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Efeitos do treinamento físico

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Hipertensão Arterial e Exercício Físico Aeróbio 
A hipertensão arterial é uma síndrome multicausal e multifatorial caracterizada pela 
presença de níveis tensionais elevados e normalmente associados a distúrbios 
metabólicos, hormonais e hipertrofias cardíaca e vascular. No Brasil, a hipertensão 
arterial é um dos problemas de saúde pública de maior prevalência na população 
acometendo cerca de 20% dos adultos e representa um dos principais fatores de 
risco para morbidade e mortalidade cardiovasculares. 
Além do tratamento médico convencional, mudanças no estilo de vida, como: 
redução do peso corporal, diminuição da ingesta de sal e bebidas alcoólicas, não-
utilização de drogas que elevem a pressão arterial (PA) e prática regular de 
exercício físico, têm-se mostrado eficientes na prevenção e no controle dos níveis 
tensionais elevados. A prática regular de atividade física aeróbia reduz a PA de 
indivíduos hipertensos, produzindo benefícios adicionais como diminuição do peso e 
ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, no controle do tabagismo, na 
resistência à insulina e no controle de estresse. 
Atualmente, muitos autores sugerem que o treinamento físico dinâmico, envolvendo 
exercícios físicos de resistência aeróbia, reduz de modo significativo a pressão 
arterial de indivíduos hipertensos, sendo observada uma redução média de 7 a 10 
mmHg nas pressões tanto sistólica como diastólica. 
 Pesquisadores acreditam que fatores como gênero, idade, etnia e genética, 
contribuem para a variabilidade de resultados encontrados na literatura. Embora a 
prevalência da hipertensão arterial seja semelhante em homens e mulheres 
brasileiros, sua ocorrência varia de acordo com a faixa etária, sendo observada 
mais precocemente em homens. No entanto, 70% das mulheres acima dos 65 anos 
são hipertensas, devido ao aumento no risco de desenvolvimento de doença 
coronariana e insuficiência cardíaca. 
Indivíduos entre 71 e 60 anos mostraram magnitude maior de queda na pressão 
arterial sistólica (PAS) do que idosos e jovens. Já a pressão arterial diastólica (PAD) 
a magnitude de queda é semelhante entre indivíduos hipertensos de diferentes 
faixas etárias. 
Com base em estudos, alguns autores observaram o impacto da etnia e concluíram 
que a pressão arterial sistólica após o treinamento físico parece ser mais frequente 
em asiáticos do que em caucasianos. Dentre alguns, foi realizado um estudo sobre 
o treinamento físico em cicloergômetro em africanos com hipertensão arterial 
severa. No início do estudo, os pacientes mantiveram o uso do medicamento anti-
hipertensivo, mesmo com a utilização do medicamento o treinamento físico foi eficaz 
em reduzir a pressão arterial sistólica em 7 mmHg e a diastólica em 5 mmHg. O 
mesmo efeito hipotensor foi observado após 32 semanas de treinamento, 10 dos 14 
pacientes reduziram o uso do anti-hipertensivo. A magnitude da pressão arterial 
após o treinamento físico parece ser influenciada pela herança genética, 
dependendo do genótipo do indivíduo.

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