venda de produtos diretamente pelo televisor, utilizando periféricos como o controle remoto. O autor menciona ainda que as emissoras devem se preocupar em elaborar conteúdos interativos que sejam funcionais em suas plataformas. Assim, quando o espectador assiste a um programa ou propaganda, um filme ou uma série, as ferramentas de interatividade da TV disponibilizam informações e opções para a compra do produto ou serviço que aparece na tela. O modelo ainda é pouco explorado no Brasil devido às limitações técnicas. o) E-learning (ensino on-line ou à distância) O termo e-learning (eletronic learning) é o mais utilizado. Nesta modalidade de comércio eletrônico é utilizada a internet para a realização de treinamentos formais e desenvolvimento do conhecimento. Constitui-se, portanto, em uma aprendizagem na qual as tecnologias digitais estão associadas à internet e são utilizadas para o processo ensino-aprendizagem como ferramentas que se adaptam ao ritmo de cada aluno. As organizações estão investindo significativamente no uso do e-learning para o treinamento e desenvolvimento de seus funcionários, ou seja, de seu capital intelectual. Para tanto, fazem parcerias com instituições educacionais ou com empresas especializadas em treinamentos empresariais, assegurando a formação permanente de seus colaboradores. Ainda, a forma de aprendizagem via web tem obtido destaque nas corporações por facilitarem aos colaboradores o acesso e aprendizado em uma extensão do próprio trabalho. Assim, o e-learning (ensino on-line ou à distância), com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação e veiculados através da internet, constitui- se como uma importante e significativa modalidade de ensino a distância que possibilita a autoaprendizagem. Podemos citar como algumas de suas vantagens a flexibilidade de horário, economia de tempo e dinheiro, ritmo de aprendizagem definido pelo próprio aluno e treinamento de um grande número de pessoas ao mesmo tempo. Para o aluno, o e-learning é considerado o processo pelo qual um determinado estudante consome conteúdos através de um ambiente virtual de aprendizagem mediado pela figura de um professor/tutor EAD que o auxiliará em suas tarefas e demais atividades. Assim, podemos definir o e-learning como um grande propulsor da difusão do conhecimento e da democratização do saber, pois a informação é disponibilizada via internet e poderá ser acessada a qualquer hora e lugar do mundo. 43 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 INDÚSTRIA NO MUNDO DIGITAL: VENDER DIRETO AO CLIENTE OU REFORÇAR A VENDA NO CANAL? Maurício Di Bonifácio em 17/11/2015 O e-commerce está bem consolidado no varejo e cresce constantemente, mas quando o foco é a indústria e distribuidores, há muita confusão. Geralmente querem um e-commerce para vender direto ao cliente final, sem passar pelo varejo, e essa é uma decisão que pode ser equivocada e levar a gastos excessivos sem retorno. Por natureza, o foco principal da indústria é a distribuição. Marcas como Sony e Brastemp vendem volumes significativos diretamente ao cliente final, algo bastante tentador, mas são marcas que têm força. Para vender é preciso de cliente, pessoas navegando que chegaram de forma passiva buscando a marca ou produto (essa é a principal barreira para marcas que não têm força). Empresas grandes têm histórico de marketing que as posicionaram na cabeça do cliente; as demais têm muito mais dificuldade de serem lembradas. Então, se a marca tem peso, pode vender on-line direto para o cliente final, mas o usuário não irá até o site sozinho se sua marca não tiver peso. Assim, será preciso incentivo e impacto e isso se traduz em ações de mídia – só que esse cliente é o mesmo alvo de todos os varejistas. Para entrar na briga, normalmente terá de investir bem para seduzir os clientes dos grandes. Briga complexa de ganhar. Um poderoso e-commerce ou preços baixos, sem divulgação, não gera retorno. A solução então é uma estratégia de e-commerce B2B (empresas) e não B2C (cliente final). Determinadas companhias entenderam que conseguirão resultados mais substanciais abrindo as vendas para o canal, pulverizando e aumentando sua participação, do que brigando de frente com os grandes varejistas. Fonte: Disponível em: <http://www.universob2b.com.br/artigos/ ecommerce-b2b/industria-no-mundo-digital-vender-direto-ao-cliente- ou-reforcar-a-venda-no-canal/>. Acesso em: 25 fev. 2018. 44 COMÉRCIO ELETRÔNICO Algumas Considerações Se você pensava que o tema e-commerce se tratava apenas de compras on- line e lojasvirtuais, agora tem condições de afirmar que há muito mais detalhes sobre o tema e uma série de tipos, cada um com as suas próprias especificidades, curiosidades e particularidades. Lembre-se: Tipos de comércio eletrônico (E-COMMERCE): • Business-to-business (B2B – empresa para empresa): este é o principal tipo de comércio eletrônico atualmente. Todas as operações são somente entre empresas. • Business-to-consumers (B2C – negócios para consumidores): ocorre quando uma loja faz a venda diretamente ao consumidor final. Reduzir o tempo de entrega é uma condição para o sucesso no B2C. • Consumers-to-business (C2B – consumidores para empresas): é a categoria de comércio eletrônico na qual os consumidores podem oferecer produtos e serviços para as empresas. • Consumer-to-consumer (C2C – consumidor para consumidor): ocorre quando um indivíduo vende produtos ou serviços a outros indivíduos, sem que haja empresas diretamente envolvidas. • Business to Employee (B2E - empresa para funcionário): é quando uma empresa faz a venda para seus próprios funcionários. • Business to Government (B2G – Empresa para governo): ocorre quando uma empresa vende para o governo. Para manter de forma transparente a sociedade informada sobre o processo de gestão da máquina pública, o uso da tecnologia da informação e comunicação (TIC) possibilita a existência de um canal de massa de baixo custo. A adoção das técnicas de comércio eletrônico pelos governos visa a melhorar a eficiência dos processos nas esferas federais, estaduais e municipais. • Government-to Citizen ou E-government (G2C – governo para cidadãos): quando uma entidade governamental adquire produtos, serviços ou informações de empresas ou cidadãos ou, ainda, oferece determinados bens a tais empresas ou cidadãos. O uso das TICs (tecnologias da informação e comunicação) torna acessíveis os serviços prestados aos cidadãos pelo Estado, fazendo-os muito melhores e mais eficientes. 45 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 • CE Intranegócios (organizacional): abrange todas as atividades internas que envolvem trocas de produtos, serviços ou informações entre diferentes unidades e indivíduos de uma organização”. Geralmente ocorrem em intranets e portais corporativos. • Business to Business to Consumer (B2B2C – empresa para empresa para consumidor): o B2B2C também pode ser descrito como B2B. Ocorre quando uma empresa faz negócios com outra objetivando uma venda para o cliente final. • Comércio colaborativo (c-commerce): quando os indivíduos ou grupos se comunicam ou colaboram uns com os outros on-line. • Mobile commerce (m-commerce – comércio móvel): tipo de negócio quando o comércio eletrônico ocorre em um ambiente de comunicação sem fio, utilizando telefones celulares para acesso à internet. • Social commerce (S-commerce): a principal ideia do comércio social é estabelecer presença nas mídias sociais. Social commerce é também chamado de s-commerce, é a integração entre mídias sociais e o comércio eletrônico. A fusão de ambos tem o objetivo de concretizar transações comerciais. • TV commerce (t-commerce): o T-Commerce ocorre quando há venda de produtos diretamente pelo televisor, utilizando periféricos como o controle remoto. • E-learning (Ensino on-line ou à distância): processo pelo qual um determinado estudante consome conteúdos através de um ambiente virtual de aprendizagem, mediado pela figura de um professor/tutor EAD que o auxiliará em suas tarefas e demais atividades. A partir de todas as variantes apresentadas, podemos auxiliá-lo a compreender melhor os modelos de negócios de empresas que fizeram e fazem sucesso com o comércio pela internet. Não esqueça: as empresas e os consumidores estão aderindo à internet e à evolução do faturamento no comércio eletrônico, bem como no número de acessos, que demonstra uma tendência concreta e sem retorno. O e-business vem conquistando um grande espaço, independente do modelo de negócio (B2B, B2C, C2C, C2B etc.). Portanto, é um excelente canal de compra e venda de produtos e serviços. 46 COMÉRCIO ELETRÔNICO Referências ALBERTIN, Alberto Luiz. Comércio eletrônico: benefícios e aspectos de sua aplicação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, 2010. BONI, Arthur Rosa; CANDIDO, Caroline Martinez; SANTOS, Daniel L. Crowdsourcing como estratégia de negócio. Disponível em: <http://conhecimento.incubadora.fapesp.br/portal/arquivos/ filefolder.2007-10-01.4741860425/crowdsourcing%20como%20estrategia%20 de%20negocios%20final.doc>. Acesso em: 12 dez. 2017. CARNEIRO, R. G. Publicidade na tv digital: um mercado em transformação. São Paulo: Aleph, 2012. CHLEBA, Márcio. Marketing digital: novas tecnologias e novos modelos de negócio. São Paulo: Futura, 2000. GARRIDO, Regina. Social commerce: muito mais que e-commerce + social media. 2012. Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/social- commerce-muito-mais-que-e-commerce-social-media/>. Acesso em: 4 jan. 2018. LIMA, Gabriel. Comércio Eletrônico: melhores práticas do mercado brasileiro. São Paulo: ComSchool, 2014. MEETIME. O que é o B2B? O negócio do século! Disponível em: <https:// meetime.com.br/blog/gestao-empresarial/o-que-e-b2b/>. Acesso em 4 jan. 2018. OFICIAL DA NET. O que é um backbone? Disponível em: <https://www. oficinadanet.com.br/post/14168-o-que-e-um-backbone>. Acesso em 8 dez. 2017. PAOLIELLO, C. de M.; FURTADO, A. L. Sistemas de informação para comércio eletrônico. Departamento de Informática. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. PUC -RioInf.MCC27/04 julho, 2004. Disponível em: <https://marketingdeconteudo.com/tipos-de-ecommerce/em 29/12>. Acesso em: 12 dez. 2017. SANTOS, André. Supervendedores do Mercado Livre e outros marketplaces. São Paulo: ComScool, 2014. TURBAN, E.; RAINER JR, R. K.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 47 O Comércio Eletrônico Capítulo 2 TURBAN, Efraim; RAINER, R. Kelly; POTTER, Richard E. Introdução a sistemas de informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. TURBAN, E.; KING, D. Comércio eletrônico: estratégia e gestão. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 48 COMÉRCIO ELETRÔNICO CAPÍTULO 3 Comércio Eletrônico e sua Utilização no Varejo A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: � Compreender a importância da internet para as vendas. � Identificar tendências na prática do comércio eletrônico. � Desenvolver ferramentas para vendas na internet. � Identificar canais mais utilizados para pagamento no comércio eletrônico 50 COMÉRCIO ELETRÔNICO 51 Comércio Eletrônico e sua Utilização no Varejo Capítulo 3 Contextualização Como se sabe, a internet foi utilizada inicialmente com a finalidade de projetos científicos governamentais. Em 1990, com a liberação para atividades comerciais e a criação da interface gráfica world wide web (www), surgiu algo que iria mudar para sempre a economia: um novo ambiente de negócios em que empresas, clientes e fornecedores pudessem estabelecer contato e interagir virtualmente. Determinadas interações deram origem ao comércio eletrônico (doravante CE), trazendo oportunidades cujo alcance ainda não se consegue divisar completamente devido ao tamanho e diversidade de seu impacto. Sabemos que é gigantesco, porém, apenas aquelas empresas capazes de inovar em seus produtos, serviços, estruturas e modelos de negócio no ambiente virtual deverão se manter após a verdadeira revolução cujo alcance vai muito além do comércio. Especificamente neste capítulo, será estudado como o uso mais comum e popular do CE acabou sendo a substituição ou ampliação dos canais tradicionais de comércio por meio da abertura de lojas baseadas na web. Entretanto, desenvolver uma loja virtual é um projeto extremamente complexo, que deve se basear nas características
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