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Dor torácica ligado ao DRGE

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Resumo pertencente a Ana Lívia de Souza Barbosa 
Disciplina: Gastroenterologia 
Tema: DOR TORÁCICA ASSOCIADA À DRGE
1- Patogênese: está relacionada a sinais e sintomas que são devido ao refluxo do suco gástrico em direção ao esôfago. Têm diversos fatores como causadores como a disfunção das barreiras antirefluxo (relaxamento transitório inapropriado do EEI, hérnia de hiato, hipotonia), fatores gástricos (retardo do esvaziamento, alterações de secreção ácida), aumento da pressão intra-abdominal, depuração ácida defeituosa, entre outros fatores. 
2- Manifestações clínicas: As manifestações típicas são a pirose e a regurgitação. Já com relação às manifestações atípicas, as mesmas costumam estarem relacionadas com as manifestações típicas. As manifestações atípicas são divididas em esofágicas (disfagia, dor torácica não cardíaca (DTNC) e globus e extra-esofágicas (pigarro, tosse, asma, fibrose pulmonar, distúrbio do sono). Nas manifestações extra- esofágicas, a DRGE costuma ser um cofator do que causa única. Em se tratando da intensidade dos sintomas, a mesma não necessariamente estará associada ao tempo de exposição ácida, de modo que, a sensibilidade visceral e hiper vigilância são fatores mais marcantes nessa intensidade. 
DTNC: sintoma comum em que se deve sempre excluir causa cardíaca. Excluindo causa cardíaca, pensa-se em DGRE, esofagite eosinofílica, dor torácica funcional ou distúrbios motores do esôfago (acalasia e distúrbios espásticos). A causa das maiorias de DTNC estão relacionadas à DRGE, de modo que, a dor pode ser indistinguível da dor anginosa. Assim, a melhor forma de estabelecer a DRGE como desencadeante é monitorar o início da dor associada a um episódio de RGE ácido com a ajuda da PHmetria, por exemplo. 
3- Diagnóstico: suspeitando do diagnóstico de DRGE associada à DTNC, utiliza-se o consenso de Lyon em que se tem os seguintes parâmetros 
a) Teste terapêutico: usado em casos de sintomas típicos através da terapia supressora ácida e em pacientes jovens
b) EDA: utilizado em casos de sintomas típicos que não respondeu ao teste terapêutico, em casos de sintomas atípicos, pacientes com mais de 45 anos ou com sinais de alarme, de modo que, os achados que confirmariam a DGRE seriam : esofagite grau C ou D, Esôfago de Barret ou estenose péptica. Em se tratando dos achados endoscópicos de DRGE associada à DTNC, 60 a 70% dos achados estará relacionado à esofagite não-erosiva
c) pHmetria: utilizado quando nem o teste terapêutico, nem a EDA são capazes de definir o diagnóstico. Se o exame mostrou um tempo de exposição alta ao ácido (acima de 6%) e/ou associação de sintomas positivos, trata-se o diagnóstico como DGRE. 
4- Tratamento: o curso do tratamento segue os mesmos parâmetros de uma DGRE sem a DTNC. Medidas dietéticas e comportamentais, além dos inibidores de bomba de prótons que são a primeira escolha. As medicações que são utilizados como coadjuvantes são usadas em casos de manutenção dos sintomas mesmo com o uso dos IBP´s ou em evidências de episódios de escape ácido ou não ácidos. A cirurgia de fundoplicatura laparoscópica é pelo menos tão eficaz quanto os IBP´s. A cirurgia costuma ser feita em pacientes com DRGE/DTNC jovens que respondem bem ao IBP´s mas que se tornaram dependentes ou em casos de pacientes com DRGE/DTNC associada a episódios de refluxo não ácido. Em relação aos IBP´s, quanto mais típico e quanto mais ácido dependente for o sintoma, melhor é a resposta com esse tratamento. Já no caso de pacientes com resposta parcial ou que a DRGE já está bem tratada mas que persistem a DTNC, pode-se considerar neuromodulação (tricíclico, ISRS, IRSN, trazodona, entre outras) de modo que, a escolha da droga vai depender do perfil do paciente. Tal cenário pode estar atrelado a um quadro de hipersensibilidade visceral. As terapias cognitivo-comportamentais também podem ter tamanha importância na melhora dos sintomas, principalmente em casos de hipersensibilidade visceral.

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