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Especialidades Clínicas 1 
 
1) Paciente do sexo masculino, 65 anos, bancário aposentado, não tabagista. Paciente 
hipertenso em uso de losartana e sem antecedentes de doenças pulmonares prévias, com 
queixa de dispneia progressiva aos esforços há um ano, atualmente com dispneia MRC 2. 
Não relata tosse, expectoração ou chiadeira no peito. Também não relata outras queixas 
relacionadas aos demais aparelhos ou sistemas. Ao exame físico encontra se em BEG, 
eupneico em repouso, acianótico, porém, com presença de hipocratismo digital. Ausculta 
torácica com presença de bulhas cárdiacas rítmicas e normofonéticas e sem sopros e 
pulmonar com presença de estertores do tipo velcro em ambos terços inferiores. Abdomen 
flácido, sem visceromegalias. Sem edemas periféricos. Já solicitado e realizado tomografia 
computadorizada de tórax de alta resolução sendo observado a presença de cistos de 
faveolamento com espessamento septal ( padrão reticular) , bilateral, de localização 
subpleural e em lobos inferiores associados a bronquioloectasias de tração. Também 
realizado espirometria com presença de distúrbio ventilatório restritivo e capacidade vital 
forçada = 70% do previsto. Ecocardiograma normal. FAN não reagente. Baseado na 
avaliação clinica e exames complementares disponíveis, defina a hipótese diagnostica e 
conduta a ser prescrita: 
a) Fibrose pulmonar idiopática. Porém, é sempre necessária comprovação anátomo 
patológica (biópsia pulmonar cirúrgica) para definição de tratamento 
b) Padrão tomográfico inconsistente com pneumonite intersticial usual, sendo, portanto ,antes 
de iniciar terapêutica , necessário diagnostico histopatológico com biopsia pulmonar 
endoscópica (transbrônquica) 
c) Fibrose pulmonar idiopática. Diagnostico clinico e tomográfico, suficientes. Não necessária 
biópsia pulmonar. Tratamento com antifibrosantes: pirfenidona ou nintedanib 
d) Fibrose pulmonar idiopática. Quadro clínico e padrão tomográfico suficientes para 
comprovação diagnóstica, Necessário pulsoterapia inicial com metilprednisolona. 
 
2) Paciente do sexo feminino, 55 anos, diarista. Tabagista há 40 anos, fumando um maço 
diariamente. Há anos com queixa de dispneia relacionada aos esforços, atualmente MRC 2. 
Nega ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Tosse com chiadeira no peito apenas nos 
meses de inverno. Antecedentes: nega doenças pulmonares ou comorbidades previas. Nega 
internações ou procura de UBS ou pronto atendimento no período. Ao exame físico: BEG, 
eupneica, acianótica, sem hipocratismo digital. Tórax com diâmetro anteroposterior 
aumentado, bulhas rítmicas e normofonéticas, ausência de sopros cardíacos, sons 
pulmonares reduzidos bilateralmente e não auscultado ruídos pulmonares adventícios. 
Abdômen normotenso. Ausência de edemas periféricos. Realizado Radiografia simples de 
tórax com sinais de hiperaeração pulmonar. Espirometria com presença de distúrbio 
ventilatório do tipo obstrutivo, sendo o volume expiratório no primeiro segundo (VEF1), após 
utilização de broncodilatador = 45 % do previsto. Com diagnostico de doença pulmonar 
obstrutiva crônica, iniciado broncodilatador de ação prolongada. Quais anti-colinérgicos 
inalatórios de ação prolongada poderiam ser receitados? 
a) Tiotropio ou umeclidinio ou indacaterol 
b) Tiotropio ou glicopirrônio ou umeclidinio 
c) Tiotropio ou glicopirronio ou olodaterol 
d) Indacaterol ou vilanterol ou olodaterol 
 
3) Paciente do sexo feminino, 44 anos, do lar, não tabagista. Sem hábitos ou vícios. Com 
quadro de tosse produtiva, expectoração amarelada persistente por 3 meses, associada a 
sensação de febre não medida e perda ponderal de 8 Kgs neste período, procurou serviço 
medico em UBS, sendo coletado 2 amostras de escarro sendo a pesquisa de BAAR positivas 
em ambas as amostras (+++). Sorologia para HIV negativa. Iniciado esquema de tratamento 
atual (RIPE , para 55 Kg de peso). Após 3 semanas iniciou quadro de náuseas, epigastralgia 
e notou aparecimento de icterícia. Do esquema de tratamento vigente 3 das drogas são 
hepatotóxicas. Assinale aquela que apresenta maior hepatotoxicidade: 
a) Pirazinamida 
b) Rifampicina 
c) Isoniazida 
d) Etambutol 
Especialidades Clínicas 2 
 
4) Paciente do sexo feminino, 28 anos, digitadora, não tabagista. Paciente com cirurgia cardíaca 
previa há 20 anos para correção de comunicação intra-atrial (CIA), sem segmento cardiológico 
há 8 anos, com queixa de dispneia progressiva aos esforços há um ano, atualmente em 
classe funcional 3. Avaliada e solicitado vários exames em UBS ( - TC tórax e espirometria 
normais, exames laboratoriais – hemograma, função renal, hormônios tireoideanos, função 
hepática, FAN, sorologias virais para hepatite e HIV , gasometria arterial – todos normais) e 
encaminhada com ecocardiograma transtorácico sugerindo presença de hipertensão pulmonar 
(câmaras cardíacas preservadas, com insuficiência tricúspide moderada e pressão sistólica de 
ventrículo direito = 60 mmHg). Ao exame físico: normolínea, eupneica, acianótica, ausência 
de hipocratismo digital. Tórax com bulhas rítmicas, com hiperfonese de B2, sem sopros, 
ausculta pulmonar normal. Abdômen normotenso e sem visceromegalias. Ausência de 
edemas periféricos. Submetida a cateterismo cardíaco direito que demonstrou Pressão média 
de artéria pulmonar = 38 mmHg, Pressão Capilar Pulmonar (PCP)= 9 mmHg, Resistencia 
Vascular Pulmonar (RVP) = 4 Woods. Defina diagnostico e proposta terapêutica inicial: 
a) Hipertensão pulmonar. Grupo 2 (doenças cardíacas). Iniciar diuréticos e carvedilol 
b) Hipertensão arterial pulmonar (Grupo 1 – doença associada : cardiopatia congênita). 
Iniciar diuréticos e digital e bloqueador de canais de cálcio. 
c) Hipertensão arterial. Grupo 2 (doenças cardíacas). Iniciar vasodilatador arterial pulmonar, 
exemplo, sildenafila. 
d) Hipertensão arterial pulmonar (Grupo 1 – doença associada: pós-operatório de cardiopatia 
congênita). Iniciar vasodilatador arterial pulmonar, exemplo, sildenafila. 
 
5) Paciente do sexo feminino, 42 anos, secretária, não tabagista. Paciente com antecedentes 
de asma na infância, com remissão do quadro após os 16 anos de idade. Há 2 anos, porém, 
com crises frequentes de chiado e dispneia, principalmente no período noturno, fazendo uso 
frequente de salbutamol spray, receitado em consulta de pronto atendimento. Devido 
persistência dos sintomas, procurou ambulatório médico de especialidades, sendo consultada 
por médico pneumologista há 6 meses. Realizou vários exames: radiografia de tórax normal, 
hemograma com eosinofilia (550 celulas), Ig E sérico 80 UI/ml. Com espirometria alterada 
(presença de distúrbio ventilatório do tipo obstrutivo de grau moderado, com resposta 
significativa de fluxo após utilização de broncodilatador), iniciado tratamento de asma, sendo 
receitado budesonida e formoterol inalatórios. Com manutenção dos sintomas elevado dose 
do corticoide inalatório (uso atual de 1200 mcg ao dia) associado a formoterol (12 mcg , 2 
vezes ao dia). Relata uso correto do dispositivo inalatório e das medicações inalatórias 
prescritas; controle domiciliar adequado em relação a exposição a alérgenos, poeiras, 
fumaças, produtos químicos. Nega sintomas de rinite ou de refluxo gastroesofageano. Porém, 
no último mês, apresenta crises diárias ate 4 vezes na semana, usando com frequência 
salbutamol spray ( 3 – 4 vezes ao dia) e crises noturnas pelo menos uma vez na semana, com 
prejuízo importante nas suas atividades de vida diária. Com diagnostico de asma grave não 
controlada, cite os possíveis imunobiológicos disponíveis para sequencia terapêutica: 
a) Imunobiológicos anti-IgE (mepolizumabe) e anti-IL5 (omalizumabe) 
b) Imunobiológicos anti-IgE (omalizumabe ) e anti-IL 5 (mepolizumabe) 
c) Roflumilast apenas disponível 
d) Não existe tratamento imunobiológico para asma disponível 
 
6) Paciente portador de diabetes mellitus há 6 anos. É hipertenso e atualmente está controlado 
com losartana 100mg/diae hidroclortiazida 12,5mg/dia. Do ponto de vista bioquímico está 
normal, exceto creatinina de 2,5mg/dL e hemoglobina glicada 8,2%. Entre as drogas orais 
enunciadas abaixo, qual delas poderia ser utilizada com mais segurança nesse paciente? 
a) Sitagliptina 
b) Linagliptina 
c) Alogliptina 
d) Vildagliptina 
 
Especialidades Clínicas 3 
 
7) Mulher, 65 anos, refere tratamento de osteoporose em UBS há 6 anos com alendronato 70 mg 
por semana, vitamina D3 400 UI ao dia e carbonato de cálcio 1000 mg /dia. Refere dor lombar 
sem trauma associado de longa data. Realizado Raio X de coluna que diagnosticou fratura 
em 2a vértebra lombar. Encaminhado ao ambulatório de metabolismo do cálcio para investigar. 
Antecedentes pessoais: tabagista há mais de 30 anos, nega etilismo. Exames 
complementares: Glicemia: 95 mg/dL; Creatinina: 0,9 mg/dL; Cálcio total: 9,6 mg/dL, fósforo: 
3,0 mg/dL; PTH: 148 pg/mL(10-65); 25 OH vitamina D 10 ng/mL. Assinale a alternativa correta: 
a) Paciente com hiperparatireoidismo secundário e osteoporose com alto risco de fraturas. O 
tratamento com bifosfonato deve ser mantido para prevenir novas fraturas, além de 
reposição de cálcio e vitamina D. 
b) Paciente com hiperparatireoidismo primário e fratura de coluna, sendo necessário localizar 
paratireoide alterada para posterior cirurgia. Aumentar a dose vitamina D e manter a 
reposição de cálcio. 
c) Paciente com hiperparatireoidismo secundário a deficiência de vitamina D e falha 
terapêutica ao uso de bifosfonato, devendo receber tratamento com teriparatida para 
prevenir novas fraturas. 
d) Paciente com hiperparatireoidismo primário, porém sem critérios para indicação de 
tratamento cirúrgico, pois o nível de cálcio sérico está dentro da normalidade. 
Densitometria de rádio distal deve ser realizada para avaliar risco de fratura. 
 
8) Paciente diabético tipo 2 há 18 anos, sexo masculino, 67 anos, tabagista, coronariopata, 
sedentário, IMC 28 kg/m2 em tratamento com endocrinologista. Refere uso das seguintes 
medicações: Vildagliptina 50mg 2x/dia, metformina 850mg 2x ao dia, atorvastatina 80mg/dia, 
losartana 50mg 2x/dia e aspirina 100mg/dia. Exames laboratoriais: Taxa de Filtração 
Glomerular (MDRD): 45 mL/minuto/1,73m2. Colesterol total: 190 mg/dL; LDL-C: 100mg/dL; 
HDL-C: 40mg/dL; VLDL-C: 50mg/dL. Considerando-se que esse paciente tem como meta de 
LDL valores abaixo de 50mg/ dL, qual é a conduta mais adequada? 
a) Associação de fenofibrato, suspensão da metformina devido ao alto risco de acidose lática. 
b) Associação de ômega 3 e aspirina devido a seu efeito cardioprotetor com redução de 
mortalidade em pacientes diabéticos de alto risco cardiovascular portadores de 
hipercolesterolemia familiar. 
c) Associar ezetimiba mais modificação de estilo de vida (MEV). 
d) Associação de ômega 3 devido a seu efeito cardioprotetor com redução de mortalidade 
em pacientes diabéticos de alto risco cardiovascular e troca da estatina + MEV 
 
9) Um paciente de 34 anos queixa-se de fraqueza, que vem piorando progressivamente há 4 
meses. Nega histórico de tromboses. O exame físico não mostra nada de relevante, além de 
mucosas hipocoradas. Um hemograma é, então, solicitado: Hb 7,5 g/dl; VCM 82 fl; Análise 
qualitativa da série vermelha : discreta anisocitose. Leucócitos 4500/mm³; Neutrófilos 70%; 
Linfócitos 25%; Eosinófilos 2%; Monócitos 3%; Plaquetas 180.000/mm³. Diante do quadro de 
anemia, novos exames são solicitados: ferritina 190 ng/ml; DHL 2100 U/l (valor normal até 
280 U/l); Bilirruinas Indiretas 2,4mg/dl; Bilirrubinas Diretas 0,5mg/dl; Bilirrubinas totais 
2,9mg/dl; Coombs Direto negativo. Eletroforese de Hemoglobina: Hb AA 96% com Hb A2 de 
2,8%. Creatinina 1,0 mg/dl. Diante do quadro acima, a alternativa que propõe a melhor 
hipótese diagnóstica seria: 
a) Púrpura Traombocitopênica Trombótica; 
b) Hemoglobinúria Paroxística Noturna 
c) Anemia Hemolítica Auto-Imune; 
d) Linfoma não Hodgkin 
Especialidades Clínicas 4 
 
10) Um paciente de 55 anos queixa-se de importante fraqueza e edema de MMII bilateralmente , 
que se iniciaram em uma longa viagem para a Europa. Havia ficado 4 meses em Portugal, 
cuidando dos negócios de família. Procurou o médico, que solicitou os seguintes exames: Hb 
12,5 g/dl; VCM 82 fl; Leucócitos 4500/mm³; Neutrófilos 70%; Linfócitos 25%; Eosinófilos 2%; 
Monócitos 3%; Plaquetas 180.000/mm³; ferritina 290 ng/ml; Creatinina 1,0 mg/dl; VHS 10mm; 
Proteína-C-Reativa: 0,8mg/dl (valor normal até 1g/dl). 
Eletroforese de proteínas: Abumina: 2,0 g/dL (Valor Normal: 3,50 a 4,85 g/dL); Alfa 1 : 0,3g/dl 
(VN 0,22 A 0,43 g/dL); Alfa 2 : 0,58g/dl ( VN 0,55 A 1,08 g/dL); Beta 1 : 0,33g/dl (VN 0,32 A 
0,54 g/dL); Beta 2 : 0,3 g/dl (VN 0,24 A 0,54 g/dL); Gama : 0,8g/dl ( VN 0,74 A 1,75 g/dL); 
Proteínas totais: 4,31g/dl (VN 6,60 A 8,30 g/dL); Proteína monoclonal: ausente; Imunofixação 
sérica: presença de cadeias leves lambda monoclonais. Proteinúria 24horas: 3900mg/24h; 
NT-ProBNP: 9800 pg/ml (Valor normal até 247 pg/mL); Cálcio: 9mg/dl ; RX de ossos longos: 
sem lises ósseas ou fraturas. Diante do quadro, um mielograma e uma biópsia de medula 
óssea foram solicitados: Mielograma: medula óssea normocelular, com 6% de plasmócitos 
(Valor normal: até 2% de plasmócitos). Biópsia de medula óssea: raros plasmócitos com 
restrição para cadeia leve de imunoglobulina lambda (grande predomínio de lambda); 
vermelho Congo positivo. Diante do quadro clínico, pode-se afirmar que: 
a) Trata-se de mieloma múltiplo, pois há evidências de monoclonalidade e plasmocitose 
medular; 
b) Trata-se de amiloidose secundária a mieloma múltiplo; 
c) Trata-se, provavelmente, de amiloidose com mutação da transtirretina (forma portuguesa), 
pois a eletroforese de proteínas não revelou componente monoclonal e o VHS e a Proteína 
–C-Reativa são normais, o que tornaria pouco provável o diagnóstico de amiloidose das 
doenças crônicas (AA amiloidose). 
d) As três alternativas acima estão erradas 
 
11) Uma paciente com 42 anos de idade apresenta importante dor abdominal em hipocôndrio 
direito. Ao exame físico,nota-se apenas a palpação dolorosa da região abdominal citada. No 
interrogatório complementar, ela refere apenas prurido após o banho. Alguns testes são, 
então, solicitados: US de abdome: Fígado aumentado em suas dimensões, baço com 450cm³ 
(valor normal até 300cm³) e trombose de veia supra-hepática. Hb 14,5 g/dl; VCM 82 fl; 
Leucócitos 9500/mm³; Neutrófilos 70%; Linfócitos 25%; Eosinófilos 2%; Monócitos 3%; 
Plaquetas 580.000/mm³; DHL 180 U/l (valor normal até 280 U/l). Diante dos dados acima, 
pode-se afirmar que: 
a) Policitemia Vera é mais provável do que hemoglobinúria paroxística noturna, neste caso. 
b) A hipótese de Policitemia Vera está descartada, pois não há policitemia (critério 
fundamental); 
c) A hipótese de Hemoglobinúria Paroxística Noturna é a mais provável. 
d) A pesquisa da mutação V617F da JAK-2 não teria impacto prático, pois é também 
presente em outras síndromes mieloproliferativas crônicas. 
 
12) Paciente de 62 anos com antecedentes de diabetes e hipertensão arterial sistêmica procura 
atendimento médico por estar apresentando visão dupla. Seu exame clínico mostra apenas 
estrabismo convergente à direita sem alterações pupilares. Não foram observados outros 
déficits motores, sensitivos ou comprometimento de pares cranianos. Negava fadigabilidade 
ou melhora com repouso. Realizou TC de crânio sem contraste que mostrou apenas redução 
volumétrica encefálica compatível com a idade do paciente e sinais de microangiopatia. Entre 
as alternativas abaixo assinale o diagnóstico mais provável. 
a) Mononeuropatia craniana 
b) Miastenia gravis 
c) Botulismo 
d) Infarto lacunar 
 
Especialidades Clínicas 5 
 
13) Um paciente de 60 anos, assintomático, comparece ao médico para a realização de exames 
de rotina. Não há achados relevantes ao exame físico. Dentre os testes solicitados, a 
eletroforese de proteínas apresenta uma alteração: Abumina:3,8 g/dL (Valor Normal: 3,50 a 
4,85 g/dL); Alfa 1 : 0,4g/dl (VN 0,22 A 0,43 g/dL); Alfa 2 : 0,6g/dl ( VN 0,55 A 1,08 g/dL); Beta 
1 : 0,4g/dl (VN 0,32 A 0,54 g/dL); Beta 2 : 0,4 g/dl (VN 0,24 A 0,54 g/dL); Gama: 3,1g/dl (VN 
0,74 A 1,75 g/dL); Proteínas totais: 8,3 g/dl (VN 6,60 A 8,30 g/dL); Proteína monoclonal: 
presente na fração gama. O hemograma revela: Hb 13,5 g/dl; VCM 80 fl; Leucócitos 
5500/mm³; Neutrófilos 60%; Linfócitos 35%; Eosinófilos 2%; Monócitos 3%; Plaquetas 
300.000/mm³. Demais exames: Creatinina 1,0mg/dl; Cálcio: 9,0mg/dl. Devido à alteração 
descrita, um mielograma é solicitado: Medula óssea hipercelular com 38% de plasmócitos. 
Diante do resultado do mielograma, exames de imagem são solicitados: RX de ossos longos: 
sem lises ósseas ou fraturas; Ressonância Nuclear Magnética de coluna cervical, torácica e 
lombar: sem evidências de fraturas ou lesões neoplásicas; Ressonância Nuclear Magnética de 
bacia: sem evidências de fraturas ou lesões neoplásicas. Pode-se, pois afirmar que: 
a) Trata-se de gamopatia monoclonal de significado indeterminado; a conduta é observação; 
b) Não se trata de Mieloma Múltiplo, pois não há hipercalcemia, insuficiência renal, lises 
ósseas nem tampouco anemia; 
c) Trata-se de Mieloma Múltiplo; 
d) As três alternativas estão erradas. 
 
14) Paciente de 54 anos procurou atendimento por estar apresentando há 20 minutos dor supra 
orbitária esquerda, de forte intensidade, associada a hiperemia conjuntival e lacrimejamento 
no mesmo lado. Ao exame, além dos sinais já descritos, foram observadas miose e semiptose 
palpebral a esquerda. Sua esposa refere que há cerca de 4 meses ele havia apresentado 
episódios semelhante por 3 semanas. Entre as alternativas abaixo assinale a melhor opção de 
tratamento 
a) Inalação de oxigênio (7 litros/min) 
b) Dipirona EV 
c) Dipirona + Dexametazona EV 
d) Tramadol EV 
 
15) Mulher de 82 anos com antecedentes de artrite reumatoide sofreu fratura de quadril e passou 
a ter dificuldade para andar com necessidade de andador. Depois disso ela notou dormência e 
formigamento das mãos nas últimas seis semanas. Ao exame clínico foi observada ligeira 
limitação dos movimentos do pescoço, sem alterações na força muscular ou reflexos 
profundos. Haviam deformindades nas mãos e punhos, além de atrofia leve dos músculos da 
mão direita e redução da sensibilidade nos dedos. O teste de Phalen foi positivo 
bilateralmente. Qual o diagnóstico mais provável: 
a) Seringomielia 
b) Síndrome do túnel do carpo 
c) Hérnia de disco 
d) Doença do Neurônio motor 
 
16) Um homem obeso de 48 anos desenvolveu de forma insidiosa sensação de parestesia na 
região lateral da coxa direita. Os sintomas se intensificaram com sua rotina de trabalho. Ele 
negava alterações na força muscular ou outros sintomas neurológicos. Seus antecedentes 
pessoais ou familiais não eram significativos. Seu exame não mostrou alterações cognitivas ou 
de nervos cranianos. Sua força muscular estava preservada e seus reflexos profundos 
estavam presentes e simétricos nos quatro membros. O exame de sensibilidade revelou uma 
área irregular na região lateral direita da coxa, onde ele tinha uma sensação descrita como 
dormencia associada a “formigamento” quando tocado. Qual o diagnóstico mais apropriado: 
a) Polineuropatia 
b) Mononeuropatia 
c) Radiculopatia 
d) Plexopatia 
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17) Mulher de 32 anos procurou atendimento por ter apresentado sensação de formigamento e 
perda de sensibilidade na mão direita por uma semana. Na avaliação com neurologista já não 
apresentava mais esses sintomas. No interrogatório complementar referiu ter apresentado 
quadro gripal há cerca de três semanas e turvação visual com dor leve no olho esquerdo que 
também melhorou em algumas semanas sem tratamento. Negava tabagismo, etilismo, 
diabetes ou hipertensão. Seu pai sofreu um acidente vascular isquêmico aos 62 anos e sua 
mãe faz tratamento para diabetes e insuficiência vascular nos MMII. Qual o exame mais 
apropriado para investigação diagnóstica dessa paciente: 
a) Eletroneuromiografia 
b) US do punho direito 
c) Dosagem de vitamina B12 
d) RM encefálica 
 
18) Paciente de 58 anos com antecedentes pessoais de alcoolismo com quedas recorrentes 
procurou atendimento médico por estar apresentando episódios recorrentes de perda de 
consciência antecedidos por “cheiro de borracha queimada” que apenas ele percebe. Seu 
irmão que o acompanhava na consulta descreveu um desses episódios da seguinte maneira: 
“ele ficar com o olhar parado, depois começa a fazer movimentos de mastigação e logo em 
seguida vira a cabeça para o lado e começa a se debater”. Ao exame o paciente apresenta 
discreta alteração na memória recente, sem critérios para demência ou comprometimento 
cognitivo leve, além de redução da sensibilidade vibratória nos pés e dificuldade em andar em 
linha reta. Qual o diagnóstico mais provável para este paciente? 
b) Sindrome de Wernick-Korsakoff 
c) Esclerose múltipla 
d) Hidrocefalia de pressão normal 
a) Epilepsia do lobo temporal 
 
Com base no caso abaixo responda as questões 19 e 20 
 
Paciente de 72 anos foi levado a emergência por estar apresentando adinamia e recusa 
alimentar. O médico que o atendia percebeu que ele não era capaz de contar oque sentia e 
nem de organizar suas ideias. Ao interrogar a filha foi informado que o paciente tinha 
problemas comportamentais há cerca de 4 anos, não sendo capaz de lembrar a tarefa que 
estava fazendo e iniciando uma nova atividade sem completar a anterior. Perdia as coisas 
com frequência e contava as mesmas histórias várias vezes. Ainda no primeiro ano passou a 
apresentar desinibição, urinando em qualquer lugar da casa, sem se incomodar com a 
presença de outras pessoas. Ficou mais reservado, falava pouco e, às vezes, se quer 
respondia a perguntas simples. Às vezes parecia “ligar e desligar” chegando a ficar imóvel e 
sorrindo para si mesmo. Não havia história prévia de transtorno psiquiátrico no paciente ou 
nos familiares. Não havia relato de alucinações visuais, quedas, disfagia ou hipocinesia. No 
exame estava alerta e consciente com a Glasgow 15/15. Não prestava atenção ao seu 
entorno. Não havia febre, a frequência cardíaca era de 83 batimentos por minuto e a pressão 
arterial de 128/62 mmHg. Não foram observadas alterações de nervos cranianos, a fala era 
normal, mas às vezes o paciente ficava mudo. Seu mini exame do estado mental (MEEM) foi 
de 21/30 com presença de reflexos palmo-mentual e de sucção (tátil oral). Seu hemograma, 
funções renais, funções da tireoide, funções do fígado e exames de urina de rotina eram 
normais. Seu teste para HIV, hepatite B, hepatite C e VDRL foram negativos. 
 
 
Especialidades Clínicas 7 
 
19) Qual o diagnóstico mais provável? 
a) Doença de Alzheimer 
b) Demência vascular 
c) Demência fronto-temporal 
d) Hidrocefalia de pressão normal 
 
20) Qual a alteração esperada no exame de RM encefálica? 
a) Atrofia hipocampal 
b) Atrofia difusa e microangiopatia 
c) Dilatação ventricular sem atrofia cortical significativa 
d) Atrofia fronto-temporal 
 
21) Paciente de 14 anos, gênero feminino, admitida no departamento de emergência por quadro 
de confusão mental, dor abdominal intensa de localização difusa associado à dispnéia. 
Segundo a família, a paciente já apresentava há 2 meses queixas de poliúria, polidipsia e 
perda de 8 kg nos últimos 2 meses. Ao exame físico percebia-se desidratada +++/4+, FC = 
120bpm, FR = 30ipm, PA = 110x70, abdome doloroso difusamente sem visceromegalias ou 
descompressão brusca dolorosa. Exames laboratoriais: hemograma (Ht=44%, leucócitos totais 
= 26.000 com 76% de segmentados, plaquetas = 220 mil), glicemia = 480mg/dl, Na = 
128mmol/L, K = 3,9mmol/L, creatinina = 1,4mg/dl, bilirrubina total = 1,0mg/dl e gasometria 
arterial pH = 7,05, pO2 = 80mmHg, pCO2 = 17mmHg, HCO3 = 6mEq/L, sat O2 = 94%. Após 
infusão incial de 1L de solução salina a 0,9%, qual seria a melhor opção de prescrição? 
a) Solução salinaa 0,9% - 250ml/h e insulina regular 0,1UI/kg/h em bomba de infusão 
contínua. 
b) Solução salina a 0,9% + 5ml de KCl a 19,1% - 250ml/h e insulina regular 0,1UI/kg/h em 
bomba de infusão contínua. 
c) Solução salina a 0,9% - 250ml/h, insulina regular 0,1UI/kg/h em bomba de infusão contínua 
e bicarbonato de sódio a 8,4% 50 ml EV em 30 minutos. 
d) Solução salina a 0,9% + 5ml de kcl a 19,1% - 250ml/h sem iniciar iniciar insulinoterapia, 
além de bicarbonato de sódio a 8,4% 50ml EV em 30 minutos. 
 
22) Paciente de 45 anos, gênero masculino, realiza acompanhamento ambulatorial por 
hipertensão arterial desde os 30 anos. Encontra-se em uso regular das seguintes medicações: 
enalapril 10mg 12/12h, hidroclorotiazida 25mg/dia, anlodipina 10mg/dia e atenolol 25mg 
12/12h. Ao exame físico apresenta ausculta cardíaca com ritmo irregular e sem sopros, 
ausculta pulmonar sem anormalidades e membros inferiores sem edemas. Peso de 68kg, com 
IMC de 24kg/m2. Realizou MAPA recentemente cuja média do período das 24 horas foi de 
150x95mmHg, com ausência de descenso noturno. Eletrocardiograma evidenciou ritmo de 
fibrilação atrial sem sinais de sobrecarga ventricular esquerda. Fundo de olho sem 
anormalidades. Reporta histórico familiar de irmão hipertenso desde os 26 anos de idade, 
tendo sofrido AVC isquêmico aos 39 anos. Levando-se em conta este caso clínico assinale a 
alternativa correta: 
a) O rastreamento da principal hipótese diagnóstica deve ser feito com dosagem da 
aldosterona sérica e atividade plasmática de renina, com orientação para suspensão do 
betabloqueador antes da realização dos exames. 
b) Provavelmente trata-se de um caso de hipertensão secundária de etiologia renal, estando 
indicado além da dosagem da creatinina e urina 1 a realização de us doppler de artérias 
renais. 
c) A ausência de descenso noturno na mapa sugere que a principal hipótese diagnóstica seja 
síndrome da apnéia obstrutiva do sono, estando indicada realização de polissonografia. 
d) Trata-se de um paciente de alto risco cardiovascular, preenchendo critérios de hipertensão 
resistente, porém sem justificar até este momento a investigação de causas secundárias. 
Especialidades Clínicas 8 
 
23) Paciente de 48 anos, gênero masculino, é admitido em unidade de emergência por sonolência 
e desorientação no tempo e espaço há 48 horas. Segundo familiares, ele queixava-se de 
astenia e tosse seca há 2 meses, associado à dificuldade para concentração e intensa 
ansiedade. Não conseguiam estimar, mas sugeriam que o paciente havia perdido peso diante 
da frouxidão das roupas. Não possuía antecedentes patológicos conhecidos e não fazia uso 
de fármacos. Ao exame físico apresentava-se em REG, desidratado ++/4, FR=28ipm, 
FC=90bpm, ausculta pulmonar sem anormalidades. Na inspeção cutânea era possível 
evidenciar erupção de protuberâncias avermelhadas em membros inferiores. Na região 
cervical era possível palpar linfonodos bilateralmente. Foram colhidos exames laboratoriais 
que evidenciaram: Na=145mmol/l, K=3,9mmol/l, hemograma (Ht = 48% leucometria = 
5000/mm3 plaquetas = 350mil/mm3), Ca = 13,5mg/dl, Mg = 2,5mg/dl, creatinina = 1,7mg/dl, 
bilirrubinas totais = 1,1mg/dl. Diante destes, o paciente foi submetido à hidratação com 
solução salina a 0,9% e foi colhida nova amostra de sangue para exames; 25(OH)vitamina D = 
24ng/ml (referência de 20 a 60ng/ml) e 1,25(OH)2vitamina D = 125pg/ml (referência de 15 a 
90pg/ml). A dosagem de PTH foi realizada porém não ainda não estava disponível. Com 
relação a este caso clínico assinale a alternativa correta: 
a) Provavelmente o pth deve estar elevado, justificando o aumento da conversão da 
25(oh)vitamina d em 1,25(oh)2vitamina d. 
b) Provavelmente trata-se de hipercalcemia da malignidade, sendo esperado pth baixo, uma 
vez que sua fisiopatologia está relacionada à produção de pthrp. 
c) Provavelmente trata-se de uma síndrome hipercalcêmica que deve responder à 
prednisona 1mg/kg. 
d) Neste caso o uso de bisfosfonatos está contra-indicada pela piora da função renal, sendo 
preferível como alternativa a prescrição da calcitonina de salmão. 
 
24) Homem de 46 anos, hipertenso, é avaliado no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de 
dor precordial em queimação, há 2 horas, de moderada intensidade, com irradiação para o 
MSE e desencadeada ao esforço. Relata diaforese associada. Ao exame físico apresenta PA: 
140 x 90 mmHg, FC: 88 BPM, exame físico normal. O ECG mostrou onda T invertida 2mm nas 
derivações V1-V4. Os valores de Troponina T (TnT) ultrassensível (limite superior da 
normalidade = 14ng/L) foram 19, 57 e 178 ng/L nas dosagens de admissão, e após três e seis 
horas. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. 
a) O diagnóstico de IAM do tipo I correlaciona com erosão ou ruptura de placa aterosclerótica 
resultando no fenômeno de aterotrombose. 
b) Este paciente tem diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) do tipo V (cinco) devido 
a presença de elevação da TnT acima do limite superior com delta + alterações 
eletrocardiográficas sugestivas de isquemia. 
c) A demonstração de trombo intracoronariano neste contexto clínico poderá confirmar o 
diagnóstico de IAM tipo I. 
d) O IAM tipo III é feito em pacientes com sintomas e alterações eletrocardiográficas 
sugestivas de isquemia miocárdica, mas com morte súbita antes da dosagem de 
biomarcadores. 
 
25) Em relação ao paciente relatado na questão anterior responda: De acordo com a Quarta 
Definição Universal de IAM, assinale a resposta correta. 
a) As variações de delta de troponina ultrassensível avaliadas em números absolutos são 
superiores aos deltas percentuais (relativos) especialmente quando o valor inicial está 
elevado. 
b) O limite superior da normalidade (acima do percentil 99%) tem o mesmo valor padronizado 
para os diferentes kits, de TnT e TnI, disponíveis no mercado. 
c) No caso das troponinas ultrassensíveis uma única dosagem na admissão é suficiente para 
confirmar o diagnóstico de IAM no contexto clínico apresentado. 
d) Os elementos apresentados no caso clínico não são suficientes para o diagnóstico de IAM 
sem supradesnível do segmento ST, que deverá ser confirmado durante a realização da 
cineangiocoronariografia. 
Especialidades Clínicas 9 
 
26) Em relação às síndromes demenciais, é correto a afirmar: 
a) A DFT é a segunda causa de demência mais frequente, principalmente entre mulheres. 
b) História familiar positiva para Doença de Alzheimer aumenta o risco de DA, independente 
da idade de início da demência. 
c) Apenas benzodiazepínicos e anticolinérgicos estão relacionados a medicamentos que 
podem causar demência reversível 
d) O tratamento de DA consiste no uso de inibidores de colinesterase, com resposta 
terapêutica discreta, e principalmente educação dos familiares/cuidadores quanto à 
evolução da doença e cuidados com o paciente com demência. 
 
27) Paciente masculino, 84 anos, casado, portador de Hipertensão arterial, diabetes mellito, 
hipoacusia e osteoartrite. Comparece a consulta de rotina para realização de exames, conta 
que há 1 ano esteve em consulta com clínico geral, e que estava muito bem e seus exames 
foram “comparados a de um jovem”. Faz uso de clortalidona 50 mg/dia, metformina 850 mg 2 
X/dia, e glibenclamida 5 mg/dia. Não trazia queixas espontâneas, mas quando questionado 
contava: cansaço a pequenos esforços há 1 ano, dores pelo corpo quando se levanta, 
sintomas que imputa a necessidade de cuidar da esposa que é portadora de Doença de 
Alzheimer. Sofreu queda há mais ou menos 6 meses, e com medo, deixou de sair de casa, 
sendo que os afazeres externos, como compras e controle de finanças, passaram a ser feitos 
por vizinho que o ajuda duas vezes por semana nessas tarefas. Tem uma faxineira que vai 
semanalmente em sua casa. Emagreceu 5 quilos esse ano, está comendo pouco, se sente 
cansado e desanimado por dormir pouco preocupado com a esposa, e gostaria de 
permanecer bem para cuidar dela. Tem um casalde filhos. A filha mora em outro estado, 
apenas se encontram nas férias escolares. O filho que mora na mesma cidade, o visita duas 
vezes na semana, tem participado com o vizinho dos afazeres externos, e está preocupado 
com o pai, tanto que marcou e o trouxe a consulta. Está na sala de espera. 
Ao exame físico: Paciente bem orientado, lucido, respondendo adequadamente e colaborativo 
quando solicitado, ansioso e preocupado com sua esposa. Marcha pouco lentificada, com 
passos curtos, ligeira flexão de tronco à frente devido a cifose, instabilidade para mudar de 
direção, e certa dificuldade para se levantar sozinho. PA= 160 X90 mmhg FC= 76 bat/min 
peso = 80 kg altura =1,63 mts, Sem alterações nos demais sistemas. Na parte final da 
consulta, já com o filho no consultório, o paciente diz que gostaria de fazer um checkup 
detalhado, pois apesar de se sentir bem, quer manter-se saudável para continuar cuidando da 
esposa. Já o filho revela que está preocupado, e considera colocar seus pais em uma 
instituição de longa permanência, também gostaria dos exames para dar subsídios e 
argumentos para conversar com sua irmã a respeito do assunto. Qual a postura e a conduta 
do geriatra que seria mais adequada para o caso: 
a) Argumentar que para a idade e situação o paciente se encontra muito bem, conseguindo 
enfrentar as dificuldades de forma adequada, ainda que necessite de ajustes nas 
medicações usadas, e para isso irá pedir exames subsidiários detalhados para orientar 
conduta terapêutica futura 
b) Explicar que o paciente, apesar de aparentemente bem, é portador de síndrome da 
fragilidade. Serão necessários ajustes terapêuticos imediatos, medidas para melhorar o 
suporte familiar e social (cuidador diário, estabelecer rotina para hábitos saudáveis, 
cuidados nutricionais, e maior proximidade da família nessa construção), além de alguns 
exames subsidiários para averiguar órgãos alvos e orientar conduta e terapêutica futura. 
c) Conversar com o paciente da gravidade da situação, e mostrar que a opção levantada pelo 
filho de uma Instituição de Longa Permanência, apesar de não desejada, é a mais 
adequada e segura nesse momento, pensando em primeiro lugar na sua esposa, e não 
somente nele. 
d) Dar uma descompostura no filho que ao invés de decidir a vida dos pais deve ser mais 
presente, além de chamar sua irmã para coparticipar dos cuidados aos pais, e deixar bem 
claro que atualmente questões éticas como Autonomia e Medicina Centrada no Paciente 
não são assuntos apenas teóricos, devem ser respeitados ou podem existir consequências 
legais. 
Especialidades Clínicas 10 
 
28) Paciente feminina, 87 anos, previamente hígida, independente e lúcida. Morava sozinha, e foi 
encontrada caída no chão de seu apartamento, após o porteiro perceber seu desaparecimento 
há 3 dias. Estava desidratada, confusa, desorientada no tempo e espaço. PA= 90X60 mmHg, 
FC= 100 bat/min, Ritmo cardíaco regular em dois tempos, dextro= 78mg/dl, membro inferior 
esquerdo encurtado e rodado para fora, apontando provável fratura de fêmur à esquerda. 
Medicações encontradas na casa: Enalapril 10mg, Fórmula composta de amitriptilina 25mg + 
ciclobenzaprina 10mg + clonazepan 0,5mg. Paciente foi internada com diagnóstico de 
Delirium. Podemos considerar que as afirmações abaixo são verdadeiras, exceto: 
a) Analgesia efetiva, manter a saturação de oxigênio adequada e prevenir obstipação 
intestinal melhoraria a confusão mental da paciente 
b) É medida preventiva para o Delirium evitar trocas de acomodações e dos membros da 
equipe de saúde, além de evitar procedimentos noturnos 
c) Aumentar a dose de clonazepan, apenas nesse momento, melhoraria a confusão mental 
da paciente 
d) Presença de prótese auditivas e dentárias, óculos e a presença de familiares possuem 
poder estatisticamente significativo na melhora da confusão mental 
 
29) Paciente de 84 anos, viuva, mora com filha e 3 netos. Queixa-se de dificuldade para andar há 
9 meses, e dor em joelhos e coluna. Paciente conta que morava sozinha até há um ano atrás, 
apesar de sentir dores em joelhos há 5 anos, que piorava quando precisava subir escadas, o 
que era frequente pois morava em sobrado, e quando fazia faxina em casa. Negava quedas, 
aumento de calor articular ou trauma. A dor ocorri quando piorava à movimentação e 
melhorava em repouso. Nessa época procurou UPA, foi feito diagnóstico de artrose, e 
orientada que era uma situação normal da idade, que a única possibilidade de melhora era o 
repouso, portanto deveria evitar além dos trabalhos domésticos, qualquer tipo de atividade 
física, e como a dor seria constante poderia usar nimesulide ou diclofenaco 50 mg a cada 8 
horas. A paciente usou a medicação indicada continuamente durante alguns meses, e depois 
como sentia queimação no estomago passou a usá-la esporadicamente, mas com pequena 
melhora. Deixou os afazeres domésticos, e contava com faxineira três vezes por semana e 
ajuda da vizinha, até que há um ano pioraram as dores e começou a apresentar cansaço aos 
esforços, e as dores a impediam de resolver qualquer assunto fora de casa. Então mudou-se 
para a casa da filha, que passou a cuidar de todas as necessidades da mãe, e passou a usar 
cadeiras de rodas para qualquer deslocamento um pouco maior. Paciente nunca fumou, 
negava ortopnéia, dispneia paroxística noturna e edema. Medicação em uso: captopril 50mg 
cedo, Diclofenaco 50mg e Codeina 30mg eventualmente. Ao exame físico: PA= 160X90 
mmhg FR= 16 FC=80 bat/min peso= 85kg, altura=1,59, IMC= 34kg/m2. Presença de 
deformidades e nódulos em interfalangeanas distais. Joelhos com aumento de volume, 
crepitação, dor a movimentação, limitação a flexão e extensão. Grande atrofia de musculatura 
apendicular de MMIIs, principalmente quadríceps. Para esse caso podemos afirmar: 
a) O diagnóstico realmente é de osteoartrose. Nesse caso o estimulo físico, orientado por 
profissionais com exercícios para manutenção de força e resistência muscular, 
preservação da amplitude articular são instrumentos importantes, e associado a analgesia 
e orientações nutricionais fazem parte do tratamento não medicamentoso. 
b) Como é uma consequência esperada e normal do envelhecimento, quando a osteoartrose 
está estabelecida, a restrição física e repouso relativo é a única medida eficaz para evitar 
sobrecarga e piora do comprometimento articular. E sempre que necessário usar 
antinflamatório ou analgésicos simples. 
c) Com tanta repercussão clínica e comprometimento funcional da paciente o diagnóstico 
não deve ser de uma simples osteoartrose, e sim de uma doença inflamatória mais severa 
como por exemplo Artrite Reumatóide, que é muito mais grave e também bastante 
prevalente nessa faixa etária. 
d) Deve-se pensar em adequações que podem ser feitas no mobiliário, dispositivos de 
segurança no domicilio e áreas de circulação frequente, bem como adaptações em 
calçados, e avaliação da necessidade do uso de órteses e meios auxiliares da marcha que 
podem dar segurança, e permitir melhora funcional e qualidade de vida. 
Especialidades Clínicas 11 
 
30) Mulher, 82 anos, professora aposentada, viúva, 4 filhos. Comparece à consulta trazida pela 
filha com a qual mora há cerca de 3 anos, desde o falecimento do marido com quem morava. 
Filha informa que desde a morte de seu pai observou que a mãe iniciou quadro de 
esquecimentos frequentes e que estes estavam se agravando progressivamente. Inicialmente 
observou que os alimentos estavam estragando na geladeira e em algumas situações a mãe 
alimentava-se de comida estragada guardada na geladeira e não percebia. Observou também 
que a mãe se encontrava menos cuidadosa com os afazeres da casa e até mesmo de sua 
higiene, o que a deixava preocupada uma vez que a mãe sempre fora uma pessoa muito 
vaidosa. Decidiu leva-la para morar com ela já que não tinha condições de supervisioná-la. 
Aos poucos, a paciente evoluiu com dificuldade de sair de casa sozinha. Ia ao supermercado e 
não se lembravao que havia ido comprar, até que em um dos episódios perdeu-se no 
caminho perto de sua casa. Filha observou também que aos poucos a paciente foi perdendo 
interesse em fazer atividades que antes lhe dava prazer, tais como ler jornais, assistir 
noticiário e conversar com vizinhas. Procurou atendimento médico no início do quadro, tendo 
sido realizado diagnóstico de depressão e iniciado tratamento, porém filha não observava 
melhora importante e decidiu leva-la novamente em um geriatra. História pregressa de DM e 
HAS, osteoartrose de joelhos e uso crônico de benzodiazepínicos para dormir (iniciado após 
falecimento do marido). Durante avaliação geriátrica observou-se: PA: 130x80 mmHg FC: 
84 bpm Peso: 68 Kg Altura: 1,56 cm. Demais aparelhos sem alterações. MEEM: 16/30 
Fluência verbal: 10 animais em 1 minuto TDR: 5; GDS: 2/15 
Em relação ao caso acima descrito, podemos afirmar: 
a) Trata-se de provável Doença de Alzheimer, uma vez que paciente apresenta prejuízo de 
memória e também de outras funções cognitivas associado a prejuízo em suas atividades 
de vida diária. 
b) Trata-se de um caso de depressão não tratada adequadamente relacionada à perda do 
marido. 
c) Para diagnóstico de síndrome demencial seria indispensável Ressonância Magnética de 
crânio e exame de líquor, além de exames laboratoriais. 
d) O tratamento consiste apenas em controle de comportamento com antipsicóticos, uma vez 
que se trata de provavelmente de Demência frontotemporal. 
 
31) Paciente de 78 anos, sexo feminino é trazida ao pronto atendimento do Hospital de Base por 
apresentar episódios de confusão mental há um dia. Tem como antecedentes pessoais: 
osteoporose com fratura lombar há seis meses, hipertensão arterial em uso de 
hidroclorotiazida e diabetes mellitus tipo 2 em uso de metformina. 
Exame físico: REG, prostrada, confusa e sonolenta, desidratada 2+/4+, frequência respiratória 
= 10 vpm, frequência cardíaca = 102 bpm, pressão arterial = 110 x 60 mmHg. Demais sem 
alterações significativas. 
Exames laboratoriais séricos: 
Glicemia = 600 mg/dL - sódio = 126 mEq/L - potássio = 2,3 mEq/L - cloreto = 110 mEq/L - 
creatinina = 2,3 mg/dL - ureia = 102 mg/dL - cálcio total = 13,5 mg/dL – albumina 3,0 mg/dL - 
hemoglobina 10,1 g/dL - hematócrito 29% - leucócitos 7.800/mm3 (0/58/2/3/27/10) - plaquetas 
289.000/mm3. 
Gasometria arterial: pH 7,19 – pO2 65 (ar ambiente) – pCO2 35 – HCO3 10. 
O distúrbio gasométrico completo desse paciente é: 
a) Acidose metabólica hiperclorêmica e acidose respiratória 
b) Acidose metabólica hiperclorêmica, alcalose metabólica e acidose respiratória 
c) Acidose metabólica com ânion GAP aumentado e acidose metabólica hiperclorêmica 
d) Acidose metabólica com ânion GAP aumentado, acidose metabólica hiperclorêmica e 
acidose respiratória 
 
Especialidades Clínicas 12 
 
32) Paciente feminina, 65 anos, diabética, controlada com glicazida 30mg a noite, conta episódios 
recorrentes de infecção urinária (ITU), com uso frequente de antibióticos. Conta que os 
diagnósticos de ITU foram sempre realizados, a partir do achado de leucócitos e bactérias no 
exame de urina, apesar de nunca apresentar ardor ou qualquer outro sintoma urinário nessas 
ocasiões, e nem ao menos notar alteração no aspecto da urina, o que sempre a deixou 
intrigada. Tabagista no passado, nunca recebeu vacina alguma, pois a irmã mais velha passou 
mal há alguns anos atrás após receber “vacina da gripe”. Procurou serviço de emergência, 
pois há 4 dias apresentou início de tosse, com expectoração amarelada, anorexia, pequeno 
cansaço aos esforços, e fraqueza. Não mediu a temperatura, mas tem sensação de corpo 
quente, nega dor torácica e edema. 
Ao exame físico: Bom estado geral, eupneica, corada e hidratada. Ativa e colaborativa.PA= 
130X80 mmhg FC= 80 bat/min, FR= 22 ipm. Crepitações finas em base pulmonar direita com 
ausculta da voz aumentada nessa região. Fez RX com infiltrado alveolar em base de 
hemitórax direito, colheu exame de sangue que mostrou Hemograma com leucocitose discreta 
e desvio á esquerda, creatinina= 0,8, glicemia=96 mg/dl. Podemos afirmar que: 
a) Paciente apresentou no passado bacteriúria assintomática que não deveria ser rastreada 
ou tratada. O fato de não ter sido vacinada contra influenza ou pneumococos aumenta a 
susceptibilidade a infecções respiratória. No momento o diagnóstico é Pneumonia, e pode 
ser tratada com antibioticoterapia em regime ambulatorial, pois se trata de idosa jovem, 
sem multimorbidades ou polifarmácia, aparentemente robusta, e seu quadro clínico e 
exames laboratoriais permitem essa conduta. 
b) Apesar da ausência de sintomas urinários, mas pelos antecedentes de ITU e Diabetes, 
temos que considerar que se trata de um quadro de sepses urinária com superinfecção 
respiratória, principalmente por não ter recebido vacina contra influenza. 
c) Paciente apresentou antecedentes de bacteriúria assintomática que na época não 
deveriam ter sido tratados, apenas rastreados. No momento, o quadro que apresenta é de 
Pneumonia, e necessita ser tratado em ambiente hospitalar com antibiótico injetável, pois 
trata-se de paciente idosa com doença crônica e sem vacinação prévia. 
d) Como apresenta infecção em dois focos concomitantes, urinário e pulmão, além dos 
antecedentes de ITU de repetição e ausência de vacinação, temos que por cautela realizar 
o tratamento em ambiente hospitalar, com combinação de antibióticos para esses dois 
sítios infecciosos, evitando que evolua com Delirium. 
 
33) Paciente de 23 anos de idade, trabalhador braçal em limpeza pesada de obras e fábricas, com 
antecedente de depressão e etilismo da entrada no pronto atendimento comatoso. Foi 
encontrado caído em via pública e trazido para avaliação médica. No exame físico 
apresentava: frequência cardíaca 44 bpm, pressão arterial 120 x 80 mmHg, escala de coma 
de Glasgow = 3 pontos, monitor cardíaco com ritmo sinusal. 
Exames laboratoriais séricos: creatinina 0,9 mg/dL – ureia 60 mg/dL – glicose 82 mg/dL – 
sódio 135 mEq/L – cálcio 9,5 mg/dL – cloro 88 mg/dL – potássio 3,8 mEq/L – lactato 1,0 
mmol/L (VR = 0,4 – 2,0mmol/L). 
Gasometria arterial: pH 6,98 – pCO2 18 mmHg – bicarbonato 8 mEq/L. 
Osmolaridade sérica medida: 315 mOsm/kg H2O. 
Tomografia computadorizada de crânio: edema cerebral difuso. 
Com base em sua principal hipótese diagnóstica qual a melhor conduta neste momento? 
a) Gluconato de cálcio 
b) Glucagon 
c) Atropina 
d) Hemodiálise 
 
Especialidades Clínicas 13 
 
34) Paciente masculino de 45 anos de idade é admitido no pronto atendimento do Hospital de 
Base após trauma grave, colisão moto x carro. Ao exame físico apresenta-se descorado, pulso 
= 140 bpm, pressão arterial= 110 x 70 mmHg, com macicez à percussão de todo hemitórax 
esquerdo e murmúrio vesicular abolido ipsilateralmente. Peso estimado = 80 Kg. Ao 
hemograma – Hb = 5,0 g/dL; leucócitos = 5.000/mm3 e contagem de plaquetas = 60.000/mm3. 
Ao coagulograma: TP (RNI) = 3,0; TTPA = 116 segundos; dosagem de fibrinogênio = 90 
mg/dL; dímero-D 3.500 ug/L (VR < 500 ug/L). As medidas segundo o ATLS estão sendo 
realizadas. Qual a conduta em relação ao suporte transfusional imediato? 
a) Concentrado hemácias 3U; plasma fresco congelado 800 mL dose de ataque, 
Concentrado de plaquetas 8U. 
b) Concentrado hemácias 3U; plasma fresco congelado 800 mL em dose de ataque; 
crioprecipitado 8U. 
c) Concentrado de hemácias 3U; plasma fresco congelado 400 mL em dose de ataque; 
crioprecipitado 8U. 
d) Concentrado de hemácias 3U; plasma fresco congelado 400 mL dose de ataque; 
concentrado de plaquetas 8U. 
 
35) Paciente de 34 anos, sexo masculino, está internado na enfermaria de clínica médica do 
Hospital de Base para investigação de um quadro de perda de peso, febre baixa e dispneia. 
Refere ser tabagista, etilista e usuário de drogas ilícitas. Ao exame físico se apresenta em 
regular estado geral, hipocorado, com temperatura axilar de 37,9ºC, estase jugular a 45º, 
murmúrio vesicular presente com estertorescrepitantes nas bases pulmonares, ritmo cardíaco 
com B3, sopro sistólico 3+/6+ em borda esternal esquerda. Abdome plano, flácido, indolor, 
fígado a quatro cm da borda costal direita, baço palpável a cinco cm de rebordo costal 
esquerdo, edema em membros inferiores 2+/4+ e petéquias nas plantas dos pés. Sinais vitais 
de chegada: frequência cardíaca = 130 bpm, pressão arterial = 120 x 80 mmHg. Foi realizado 
um eletrocardiograma na chegada do paciente (Figura 1). Exames laboratoriais: Hb 9,0 g/dL; 
Ht 27% (VCM e HCM normais) leucócitos 16.700/mm3 (segmentados 84%); plaquetas 
190.000/mm3; AP 90%; RNI 1,1; TTPA normal; PCR 15,7 mg/dL; creatinina 1,0 mg/dL; Ureia 
40 mg/dL. Radiografia de tórax: Sinais de congestão pulmonar. Hemocultura (dois pares): 
Staphylococcus aureus. Ecocardiograma transtorácico: sem alterações. No 14º dia de 
internação o paciente se queixa de piora da dispneia, apresentando palidez intensa e episódio 
de síncope. Um novo eletrocardiograma é traçado (Figura 2). 
 
Figura 1 – Eletrocardiograma – 1º dia de internação 
 
 
Figura 2 – Eletrocardiograma – 14º dia de internação 
 
Qual a provável causa da piora clínica do paciente no 14º dia de internação? 
a) Abscesso de anel valvar. 
b) Hipocalcemia. 
c) Hipomagnesemia. 
d) Isquemia coronariana. 
Especialidades Clínicas 14 
 
36) Paciente de 78 anos de idade vem ao pronto atendimento do Hospital de Base com queixa de 
tontura, turvação visual, náuseas, vômitos e diarreia. É portador de diabetes mellitus tipo 2, 
hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, fibrilação atrial e carcinoma de próstata 
avançado. Está em uso de metformina 850 mg após almoço e jantar, anlodipino 10 mg cedo, 
furosemida 40 mg cedo, digoxina 0,25 mg cedo, carvedilol 6,25 mg 12/12h, enalapril 10 mg 
12/12h. Um eletrocardiograma é traçado (Figura 1): 
 
Figura 1 
 
Quais distúrbios hidroeletrolíticos podem ter desencadeado a complicação que levou o 
paciente ao pronto atendimento? 
a) Hiperpotassemia e hipercalcemia. 
b) Hipopotassemia e hipercalcemia. 
c) Hiponatremia e hipopotassemia. 
d) Hipocalcemia e hiperpotassemia. 
 
37) Homem de 40 anos está internado em uma unidade de terapia intensiva do Hospital de Base 
após trauma grave com esmagamento de membro inferior esquerdo. No quinto dia de 
internação, foi feito o diagnóstico de pneumonia nosocomial e o paciente evoluiu com 
insuficiência respiratória, sendo necessária a imediata intubação orotraqueal que foi realizada 
em sequência rápida. Logo após o procedimento o doente apresentou uma parada 
cardiorrespiratória em atividade elétrica sem pulso. A droga que provavelmente causou esta 
complicação foi: 
a) Rocurônio. 
b) Succinilcolina 
c) Propofol. 
d) Etomidato. 
 
 
Especialidades Clínicas 15 
 
38) Mulher de 57 anos com diagnóstico de esquizofrenia em uso de haloperidol, clozapina e 
clorpromazina está internada em enfermaria de clinica medica para tratamento de uma 
pneumonia comunitária com levofloxacino. Durante a visita médica você nota que a paciente 
se tornou arresponsiva e está pálida. Seu pulso está extremamente filiforme. Pressão arterial = 
60 x 40 mmHg. Após monitorização e estabelecimento de um acesso venoso é traçado um 
eletrocardiograma (Figura 1). 
 
 
Figura 1 
Qual a melhor conduta neste momento? 
a) Cardioversão elétrica. 
b) Amiodarona 300 mg em bolus. 
c) Amiodarona 150 mg em 10 minutos. 
d) Desfibrilação elétrica. 
 
39) Você esta atendendo em seu ambulatório de clínica médica quatro pacientes em investigação 
para síndrome edemigênica. Laboratorialmente apresentam creatinina sérica variando de 1,0 a 
2,4 mg/dL e o exame de urina I evidenciando cilindros hemáticos e proteínas ++/4+. A 
dosagem de complemento total e frações (CH50, C3 e C4) é normal em apenas um dos 
pacientes. Trata-se provavelmente de: 
a) Paciente de 45 anos, sexo feminino apresentando púrpura elevada em membros 
inferiores, dor abdominal difusa e 315.000 plaquetas/mm3. 
b) Paciente de 54 anos, sexo masculino, história de hepatite C não tratada e aparecimento de 
lesões tipo livedo reticularis em membros inferiores. 
c) Paciente de 33 anos, sexo feminino apresentando derrame pleural com exsudato, anemia 
com elevação de desidrogenase lática, teste de coombs direto positivo e fator antinuclear 
positivo com padrão nuclear pontilhado fino na titulação 1/640. 
d) Paciente de 23 anos, sexo masculino, usuário de drogas injetáveis, febre baixa, 
esplenomegalia, sopro cardíaco e hemocultura positiva para Streptococcus viridans. 
 
 
Especialidades Clínicas 16 
 
40) Paciente de 51 anos, sexo masculino, tabagista ativo, portador de dislipidemia mista, 
hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 da entrada no pronto atendimento da 
clínica médica do Hospital de Base com quadro de dor torácica em região precordial com 
irradiação para membro superior esquerdo, pescoço e epigastro. Seus sinais vitais são: 
Pressão arterial = 210 x 120 mmHg, saturação de oxigênio em ar ambiente 94% e frequência 
respiratória de 18 ipm. Ausculta cardiopulmonar sem alterações. Um eletrocardiograma foi 
realizado (Figura 1): 
 
 
Pergunta-se: Qual a provável coronária acometida? 
a) Coronária direita 
b) Circunflexa 
c) Marginal 
d) Descendente anterior 
 
41) Paciente de 71 anos, sexo masculino, portador de hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, 
doença arterial coronariana com revascularização do miocárdio há três anos, doença renal 
crônica dialítica (refere ter faltado a sua ultima sessão de hemodiálise há dois dias), artrite 
reumatoide, doença de Alzheimer, hipotireoidismo e gota, da entrada no pronto atendimento 
com fraqueza e cansaço. Sinais vitais: pressão arterial de 180 x 100 mmHg, saturação de 
oxigênio em ar ambiente de 94% e frequência respiratória de 15 ipm. Ausculta cardiopulmonar 
sem alterações. Um eletrocardiograma foi realizado (Figura 1): 
 
 
Pergunta-se: Qual a melhor conduta imediata? 
a) Atropina e bicarbonato de sódio 8,4% 
b) Passagem de marca-passo transvenoso 
c) Gluconato de cálcio 10% EV 
d) Angioplastia primária 
Especialidades Clínicas 17 
 
42) Paciente do sexo feminino, 66 anos de idade, hipertensa e diabética, vem para consulta 
médica devido sensação de cansaço fácil e dispneia aos esforços habituais além de 
palpitações noturnas. Eletrocardiograma mostrou ritmo de fibrilação atrial e o ecocardiograma 
mostrou dupla lesão aórtica com predomínio de estenose, com gradiente transvalvar médio de 
36 mmHg. Baseado no caso acima responda: 
a) A paciente tem um CHA₂DS₂-VASc Score baixo não havendo indicação de anticoagulação 
oral 
b) O risco anual de acidente vascular encefálico desta paciente é de 4,8% e o risco composto 
de acidente vascular encefálico, ataque isquêmico transitório e embolia sistêmica é de 
6,7%, devendo a paciente ser anticoagulada com Rivaroxabana 20 mg 1 x dia 
c) Como o risco de sangramento da paciente é intermediário (avaliado pelo ATRIA Bleeding 
Risk Score), a anticoagulação oral deve ser iniciada com Varfarina. 
d) Pacientes com valvopatia aórtica não tem indicação de anticoagulação oral devido baixo 
risco cardioembólico 
 
43) Paciente portador de angina do peito estável há 2 anos entra em contato com Serviço de 
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) devido quadro de dor precordial definitivamente 
anginosa de início em repouso e que já dura 1 hora. A central de regulação despacha 
ambulância para o atendimento local onde é realizado eletrocardiograma com diagnóstico de 
infarto do miocárdio com supradesnível do segmento ST em parede anterior e o paciente é 
referenciado para hospital onde foi submetido a tratamento fibrinolítico com Tenecteplase. 
Após 120 minutos, o eletrocardiograma mostrou redução de 60% no supradesnível do 
segmento ST. Baseado nos dados acima marque a questão correta: 
a) A estratégia fármaco-invasiva é a mais indicada para o caso. O paciente deve ser 
encaminhado para serviço que disponha de laboratório de hemodinâmica para realização 
de angiografiacoronária em intervalo de tempo de 2 – 24 horas após o infarto. 
b) O paciente deve ser encaminhado imediatamente para serviço que disponha de laboratório 
de hemodinâmica para intervenção coronária percutânea de resgate já que o 
eletrocardiograma mostra ausência de critérios de reperfusão miocárdica. 
c) Devido boa evolução após tratamento fibrinolítico o paciente deve ser submetido a 
estratificação de risco não invasiva (guiada por isquemia) nas próximas 72 horas. 
d) Devido superioridade da intervenção coronária percutânea primária, o paciente deveria ter 
sido encaminhado diretamente para hospital com laboratório de hemodinâmica, mesmo 
que o atraso fosse de 180 minutos. 
 
Paciente masculino, 19 anos, vítima de colisão moto x carro. Socorrido por SAMU em 
“Glasgow” de 6, intubado em via pública, levado à serviço de emergência. Após avaliação 
primária e secundária de equipe de trauma constatado, em TC crânio, contusão bifrontal + 
edema cerebral perilesional com efeito de massa em ventrículos laterais. Monitorado 
Pressão intracraniana e internado em UTI com os seguintes dados: PA=110 x 50 (70) 
mmHg; P = 92 ppm; FR = 16 irm; PIC = 25 mmHg. Com base no caso acima responda as 
questões 44 e 45: 
 
44) Em relação aos cuidados com um paciente vítima de TCE é verdadeiro afirmar que: 
a) Hipercapnia e hipocapnia podem ser causas de lesão cerebral secundária. 
b) A temperatura axilar é a preferencialmente aferida e deve ficar abaixo de 38�C. 
c) Hipotermia deve ser realizada em todo paciente com TCE e risco de lesão cerebral 
secundária. 
d) Hipernatremia deve ser evitada pois favorece o edema cerebral. 
 
45) A pressão de perfusão cerebral (PPC) é de: 
a) 25mmHg 
b) 45mmHg 
c) 85mmHg 
d) 95mmHg 
Especialidades Clínicas 18 
 
46) Paciente de 48 anos, tabagista, apresentou palpitações após libação alcoólica. Procura a 
emergência onde é realizado ECG abaixo. Qual é o diagnóstico? 
 
a) Flutter atrial 
b) Taquicardia atrial com BAV 2:1 
c) Taquicardia atrial com BAV 3:1 
d) Taquicardia ventricular 
 
47) Paciente de 71 anos, hipertenso (I-ECA), dislipidêmico (Atorvastatina) com tonturas episódicas 
há quatro meses. Inicialmente feito suspeita clínica de labirintite e tratada com sintomáticos, 
sem melhora. Hoje apresentou quadro de tontura ao levantar da cama, com escurecimento da 
visão, perda fugaz da consciência e queda da própria altura. No pronto socorro, ao exame 
clínico inicial, não foram constatadas alterações significativas de PA, pulso, T�C e FR; ao 
exame neurológico não apresentava sinais de localização e foi, então, solicitada TC de crânio, 
que não mostrou sangramento ou isquemia agudas. Ao retornar ao PS, apresentou perda de 
consciência e hipotensão grave e, concomitantemente, foi identificado o rítmo abaixo. Qual o 
diagnóstico conduta imediata? 
 
 
a) Taquicardia ventricular; cardioversão elétrica 
b) Taquicardia Ventricular; cardioversão química (amiodarona) 
c) Taquicardia supraventricular 
d) Flutter atrial 
Especialidades Clínicas 19 
 
48) Paciente hipertenso, internado em UTI com hemorragia meníngea (Hunt-Hess IV, Fisher IV) 
por ruptura de aneurisma de artéria comunicante anterior. Evoluiu com coma arreativo e 
pupilas midriáticas e fixas bilateralmente. Mantido sem sedação para programar investigação 
de morte encefálica. Para o diagnóstico de morte encefálica é correto afirmar, exceto: 
a) O Na+ (sódio) deve estar, estritamente, entre 135 a 145 mEq/l. 
b) Seja conhecida a causa do coma. 
c) Teste de apneia em, pelo menos, uma das fases. 
d) Sejam afastadas outras causas de coma, como hipotermia, sedação. 
 
Paciente feminino, 32 anos, internada em UTI por insuficiência respiratória hipoxêmica, decorrente 
de “síndrome respiratória aguda grave” por Influenza A. Sob ventilação mecânica controlada a 
volume com os seguintes parâmetros: 
Volume corrente 300 ml (6ml/kg de peso predito) 
Fluxo 50 l/min 
PEEP 10 cmH2O 
FiO2 50% 
 
Baseado nos dados acima responda as questões 49 e 50: 
 
49) São indicações de ventilação mecânica invasiva, exceto: 
a) Tratamento de pneumonia grave 
b) Recondicionar trabalho muscular 
c) Otimizar trocas gasosas 
d) Reduzir consumo de oxigênio 
 
50) A pressão expiratória final positiva (PEEP), refere-se a: 
a) Pressão alveolar ao final da expiração, refletindo, exclusivamente, o volume residual (VR) 
b) Pressão alveolar ao final da expiração, refletindo a capacidade residual funcional (CRF) 
c) Pressão alveolar ao final da inspiração, refletindo a capacidade residual funcional (CRF) 
d) Pressão nas vias aéreas ao final da inspiração, refletindo o volume de reserva inspiratório 
(VRI) 
 
51) Paciente masculino, 66 anos, tabagista a 48 anos, DPOC em uso de oxigênio domiciar. 
Quadro atual de febre alta, tosse produtiva e piora de dispneia. Constatado, em emergência, 
taquipnéia (30 irm) e oximetria de pulso de 78% em ar ambiente e 83% com mascada de O2 a 
5 l/min. Tentado ventilação não invasiva, sem sucesso, e, por isso realizada intubação 
orotraqueal e ventilação mecânica invasiva controlada a volume. As medidas de mecânica 
ventilatória iniciais eram as seguintes: 
 
Pressão de pico 36 cmH2O 
Pressão de platô 28 cmH2O 
Resistência das vias aéreas 08 cmH2O 
Complacência estática 18 ml/cmH2O 
 
Dentre as alternativas abaixo, a melhor definição para “pressão de platô” é: 
a) É a pressão medida ao final de uma pausa inspiratória e reflete a pressão alveolar ao final 
da inspiração. 
b) É a pressão medida ao final de uma pausa expiratória e reflete a pressão alveolar ao final 
da inspiração. 
c) É a pressão medida ao final de uma pausa inspiratória e reflete a pressão resistiva. 
d) É a pressão medida ao final de uma pausa expiratória e reflete a pressão resistiva. 
 
Especialidades Clínicas 20 
 
52) Paciente com disúria, febre há 18 horas. Foi admitido na emergência com sonolência, 
confusão mental, pressão arterial de 85x45 mmHg e freqüência cardíaca de 124 bpm. Os 
exames mostraram leucometria de 16.100 por mm3, uréia de 84 mg/dL, creatinina de 1,9 
mEq/L e lactato de 6,0 mmol/L. Feito expansão volêmica com 30 mL/Kg de cristalóide 
isotônico com persistência de pressão arterial média de 59 mmHg sendo iniciado 
noradrenalina. Sedimentoscopia urinária revelou inúmeros piócitos e flora bacteriana 
aumentada. De acordo com as definições da Society of Critical Care Medicine e European 
Society of Intensive Care Medicine de 2013 e do SEPSIS-3 de 2016 o paciente apresenta: 
a) Infecção urinária simples 
b) Infecção urinária e Sepse 
c) Infecção urinária e Choque séptico 
d) Infecção urinária, Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e bacteremia 
 
53) Você está na UTI avaliando uma paciente internada com choque séptico por pneumonia 
comunitária grave, após 24 horas do início da antibioticoterapia. A paciente apresenta-se 
toxemiada, com acidose metabólica e níveis elevados de lactato sérico (> 8 mmol/dl), em uso 
de noradrenalina 0,6 mcg/Kg/min com PA: 100x70 mmHg, FC: 129 bpm e pressão venosa 
central de 4 mmHg. A gasometria arterial mostra um PaO2 de 78 mmHg com FiO2 0,5 e o 
hematócrito é 39%. Das alternativas abaixo, qual a medida terapêutica isolada mais adequada 
para este momento. 
a) Iniciar Dobutamina a 5 mcg/kg/min. 
b) Infusão de Cristaloide isotônico EV com avaliação da variação da pressão venosa central. 
c) Administrar Hidrocortisona EV e ampliar espectro de antibióticos imediatamente. 
d) Aumentar a infusão de noradrenalina para manter a PA sistólica maior que 120 mmHg. 
 
54) Paciente de 37 anos, masculino, empresário, procura o médico por queixa de desconforto e 
estufamento pós-prandial, náuseas e dor epigástrica há aproximadamente 6 meses. 
Geralmente os sintomas estão relacionados com a ingestão de determinados alimentos, como 
molhos vermelhos, massas e bebidas alcoólicas. Nega perda de peso ou outros sintomas. 
Realizou endoscopia digestiva alta, que demonstrou gastrite endoscópica moderada de corpo 
e antro. Biópsias confirmaram gastrite crônica em atividade moderadae Helicobacter pylori 
positivo. O paciente, preocupado, interroga ao seu médico se essa gastrite pode “virar” câncer. 
Assinale a alternativa correta, sobre a relação “gastrite – câncer”. 
a) A gastrite crônica pode ser considerada uma condição pré-cancerosa e parece estar 
particularmente relacionada ao carcinoma gástrico do tipo intestinal. 
b) Na gênese do câncer gástrico, uma das fases que o precede é a atrofia. Entretanto, não se 
pode afirmar que a extensão e localização da atrofia tenham correlação com o risco de 
câncer gástrico. 
c) A persistência da inflamação na gastrite crônica ocasiona o desenvolvimento de atrofia 
gástrica com hipercloridria, estágio que pode progredir para o tipo intestinal do câncer 
gástrico. 
d) Um sistema prognóstico para relatar a gastrite em termos de estádios, denominado OLGA 
(Operative Link for Gastritis Assesment), foi publicado em 2005 e ordena seus fenótipos 
em uma escala de risco progressivo para o câncer gástrico; entretanto, esse sistema não 
tem sido validado por outros autores, pois não parece ser útil na avaliação da gravidade da 
gastrite atrófica. 
 
 
Especialidades Clínicas 21 
 
55) Ainda em relação ao caso clínico anterior, assinale a alternativa correta sobre a gastrite 
crônica. 
a) Tipicamente, embora presente no antro e no corpo, o H. pylori é mais comumente 
encontrado no corpo, onde encontra as condições ideais para sua sobrevivência. 
b) Na gastrite de antro ocorre secreção de ácido diminuída, e ela pode estar associada à 
atrofia. 
c) Seu maior fator causal, o H. pylori, tem um longo período latente de infecção subclínica, 
durante o qual causa inflamação e dano da mucosa. 
d) Embora o H. pylori tenha sido encontrado na biópsia, é improvável que a lesão gástrica do 
paciente seja associada à infecção por esta bactéria. 
 
56) Paciente feminina, de 34 anos, sem outras comorbidades, com história de hepatite B crônica, 
apresenta os seguintes resultados laboratoriais: HBsAg (+); antiHBc (+); HBeAg (-); anti-HBe 
(+); anti-HBs (+); HBV-DNA 80.000 U/mL; ALT 218 U/L (valor normal até 31) e AST 189 U/L 
(valor normal até 41). A paciente não apresenta evidências de cirrose hepática. Segundo o 
Ministério da Saúde do Brasil, a droga recomendada para tratamento desta paciente é: 
a) Lamivudina 
b) Entecavir 
c) Tenofovir 
d) Adefovir 
 
57) Ainda sobre o caso clínico da questão anterior, podemos afirmar que a paciente se encontra 
em fase de: 
a) Estado de imunotolerância 
b) Estado imunoativo, vírus selvagem 
c) Estado de portador inativo do vírus 
d) Estado imunoativo, vírus mutante pré-core 
 
58) Paciente de 32 anos, com diarreia há 3 meses, 4 a 6 episódios ao dia, com aspecto gorduroso 
e perda de peso de 3,5 kg neste período. Na investigação, apresentou anticorpo 
antitransglutaminase fração IgA reagente em altos títulos. O médico solicitou endoscopia 
digestiva alta, e a biópsia de duodeno revelou aumento do número de linfócitos intra-epiteliais, 
achatamento de mucosa e alargamento das criptas intestinais. A melhor abordagem 
terapêutica para este paciente é: 
a) Dieta isenta de glúten permanentemente. 
b) Dieta isenta de glúten temporariamente até que a mucosa intestinal se restabeleça, 
quando o glúten poderá ser progressivamente reintroduzido na dieta. 
c) Dieta isenta de lactose permanentemente. 
d) Associação imunossupressor (preferencialmente azatioprina) e prednisona. 
 
59) Paciente masculino de 26 anos, relata que acordou hoje com olhos amarelados. Refere 
privação de sono nos últimos dias, por excesso de trabalho e seus colegas tem percebido que, 
ocasionalmente, seus olhos ficam amarelados. Exames laboratoriais: AST 38 U/L (vr até 41), 
ALT 28 U/L (vr até 31), Fosfatase alcalina 92 U/L (vr 110), gama-GT 37 U/L (vr 60), bilirrubina 
total 3,2mg/dL, bilirrubina direta 0,2mg/dL e DHL 98 U/L (vr 110). O diagnóstico mais provável 
é: 
a) Anemia hemolítica 
b) Síndrome de Rotor 
c) Síndrome de Gilbert 
d) Anemia falciforme 
 
Especialidades Clínicas 22 
 
60) Paciente de 58 anos, previamente hígido, encaminhado por ter apresentado, em doação de 
sangue, o exame anti-HCV reagente. Na história clínica, referiu estar assintomático; relata 
etilismo de 2 garrafas de cerveja aos domingos, há 18 anos; negou tabagismo e uso de drogas 
ilícitas; referiu uso do estimulante “Glucoenergan”, juntamente com outros jogadores, nos 
vestuários dos campos de futebol, no final dos anos 70. Nega transfusão sanguínea ou 
cirurgias anteriores. Ao exame físico, apresentava-se em bom estado geral, consciente e 
orientado, sem flapping, com leve perda de massa muscular, anictérico e acianótico. 
Apresentava spiders em tronco e leve eritema palmar. Precórdio e pulmões sem alterações; 
abdome plano, flácido, com fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito, borda romba, 
consistência aumentada, superfície irregular e indolor; baço percutível até rebordo costal 
esquerdo, sem ascite ou outras massas palpáveis. Membros inferiores sem edema. Os 
exames complementares revelaram: 
ü genotipagem do HCV 3a. 
ü alfa-fetoproteina 77 ng/mL; 
ü albumina 3,6 mg/dL; bilirrubina total 1,2 mg/dL; RNI 1,2; 
ü creatinina 0,9 mg/dL; 
ü endoscopia digestiva alta: duas varizes de esôfago distal de fino calibre, estômago e 
duodeno normais; 
ü ultra-sonografia de abdome: fígado heterogêneo, bordas rombas, com três uma 
imagens hipoecóicas de 3 cm, 4 cm e 6 cm nos seus maiores diâmetros; baço de 550 
cm3 , veia porta de 1,4 cm de diâmetro, com velocidade de 12 cm/s, e veia esplênica 
de 0,9 cm de diâmetro; sem ascite. 
ü tomografia computadorizada de abdome: fígado com bordas rombas, três imagens 
localizadas: segmentos II, III e VII do fígado, de 3 cm, 4 cm e 6 cm nos seus maiores 
diâmetros, captantes de contraste arterial e com clareamento rápido na fase venosa, 
veia porta de calibre aumentado, esplenomegalia, sem ascite. 
Assinale a alternativa correta. 
a) O paciente tem hepatocarcinoma e deve ser encaminhado, imediatamente, para realizar 
transplante de fígado. 
b) O paciente tem cirrose hepática descompensada, o que limita o tratamento do 
hepatocarcinoma. 
c) O paciente tem hepatocarcinoma, com estadiamento da classificação de Barcelona BCLC 
estágio D. 
d) Do ponto de vista de função hepática, o paciente encontra-se em Child-Pugh A, com 5 
pontos. 
 
61) Ainda sobre o caso clínico da questão anterior, analise as afirmativas e assinale a correta, em 
relação à etiologia da doença hepática crônica deste paciente. 
a) O álcool é a principal etiologia para este paciente, visto que doses cada vez menores de 
ingesta estão sendo relacionadas à doença hepática crônica. 
b) A hipótese mais provável é a transmissão parenteral inaparente do vírus C pelo uso de 
“Glucoenergan”. 
c) Embora a hepatite C esteja confirmada, é pouco provável que ela seja a responsável pela 
cirrose do paciente, visto que a contaminação ocorreu, provavelmente, há mais de 30 
anos. 
d) Não há etiologia convincente para a doença hepática crônica identificada neste caso 
clínico. 
 
 
Especialidades Clínicas 23 
 
62) Mulher de 18 anos procura assistência médica com queixa de febre de 38°C há 10 dias, com 
artralgia em mãos e punhos, fadiga, lesões eritematosas fotossensíveis em região malar, além 
de discreto edema de membros inferiores e pressão arterial de 140x100mmhg. Os exames 
complementares mostraram hemoglobina de 10g/dl, leucócitos de 3.000/mm³, linfócitos de 
700/mm³ e plaquetas 70.000/mm³. A urina tipo I mostrou proteinúria com cilindros granulosos 
e hematúria. Que exames complementares são importantes para confirmar o diagnóstico de 
Lúpus Eritematoso Sistêmico? 
a) Fator reumatoide, anticorpo anticitoplasma de neutrófilos, velocidade de 
hemossedimentação 
b) Anticorpo antinuclear, anticorpo anti-DNA nativo, frações C3 e C4 do complemento 
c) Anticorpo antitopoisomerase I, anticorpo anti-Jo1, eletroforese de proteínas 
d) Anticorpo anticentrômero, anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico, proteína C reativa 
 
63) Mulher de 50anos com queixa de arroxeamento e edema dos dedos das mãos e pés há 6 
meses, que iniciou no inverno, sendo que não consegue usar seus anéis desde essa época. 
Refere ainda disfagia para alimentos sólidos e pequenas ulcerações nas pontas dos dedos 
das mãos no último mês. Trouxe exames: anticorpo antinuclear reagente padrão centromérico 
1/1280 e capilaroscopia periungueal mostrando microangiopatia padrão SD. Qual o 
diagnóstico? 
a) Doença Mista do Tecido Conjuntivo. 
b) Esclerose Sistêmica. 
c) Lúpus Eritematoso Sistêmico. 
d) Dermatomiosite. 
 
64) Paciente de 73 anos, feminina, do lar, com história de dorsalgia há 3 meses, procurou 
atendimento médico no ambulatório. Faz tratamento para osteoporose há mais de 5 anos, em 
uso irregular de alendronato sódico 70 mg por semana, por intolerância gástrica, carbonato de 
cálcio 500 mg/dia e colecalciferol 400 UI/dia. Tem antecedente pessoal de doença do refluxo 
gastro-esofágico e fratura de punho direito há 2 anos. Menopausa com 49 anos sem ter feito 
reposição hormonal. Tabagista. Refere dieta boa em leite e derivados. Não faz atividade física. 
Fez nova densitometria óssea que apresentou T-score de – 2.4 na coluna lombar e – 3.6 no 
fêmur total, com perda de massa óssea em relação ao exame anterior. Radiografia de coluna 
tóraco-lombar mostrou fratura de T12 e L1. Dosagem de Vitamina D3 de 18,6. Demais exames 
laboratoriais normais. Qual seria sua conduta terapêutica nesse caso? 
a) Iniciar teriparatida diariamente por dois anos e fazer a correção da vitamina D 
(colecalciferol 50.000 UI/dia por 2 meses ) e após manter dose de manutenção. 
b) Trocar alendronato sódico por risedronato sódico 35 mg/semana e aumentar a dose de 
cálcio e vitamina D para 800 UI/dia. 
c) Manter alendronato sódico 70 mg/semana por 10 anos e fazer a correção da vitamina D 
(50.000 UI/dia por 2 meses) e após manter dose de manutenção. 
d) Suspender alendronato sódico e iniciar raloxifeno 60 mg/dia. Aumentar a dose do 
carbonato de cálcio 500 mg duas vezes ao dia e colecalciferol para 1.000UI/dia. 
 
65) Paciente de sexo feminino, 50 anos de idade, apresenta artrite crônica (há mais de 3 meses), 
que iniciou em punhos e depois acometeu 2ª, 3ª e 5ª metacarpo falangeanas (MCF) 
bilateralmente, joelho direito e tornozelo esquerdo. Realizou RX que evidenciou osteopenia 
peri-articular nas articulações acometidas e erosões em 2ª e 3ª MCF a direita. Apresenta 
também redução do espaço articular nestas articulações. VHS e PCR altos para o valor de 
normalidade. Diante deste quadro podemos inferir o diagnóstico de: 
a) Osteoartrite erosiva 
b) Lúpus com artrite 
c) Artrite reumatoide 
d) Gota 
Especialidades Clínicas 24 
 
66) Paciente de 36 anos, sexo masculino, bancário, com história de dor lombar inflamatória há 
mais de 4 anos, com rigidez e piora da dor pela manhã. Referia dor em face plantar dos 
calcâneos. Negava artrite em articulações periféricas. Apresentou dois episódios de 
inflamação ocular, com vermelhidão e visão turva em olho direito. Negava outros sintomas. 
Fazia uso esporádico de antiinflamatórios não hormonais (AINH) e relaxante muscular. Os 
exames laboratoriais mostravam alteração de provas inflamatórias (hemossedimentação e 
proteína C reativa). A radiografia da coluna lombo-sacra mostrava retificação da coluna, com 
quadratura dos corpos vertebrais e cantos brilhantes. A radiografia da bacia mostrava 
borramento e esclerose das articulações sacro-ilíacas bilateralmente. Qual seria sua hipótese 
diagnóstica, que exame solicitaria e conduta terapêutica? 
a) Espondilite anquilosante. Solicitar HLA-B27. Uso contínuo de AINH e iniciar agente 
biológico anti-TNF alfa. 
b) Osteoartrite da coluna lombar. Ressonância magnética da coluna lombar. Manter AINH e 
fisioterapia. 
c) Artrite reativa. Solicitar HLA-B27. Uso de corticóides e metotrexate. 
d) Hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH). Ressonância magnética das sacro-
ilíacas. Iniciar agente biológico anti-TNF alfa. 
 
67) Paciente de sexo masculino, 45 anos de idade, iniciou quadro de dor e sinais flogísticos 
intensos, não conseguindo pisar, em 1ª metatarsofalangeana do pé direito. Procurou 
emergência onde foi prescrito antiinflamatório não hormonal com melhora, porém em 15 dias 
teve novo episódio semelhante no tornozelo esquerdo. Refere has, dislipidemia e calculose 
renal há 5 anos. Qual provável diagnostico? 
a) Embolia de colesterol 
b) Artrite reativa 
c) Artrite reumatoide 
d) Gota 
 
68) Um homem de 46 anos foi vítima de uma picada de escorpião na região cervical, sendo que 
negava patologias prévias, assim como uso de medicamentos de modo continuo. Ele recebeu 
o soro antiescorpiônico após 2 horas do incidente, porém evoluiu com choque cardiogênico e 
necessidade de dobutamina. Encaminhado para a UCOR, após 48 horas apresenta piora dos 
parâmetros laboratoriais, com ureia de 160 mg/dl e creatinina sérica de 2,9mg/dl. Qual o 
melhor diagnóstico em relação a provável Insuficiência Renal Aguda? 
a) Síndrome Cardiorenal tipo 1 
b) Síndrome Cardiorenal tipo 2 
c) Síndrome Cardiorenal tipo 3 
d) Síndrome Cardiorenal tipo 4 
 
69) Paciente de 34 anos, sexo masculino, foi admitido na emergência após o término da Maratona 
de Rio Preto. Durante o trajeto ele ingeriu água em todos os postos de hidratação, porém após 
completar a prova iniciou um quadro de cefaléia, náuseas e confusão mental, sendo trazido 
pela organização do evento ao Pronto Atendimento do Hospital de Base. Assinale a alternativa 
que contempla a principal hipótese e o tratamento adequado. 
a) Hipercalemia e o tratamento deve ser realizado prontamente com a administração de 
gluconato de cálcio, solução polarizante, inalação com beta 2 agonista e 
poliestirenossulfonato de cálcio. 
b) Hipernatremia e deve ser reposta a água livre perdida durante a atividade física 
extenuante, preferencialmente com soro fisiológico a 0,45%. 
c) Hiponatremia e o tratamento deve ser com reposição de salina a 3% na quantidade de 100 
ml em 10 minutos, podendo ser repetida caso não haja melhora clínica. 
d) Hipomagnesemia e o tratamento deve ser iniciado prontamente com 30 gramas de cloreto 
de potássio e sulfato de magnésio, com a administração em 60 minutos por bomba de 
infusão. 
Especialidades Clínicas 25 
 
 
70) Paciente do sexo masculino de 28 anos apresenta história de edema em membros inferiores 
há 3 meses, com ganho de 6 kg nesse período. Ele faz uso de losartan e furosemida para 
hipertensão arterial diagnosticada há 30 dias. Não apresenta outras comorbidades. Sua 
pressão arterial é 160/90 mmHg. Além do edema das extremidades inferiores, o exame físico, 
incluindo fundo de olho, é negativo. A urina tipo 1 revela 4+/4 de proteínas, com hemácias de 
25 por campo. A creatinina sérica é de 1,4 mg/dl e a albumina sérica é de 2,9 g/dl, com 
proteinúria de 24 horas de 3,5 gramas. É realizada uma biópsia renal. Qual a glomerulopatia 
mais provável? 
a) Lesões mínimas 
b) Glomeruloesclerose segmentar e focal 
c) Glomerulopatia membranoproliferativa 
d) Glomerulopatia Membranosa 
 
71) Uma mulher de 32 anos com doença de Von Willebrand é tratada com desmopressina pré-
operatória antes da cesárea para uma gestação a termo. Fluidos intravenosos são 
descontinuados 24 horas após o parto. Três dias após a cirurgia, ela está alerta, orientada, 
comendo e bebendo normalmente, porém apresenta uma breve convulsão. Dados 
laboratoriais mostram um sódio sérico de 108 mEq / L e a tomografia computadorizada da 
cabeça é normal. Descobriu-se que a desmopressina foi inadvertidamente continuada em uma 
dose de 2 µg a cada 8 h nos últimos 3 dias. Ela é tratada com solução salina a 3% a 40 ml/h. 
Oito horas depois, o sódio sérico é de 119 mEq/L e ela está acordada, mas confusa. Qual das 
seguintes terapias deve ser instituída neste momento? 
a) Continuar com solução salina 3% a 40 ml/h. 
b) Interromper a solução salina 3% e iniciar soro glicosado 5%. 
c) Interromper a solução salina 3% e iniciar solução salina 0,9%. 
d) Parar com a

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