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O Território Nacional espaço Brasileiro o modelo econômico brasileiro

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GEOGRAFIA
O TERRITÓRIO NACIONAL; ESPAÇO BRASILEIRO; O MODELO 
ECONÔMICO BRASILEIRO
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR(A): Mayra Barbosa Souza
DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho
CAPA: Washington Nunes Chaves
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autorais e do editor.
© 05/2019
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LUIS FELIPE ZIRIBA
Formado em Geografia pela Universidade de 
Brasília, leciona desde 2001 em cursos e pla-
taformas variadas pelo Distrito Federal, tendo 
começado em pré-vestibulares, seguindo para 
preparatórios para o concurso de admissão à 
carreira diplomática, escolas de ingresso na 
carreira militar (espcex) além de lecionar para 
os mais concorridos concurso do Brasil, tais 
quais Câmara dos Deputados, Senado Federal, 
BC ,PF, PCDF ,entre outros, promovendo nes-
tes últimos, principalmente, aulas na frente de 
Atualidades e de Realidade do DF
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GEOGRAFIA DO BRASIL
O Território Nacional; Espaço Brasileiro; O Modelo Econômico Brasileiro
Prof. Luis Felipe Ziriba
O Espaço Brasileiro .....................................................................................5
Parte I. O Espaço Brasileiro: Aspectos Naturais (Relevo, Clima Vegetação, 
Hidrografia e Solos) ....................................................................................6
1. Macrodivisão Natural do Espaço Brasileiro ..................................................6
1.1. Introdução ..........................................................................................6
1.2. Biomas, Domínios, Ecossistemas e Solos .................................................7
1.3. Os Biomas Brasileiros .........................................................................11
2. Clima ..................................................................................................45
2.1. Os Climas do Brasil ............................................................................46
3. Relevo .................................................................................................49
3.1. Os Macro Blocos Geológicos Brasileiros (Estruturas) ................................50
3.2. As Grandes Unidades de Relevo (As Formas de Relevo) ...........................52
Parte II. O Território Nacional: A Construção do Estado e da Nação, a Obra 
de Fronteiras, Fusos Horários e a Federação Brasileira ................................53
1. Introdução ...........................................................................................53
2. Fusos Horários .....................................................................................55
3. Conceitos: Território, Estado, População, Povo e Nação ..............................59
Parte III. O Modelo Econômico Brasileiro: Industrialização, Energia e 
Complexos Agroindustriais e as Disparidades Territoriais ................................. 59
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GEOGRAFIA DO BRASIL
O Território Nacional; Espaço Brasileiro; O Modelo Econômico Brasileiro
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O ESPAÇO BRASILEIRO
Apresentação
Nesta primeira aula, veremos aspectos territoriais naturais do Brasil e suas for-
mações econômicas regionais. Por fim, apresentarei um texto complementar, feito 
por mim, bem elucidativo sobre nossa matriz energética.
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O Território Nacional; Espaço Brasileiro; O Modelo Econômico Brasileiro
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PARTE I. O ESPAÇO BRASILEIRO: ASPECTOS NATURAIS 
(RELEVO, CLIMA VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA E SOLOS)
1. Macrodivisão Natural do Espaço Brasileiro
1.1. Introdução
Caro(a) aluno(a), iniciarei esta primeira aula abordando os temas mais espe-
cíficos de geografia física, pois os demais tópicos estão relacionados a temas de 
geografia humana do Brasil: urbanização, campo, população, entre outros.
Visto isso, e sem perder tempo, vale uma introdução importante: fazer a se-
paração entre biomas, domínios e ecossistemas.
Perceba bem que o Cespe, faz algum tempo, em certas provas, menciona conhe-
cimentos acerca de domínios e de biomas (e seus respectivos ecossistemas). Em 
nosso edital, cita domínios, mas nem ao menos explica quais são, ou seja, se estes 
são domínios geomorfológicos, morfoclimáticos. Tudo bem, isso acontece às vezes, 
e é quase certo que esse termo domínios entrou de forma protocolar, mais uma vez 
(posso apostar que sim, tal qual em outros concursos), pois o planejamento nacio-
nal trabalha, hoje, com a macrodivisão do território nacional em biomas.
Os domínios, se forem os de Aziz ab’Saber, chamados domínios morfoclimáticos, 
ficaram literalmente para trás, sendo uma divisão dos anos 1960, e são, no to-
tal, seis, mais as chamadas faixas de transição. A classificação, inclusive, em 
domínios morfoclimáticos é, além de ultrapassada, mais complexa, sem dúvidas, 
à medida que leva em conta fatores bióticos e naturais, tais quais clima, vegetação 
e relevo, enquanto a divisão em biomas leva como base as tipologias vegetais.
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Domínio Amazônico
Domínio do Cerrado
Domínio dos Mares de Morros
Domínio da Caatinga
Domínio da Araucária
Domínio da Pradaria
Faixas de Transição
Mapa do Brasil
Domínios Morfoclimáticos
Aziz Ab’Saber
Domínios morfoclimáticos
1.2. Biomas, Domínios, Ecossistemas e Solos
São, portanto, seis domínios morfoclimáticos, como vemosacima no mapa, 
acrescidos de suas respectivas faixas de transição. Vale um destaque de extrema 
importância: no mapa brasileiro de biomas do IBGE (nosso mapa oficial apresenta-
do a seguir), não ocorrem as zonas de transição, sendo que, no mapa de biomas, 
as áreas de encontro entre essas macrounidades são denominadas ecótonos.
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Obs.:� no mapa de biomas brasileiros, os encontros entre biomas diferentes são 
denominados ecótonos. Um ecótono muito importante que representa 
recente fronteira de expansão do agronegócio mecanizado e suas escalas 
de produção de valor e desmatamento associado é o da Amazônia – Cer-
rado, em estados como Mato Grosso e Tocantins, por exemplo. Utilizarei, 
inicialmente, o mapa a seguir e suas legendas correspondentes. Observe 
bem que está em duas configurações. Uma mais detalhada com estados 
e coordenadas e outra mais destacando apenas as diferenças dos biomas 
no mapa brasileiro.
Biomas continentais
Amazônia
Mata Atlântica
Caatinga
Cerrado
Pantanal
Pampa
Biomas continentais
Amazônia
Mata Atlântica
Caatinga
Cerrado
Pantanal
Pampa
Biomas (IBGE)
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Biomas (IBGE)
Por fim, e dando seguimento a esta parte introdutória, e antes de falar especi-
ficamente sobre os biomas nacionais, apresentarei o conceito de ecossistema e 
as diferenças principalmente em relação aos biomas.
Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes 
bióticos, como os organismos vivos: plantas, animais e micróbios; e os componentes 
abióticos, elementos químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Esses 
componentes interagem por meio das transferências de energia dos organis-
mos vivos entre si e entre estes e os demais elementos de seu ambiente.
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Como são definidos pela rede de interações entre organismos, e entre os or-
ganismos e seu ambiente, ecossistemas podem ter qualquer tamanho. Como 
é difícil determinar os limites de um ecossistema, e no Brasil há bem delimitado 
o limite dos biomas no mapa que vimos acima – não se esqueça dele –, con-
venciona-se adotar distinções para a compreensão e possibilidade de investigação 
científica. Assim podemos estabelecer inicialmente, por exemplo, uma separação 
entre os meios aquáticos e terrestres. Então, ecossistemas aquáticos serão 
os lagos, naturais ou artificiais (represas), os mangues, os rios, mares e oceanos. 
Os ecossistemas terrestres serão as florestas, as dunas, os desertos, as tundras, 
as montanhas, as pradarias e pastagens e assim vai.
Veja que ecossistema é diferente de bioma, embora esteja inserido den-
tro deste. Bioma, na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) é o “conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos 
de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimá-
ticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversida-
de biológica própria”. Em outras palavras, pode ser definido como uma grande área 
de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas.
É importante, por fim, destacar que, muitas vezes, o termo bioma é utilizado 
como sinônimo de ecossistema, mas, diferentemente do ecossistema, na classifi-
cação de bioma interessa mais o meio físico (a fisionomia da área, princi-
palmente da vegetação) do que as interações que nele ocorrem. O perfil do 
local e a dimensão também importam na classificação: um ecossistema qualquer 
só será considerado um bioma se suas dimensões forem de grande escala. As-
sim, por exemplo, existe o bioma Mata Atlântica e dentro dele vários ecos-
sistemas, como o das matas ombrófilas, das restingas e dos manguezais, 
dos campos de altitude entre outros.
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1.3. Os Biomas Brasileiros
Bom, visto em qual contexto se encaixam os termos biomas, domínios e ecossis-
temas, explicarei especificamente sobre aquele que domina hoje o planejamento am-
biental, estrutural e legal no Brasil: o bioma e sua distribuição pelo território nacional.
Como são divisões que levam em conta prioritariamente a tipologia vegetal das 
macroáreas, vale destacar que os biomas podem ser de três extratos diferentes:
•	 Florestais: árvores de grande porte. Ex.: Mata Atlântica e Amazônia;
•	 Arbustivos: árvores de médio porte. Ex.: Cerrado e Caatinga;
•	 Herbáceos: gramíneas. Ex.: Pampas.
Obs.:� o Pantanal é um sistema complexo, no qual se encontram extratos vegetais 
de vários tipos.
1.3.1. O Bioma Amazônico
Floresta latifoliada ombrófila equatorial. Latifoliada = folhas largas.
Características
Para começar a falar sobre a Amazônia, vale a pena, caro(a) aluno(a), separar 
o conceito de Amazônia Legal e de bioma amazônico.
O conceito de Amazônia Legal se refere a um planejamento comum a um terri-
tório que abrange também partes de outros biomas. O ecótono (encontro) da 
Amazônia com o Cerrado no Mato Grosso e Tocantins, por exemplo.
O planejamento da Amazônia Legal possui, na Superintendência de Desenvol-
vimento da Amazônia (Sudam), sua autarquia de fomento a atividades agrícolas, 
pecuárias, industriais e extrativas.
Veja a área de abrangência da Amazônia Legal, abarcando, inclusive, parte de 
estados da região Centro-Oeste (MT) e Nordeste (MA).
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Amazônia Legal e bioma amazônico
Há somente a área de abrangência do bioma amazônico e perceba como é me-
nor do que a de cima, que se refere à Amazônia Legal. No caso, a Amazônia Legal 
ocorre dentro do planejamento, abrangendo áreas maiores, em Mato Grosso (ecó-
tono Cerrado) e Tocantins (também).Bioma amazônico: área de ocorrência no Brasil
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A enorme biodiversidade do bioma amazônico se encontra ligada ao clima 
quente e úmido (graças, ao qual, fatores bióticos são mais acelerados), à sua 
superlativa dimensão em associação aos patamares de relevo.
O clima é o equatorial, em imensa parte da Amazônia brasileira, havendo a 
ocorrência de clima tropical apenas em porções ao sul da floresta.
Sobre a superlativa dimensão, o bioma amazônico é disparado o maior bioma no 
Brasil, mas se estende para outros oito países: Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, 
Colômbia, Guina, Suriname e Guiana Inglesa. Em 1978, os países da América do 
Sul formalizaram um tratado de cooperação mutua para a Amazônia em vários sen-
tidos (fronteiras, segurança, soberania, preservação de recursos), chamado de Tra-
tado de Cooperação Amazônica (TCA). A seguir, apresento um artigo interessante 
sobre o TCA e seus entraves mais recentes. Recomendo a leitura integral, é curto: 
https://www.mundorama.net/?p=11110
Por fim, os patamares diferenciados de relevo da Amazônia brasileira promovem 
extratos de biodiversidade diferenciados à medida que ocorrem flora e fauna adapta-
das a condições diferentes de solo e disponibilidade hídrica, entre outros fatores. So-
bre esse tema, é preciso analisar um pouco mais, então vamos aos três patamares:
Mata de igapó e matas de várzea: nas margens do rio Amazonas, e em seus 
rios tributários, na planície amazônica, onde as terras são mais baixas, formam-se 
os chamados igarapés e também, em patamares mais altos, os terrenos de várzea. 
A diferença de um para outro é muito simples. Enquanto nos igarapés as matas 
são permanentemente inundadas; nas várzeas, são periodicamente (parte do ano) 
inundadas. Nessas áreas, as árvores atingem até 20 metros de altura, mas a maio-
ria possui entre quatro e cinco metros, principalmente, nas matas de várzeas (que 
são periodicamente inundadas, ao contrário dos igarapés que são permanentemen-
te inundados). As espécies vegetais encontradas são totalmente adaptadas a ter-
renos alagadiços nestes ambientes. Suas plantas, de menor porte, são hidrófilas 
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(adaptadas a regiões alagadas), possuindo como espécies comuns a vitória-régia, 
as orquídeas, as bromélias e outras e árvores como palmeiras. Vale destacar nova-
mente que os campos, ou matas inundáveis, podem ser perenes, como nos igara-
pés, ou intermitentes, como nas matas de várzeas;
Mata inundada
Obs.:� nas matas inundadas, em ambientes de presença marinha (nas partes lito-
râneas), em foz de rios que deságuam no mar, ocorre a formação dos man-
gues, que são constituídos por vegetação adaptada à inundação ao longo 
do ano, porém, com água salinizada. Solos halófitos (adaptados a grande 
quantidade de sal) e plantas pneumatófitas (com raízes suspensas) são dois 
termos relacionados aos mangues. A seguir, estão as áreas de mangues no 
Brasil de forma aproximada e com destaque, também, para sua tipologia 
comum com raízes mais elevadas e terrenos inundados. Veja, contudo, que 
os mangues não são exclusividade da Amazônia, ocorrendo em praticamen-
te todo o litoral brasileiro.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitória-régia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orquídea
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Ocorrência dos mangues
Mangues
•	 Matas de terra firme: são os domínios predominantes em área, com cerca 
de 85% de todo o bioma, e situados nas partes planálticas (ou seja, fora da 
planície amazônica). São nos terrenos de matas firmes (terras mais altas) 
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que o aproveitamento agropastoril se processa em toda a Amazônia Legal, 
principalmente em estados como Pará e Rondônia. Nas terras firmes, a flo-
resta é densa, com madeiras nobres como mogno, cerejeira e altíssima bio-
diversidade faunística.
Alguns Dados sobre a Superlativa Biodiversidade e Importância da 
Amazônia
Estima-se que praticamente 20% das espécies conhecidas no planeta estejam 
na Amazônia. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 
2005, a fauna amazônica era constituída de 4.221 espécies de animais, 1,3 mil 
espécies de peixe, 30% insetos do planeta, 2.500 espécies de árvores e mais 
de 30 mil espécies de flora
Na Amazônia, há também a maior bacia hidrográfica do mundo, com 25 mil qui-
lômetros de rios navegáveis e 6.675km somente no rio Amazonas.
Rede hidrográfica amazônica
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Por fim, os solos amazônicos são pobres naturalmente. Em função da intensa 
ação de transformação por parte da imensa bacia hidrográfica, não se aprofunda-
ram os perfis e horizontes do solo. São solos, portanto, via de regra, rasos e are-
nosos, onde o que dá sustância e enorme biodiversidade à floresta é exatamente o 
humus, ou seja, a camada orgânica de micro-organismos, bichos mortos e folhas.
Texto Complementar
Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque
Com quase 3,9 milhões de hectares, uma área superior à de alguns estados brasileiros 
como Alagoas e Sergipe, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 
agosto de 2002, sendo desde então uma das maiores áreas protegidas tropicais do 
mundo. Cobre uma porção significativa de uma região de extrema importância ecológi-
ca, o Escudo das Guianas, caracterizado por elevadíssimos valores de riqueza biológica 
e taxa de endemismo. Está situado na região Noroeste do estado do Amapá, uma das 
áreas de menor densidade demográfica da Amazônia. Tais fatos, associados ao alto grau 
de proteção de seus ecossistemas, legitimam essa Unidade de Conservação como um 
dos mais relevantes instrumentos de preservação ambiental da Amazônia brasileira.
Os benefícios geradospelo Parque Nacional são inegáveis: preservação da qualidade 
da água dos rios do Amapá, a medida que as nascentes dos mais importantes rios do 
estado estão parcial ou integramente localizadas na Unidade de Conservação: Oiapo-
que, Jari, Araguari e Amapari, contribuição, devido à sua extensão, para a estabilidade 
climática da região, proteção contra processo de erosão e perda do solo, manutenção 
de populações viáveis de fauna e flora, preservação do patrimônio cultural material e 
imaterial.
A esses aspectos somam-se ainda outros benefícios de caráter socioeconômico. Por se 
tratar de um Parque Nacional, que tem como seus objetivos promover a visitação pú-
blica, abre-se possibilidade para a abertura de um polo ecoturístico. As consequências 
diretas são a movimentação de recursos financeiros por meio da prestação de serviços 
aos visitantes, como gastronomia, hotelaria, guias turísticos, transporte etc. com ge-
ração de empregos diretos e indiretos e renda para a população local, como mostram 
inúmeros exemplos de outros parques nacionais no Brasil e no mundo.
Segundo dados do Imazon (veja box a seguir sobre a instituição), em dezembro de 
2015, as Áreas Protegidas na Amazônia Legal somavam 2.197.485 quilômetros quadra-
dos (km2), ou 43,9% da região, ou ainda, 25,8% do território brasileiro. Desse total, 
as Unidades de Conservação (federais e estaduais) correspondiam a 22,2% do territó-
rio amazônico enquanto as terras indígenas homologadas, declaradas e identificadas 
abrangiam 21,7% da mesma região.
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Bioma amazônico e uso do solo
Obs.:� o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) é uma organização 
científica, não governamental, apartidária e sem fins lucrativos que, desde 
1995, trabalha pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Seu propó-
sito é consolidar, até 2035, o modelo de desenvolvimento tropical da Ama-
zônia, por meio da produção de conhecimento, implementação de iniciativas 
locais e influência em políticas públicas, de forma a impactar o desenvolvi-
mento econômico, a igualdade social e a preservação do meio ambiente.
 � Outra instituição importante de pesquisa amazônica é o Imazon, um ins-
tituto de pesquisa cuja missão é promover o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, 
disseminação ampla de informações e formação profissional. O instituto foi 
fundado em 1990, e sua sede fica em Belém, Pará.
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 � Por fim, há de se considerar o inédito trabalho do Centro de Biotecnologia 
da Amazônia (CBA), que nasce com vistas a assegurar a soberania sobre o 
patrimônio genético da floresta e levá-lo como benesses a população bra-
sileira e ao empresariado local. É uma iniciativa fundamental com vistas a 
projetar nossa pesquisa sobre o patrimônio genético amazônico à frente 
das escalas da biopirataria estrangeira que por décadas vem levando esse 
precioso conhecimento. Construído com recursos da Superintendência da 
Zona Franca de Manaus, órgão do governo federal vinculado ao Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Ministé-
rio do Meio Ambiente, o Centro de Biotecnologia da Amazônia está localiza-
do no Distrito Industrial de Manaus. São 12 mil m2 de área construída onde 
estão integrados um complexo com 26 laboratórios, central de produção de 
extratos, instalações para incubação de empresas, alojamentos para pes-
quisadores e instalações de apoio administrativo e à pesquisa.
Dados sobre o Desmatamento
O desmatamento, como conhecemos hoje na Amazônia, ou seja, gerado pelas 
frentes agropastoris e uso de madeira (em sua imensa maioria ilegal), teve início 
na entrada da década de 1970, com os grandes projetos de colonização da região 
e de integração territorial, leia-se estados do Pará e Rondônia. Estima-se que, de 
lá (anos 1970) até hoje, em torno de 20% do bioma já tenha sido desmatado. Vale 
destacar que, segundo o Código Florestal (de 1965 e revisado em 2012), todas as 
propriedades rurais dento do bioma Amazônico devem conservar 80% de floresta 
nativa. É a chamada reserva legal.
O índice está em queda, se comparado à década de 1990, e também meados da 
década passada. Em 2004, atingiu 27,7 mil Km2. As séries históricas do Instituto 
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) podem ser vistas a seguir, desde 1988, ano 
em que começou a coleta de dados pelo PRODES (satélite).
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Para dados mais apurados e leitura mais abrangente sobre a série histórica 
de desmatamento do INPE, recomendo este link retirado do site do próprio INPE: 
http://www.obt.inpe.br/OBT/noticias/inpe-registra-6-947-km2-de-desmatamento-
-na-amazonia-em-2017/Graf1_amzlegaltaxa.jpg
Acerca da questão do desmatamento, vale destacar que as maiores partes des-
matadas se encontram no chamado “arco do desmatamento”, que é exatamente 
nas partes mais altas, de terras firmes, de estados como Mato Grosso, Rondônia 
e Pará, em função das frentes agropastoris. Aliás, no link sugerido acima (vale a 
leitura), podemos ver dados sobre o desmatamento em 2017, e como ainda é 
muito concentrado em mais de ¾ nesses três estados. Por causa do desma-
tamento com queimadas, o Brasil ainda vigora como sétimo maior emissor 
de gases de efeito estufa do planeta, sendo que mais de 70% de nossas 
emissões estão associadas apenas ao solapamento da cobertura vegetal 
para abertura das frentes agropastoris. Essas frentes não são exatamente no 
bioma amazônico, mas, sim, na Amazônia Legal, que abrange áreas de contato do 
Cerrado com a Floresta Amazônica.
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Obs.:� a geógrafa Bertha Becker, falecida em 2013, destacava em suas obras, tal 
qual no livro Amazônia: geopolítica na virada do III milênio, ser necessá-
rio dar valor à floresta de pé, por meio de processos sustentáveis, como o 
extrativismo e o ecoturismo, em vez de criar escalas produtivas que valori-
zem apenas a floresta deitada.
Sobre o arco do desmatamento:
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1.3.2. O Bioma Mata Atlântica
Floresta latifoliada ombrófila tropical de encosta.
Características
No mapa de domínios morfoclimáticos, a Mata Atlântica é denominada como 
mares de morros, em função de sua geografia acidentada.
O bioma Mata Atlântica se debruça sobre uma imensa faixa litorânea do territó-
rio brasileiro, que vai de Santa Catarina ao Rio Grande do Norte/Ceará, passando 
por faixas climáticas diferenciadas.
Debruçada sobre planaltos e serras, em escudos cristalinos, a Mata Atlântica 
se privilegia por receber os ventos úmidos do Atlântico. É exuberante e biodiver-
sa, chegando, em inúmeras partes, a conter uma quantidade relativa de espécies 
maior do que a da própria Amazônia. Estima-se em mais de 20.000 espécies de 
flora e 1.400 tipos de mamíferos, anfíbios, aves e peixes o contingente de sua 
biodiversidade. Chama a atenção, também, o nível de endemismo, ou seja, de 
espécies que existem apenas na Mata Atlântica e em mais nenhum outro lu-
gar. Para vertebrados, segundo a ONG Conservação Internacional, são mais de 500 
espécies endêmicas.
Na CF/1988, a Mata Atlântica e a Serra do Mar (formação serrana e de Mata 
Atlântica, que se estende desde Santa Catarina até o Espirito Santo) foram alça-
das pelo art. 225 como patrimônios nacionais, segundo o qual os usos de suas 
áreas far-se-á sob condições legislativas específicas que assegurem a preservação 
do meio ambiente.
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Mesmo sendo definido como um bioma de encosta, ocorrem também interio-
rizações importantes da Mata Atlântica (veja com atenção nos mapas a seguir). 
Nessas partes interiores, há, por exemplo, as matas de Araucária, no Paraná; e 
as florestas estacionais deciduais nas Cataratas do Iguaçu e também no estado de 
Minas Gerais. No Nordeste, embora bastante desmatada, a Mata Atlântica é litorâ-
nea por excelência e se debruça no Planalto da Borborema, sendo que, em estados 
como Pernambuco e Paraíba, faz parte no planejamento local de cada um desses 
estados como Zona da Mata.
Domínio Mata Atlântica
Remanescentes
Área de ocorrência da Mata Atlântica
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Os Ciclos Históricos de Devastação e de Ocupação
Maior desmatamento absoluto e relativo dentre os biomas nacionais.
A Mata Atlântica, em termos relativos, é o bioma mais desmatado den-
tre todos os biomas nacionais. Estima-se que apenas uma minúscula parcela, 
algo entre 7% a 10%, ainda esteja de pé. A outra imensa parte, mais de 90% de 
sua cobertura vegetal original, foi solapada em função de séculos de intensas ati-
vidades extrativas, agropastoris, de consolidação urbana e industrial impressas em 
seus domínios. Vale lembrar que o descobrimento do Brasil e todas as iniciativas 
posteriores com vistas à formação de escalas produtivas, e também de formação 
de uma sociedade urbana, situaram-se de forma mais intensificada exatamente 
onde a Mata Atlântica era a paisagem e o corpo natural. Uma análise rápida em 
torno de nossa história socioeconômica evidencia tal assertiva.
Vejamos em tópicos o desenvolvimento históricos das atividades em solos de 
Mata Atlântica:
•	 início com uma intensa exploração do pau-brasil, em nossos primórdios;
•	 ciclo da cana-de-açúcar e formação da sociedade dos engenhos no Nordeste;
•	 formação de outras culturas baseadas em plantations, tal qual nos engenhos 
(em enormes latifúndios e intenso desmatamento), como cacau, algodão, 
café, além de toda uma produção de gêneros alimentícios para suprir escalas 
internas de subsistência e excedentes;
•	 as primeiras iniciativas de instalação de rebanhos no Brasil em associação aos 
engenhos;
•	 parte considerável do ciclo da mineração no século XVIII;
•	 as escalas de urbanização/metropolização desde seus primórdios;
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•	 a industrialização em quase todas suas estruturas ainda vigentes, em com-
pleta associação aos grandes centros urbanos, situados também na fachada 
litorânea;
•	 maior parte das atividades econômicas pujantes, até os dias atuais, e a con-
centração demográfica do Brasil, formando exatamente aquilo que o geógrafo 
Milton Santos definiu como a região concentrada.
Todos esses processos, em associação a séculos de inépcia tanto da atividade 
estatal quanto da sociedade organizada com vistas a fomentar escalas de uso sus-
tentáveis dos espaços, solaparam enorme parte da fauna e da flora da Mata 
Atlântica de forma radical. Os rios também, bem menores e caudalosos em se 
comparado aos da rede hidrográfica amazônica, em grande parte, apodreceram. 
Vejamos os casos do Tietê, em São Paulo; Paraíba do Sul (MG-RJ), rio das Velhas e 
Doce, em Minas Gerais, e vários outros cursos hídricos.
No interior da Mata Atlântica, ocorre de forma gritante escalas de desmatamen-
to e de interferências antrópicas abusivas nas paisagens. A Mata de Araucárias, 
considerada um dos domínios morfoclimáticos de Aziz Ab’Saber, já foi abaixo em 
parcela parecida com a da Mata Atlântica de encosta, dando lugar a cidades, pas-
tagens, rebanhos, culturas agrícolas e usos de madeira para aquecimento, constru-
ções, feitura de móveis, produção de celulose, entre outros.
Contudo, é importante destacar que um compêndio de iniciativas com vistas 
a frear as agressões a este biodiverso bioma ganharam corpo desde a década de 
1980. Uma série de medidas legais e também de ONGs colocaram a Mata Atlântica 
em sua agenda com vistas à proteção dos remanescentes desse fabuloso bioma.
A Unesco, o braço da ONU para a proteção dos patrimônios culturais, históricos e 
ambientais, criou a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), cuja área foi reco-
nhecida pela Unesco, em seis fases sucessivas entre 1991 e 2008, sendo a primeira 
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unidade da Rede Mundial de Reservas da Biosferadeclarada no Brasil. É a maior re-
serva da biosfera em área florestada do planeta, com cerca de 78.000.000 hectares, 
sendo 62.000.000 em áreas terrestres e 16.000.000 em áreas marinhas, nos 17 esta-
dos brasileiros onde ocorre a Mata Atlântica, o que permite sua atuação na escala de 
todo o bioma. Para conhecer mais sobre esse importante tema, vale a pena a consulta 
a este link da Unesco: http://www.rbma.org.br/rbma/rbma_1_textosintese.asp
Finalmente, destaque também para a SOS Mata Atlântica, ONG fundada em 
1986, que realiza, desde então, uma série de ações com vistas a promover estu-
dos, ações e parcerias voltadas a defesa da Mata Atlântica e seus remanescentes e 
reconstituição do que foi desmatado e de espécies de fauna e flora extintas.
1.3.3. O Bioma Cerrado
Características
O Cerrado é o maior bioma integralmente brasileiro. Ocupando originalmente 
em torno de 25% de todo o território nacional, perde em área, em tese, para 
a Amazônia, contudo, enquanto a hileia amazônica divide sua exuberância com 
outros países da América do Sul, tal como vimos acima nesta aula, o Cerrado 
se encontra apenas em território brasileiro, tornando-se, assim, o maior bioma 
exclusivamente brasileiro
A origem do Cerrado advém da separação da placa tectônica sul-americana 
da africana, formando uma continuidade especializada da savana africana. Aqui, 
diferentemente de lá, formou-se um tipo de bioma no qual a maior umidade nos 
solos e quantidade de chuvas promoveu ao longo das eras geológicas um tipo de 
savana exclusivo, com variedades endêmicas de peixes, mamíferos, aves e 
flora relacionadas a um ambiente mais úmido do que o da savana africana 
e outras savanas no mundo.
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Ocorrência do Cerrado em sua porção contínua e manchas no AP e RR
Estado (apenas na mancha contínua) – porcentagem original:
•	 Distrito Federal: 100;
•	 Goiás: 97;
•	 Mato Grosso: 40;
•	 Mato Grosso do Sul: 61;
•	 Tocantins: 92;
•	 Maranhão: 65;
•	 Bahia: 27;
•	 Piauí: 37;
•	 Minas Gerais: 57;
•	 São Paulo: 33;
•	 Paraná: 2.
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Obs.:� note que a única UF onde o cerrado é o único bioma presente é o DF. 
As chamadas manchas são nos estados de Roraima e Amapá, já em domí-
nios amazônicos.
A importância hidrográfica do Cerrado, bioma que é considerado o berço das 
águas do Brasil, reside no fato de que se encontra em posição altimétrica bastan-
te elevada e centralizada no contexto brasileiro, sendo, assim, um divisor de 
águas natural. No Cerrado brasileiro, nascem rios importantes do Brasil: o Pa-
raná, São Francisco, Tocantins/Araguaia, Xingu. No mapa de bacias hidrográficas, 
perceba a localização do Cerrado e como está situado (mesmo que em parte) em 
várias bacias hidrográficas brasileiras importantes.
Hidrografia e Cerrado
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No Cerrado, as formações arbóreas, via de regra, são de porte médio (em tor-
no de 5 a 8 metros), sendo, portanto, um bioma de porte arbustivo. Contudo, 
não podemos deixar de destacar que também ocorrem áreas com presença de ve-
getação rasteira (herbácea), como nos campos, e também de vegetação florestal 
(árvores altas), em matas ciliares.
As árvores possuem aspecto tortuoso e casca grossa (como proteção a queima-
das) e são do tipo xeromórficas, ou seja, que se adaptam a extensos períodos de 
seca, se utilizando, entre outros recursos, da perda de folhas.
As Cinco Principais Diferenças Fisionômicas
Segundo Jurandyr Ross, em sua obra Geografia do Brasil (1995), são cinco as 
fisionomias do Cerrado, diferenciadas em função, entre outros aspectos, pela quan-
tidade de umidade no solo
Campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado, cerradão
Ocorrem também as veredas, que são áreas com relativa inundação e palmeiras 
(buritis) na paisagem, e também as matas ciliares, vegetação em margens de rios, 
onde a exuberância lembra a da Mata Atlântica, por exemplo, com árvores altas, 
cipós, bromélias, orquídeas e outras espécies não tão comuns no Cerrado em suas 
fisionomias típicas.
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Jardim de Maytreia, Chapada dos Veadeiros: uma vereda típica
Até a década de 1980, não havia ainda uma consciência formada por parte de 
acadêmicos, e também da comunidade científica em geral, acerca do tamanho da 
biodiversidade do Cerrado. Após esse período, contudo, uma série de recensea-
mentos passaram a divulgar o quão grande é a biodiversidade no Cerrado. Mas 
grande parte dessa biodiversidade superlativa, por mais estranho que pareça, não 
se encontra visível, estando enterrada, pois cada árvore típica no Cerrado pos-
sui, em média, até seis vezes o seu tamanho em raízes profundas. É a chamada 
mata invertida, com seus organismos e micro-organismos formando uma imbri-
cada rede de biodiversidade singular, a qual acaba atuando como uma espécie de 
esponja para a alimentação dos aquíferos.
O solo predominante no cerrado é o latossolo, um solo com horizontes (ca-
madas) bem definidos, exatamente por ser um solo maduro, mas pobre em nu-
trientes. Por ser um solo muito antigo, os agentes de intemperismo (água, vento, 
sol) atuaram fortemente, levando grande parte de seus nutrientes. Assim, para se 
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formar o celeiro do Brasil de produção de grãos no Planalto Central (estados da 
Bahia, Goiás, Mato Grosso) como conhecemos, foram necessários muita correção 
e embarque tecnológico. Diferentemente dos solos nas regiões de engenho de Per-
nambuco, por exemplo, onde tudo que se planta, produz, tal qual a carta de Pero 
Vaz de Caminha; o solo, no Cerrado, não é fértil naturalmente.
Os Impactos Relacionadose a Atual Situação do Bioma
O Cerrado é, atualmente, o bioma onde as escalas de desmatamento são as 
mais intensas e aceleradas se comparado a todos os outros biomas nacionais. Em 
2012, o Ministério do Meio Ambiente acendeu um alerta: o Cerrado já havia ultra-
passado o nível dos 50% de vegetação original desmatada, com grau de antropi-
zação na casa dos 75%. É um ciclo bem recente, porém, muito acelerado, que tem 
seu início nas décadas de 1950/1960, em função da expansão da fronteira agrícola 
a partir do Mato Grosso do Sul e Goiás.
Outra forma de dano ao Cerrado que vem crescendo e chama atenção é o uso 
de árvores para a atividade carvoeira. Do Pantanal até Minas Gerais, toneladas 
de biomassa do Cerrado vem sendo retiradas de seus campos e matas para servir 
como matriz de calor.
Por fim, vetor contundente de desmatamento se deve nitidamente à acelerada 
urbanização, via de regra, imposta de forma horizontalizada que fora percebida 
tanto nas metrópoles, Brasília e Goiânia, quanto em várias cidades médias em es-
tados como Goiás, Minas Gerais, Bahia, entre outros. A região Centro-Oeste, para 
se ter uma ideia, mesmo alçada à condição de celeiro de grãos do Brasil, ostenta a 
segunda maior taxa de urbanização do Brasil, atrás apenas da região Sudeste, com 
mais de 90% de contingente de população urbana.
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A baixa preservação oficial também é fator de solapamento do bioma. Estima-se 
que apenas 8% do Cerrado apenas esteja dentro de algum tipo de Unidade de Con-
servação, uma média bem mais baixa do que a média nacional (na casa dos 12%).
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1.3.4. Bioma Caatinga
O bioma Caatinga possui uma característica climática determinante; o clima se-
miárido (médias pluviométricas abaixo de 800mm. anuais), com chuvas em apenas 
poucos meses ao longo do ano, geralmente, entre março e agosto. No sertão de 
Pernambuco e Paraíba, são registrados, inclusive, os menores índices pluviométri-
cos no Brasil, com valores de precipitação na casa de 300mm. anuais.
A Caatinga tem seu nome oriundo da tradução de mata-branca, em tupi-gua-
rani, em uma clara alusão a um domínio vegetal que passa a maior parte do ano 
seco, na época das chuvas, e logo nas primeiras parcas quedas de água, o que se 
observa no bioma é o alvorecer de uma grande biodiversidade de plantas e de fau-
na, principalmente, de aracnídeos, insetos e répteis.
Obs.:� geralmente, as bancas costumam promover peguinhas, afirmando ser 
pequena, ou baixa, a biodiversidade contida na Caatinga nordestina, o que, 
em uma primeira vista, pode parecer verdadeiro, porém, não é. Há uma 
biodiversidade de plantas considerável, além de micro-organismos e insetos 
e também animais rasteiros, a qual se demonstra mais ativa, contudo, no 
curto período de chuvas.
A unidade de relevo principal que contém o sertão é a depressão sertaneja, fei-
ção mais rebaixada em relação ao Planalto da Borborema (Zona da Mata e Agreste), 
no chamado componente barlavento. Assim, o sertão nordestino fica na componen-
te sotavento, ou seja, que não recebe os ventos úmidos litorâneos. A seguir, está o 
recorte esquemáticos das regiões onde podemos perceber a depressão nordestina 
e sua relação com o sertão.
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Área de ocorrência da Caatinga
Componentes barlavento e sotavento
Obs.:� barlavento = oceano. Sotavento = interior.
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Atividades Econômicas Principais no Sertão
O sertão nordestino e a região da Caatinga, por suas características físicas – um 
clima marcado por escassez de chuvas, seu inerente distanciamento dos grandes 
centros urbanos da região Nordeste e as escalas seculares de apropriação das 
terras por latifundiários que restringiram o acesso à terra e também as benesses 
necessárias a que as culturas pudessem ter mínimo êxito, tais quais barragens e 
açudes, ou seja, as chamadas estruturas hidráulicas –, estiveram à margem dos 
processos de modernização do campo brasileiro empreendidos ao longo das últi-
mas décadas e também de qualquer surto industrializante.
Uma exceção considerável dera-se na região do médio São Francisco, em Petro-
lina-PE. A produção agrícola do sertão nordestino encontra, no polo de produção 
fruticultora no sertão, situado na mesorregião do São Francisco de Pernambuco, 
uma área de produção de frutas de qualidade via irrigação, sendo destaque 
nacional e referência global.
A fruticultura irrigada no Vale do Rio São Francisco tem sua origem na década 
de 1970, quando o Regime Militar busca pelo Plano de Integração Nacional (PIN) de 
1970, a promoção de novas escalas produtivas para o Nordeste e pinça o semiárido 
nordestino como área de recebimento de investimentos junto à Amazônia. Assim, 
iniciam-se a alocação de estruturas, eminentemente por irrigação, com vistas a 
formar o polo de produção de frutas.
Em 1974, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco 
(Codevasf) é criada como uma autarquia federal com vistas a fomentar o desen-
volvimento da região, levando estruturas de irrigação e fomentos vários ao Vale do 
São Francisco.
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Na década de 1990, a associação entre investimentos estatais e o capital priva-
do rende frutos, literalmente. Petrolina e Juazeiro se consolidam como o epicentro 
da produção irrigada de frutas de qualidade para os mercados globais no Brasil, 
com destaque para as uvas, melões e mangas.
O polo fruticultor Petrolina-Juazeiro e suas adjacências exporta em torno de 
um milhão de toneladas de frutas por ano, representando enorme parte 
das exportações de frutas brasileiras. A estimativa de faturamento anual da 
região gira em torno dedois bilhões de reais por ano, número que só vem cres-
cendo. Nessa área de alta produtividade, predominam em mais de 90% as 
pequenas propriedades rurais.
O atual modelo de negócio por lá envolve os clusters, ou seja, união de em-
presas do mesmo setor que, ao serem associadas em cooperativas, entre outras 
estruturas, acabam facilitando a atividade conjunta por meio do compartilhamento 
de expertises, tecnologias avançadas, mão de obra especializada e outros fatores.
Destaque na região, também, para o aeroporto de Petrolina Senador Nilo Co-
elho, inaugurado em 1981, e que hoje se consolida como um dos aeroportos no 
Brasil com a maior capacidade de exportação de carga.
Outro polo dinâmico de produção de frutas irrigadas encontra-se no 
oeste potiguar, cujos vales úmidos das bacias dos rios Apodi e Piranhas-Açu 
transformaram-se em espaços de interesse para a valorização do capital nacional 
e multinacional via desenvolvimento da agricultura irrigada em bases tecnológi-
cas modernas. O Polo Integrado Açu/Mossoró de Fruticultura, em espaço de clima 
semiárido, distribuído nos municípios do entorno de Assu e de Mossoró, ao seguir 
diretriz baseada no modelo empreendido em Petrolina-Juazeiro, fomentou a produ-
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ção irrigada de frutas em Açu/Mossoró. Por meio de uma sinergia entre investimen-
tos estatais (em macroestruturas) e as atividades de empresas privadas, desde os 
anos 1990, há um eldorado produtivo no semiárido potiguar.
No campo estatal, as ações da Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio 
São Francisco (Codevasf) e da Empresa Brasileira de Desenvolvimento de Pesquisa 
Agropecuária (Embrapa) fomentaram a introdução de uma gama de arcabouços 
técnicos necessários ao desenvolvimento das atividades produtivas. A Superinten-
dência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) se encarregou, junto ao Banco 
do Nordeste e o Banco do Brasil, pelo fomento financeiro e isenções fiscais.
O Polígono das Secas
Segundo a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), 
o Polígono das Secas é reconhecido pela legislação como a área sujeita a períodos 
críticos e prolongados de estiagens, havendo também, dentro dessa área, lugares 
bastante suscetíveis a desertificação.
O Polígono das Secas compreende uma divisão regional efetuada em termos 
político-administrativos dentro da zona semiárida, apresentando diferentes zonas 
geográficas com distintos índices de aridez, indo desde áreas com características 
estritamente de seca, com paisagem típica de semideserto a áreas com balanço 
hídrico positivo, como a região de Gilbués, no Piauí.
Sua área compreende todos estados da região Nordeste, com exceção do Ma-
ranhão, levando também municípios da região Sudeste, em Minas Gerais, em sua 
parte Norte, denominada como Vale do Rio Jequitinhonha.
Criada pela Lei n. 1.348, de 10 de fevereiro de 1951, a área do Polígono sofreu 
revisão dos seus limites. Depois, a Lei n. 4.239, de 27 de julho de 1963, estatuiu 
que o município criado com desdobramento de área de município incluído no Po-
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lígono das Secas será considerado como pertencente a este para todos os efeitos 
legais e administrativos. De outra parte, a Lei n. 4.763, de 30 de agosto de 1965, 
incluiu o município de Vitória da Conquista.
E, finalmente, o Decreto-Lei n. 63.778, de 11 de dezembro de 1968, delegou 
ao superintendente da Sudene a competência de declarar, observada a legislação 
específica, quais os municípios pertencentes ao Polígono das Secas. Esse decreto-
-lei regulamentou e esclareceu que a inclusão de municípios no Polígono somente 
ocorreria para aqueles criados por desdobramento de municípios anteriormente in-
cluídos total ou parcialmente, no mesmo Polígono, quando efetuados até a data da 
lei regulamentar, ou seja, de 30 de agosto de 1965, quando foi declarada como lei.
Em 19 de dezembro de 1997, o Conselho Deliberativo da Sudene (extinta em 
2001), com a Resolução n. 11.135, aprovou a atualização da relação dos municí-
pios pertencentes ao Polígono das Secas, incluindo aqueles que foram criados por 
desmembramento até janeiro de 1997.
Em 2005, a nova delimitação do semiárido brasileiro ampliou os critérios de 
inclusão dos municípios, por considerar insuficiente o índice pluviométrico apenas.
Os critérios passaram a ser:
•	 precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;
•	 índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as 
precipitações e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990;
•	 risco de seca maior do que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 
e 1990.
Estão inclusos 317 municípios, além dos 1.031 anteriores. A área do semiárido 
passou a ser de 969.589,4 quilômetros quadrados, sendo o maior aumento regis-
trado em Minas Gerais: 51,7% do estado passaram a integrar o semiárido.
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Essa nova diretriz visa nortear as políticas públicas do governo federal, sobre-
tudo, as aplicações do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). 
Os municípios integrantes do novo semiárido brasileiro terão bônus de adimplência 
de 25% dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), 
enquanto no restante da região Nordeste, por exemplo, esse percentual é de 15%. 
Ainda quanto ao FNE, a Constituição determina que, pelo menos, 50% dos recursos 
desse Fundo sejam aplicados no financiamento de atividades produtivas em muni-
cípios do semiárido.
A Sudene
Criada em 1959, a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste nasce 
com vistas a promover um desenvolvimento para a região fora do âmbito 
das oligarquias tradicionais agrárias, consideradas responsáveis pelo atraso 
secular que se aprofundava com a modernização do centro-sul brasileiro e suas 
escalas de industrialização e metropolização empreendidas a partir da década de 
1940. Em 2001, a Sudene esteve extinta após denúncias de corrupção, sendo 
criada a Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene). Em 2007, a superin-
tendência é reeditada. Sua área de atuação original compreendia basicamente 
os estados da região Nordeste (com apenas e a parte do Maranhão) e a de Minas 
Gerais compreendida pelo Polígono das Secas. Após algumas alterações, a área de 
ação da Sudene oficialmente é delimitada pela Lei n. 9.690/1998, abrangendo mais 
municípios de Minas Gerais e uma pequena parte ao norte do Espírito Santo, com 
27 municípios. Veja no mapa:
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Polígono das Secas
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1.3.5. Bioma Pantanal
Pantanal
Introdução
O Pantanal é um dos menores biomas brasileiros, porém, um dos mais com-
plexos. Localizado na porção oriental da região Centro-Oeste, entre os estados de 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal recebe influência em sua fauna e 
flora tanto do Cerrado (domínio arbustivo) quanto da Amazônia (domínio florestal), 
havendo ainda extensas áreas campestres (herbáceas).
No mapa de domínios morfoclimáticos, apresenta-se, porém, como um domínio 
de transição, exatamente por sua posição entre o Cerrado e a Amazônia (e forçan-
do um pouco a barra, alguns autores ainda acrescentam os campos sulinos).
A planície pantaneira funciona como uma esponja, bem verdade, à medida que 
drena para dentro de si as águas do Planalto Central (na sua parte Leste) e as 
águas do rio Paraguai (em sua parte oeste). Assim, mesmo sendo uma das regiões 
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em que menos chove no Brasil (médias de 1000mm/anuais), o Pantanal possui 
uma rede hídrica volumosa e muita quantidade de água, principalmente no período 
das cheias (novembro/abril). Contribui enormemente para a presença de um solo 
hidromórfico, com grande capacidade de absorção de água.
Note no mapa, em: https://www.researchgate.net/figure/Bacia-de-drenagem-
-do-rio-Paraguai-com-exutorio-na-estacao-fluviometrica-de_fig2_328583405, 
a rede de drenagem do Pantanal e a presença de porções mais elevadas a leste, 
tais quais o Planalto dos Guimaraes e Planalto Maracaju, Campo Grande.
Obs.:� a parte denominada como Chaco se encontra totalmente em território paraguaio.
Rede hidrográfica do Pantanal
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Paisagem pantaneira típica: mesclando elementos da Amazônia (vitória-régia)
com vegetação arbustiva (e clima) do Cerrado
As Questões Ambientais Pantaneiras
O Pantanal, ao longo das décadas, foi sendo retalhado em enormes fazendas 
de criação de gado. Durante muito tempo, essas propriedades rurais quase secu-
lares determinaram o lento processo de produção do espaço pantaneiro, criando a 
interessante figura do boiadeiro, peão local que durante o ano transita o rebanho 
para fugir dos alagadiços que ocorrem, principalmente, entre os meses de novem-
bro e abril, conduzindo centenas (às vezes, milhares) de bois com seu berrante, 
e a cavalo, nas chamadas comitivas. Mas essa atividade relacionada à alocação de 
enormes rebanhos de boi de corte no Pantanal resultou em certos tipos de danos 
ao meio ambiente, tais quais a compactação de solos em partes mais firmes pelo 
pisoteio do gado e, principalmente, a caça indiscriminada aos animais que matam 
rebanhos, leia-se cobras (e muita sucuri) e onças de todos tipos.
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Contudo, com a chegada das décadas de 1980 e 1990, outros impactos am-
bientais começam a ganhar espaço no Pantanal, principalmente, em função da 
expansão da fronteira agrícola em solos de cerrado e mineração. As atividades das 
fazendas de gado passam a ser um problema bem menor frente aos desafios que o 
assoreamento causa (acúmulo de sedimentos em cursos d’água) nos principais rios 
pantaneiros, em função da atividade agrícola monocultora empreendida no Planalto 
Central. Outro ponto importante acerca dos desafios ambientais do Pantanal reside 
no corte de vegetação em suas cercanias (bioma Cerrado) para uso como lenha, 
além da poluição gerada pelas atividades mineradoras ao sul do bioma (no Maciço 
do Urucum, MS) resultada pela extração de minério de ferro e manganês, principal-
mente, por mais de 160 empresas mineradoras.
Por fim, importa destacar que o Pantanal é o bioma brasileiro (junto com os 
campos sulinos) menos protegido oficialmente por Unidades de Conservação, não 
atingindo a ínfima taxa de 5% a quantidade de áreas protegidas.
Também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área 
de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído, principal-
mente, por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).
No Brasil, o Pampa está presente no estado do Rio Grande do Sul, ocupando 
63% do território gaúcho e também em territórios da Argentina e Uruguai.
Os campos da região Sul do Brasil são denominados como pampa, termo de 
origem indígena para região plana, entretanto, essa denominação corresponde so-
mente a um dos tipos de campo, encontrado mais ao sul do Rio Grande do Sul, 
atingindo o Uruguai e a Argentina.
O solo, em geral, de baixa fertilidade natural, é bastante suscetível à erosão.
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À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, 
apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo, de 60cm a 1m, ralo 
e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando 
gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Pipto-
chaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresen-
tam espécies endêmicas da região.
A regiãoSul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização 
do Brasil.
2. Clima
O Brasil, por sua imensidão territorial, possui uma variedade de climas. Em um 
ano, em nosso território, experimentamos extremos de chuvas e aridez, além de on-
das de calor acima de 40 graus em várias localidades, seja no interior, ou no litoral e 
até neve nas serras, principalmente, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. 
É claro que, por estarmos situado em imensa maioria do território na faixa tropical 
do globo, somos, via de regra, um país de climas quentes e úmidos, com exceções.
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2.1. Os Climas do Brasil
Os microclimas do Brasil se baseiam na atuação das massas de ar 
nascidas em áreas extensas de características homogêneas. Variam de 
intensidade de acordo as estações do ano e podem ser apenas quentes ou frias, 
ou secas ou úmidas.
2.1.1. Equatorial
Característica: quente e úmido sem estação seca.
Gerado pela zona de convergência intertropical, que são os ventos úmidos 
conhecidos como alísios.
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Por ser um clima hermeticamente quente, ocorre uma baixa amplitude térmica anual.
Observar também a influência mais do que direta da massa equatorial continen-
tal (quente e úmida) formada na Amazônia brasileira.
2.1.2. Tropical Típico
Características:
•	 quente, via de regra, alternando entre estação úmida e seca. O período de 
chuvas se relaciona, principalmente, com a atuação expandida da Massa 
Equatorial Continental (mEc);
•	 baixa a média amplitude térmica anual;
•	 o período de seca está relacionado com a formação de uma zona de alta pressão.
Obs.:� tropical de altitude – temperaturas amenizadas pela altitude com ocor-
rência nas serras da região Sudeste.
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2.1.3. Tropical Litorâneo
Características: quente em alternação de estação chuvosa inversa a do clima 
tropical típico. No tropical litorâneo, as chuvas são abundantes entre abril e agosto, 
resultado do encontro de massas de características diferentes, a massa polar atlân-
tica (mPa) e massa tropical atlântica (mTa), formando instabilidade no inverno.
2.1.4. Semiárido
Características:
•	 quente e predominantemente seco, com estação chuvosa reduzida;
•	 nos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e na parte sul do Rio 
Grande do Norte, uma componente orográfica (de relevo), o Planalto da Bor-
borema segura os ventos úmidos. É a chamado componente barlavento.
O semiárido se caracteriza por isoietas médias entre 800mm e 300mm, como 
em Cabaceiras, na Paraíba, a menor taxa no Brasil.
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2.1.5. Subtropical
Características:
•	 estações bem definidas e chuvas bem distribuídas no ano e praticamente sem 
estação seca;
•	 possui média a alta amplitude térmica anual. Em Porto Alegre, por exemplo, 
pode fazer facilmente 38 até 40 graus no verão e, no inverno, zero grau, além de 
que, num mesmo dia, grandes variações de temperatura também são normais.
É no clima subtropical no Brasil que são registradas as menores temperaturas 
no País e a maior parte da ocorrência de neve.
A transição entre verões quentes e invernos frios se deve à atuação da mPa 
(fria e úmida) no inverno e mTa (quente e úmida) no verão.
Obs.:� alguns materiais mais antigos de geografia do Brasil classificavam as áreas 
em clima subtropical como de clima temperado, mas está errado. Mesmo 
fazendo parte do regime temperado climático do globo, tais localidades 
ainda são definidas como de abrangência do clima subtropical.
3. Relevo
O que forma o relevo?
A formação de um relevo se deve a dois fatores: fatores endógenos, ou seja, 
ação de dentro da terra, como atividades tectônicas que vem e removem o solo por 
força interna ou vulcanismo; e agentes exógenos, de intemperismo, tais quais o 
vento, a chuva, água, gelo etc.
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Características importantes do relevo brasileiro:
•	 o território brasileiro se encontra em meio à placa tectônica sul-americana, 
em zona de estabilidade tectônica, portanto, nosso relevo não sofre ações 
constantes tectônicas;
•	 nosso relevo possui feições desgastadas de altimetrias baixas, visto que + de 
90% do território possui altitudes inferiores a 800 metros.
Vulcanismo: no Brasil, não existe nenhum vulcanismo ativo mesmo em tem-
pos geologicamente recentes. O território nacional não foi afetado por nenhuma 
atividade vulcânica durante os últimos 80 milhões de anos.
O vulcanismo mais recente foi o responsável pela formação de diversas ilhas do 
Atlântico brasileiro, como Fernando de Noronha, Trindade e Abrolhos.
Tectonismo: no Brasil, ocorrem em torno de 20 abalos sísmicos por ano com 
mais de 3,0 graus na Escala Richter. O mais forte foi no interior Mato Grosso (6,2 
em 1955) + Acre (mais alto número relativo), com reflexos de epicentros em áreas 
andinas + casos no interior da região Nordeste (relação com falhas geológicas) e 
Norte, MG (em Caraíbas, única morte no Brasil em 2007).
3.1. Os Macro Blocos Geológicos Brasileiros (Estruturas)
Os escudos cristalinos: conhecidos também como escudos cratônicos, são, na 
verdade, os maciços rochosos.
Área: compreendem 36% do território. São muito antigos, mas abrangem os 
dobramentos modernos também, como a Serra do Mar, no litoral sudeste.
Potencial econômico: formação de jazidas de minerais metálicos.
Os principais escudos cristalinos brasileiros: das Guianas e escudo brasilei-
ro, sendo que este último compreende os escudos atlântico + central e nordestino).
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