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Fichamento do Capítulo VI de Teoria dos Movimentos Sociais Paradigmas Clássicos e Contemporâneos (Maria da Glória Gohn)

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Evelyn Lopes Pereira da Silva
Fichamento do Capítulo VI - Características e Especificidades dos Movimentos Latino-
Americanos do livro Teoria dos Movimentos Sociais Paradigmas Clássicos e 
Contemporâneos de Maria da Glória Gohn 
1-Trajetória dos estudos anteriores: as teorias da modernização, da marginalidade e da 
dependência da América Latina 
 
• Teoria da dependencia - Cardoso e Falleto (1970) 
 Behaviorista
 O desenvolvimento deveria ser visto no contexto da dinâmica global da economia
 Fugia da teoria da modernização e do imperialismo
 Possibilitou releituras da realidade e de teorias existentes
• Marginalidade provoca a exclusão, mas também é um condição prévia a acumulação
• Campo = lugar onde se encontra trabalhadores para repor a falta deles na cidade
2-Hipóteses sobre o porquê do uso dos paradigmas europeus nas pesquisas sobre os 
movimentos sociais 
• Teoria da dependência e da marginalidade estrutural 
 Focou na realidade latino-americana: crescimento econômico, controle social pelos regimes 
militares, arrocho salarial dos trabalhadores, supressão das liberdades individuais, crescimento 
das demandas de consumo das camadas médias, expansão do ensino superior e da tecnocracia 
estatal (SIGNIFICADO). 
• Movimentos sociais e populares na América latina, Europa e Estados Unidos
• Onda de estudos sobre os movimentos sociais surgiu no período da ditadura militar
• Uso das teorias europeias nos trabalhos de movimentos sociais
• Incorporação de teorias europeias mas que não estavam adaptadas a realidade latino-
americana
• Teoria europeia - influencia do paradigma marxistas
• Teorias norte-americanas - acoes coletivas dos comportamentos sociais, consideradas 
funcionalistas, conservadoras e utilitaristas.
• Substituição da teoria marxista pela dos novos movimentos sociais durante os anos 80
     Teoria dos movimentos sociais negava a abordagem ortodoxa marxista, especialmente a 
corrente leninista
• Diálogo entre a produção norte americana com a produção europeia 
• Brasil = maior país de produção de estudos sobre movimentos sociais na América Latina
Estudos sobre os movimentos sociais na América Latina depois de 1970 
• Habilidade dos movimentos em criar espaços na política.
• Harber afirma que as análises não deram destaques aos processos institucionais de relação 
com o Estado, partidos, sindicatos e estruturas de poder.
• A distribuição dos movimentos sociais na América Latina foi diferenciada
     Nos países mais industrializados,   os movimentos surgiram nos grandes centros em 
articulação com a igreja, sindicatos e movimentos políticos contrários as posições políticas 
vigentes, depois dos grandes centros eles se espalharam para outras regiões.
       Nos países de estrutura econômica de base agrária , os pequenos vilarejos aglutinaram as 
ações, com caráter mais de rebeliões, mais próximas dos modelos clássicos de rebeliões 
populares.
• O Brasil concentrou a maioria dos movimentos nas últimas três décadas (possível motivo = sua 
extensão territorial, tamanho da população e grau de desenvolvimento industrial).
4. O que um paradigma teórico latino-americano sobre os movimentos sociais deve 
considerar em termos de categorias históricas 
4.1 Diferenças históricas da realidade latino-americana 
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Evelyn Lopes Pereira da Silva
• Passado colonial, escravocrata e/ou de servidão indígena, baseado na monocultura e/ou 
exploração intensiva de seus recursos naturais. 
• Século XX - poucos países da América Latina se industrializaram, havendo as limitações da 
dependência de carros-chefes da economia internacional.
• O Estado Nacional foi fruto de lutas internas que as elites políticas eram representantes dos 
interesses econômicos subordinados ao grande capital internacional.
• Tornaram-se república devido a influência externa.
• Relação entre a sociedade civil e os Estado foram marcadas por períodos autoritários -> 
influência na cidadania e na sociedade civil.
• Clientelismo político - desenvolvimento sob forma de coronelismo.
• Industrialização baseada na mão de obra imigrante.
• Depois da década de 30 -  desenvolvimento econômico para os processos urbano industriais 
de substituição das importações baseados na mão de obra imigrante interna
        Reformas político-administrativas nacionais.
   Estrutura suporte para um plano embrionário de desenvolvimento nacional (legislações 
trabalhistas, sistema previdenciário, criação/expansão das escolas primárias e do sistema 
universitário das escolas de filosofia.
     Forças militares desempenharam papel de atores principais em vários momentos da vida 
nacional e em outros foram retaguarda das forças civis atuantes.
• Entre o final da segunda guerra e os anos 60 - regimes políticos populistas, período que gerou 
reformas constitucionais e administrativas, disputa político partidária, políticas sindicais 
atreladas ao governo, surgimento de movimentos de base, em âmbitos de bairros, e do 
trabalho da igreja.
• A cultura política de clientelismo e paternalismo passou a ser vista como natural pela 
população. O que gera dificuldades na ampliação da democracia 
• Depois dos anos 60 - era dos regimes militares autoritários 
          Centralização na política, no planejamento econômico, o bipartidarismo, o novo modelo de 
desenvolvimento baseado no tripé empresário nacional (urbano e industrial), capital internacional, 
ideologia da segurança nacional e desenvolvimento associados.
• Anos 70 e 80 - fase de redemocratização devido a pressão e mobilização da sociedade civil e 
política  
       Substituição dos regimes militares por regimes civis através de votação ou negociação 
parlamentar.
         Crescimento dos movimentos sociais pela luta da redemocratização
         Transformação da cultura latino-americana
• Anos 90
 Declínio da economia formal e crescimento da informal 
            Perda do poder dos sindicatos
            Desemprego passou a ser uma realidade 
            Trabalhador multiespecializado > trabalhador especializado
            Demissões em massa
            Era da globalização
4.2 Elementos para uma teoria sobre os movimentos latino-americanos 
• Diferença entre novos movimentos sociais e antigos movimentos populares. 
• Hegemonia dos movimentos populares (luta por terra, casa, comida, equipamentos coletivos 
básicos)  diante de outros tipos de movimentos sociais.
• Na Europa e nos EUA o movimentos sociais giraram em torno das questões dos direitos civis.
• Os movimentos latino-americanos ocorreram em sociedades civis marcadas por tradições de 
relações clientelistas e autoritárias.
• Os movimentos sociais que tiveram destaque eram os que estavam sob a proteção da Igreja 
católica. (Importância da religião devido a colonização dos países latino-americanos). Logo, a 
Igreja católica possui uma força sociopolítica.  
• A problemática dos imigrantes tem gerado uma série de movimentos sociais na Europa 
(especialmente na Franca) e nos Estado Unidos (California). No Brasil quase não houveram 
manifestações com esta temática.
• Movimento Indígena. Aculturação, parte dos indígenas foram exterminados ou estão na 
sociedade urbana-industrial. No Brasil há o aumento de conflitos devido ao interesse 
econômico nas regiões de floresta que são habitadas pelos índios. (AGROPECUÁRIA, 
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Evelyn Lopes Pereira da Silva
MADEIREIRAS..). O movimento indígena é um dos principais da era da globalização, demandas 
culturais, histórico sociais, econômicas e politicas.
• Preconceito racial contra os afro-americanos. Na América do Norte existiu um forte movimento 
de direitos civis contra a discriminação racial nas escolas, ônibus, transporte público, bares, 
restaurantes, banheiros públicos, etc.. Na América Latina a discriminação é subliminar = 
salários mais baixos, empregos piores, etc.. O conflito étnico foi flexibilizado: mulatos, pardos, 
escuros…
O ESTADO BRASILEIRO CONTINUA ASER ALHEIO E DISTANTE DOS CIDADÃOS, 
APROPRIANDO-SE POR ALGUNS. O ESTADO NÃO INTEGRA, ELE DESAGREGA. AS POLÍTICAS 
SOCIAIS CONSOLIDAM A FRAGMENTAÇÃO SOCIAL POR INTERMÉDIO DE AÇÕES 
COMPENSATÓRIAS. 
• Ser contra o Estado foi uma estratégia dos Brasileiros.
• A institucionalização dos movimentos sociais tem sido a principal estratégia da sociedade 
política para responder aos movimentos sociais. Muitos movimentos que tiveram muito vigor 
nos anos 70 e 80, quando chamavam por direitos, passaram a encontrar dificuldades para 
manter a mobilização após terem conquistados alguns daqueles direitos em lei, dadas as 
características dos poderes informais versus formais recém-descritas.
TODO MOVIMENTO ESTÁ ARTICULADO A UM CONJUNTO DE CRENÇAS E 
REPRESENTAÇÕES E SÃO ELAS QUE DÃO SUPORTE A SUAS ESTRATÉGIAS E DESENHAM 
SEUS PROJETOS POLÍTICOS-IDEOLÓGICOS.
• A cada onda de movimentos corresponde a criação de algumas ênfases temáticas: exclusão 
social, cidadania, direitos, etc..
NA EUROPA AS CLASSES MÉDIAS SE CONCENTRAM NOS MOVIMENTOS SOCIAIS.
• Os conflitos sociais são de ordem econômica, racial, gênero, etnia..
• Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem - Terra será umas das amostras da exclusão e da 
desigualdade social no continente.
• Dentre os contratos existentes no cenário dos movimentos sociais latino-americanos devemos 
considerar suas estratégias e táticas, que variam de ações violentas - características dos 
movimentos chamada fase pré-política, quando o diálogo e negociação eram inviáveis - a 
formar de acoes modernas, com uso de meios avançados de comunicação - como os 
computadores, a internet e mídia (televisão e principais jornais). 
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