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0 UNIVERSIDADE PAULISTA LICENCIATURA EM GEOGRAFIA PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) POSTAGEM 1 ATIVIDADE 1 - TEXTO DISSERTATIVO Gustavo Liberato do Rozário 1942768 PONTA GROSSA 2021 1 ESCOLA E VIOLÊNCIA: Antônimos ou sinônimos? Os meios de comunicação social mostram diariamente a violência, presente cada vez mais no cotidiano da sociedade. Ela está em todo lugar. Não só nas ruas, mas também nas escolas. Agressões verbais e físicas, furtos, homicídios, porte de armas, tráfico de drogas, pichações entre outras formas de violência, que transformam um local que deveria ser de aprendizado e formador de futuros cidadãos de bem em mais uma área tomada pela criminalidade e marginalidade. Estes tipos de comportamentos exigem, daqueles que se dedicam à esfera educacional, um olhar mais atento e observador, quanto aos comportamentos estudantis, suas manifestações e consequências no cotidiano escolar. Segundo Luzardi (2003, p.420) a violência nas escolas preocupa a comunidade escolar, pois “toda a violência inibe o potencial de desenvolvimento do ser humano e impossibilita o exercício da sua plena cidadania”. Não apenas nos âmbitos escolares, mas inclusive nos outros meios da sociedade hodierna percebemos uma naturalização com a violência e a marginalização. A grande cifra de roubos, agressões físicas e psicológicas e pichações em muros e casas nos fez “acostumar” com tais atos. A violência se tornou parte do dia a dia das pessoas. Conforme Jorge Werthein: A ideia de que a escola é um lugar que deve oferecer proteção e, também, um lugar que deve ser protegido pela sociedade não mais corresponde à realidade da maioria dos estabelecimentos escolares. É por essa razão que as escolas, muitas vezes, se veem transformadas em locais perigosos, onde ocorrem roubos, homicídios, abusos sexuais, ameaças e danos a bens materiais, bem como outras formas brutais de violência. Situações como essas ocorrem dentro das escolas, bem como em seu entorno imediato. Dia a dia, vemos nossas escolas se transformarem em verdadeiras prisões, em termos de aparência e de estrutura física. Cercadas por grades de ferro, algumas chegam a ser monitoradas abertamente por câmeras de vídeo ou pela presença da polícia ou de guardas de segurança privada (2003, p. 2) ”. Temos que mudar o que está sendo distorcido na história escolar de hoje em dia. Uma ação é necessária tomar. Não se pode aceitar a máxima “Escola e violência: Antônimos ou sinônimos”. Escola e violência são diametralmente opostos. Não há educação onde existe violência; são coisas que não se coadunam. Cabe aos órgãos competentes das áreas da educação e dos direitos humanos tomar ações e determinações firmes e resolutas para pôr um fim a essa “paródia” que sofre a educação em nosso país. Educação inclui todos os profissionais educadores, funcionários públicos de escolas e alunos que querem estudar com seriedade e tranquilidade. 2 O respeito é o primeiro passo a ser dado e é a primeira barreira rompida em sala de aula. Os docentes serão melhores profissionais, a educação evoluirá muito, o número de alunos a obter sucesso e prosperidade profissional será maior também se, as salas de aula forem ambientes propícios para não só transmitir conhecimento, mas também para ensinar às pessoas a serem cidadãos de bem. Como ocorrerá isso? Infelizmente dói dizer, mas só com a exclusão dos alunos que praticam o desrespeito, a marginalidade, vandalismo e atos semelhantes, para que os exclusos possam ser tratados em grupo ou individualmente por profissionais altamente capacitadas para educar e ajuda-los, tais como, psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos. Pois, os docentes não têm uma formação específica para lidar com tais problemas, eles devem se preocupar com a sala e o aprendizado dos alunos em geral. Com isso, talvez a qualidade de ensino e de segurança nas salas de aula aumente consideravelmente. Com essas medidas e acrescidas de mais algumas, o rumo da educação brasileira pode ter outro curso na história atual e futura. Mas se nenhuma medida for tomada, a educação pública no Brasil pode sofrer graves e irreparáveis consequências. 3 REFERÊNCIAS BRITO DA LUZ, Victor. Prática de ensino – Trajetória da Práxis. Por que fazer hoje o que se pode fazer amanhã? Jaraguá do Sul. Apud in: www.passeidireto.com CRISTINA SANTOS DE PAULA, Isabel. Violência na escola – Opinião de professores sobre as causas das manifestações de violência entre os alunos do ensino médio. PUC-SP, 2006.
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