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AS DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
 Direito
 
 
 
 
 
 AS DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sabrina Gomes Gonçalves
 RA: D7429I9
 
 
 
 SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
 2° SEMESTRE / 2018
Direitos fundamentais são um conjunto de Direitos e garantias previstos dentro da Constituição Federal no título II, que vai do Art. 5° ao 17° que protegem os indivíduos contra o arbítrio do Estado. Quando a gente conceitua direito e garantia fundamental, na sua conceituação mais simples e objetiva é exatamente um conjunto de normas protetivas do sujeito que impedem o Estado de invadir a percepção individual de cada cidadão e de ofender os seus direitos, então este conjunto de direitos foi sendo construído ao longo do desenvolvimento da humanidade por várias gerações e vários povos.
E porque o Estado seria um “vilão” e teria de ser limitado a ponto de existir leis para proteção do indivíduo em face dele. Na verdade, não é o próprio Estado, mas sim quem está no exercício do poder e pode cometer abusos e arbitrariedades contra as pessoas. É por isso, que os Direitos Fundamentais permitem o mínimo necessário para que o ser humano seja respeitado no meio social e tenha condições de vida digna e garantido o mínimo para sua existência, em outras palavras para que ele tenha uma vida merecedora.
A Constituição ao integralizar os Direitos Humanos, ela acaba trazendo alguns conceitos do que seria os Direitos Fundamentais e um desses primeiros conceitos que a doutrina vai trazer é aquele que é chamado de conceito formal dos direitos fundamentais. A Constituição quando vai representar esses direitos, ela acaba os apresentando em cinco espécies.
As espécies que compõem o que a doutrina classifica como direito formal são:
· Direitos individuais e coletivos – previsto no Art. 5º da Cf
· Sociais – Art. 6º ao 11º
· Nacionalidade – Art. 12º e 13º
· Políticos - Art.14º, 15º e 16º
· Partidos Políticos – Art. 17º
Outra classificação que podemos atribuir ao Direito Fundamental é a de classificação material. O conceito de classificação de direitos fundamentais materiais decorre da perceptiva de abertura da constituição para novos direitos fundamentais que ainda não existam na constituição, mas que tenham o conteúdo de direito fundamental.
Podemos encontrar essa fundamentação no Art. 5º §2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Nós encontramos aí uma clausula no próprio art. 5º da CF, que se aplica a todo entendimento dos direitos fundamentais de que esses direitos não se restringem aquilo que está previsto no art. 5º ao art. 17º da constituição. Considerando essa possibilidade para a criação de novos direitos, a doutrina acabou chamando isto de “Clausula de abertura material”.
Recebendo esse nome exatamente porque este dispositivo abre as portas da Constituição Federal para novos direitos que queiram fazer parte do Rol que chamamos de direitos fundamentais.
Neste paragrafo encontramos algo bem interessante que diz que não excluem direitos oriundos de tratados internacionais. Tratado internacional também pode incluir novos direitos fundamentais, e aí que a constituição acaba inovando com o parágrafo 3 do art.5º que nós encontramos essa explicação de como um tratado internacional pode ser incorporado dentro do direito brasileiro.
§3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
Então, a constituição ao nós trazer o parágrafo segundo é complementada com a emenda constitucional nº 45 que foi promulgada em 2004, e este paragrafo terceiro que é incluído pela emenda de nº 45 ele diz de certa forma o seguinte, já que o tratado internacional pode receber e incluir novos direitos humanos na CF, deveria se regulamentar para um novo tratado internacional e incluir novos direitos na CF, e que para ele estar nos direitos fundamentais é necessário preencher os requisitos que estão no parágrafo 3º.
O parágrafo 3º traz uma primeira espécie de força normativa dos tratados internacionais que é a emenda constitucional. O tratado só vai ter força de emenda quando ele preencher os requisitos que estão presentes no parágrafo terceiro. Os requisitos para ele ter força de emenda é ele ser um tratado internacional de direitos humanos, ser aprovado em cada Casa do Congresso Nacional e em dois turnos de votação e três quintos dos respectivos membros. 
A doutrina trabalhando com este conceito da incorporação do tratado internacional, notou que a alguns dos tratados que o brasil tinha celebrado antes da emenda 45 não tinham esses requisitos para ser recepcionado no direito brasileiro. Então, um tratado internacional de direito humanos que o brasil já tenha aceitado, mas não com requisito de emenda, ele ficou com grande problema de aceitação no direito brasileiro e pra resolver esse problema o STF desenvolve a teoria da supra legalidade. E a terceira força normativa de um tratado internacional é a Lei Ordinária. 
Algumas características dos direitos fundamentais:
· Historicidade: Ela revela para nós que os direitos fundamentais não são uma coisa que é completa no tempo. Ele evolui, se transforma, e então os direitos fundamentais são resultados das transformações e evoluções da sociedade. O que antes era direito fundamental, hoje pode não ser mais, e o que antes não era, hoje pode ser. Um exemplo disso, é no século XX, quando as mulheres não podiam votar, e com o passar do tempo, as mulheres conquistaram seu espaço e até tivemos na história do Brasil, uma mulher que se tornou presidenta da república. 
· Universalidade: Os direitos fundamentais são destinados a todas as pessoas, independentemente da sua classe, sua origem, dinheiro.
· Inalienabilidade: Direitos fundamentais são inalienáveis, isso significa dizer que eles não podem ser alienados, negociados, vendidos.
· Irrenunciabilidade: A característica acima está muito ligada a essa, irrenunciabilidade. Que significa dizer que os direitos não podem ser renunciados, ou seja, mesmo que você não usufrua deles, você não os perde. Um exemplo disso é o direito à vida.
· Imprescritibilidade: Diz que os direitos fundamentais são imprescritíveis, significa dizer que não se perdem com o passar do tempo. O fato de você não exercer o seu direito fundamental não significa que você vai perdê-lo.
· Imutabilidade: Essa característica diz que não existe direito fundamental absoluto.
· Proibição do retrocesso: Significa dizer que os direitos fundamentais conquistados não podem ser regredidos, eles têm sempre que avançar e ampliar.
· Máxima efetividade: Os direitos fundamentais devem ser garantidos na melhor forma possível, essa característica ela é uma imposição para o poder público. O poder público ele tem que a cada dia mais garantir direitos fundamentais para a sociedade. 
· Concorrência: Os direitos fundamentais concorrem uns com os outros sem prejudicar um ao outro. Então você pode exercer direitos fundamentais juntos, você não precisa abandonar um para exercer outro.
· Complementariedade: Que significa dizer que os direitos fundamentais não podem ser analisados isoladamente, os direitos fundamentais precisam ser analisados observando todo o conjunto de direitos. A interpretação desses direitos deve levar em consideração todos os demais direitos através dessa característica da complementariedade. 
A humanidade passou por alguns momentos em que esses momentos induziram a sociedade a ir em busca dealguns direitos específicos, e daí surgiu aquilo que hoje é pacifico na doutrina que são cinco dimensões de direitos fundamentais. 
A primeira dimensão vai tratar o primeiro grupo de direitos conquistados pela humanidade e que pela sua própria natureza já limita o poder do Estado. Essa é a geração de direitos da liberdade, são direitos que limitam o poder estatal. E porque limitam o poder estatal? Por que diante da liberdade de um indivíduo o estado fica impedido de interferir na sua vida. A liberdade cria uma barreira de proteção do indivíduo em relação ao estado, a liberdade vai criar ao estado o dever da sua individualidade.
Já na segunda dimensão tratamos de igualdade. Esses são direitos que reduzem as desigualdades sociais e esses direitos não são mais destinados a um indivíduo em especie

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