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Resumo de Crimes em Espécie - Direito e Processo Penal

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Crimes em Espécies – Mari
Email: marisecorun@gmail.com
Datas:
GA – 12/04: 10 pontos, COM CONSULTA AOS CÓDIGOS
APS – 14/06: 1 ponto
GB – 21/06: 9 pontos, sem consulta
Procedimento Comum:
- Ordinário: cuja pena máxima é igual ou superior a 4 anos.
- Sumário: cuja pena máxima é inferior a 4 anos e superior a 2 anos.
- Sumaríssimo: Lei 9.099/95 – cuja pena máxima é de até 2 anos e contravenções penais. → para muitos não é considerado comum em razão de estar previsto na lei do juizado especial. 
Procedimento:
	Conceito: Regras do regular desenvolvimento de um processo. 
1. Procedimento Comum:
- art. 394 CPP
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. 
1.1. Procedimento Comum Ordinário: Cuja pena máxima seja igual ou superior a 4 anos. 
- Etapas:
1º) Oferecimento da denúncia ou queixa-crime: art. 41 CPP – Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
2º) Análise judicial:
- Rejeição: art. 395 CPP - Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta;
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
	manifestamente inepta – muito difícil ocorrer. 
	falta de condições da ação – denuncia um menor de idade, MP processando um crime que é do privado.
	falta de justa causa – ex: sem crime.
Da rejeição cabe recurso em sentido estrito. 
- Recebimento: INÍCIO DO PROCESSO NA DATA DO DESPACHO - art. 396 CPP - Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
	+ citação do acusado – prazo: 10 dias da citação pessoal (dia seguinte) para apresentar resposta à acusação.
3º) Resposta à Acusação:
- Art. 396-A CPP - Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Os documentos podem ser juntados a qualquer tempo. Já as testemunhas, é obrigatório arrolar já, sob pena de preclusão. 
- Ausência de defesa: art. 396-A par. 2º CPP – § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.
É apontado defensor para apresentar defesa em 10 dias (mesmo que tenha um advogado cadastrado).
4º) Análise Judicial:
- Absolvição sumária: art. 397 CPP - Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.
	hipóteses:
- excludente de ilicitude MANIFESTA (art. 23 CP).
- excludente de culpabilidade, salvo art. 26 CP.
- fato não é crime (tipicidade).
- extinta a punibilidade (art. 107 CP).
Caso não ocorra a absolvição sumária, segue o processo e chega na audiência de instrução e julgamento (deveria acabar aqui).
5º) Audiência de Instrução e Julgamento:
- Prazo: art. 399 CPP – 60 dias após a resposta à acusação.
- Ordem: art. 400 CPP – Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
→ Todas as provas da acusação, todas as provas da defesa e interrogatório do réu.
Testemunhas: 8 - Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.
- Final:
	Diligências (art. 402 CPP) - Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
→ tudo aquilo que precisar ser esclarecido que SURGIU durante a audiência de instrução.
	Alegações finais orais (da acusação e defesa) e sentença (art. 403 CPP) - Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
	Memoriais: art. 403, par. 3º CPP – exceção: diante da complexidade da causa = memoriais por escrito, no prazo sucessivo de 5 dias (até 5 dias, mas se a acusação fizer antes, já começa a contar para a defesa). 
1.2 Procedimento Comum Sumário: É praticamente idêntico ao ordinário.
- Prazo: art. 531 CPP – Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
→ 30 dias para a audiência de instrução e julgamento.
- Testemunhas: art. 532 CPP - Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa – 5.
Das Lesões Corporais: as lesões corporais vão se dividir em duas naturezas: as dolosas (leve, grave, gravíssima e seguida de morte) e as culposas. 
1) Lesões Corporais Dolosas:
1.1. Lesão Leve: Caput art. 129 CP – Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
→ as lesões leves são um conceito por exclusão.
- Integridade corporal ou saúde: não precisar aparecer, mas sim doer.- Autolesão: não é punível. 
- Diferença com art. 21 dec. 3688/41
- Ação penal: art. 88, Lei 9099/95 – tornou a ação penal pública incondicionada em ação penal pública condicionada à representação.
1.2. Lesões Graves: par. 1º - 
a) Inciso I: não poder exercer as ocupações habituais por mais de 30 dias (mesmo que consiga algumas). 
- art. 168, par. 2º CPP: é necessário exame de corpo de delito complementar para comprovar os 30 dias. Se não tiver a perícia não tem o que fazer. 
b) Inciso II: é preciso comprovar o perigo no caso concreto (ex: traumatismo craniano).
c) Inciso III: delibidade (enfraquecimento) de membro, sentido ou função (arrancar um olho).
d) Inciso IV: em caso de aceleração de parto. 
1.3 Lesões Gravíssimas: par. 2º – doutrina que deu o nome.
a) Inciso I: incapacidade permante para o trabalho (para TRABALHAR, não o seu trabalho).
b) Inciso II: enfermidade incurável.
c) Inciso III: perda de membro, sentido ou função (arrancar um dedo).
d) Inciso IV: deformidade permanente (o que vem junto com a cicatriz).
- Requisitos: dado estético, de certa monta (tamanho expressivo), visível e vexatório.
e) Inciso V: se ocorrer o aborto.
- Ciência: tem que ter ciência da gravidez.
- Diferença com art. 126 c/c 127 CPP: depende da intenção de querer o ABORTO.
Se queria só o aborto e machucou a pessoa, irá responder por aborto sem consentimento mais lesão corporal. Ou se não sabia da gravidez, o inverso.
1.4 Seguido de morte: par. 3º – Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo.
→ Crime preterdoloso: DOLO na lesão e CULPA na morte.
1.5 Privilegiada (minorantes): par. - 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. motivos:
- De relevante valor moral ou social: valor moral - motivo que para você faz sentido (pai que descobre anos depois quem estuprou a filha); social - motivo que seria relevante para a SOCIEDADE (bater em espião).
- Violenta emoção após injusta provocação da vítima: vê quem estuprou saindo de casa e reagiu.
	Obrigado a reduzir se for provado.
- Par. 5º - § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
→ Leve/recíproca: se a lesão for leve, pode substituir a pena privativa de liberdade pela pena de multa.
1.6 Majorantes:
- Par. 7º: 1/3 se a vítima for menor de 14 anos ou maior de 60; envolvendo milícia privada.
- Par. 12: contra membro da segurança pública, seu cônjuge ou parente de até 3º grau → tem que ter ciência de que é membro da segurança pública (mesmo que já seja aposentado) e praticar a lesão por esse motivo.
1.7 Lesão Corporal Culposa (por imperícia, negligência ou improdência): par. 6º do art. 129 (pena: detenção, de dois meses a um ano) – não interessa o nível da lesão.
- Perdão judicial: par. 8º – se as consequências do crime forem mais graves para o autor, o juiz pode deixar de aplicar a pena → súmula 18 STJ (não terá antecedentes, etc).
→ Mesmo que a vítima ache um absurdo e não perdoe, pode haver o perdão judicial.
→ Ver o vínculo afetivo. 
- Ação penal pública condicionada à representação.
AULA 15/03
1.9 Violência Doméstica: par. 9º - “Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade”. Pena: detenção, de 3 meses a 3 anos. → tanto contra homem, quanto contra mulher (aí puxa a maria da penha junto).
- Lesão leve qualificada: para ser violência doméstica somente se for lesão LEVE.
- Majorante para a leve: par. 11 - “Na hipótese do par. 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência”.
- Demais lesões: par. 10 - “Nos casos previstos nos par. 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no par. 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3”.
- Ação penal: súmula 542 STJ – a ação penal é pública condicionada à representação, exceto em caso de aplicação da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) que é ação penal pública incondicionada.
	Violência doméstica:
- Lesão leve: é uma forma qualificada de lesão.
- Lesão grave, gravíssima ou seguida de morte: é uma majorante (em 1/3).
Crimes contra a liberdade pessoal:
1. Art. 146 – Constrangimento Ilegal: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa.” – Constrangimento ilegal: não pode ser ligado ao patrimônio.
Ex: homens usam de força para mulher ficar pelada na rua, sem nenhum intuito sexual. 
- Objetivo: para que alguém faça ou deixe de fazer algo contrário a lei.
- Formas de violência: violência (física), grave ameaça e violência imprópria (uso de substâncias – reduzir a capacidade de resistência).
- Diferenças:
- Art. 158 CP (extorsão): na extorsão tem vantagem patrimonial. 
- Art. 107 Lei 10.741/03 (estatuto do idoso): se for idoso (60 anos) e for para assinar procuração, aí não é constrangimento ilegal e sim crime específico.
- Art. 301 Lei 4.737/05 (código eleitoral): se usar de violência ou grave ameaça para alguém votar. 
- Art. 1º I “b” Lei 9.455/97 (lei de tortura): mediante violência ou grave ameaça, fazer algo, causando sofrimento físico ou mental. (????)
- Consumação: material (sempre admite tentativa) – o crime só se consuma quando a pessoa fizer o que de fato está sendo ameaçado, ou seja, precisa do resultado.
	Tentativa: admite sim. 
- Majorante: par. 1º “As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas (tanto arma própria quanto arma imprópria).
- Concurso de crimes: par. 2º “Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência”. → haverá concurso material com os crimes de violência (soma as penas dos crimes juntos). 
- Excludentes: par. 3º “Não se compreendem na disposição deste artigo: I- a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida e II – a coação exercida para impedir suicídio”.
- Ação penal: ação penal pública incondicionada.
2. Art. 147 – Ameaça: “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave.
- Mal injusto: se a promessa for de 1 mal justo, não é. 
- Formas: por palavras, escrito, gestos ou meio simbólico (imagem que dá medo).
- Classificação:
a) Direta: promessa do mal para a vítima; ou indireta: prometer o mal para terceiro.
b) Dxplícita ou implícita...
- Consumação: formal – não precisa do resultado para se consumar, consumando-se então na hora da ameaça.
	Tentativa: regra geral, não admite tentativa. Exceto por escrito (carta que não chega mas o carteiro leu e sabe).
- Ação penal: par. Único – somente mediante representação.
AULA 22/03 – Continuação Crimes contra a Liberdade
3. Art. 148 – Sequestro e Cárcere de Privado: “Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado”. → é sem vantagem NENHUMA. 
- Sequestro – em um local aberto (sítio, ilha...) x Cárcere – em um local fechado.
- Diferença com art. 159 CP - “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”.
- Consumação: Material – não tem um tempo para caracterizar, mas tem que ser um tempo juridicamente relevante.
	Tentativa: admite (alguém pode impedir). 
- Permanente: Prisão em flagrante em qualquer tempo, prescrição é diferente, súmula 711.
- Ação penal: Ação pública incondicionada. 
- Formasqualificadas:
	Par. 1º: “A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: I- se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou mais de 60 anos; II- se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III- se a privação da liberdade dura mais de 15 dias; IV- se o crime é praticado contra menor de 18 anos; V- se o crime é praticado com fins lidibinosos (se houver crime da dignidade sexual aplica-se em concurso material);” privou de liberdade e depois teve os fins lidibinosos...
	Par. 2º: “Se o resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral.”
4. Art. 149 (direito penal só pode punir PESSOA FÍSICA) – Redução a condição análoga à de escravo: “Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restrigindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.
	Trabalho excessivo
	Condições degradantes
	Impedir direito de ir e vir 
- Crime de ação vinculada: caput e par. 1º - “Nas mesmas penas incorre quem: I- cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II- mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos (CTPS) ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.”
→ Vai descrever o que seria escravidão, descrevendo o Código o que seria crime (tem que ser exatamente aquilo). 
- Consentimento: É irrelevante.
- Majorantes: par. 2º - “A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I- contra criança ou adolescente; II- por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem”.
- Competência: RE 398.041/06 STF – Continua sendo crime contra a liberdade, mas a competência é federal.
- Ação penal: Ação pública incondicionada. 
Crimes contra o Patrimônio:
1. Art. 155 – Furto: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”. → Nenhum tipo de violência ou ameaça.
- Dolo específico: Furto de uso (pegar para devolver depois) é atípico.
- Coisa móvel: Tudo que conseguir pegar e levar e tem valor econômico.
- “Res nullius”: É coisa abandonada, logo não seria furto, pois não tem dono. 
- Consumação: Teoria da Amotio – se consuma com a inversão da posse desvigiada.
	Tentativa: Sim. (tenta e o segurança te impede).
- Súmula 567 STJ: Configura crime de furto mesmo com o sistema de vigilância (não configura crime impossível).
1.1 Par. 1º: Majorante: “A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno (quando tá vulnerável – não associar com o horário de fato)”.
(Estabelecimento comercial e casa abandonada – aplica a majorante também: jurisprudência).
- Qualificado: Aplica também (por enquanto?).
1.2 Par. 2º: Privilegiado: “Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode (DEVE) substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”. → direito subjetivo do réu, cumpriu os requisitos ele vai TER o direito.
→ Furto privilegiado será reconhecido quando não for possível a aplicação do princípio da insignificância.
- Requisitos:
→ Coisa de pequeno valor: Até um salário minímo.
+ réu primário: não pode ser reincidente, mas ter antecedentes pode ter o privilégio.
- Súmula: 511 STJ -É possível que um furto seja qualificado e privilegiado ao mesmo tempo.
1.3 Par. 3º: Equiparação: “Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. → é crime também.
1.4 Par. 4º: Qualificado: “A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: → precisa de exame de corpo de delito. 
a) I- com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
b) II- com abuso de confiança (tem que ter relação de confiança), ou mediante fraude, escalada (é qualquer meio anormal para extrair o bem) ou destreza (habilidade muito boa- não cabe flagrante próprio);
c) III- com emprego de chave falsa (qualquer instrumento que serve para abrir uma porta de maneira ilegal); → cópia da chave não é considerado chave falsa. 
d) IV- mediante concurso de duas ou mais pessoas;
	Fraude (subtrair) X art. 171 CP (obter – a vítima deixa pegar): ambos tem fraude.
AULA 29/03
1.5 Par. 4º-A: Qualificado: “A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum”. → USAR EXPLOSIVOS.
1.6 Par. 5º: Qualificado: “A pena é de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior”.
- Fronteira: Tem que cruzar a fronteira e com a intenção de ficar lá para que configure a qualificadora.
1.7 Par. 6º: Qualificado: “A pena é de reclusão de 2 a 5 anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração”.
- Semovente domesticável de produção: é animal de fazenda (vacas, bois).
1.8 Par. 7º: Qualificado: “A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego”.
- Se o objeto material do furto for explosivos.
2. Art. 157 – Roubo: “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”.
- Consumação: Súmula 582 STJ - “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
- É roubo mesmo com a inversão da posse ainda que vigiada, mera inversão. 
- Mesmas coisas que foi discutido do furto, o que muda é que emprega a violência.
- Sujeito passivo não atua (não abre a bolsa, etc → aí é extorsão). 
2.1 Roubo próprio: Caput – Usa da violência e depois subtrai. 
- Formas de violência: Violência (física), grave ameaça ou violência imprópria (uso de entorpecentes – redução de impossibilidade de resistência).
- Tentativa: Admite. 
2.2 Roubo impróprio: Primeiro a subtração e depois usa de violência (começa como furto e acaba como roubo pela violência para se garantir na posse).
- Formas de violência: É só violência física ou grave ameaça – par. 1º. 
- Tentativa: Não admite, pois acabaria sendo furto, já que não usou violência. 
2.3 Majorantes: Par. 2º: “A pena aumenta-se de 1/3 até metade: II- Se há o concurso de duas ou mais pessoas; III- Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância (tem que saber – carro forte); IV- Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou exterior (igual art. 155, par. 5º); V- Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade (privação de liberdade tem que ser para facilitar o roubou); VI- Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.”
2.4 Majorantes: Par. 2º-A: “A pena aumenta-se de 2/3: I- Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo (outros tipos de arma não – faca, martelo, arma de brinquedo); II- Se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (uso dos explosivos);
→ Arma inapta/desmuniciada: também não é arma – não tem potencial ofensivo. 
→ Perícia: O STJ tem o posicionamento de que não precisa. 
2.5 Par. 3º: Qualificado: “Se da violência resulta: I- Lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 a 18 anos, e multa; II- Morte, a pena é de reclusão de 20 a 30 anos, e multa”.
→ I: Art. 129, par. 1º e 2º – não é crime hediondo. 
→ II: Seguido de morte – é crime hediondo (latrocínio).
	Pode ser doloso ou preterdoloso.
- Lei 8.072/90 – crimes hediondos.- Súmulas 603 STF: “A competência para o processo e julgamento do latrocínio é do Juiz singular e não do Tribunal do Júri”.
→ Porque mata no roubo para chegar no patrimônio.
- 610 STF: “Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima”.
→ O latrocínio estará consumado mesmo que não haja a subtração do patrimônio. 
3. Art. 158 – Extorsão: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem, indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa”.
- Sujeito passivo: Tem participação ativa. 
- Consumação: Súmula 96 STJ: “O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”.
- Vantagem indevida:
→ Se a vantagem for devida, é o crime do art. 345 CP – exercício arbitrário das próprias razões. 
3.1 Majorantes: Par. 1º: “Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade”.
- Tanto o concurso de pessoas, quanto o emprego de arma (arma própria e imprópria) majora. → redação antiga ainda.
3.2 Qualificado: Par. 2º: “Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no par. 3º do artigo anterior.
- Mesmas regras do art. 157, par. 3º.
3.3 Par. 3º: Sequestro Relâmpago: “Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 a 12 anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, par. 2º e 3º, respectivamente.
- Privando a pessoa de liberdade para que ela mesmo pague o resgate. Ex: levar a pessoa para o Caixa Eletrônico.
AULA 05/04
4. Art. 159 – Extorsão Mediante Sequestro: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena – reclusão, de 8 a 15 anos.”
- Lei 8.072/90: Mesmo sua forma simples e suas qualificadoras, são considerados crimes hediondos. 
- Vantagem: É de natureza econômica.
- Consumação: Formal – Se consuma com a privação de liberdade e não com o pedido de resgate.
	Tentativa: Tem como. 
4.1 Par. 1º: Qualificadora: “Se o sequestro dura mais de 24 horas, se o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha (requisitos da associação criminosa – três ou mais pessoas e fim de cometer crimeS): Pena – reclusão, de 12 a 20 anos.”
	Concurso material – responde pela extorsão mediante sequestro (qualificada) e por associação criminosa. 
4.2 Par. 2º: Qualificadora: “Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave (art. 129, par. 1º e 2º): Pena – reclusão, de 16 a 24 anos.”
4.3 Par. 3º: Qualificadora: “Se resulta a morte: Pena – reclusão, de 24 a 30 anos”.
4.4 Par. 4º: Delação Eficaz: “Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.” → É minorante.
	Requisitos:
- Concurso de pessoas.
- Espontânea e para a autoridade.
- Facilita a libertação do sequestrado.
AULA 26/04
5. Art. 171 – Estelionato: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.” Ex: bilhete premiado.
- Erro: Sempre vai pressupor indução ao erro por parte do sujeito ativo – a vítima quer te dar o patrimônio dela.
- Vantagem ILÍCITA (caso do drogado que queria comprar cocaína – não adianta querer alegar estelionato).
- Mecanismo grosseiro de engano (para ser estelionato o golpe tem que ser CRÍVEL – ex: nota de R$ 3,00 não tem como cair.
- Torpeza bilateral: Malandragem dos dois lados (NÃO EXCLUI O CRIME) – tu pode alegar que a vítima era malandra também.
	Homem médio tem que cair. 
- Consumação: Material – precisa ferir o patrimônio.
	Tentativa: Aceita.
5.1 Par. 1º: Privilegiado: “Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.”
- Mesma regra do furto.
- Pagamento do cheque ANTES do processo: isso impede o prosseguimento da ação penal.
5.2 Par. 2º: Condutas equiparadas: Nas mesmas penas incorre quem: Disposição de coisa alheia como própria: I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria: II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; Defraudação de penhor: III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; Fraude na entrega de coisa: IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; Fraude no pagamento por meio de cheque: VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
- Súmulas 246 e 554 STF → Arrependimento posterior → Não se aplica.
- Cheque sem fundo: é estelionato, mas precisa ter o DOLO específico de fraudar.
5.3 Par. 3º e 4º: Majorantes: § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.
AULA 03/05 – Continuação Crimes contra o Patrimônio
6. Art. 180 – Receptação: “Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime (e não de contravenção), ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena – reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.”
→ É crime acessório: Tem que ter ocorrido outro crime antes, obrigatoriamente, mas não pode ter participado do crime anterior. 
- Produto de crime: Cada produto é uma receptação.
	Contravenção penal: Aí é atípico. 
- Se tá só ajudando a esconder, não é receptação, é o art. 348, CP.
	Punição – par. 4º: “A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.” - mas tem que ter indícios de que ocorreu o crime anterior. 
- Consumação: Material – precisa lesionar o patrimônio.
	Tentativa: Admite. 
- Princípio da insignificância: Quando reconhecido, não é crime, logo, se for reconhecido no crime anterior à receptação, não será então. 
6.1. Par. 1º: Qualificadora: “Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber (e sabe) ser produto de crime: Pena – reclusão de 3 a 8 anos, e multa.”
→ Habitualidade: tinha a intenção de repetir mais vendas de produtos de crimes. 
→ Admite-se tanto com dolo direto quanto com dolo eventual. 
- Atividade: Par. 2º: “Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.”
6.2 Par. 3º: Culposo: “Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena – detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas.
- Requisitos:
	Desproporção entre o bem e o valor ou
	Local da aquisição
- Perdão Judicial: Par. 5º na primeira parte.
6.3 Par. 5º parte final: Privilegiada: “Nahipótese do par. 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena (perdão judicial). Na receptação dolosa aplica-se o disposto no par. 2º do art. 155 (furto privilegiado – coisa de pequeno valor e réu primário).”
7. Escusas Absolutórias: Arts. 181 a 183 CP:
Art. 181: “É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I- do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II- de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural;” COMETE O CRIME MAS É ISENTO.
Art. 182: “Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: I- do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II- de irmão, legítimo ou ilegítimo; III- de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita;”
Art. 183: “Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: I- se o crime é de roubo ou extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II- ao estranho que participa do crime; III- se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;”
→ Crime patrimonial sem violência ou grave ameaça à pessoa.
→ Em caso de concurso de pessoas, somente quem tem o vínculo é que terá o benefício (mesmo se for partícipe).
→ A vítima não pode ter 60 anos ou mais. 
Crimes contra a Liberdade Sexual
1. Art. 213 – Estupro: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça (isso que é o constranger), a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.
→ Constranger para qualquer ato libidinoso.
- Lei 8.072/90: Crime hediondo (até o estupro simples).
- Formas: Mediante violência ou grave ameaça (não cabe violência imprópria).
- Condutas alternativas: Nesses casos, é considerado crime único.
- Consumação: Com o toque físico = material.
	Tentativa: Admite. 
- Perícia e palavra da vítima: Palavra da vítima pode ser utilizada desde que com bom senso (STF).
1.1 Par. 1º: Qualificado: “Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: Pena – reclusão, de 8 a 12 anos.”
1.2 Par. 3º: Qualificado: “Se da conduta resulta morte (preterdoloso): Pena – reclusão, de 12 a 30 anos.”
2. Art. 215 – Violação Sexual Mediante Fraude: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.”
- Consentimento: Tem consentimento, mas porque ela foi enganada.
- Ex: médico.
- Par. Único - qualificado: “Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também a multa”. Multa.
3. Art. 216-A – Assédio Sexual: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função: Pena – detenção, de 1 a 2 anos.”
- Diferença com art. 213: Se houver violência ou grave ameaça, é estupro (ou tentativa).
- Superior hierárquico: Tem que ter relação de emprego, cargo ou função. 
- Consumação: Não precisa do toque físico = formal (no momento da importunação já consumou).
	Tentativa: Admite somente por meio escrito. 
3.1 Par. 1º: Majorante: “A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos.”
4. Art. 217-A – Estupro de Vulnerável: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos: Pena – reclusão, de 8 a 15 anos.”
→ Mesmo com o consentimento.
- Vulneráveis: Par. 1º: “Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental (precisa de perícia), não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.” + o menor e o que está sob efeito de substâncias. 
- Presunção – súmula 593 STJ e par. 5º: é absoluta. 
4.1 Par. 3º: Qualificado: “Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena – reclusão, de 10 a 20 anos.”
4.2 Par. 4º: Qualificado: “Se da conduta resulta morte: Pena – reclusão, de 12 a 30 anos.”
AULA 10/05
5. Ação Penal: Art. 225 CP: “Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada.” Único crime de incondicionada que o código avisa que é assim. 
6. Majorantes: Art. 226 CP: “A pena é aumentada: I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.”
→ I e IV “a” = bis in idem → aplica a mais benéfica. 
Procedimento Especial do Tribunal do Júri:
	Princípios: Art. 5º, XXXVIII CF:
→ Plenitude de defesa: no Tribunal do Júri deve ser assegurada a ampla defesa de forma ainda mais intensa. 
→ Sigilo das votações: incomunicabilidade.
→ Soberania dos vereditos: somente os jurados podem decidir nestes casos. Caso se recorra sobre decisão acerca da matéria, tem que ser novo júri para os jurados decidirem. 
	Competências: Crimes dolosos contra a vida e os conexos: arts. 121, 122, 123 e 124 a 126 CP. Art. 78 CPP: “Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: I- no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;” 
	Natureza: Bifásica (duas etapas).
1. Da Instrução Preliminar:
	Objetivo: Um juiz singular que analisa a probabilidade de ter ocorrido um crime doloso contra a vida. 
1º) Oferecimento da denúncia ou queixa-crime (pela ação subsidiária).
2º) Análise judicial do art. 395 CPP → receber ou rejeitar.
3º) Citação do réu para resposta à acusação (10 dias).
- Indica defensor e abre novo prazo de 10 dias (quando citado devidamente e nada faz).
4º) Oitiva do MP para manifestação sobre a defesa em 5 dias.
5º) Audiência de instrução e julgamento: 10 dias depois da manifestação do MP.
- Oitiva de 8 testemunhas de acusação e defesa, sem contar as referidas, etc.
- Alegações finais orais sem possibilidade de substituição por memoriais (não tem previsão).
- Sentença: se não for em audiência ou será por escrito no prazo de 10 dias (não precisa fundamentar o fato de ser ela escrita). 
	Acréscimos:
a) Art. 406 CPP: “O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.”
→ Art. 408 CPP: “Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos.”
b) Art. 409 CPP: “Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias.”
c) Art. 410 CPP: “O juiz determinará a inquirição das testemunhas e a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10 (dez) dias.”
d) Art. 411, par. 9º CPP: “Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimentode pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate. Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.”
e) Art. 412 CPP: “O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.”
	Decisões (na sentença):
1º) Absolvição Sumária:
→ Art. 415 CPP: “O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.
→ Faz coisa julgada material: Convencido de que não houve crime ou a pessoa não participou dele. 
→ Não pode julgar de novo. 
→ Recurso: Art. 416 CPP: “Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação (acaba o processo).”
2º) Desclassificação PRÓPRIA: Ele entende que houve um crime mas não é de competência do Tribunal do Júri.
→ Art. 419 CPP: “Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado preso.”
→ Provas: Devem ser produzidas novamente (princípio da identidade do juiz). 
3º) Impronúncia: Não existem indícios de autoria e materialidade suficientes.
→ Faz coisa julgada formal.
→ Art. 414 CPP: “Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.”
- Par. Único: “Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova.”
→ Recurso: Art. 416 CPP: “Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.”
4º) Pronúncia: Se ele entender que existem indícios de autoria e materialidade de crime doloso contra a vida, ele vai pronunciar o réu.
→ Eloquência acusatória gera nulidade absoluta. 
→ Art. 413 CPP: “O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. § 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. § 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.”
→ Já tem que dizer qual o crime e qualificadores, e majorantes. Não pode aparecer novas qualificadores e majorantes no júri. 
- Art. 418 CPP: “O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.” → Emendatio libelli. 
- Recurso: Art. 581 IV CPP: “Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: IV – que pronunciar o réu;”
- Corréus: Art. 417 CPP: “Se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código.”
- In dubio pro societate: em casos de o juiz ter dúvidas sobre a existência do crime e a participação do acusado, deve pronunciar o réu. → não tem previsão legal.
AULA 17/05
2. Julgamento pelo Plenário:
2.1 Preparação do Processo:
- Preclusão: Art. 421 CPP: “Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri. § 1o Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público. § 2o Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para decisão.”
→ Passado o prazo para recurso (recurso em sentido estrito), intima as partes para apresentar as provas que desejam produzir. TEM PRAZO PARA APRESENTAR DOCUMENTOS AQUI (5 DIAS).
Art. 422: “Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência.”
→ Art. 461 CPP (testemunha imprescindível). 
- Despacho saneador: Art. 423 CPP: “Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente: I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa; II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri.”
→ Em casos de nulidades relativas, este é o momento de arguição.
- Ordem de julgamento: Art. 429 CPP: “Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão preferência: I – os acusados presos; II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. § 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunião periódica, será afixada na porta do edifício do Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem prevista no caput deste artigo. § 2o O juiz presidente reservará datas na mesma reunião periódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento adiado.”
- Habilitação: Art. 430 CPP: “O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias antes da data da sessão na qual pretenda atuar.”
- Desaforamento: Arts. 427 CPP: “Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. § 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente. § 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. § 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. § 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado.
Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. § 1o Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de interesse da defesa. § 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamentoem quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento. 
→ Pedido para ser julgado em outra comarca; A petição é feita para o Tribunal de Justiça;
→ Pode ser pedido pelas partes e pelo JUIZ. 
→ Quando pedir: por parcialidade, por ondem social ou ainda, por excesso de serviço (muito serviço na comarca).
→ Se uma parte já requereu e foi negado, a outra também não pode; Não cabe recurso, apenas RESP e REX (que é difícil).
2.2 Sessão de julgamento:
- Art. 453 CPP: “O Tribunal do Júri reunir-se-á para as sessões de instrução e julgamento nos períodos e na forma estabelecida pela lei local de organização judiciária.”
→ O plenário vai ser marcado conforme a organização do foro da comarca. 
- Ausências:
a) MP- Art. 455 CPP: “Se o Ministério Público não comparecer, o juiz presidente adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, cientificadas as partes e as testemunhas. Parágrafo único. Se a ausência não for justificada, o fato será imediatamente comunicado ao Procurador-Geral de Justiça com a data designada para a nova sessão.”
b) Defesa- Art. 456 CPP: “Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado do acusado, e se outro não for por este constituído, o fato será imediatamente comunicado ao presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sessão. § 1o Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado somente uma vez, devendo o acusado ser julgado quando chamado novamente. § 2o Na hipótese do § 1o deste artigo, o juiz intimará a Defensoria Pública para o novo julgamento, que será adiado para o primeiro dia desimpedido, observado o prazo mínimo de 10 (dez) dias.”
c) Acusado solto- Art. 457 CPP: “O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. § 1o Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser, salvo comprovado motivo de força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz presidente do Tribunal do Júri.” VAI TER PLENÁRIO, desde que regularmente intimado.
d) Acusado preso- Art. 457, par. 2º CPP: “§ 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor.” Se ele pediu para não compareceu, terá o julgamento (exercendo autodefesa). 
e) Testemunha faltosa:
- Art. 461 CPP: “O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 deste Código, declarando não prescindir do depoimento e indicando a sua localização. § 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua condução. § 2o O julgamento será realizado mesmo na hipótese de a testemunha não ser encontrada no local indicado, se assim for certificado por oficial de justiça.” Somente será remarcado o júri se considerada imprescindível. 
- Pena: Art. 458 CPP: “Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o juiz presidente, sem prejuízo da ação penal pela desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2o do art. 436 deste Código.” Comete crime do art. 330 + pena de multa. 
- Número de jurados: Art. 463 CPP: “Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento. § 1o O oficial de justiça fará o pregão, certificando a diligência nos autos. § 2o Os jurados excluídos por impedimento ou suspeição serão computados para a constituição do número legal.”
No mínimo 15 e no máximo 25 para começar o plenário.
- Sorteio: Art. 467 CPP: “Verificando que se encontram na urna as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a formação do Conselho de Sentença.”
→ Arts. 252, 253 e 254. 
	Recusa imotivada: Art. 468 CPP: “À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa. Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a composição do Conselho de Sentença com os jurados remanescentes.”
2.3 Instrução em Plenário:
- Art. 473 CPP: “Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. § 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios estabelecidos neste artigo. § 2o Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por intermédio do juiz presidente. § 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis.” SEMPRE A ACUSAÇÃO E DEPOIS A DEFESA.
→ Produção de provas é das partes e não do juiz.
- Art. 474 CPP: “A seguir será o acusado interrogado, se estiver presente, na forma estabelecida no Capítulo III do Título VII do Livro I deste Código, com as alterações introduzidas nesta Seção. § 1o O Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, perguntas ao acusado. § 2o Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz presidente. § 3o Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes.”
→ Direito do réu do interrogatório, mas não é obrigado. 
- Debates: Art. 476 CPP: “Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante. § 1o O assistente falará depois do Ministério Público. § 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério Público, salvo se este houver retomado a titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código. § 3o Finda a acusação, terá a palavra a defesa. § 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário.”
	Réplica e tríplica:
- Tempo: Art. 477 CPP: “O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. § 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o determinado neste artigo. § 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo.”
→ Aumenta o tempo e divide entre si, nos corréus.
- Vedações: Art. 479 CPP: “Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. Parágrafo único. Compreende-se naproibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.”
→ Geram nulidades absolutas.
- Esclarecimentos: Art. 480 CPP: “A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato por ele alegado. § 1o Concluídos os debates, o presidente indagará dos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. § 2o Se houver dúvida sobre questão de fato, o presidente prestará esclarecimentos à vista dos autos. § 3o Os jurados, nesta fase do procedimento, terão acesso aos autos e aos instrumentos do crime se solicitarem ao juiz presidente.
→ Jurados pedem esclarecimentos. 
- Diligências: Art. 481 CPP: “Se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz presidente dissolverá o Conselho, ordenando a realização das diligências entendidas necessárias. Parágrafo único. Se a diligência consistir na produção de prova pericial, o juiz presidente, desde logo, nomeará perito e formulará quesitos, facultando às partes também formulá-los e indicar assistentes técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias.”
→ Se houver diligências, marca um novo júri e refaz toda a segunda fase. 
- Quesitação: Art. 482 CPP: “O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido.”
	Par. Único: “Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das partes.”
→ Pode gerar nulidade absoluta. 
- Ordem: Art. 483 CPP: “Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: I – a materialidade do fato; II – a autoria ou participação; III – se o acusado deve ser absolvido; IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. § 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. § 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: O jurado absolve o acusado? § 3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa; II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. § 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso. § 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito. § 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas.
→ Materialidade, autoria, absolvição, minorante/atenuantes e majorantes/agravantes. 
	Súmula 162 STF: Inversão da ordem gera nulidade absoluta. 
- Votação: Art. 489 CPP: “As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por maioria de votos.”
- Sentença: Art. 492 CPP: “Em seguida, o presidente proferirá sentença que: I – no caso de condenação: a) fixará a pena-base; b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; II – no caso de absolvição: a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. § 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. § 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
AULA 24/05 – Crimes contra a vida
1. Art. 121 – Homicídio simples: “Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.”
→ Vai a júri.
→ Animus necandi: dolo expecífico de matar. 
- Consumação: Material.
	Tentativa:
→ Branca: é quando o sujeito ativo sequer chega próximo de lesionar o bem jurídico vida. 
→ Cruenta: é quando o sujeito ativo chega muito próximo de lesionar o bem jurídico vida. 
- Conceito: É por exclusão. Todo homicídio doloso que não for privilegiado e/ou qualificado, automaticamente será homicídio simples. 
- Lei 8.072/90: Lei de crime hediondos. É crime hediondo o homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio (matar alguém por características que não sejam raça, etnia… pode ser UMA pessoa só que pratique); 
1.1 Par. 1º – Privilegiado: “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social (aquilo é importante para a sociedade – matar um espião) ou moral (aquilo que é importante para quem comete o homicídio), ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida (importante) a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.”
→ Não é crime hediondo em nenhuma hipótese. 
1.2 Par. 2º – Qualificado: Se o homicídio é cometido:
→ Todas as hipóteses são crime hediondo. 
→ Só uma qualifica, as outras deve ver se encaixa como agravante… aí usa no cálculo da pena. 
1.2.1 Inciso I: mediante paga ou promessa de recompensa (envolvendo dinheiro), ou por outro motivo torpe (vil, repugnante – matar os pais); 
- Preconceito – motivo torpe (discriminação que não seja raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional e não vise o extermínio do grupo, só a pessoa – LEI 7.716/89) x Lei 2.889/56
- Vingança: Tem que ver o motivo.
1.2.2 Inciso II: por motivo futil (algo banal); 
- Ausência de motivo não é motivo futil.
1.2.3 Inciso III: com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
→ Quando a forma trouxer sofrimento para a vítima. 
1.2.4 Incivo IV: à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
→ Modo que dificulta a defesa da vítima.
- Traição: Tem que ter relação de confiança.
- Dissimulação: Criar um cenário.
1.2.5 Inciso V: para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
→ Qualificadora por conexão = sempre tem um crime conexo. 
Execução: o sujeito ativo mata para conseguir fazer outro crime. 
	Ocultação (ninguém sabe) e impunidade: o sujeito ativo mata para garantir que não seja condenadopor outro crime (exceto patrimônio).
	Vantagem: sujeito mata para garantir que fique com a vantagem do crime.
1.2.6 Inciso VI: contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
- Objeto: Mulher.
- Conceito: Par. 2º-A: “A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. → Lei 11.340/06
- Majorantes: Par. 7º: “A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.”
- Natureza: MODO de matar. (TJRS?????????)
→ Justificam isso em razão de usar isso como qualificadora e usam o motivo torpe para agravar.
1.2.7 Inciso VII: contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
- Art. 142 e 144 CF: segurança pública.
→ É em razão do cargo, mesmo que não ocupe mais. 
- Terceiro grau: Ele ou familiar até 3º grau.
1.2.8 Mais de uma qualificadora: Aplica somente uma e as demais, devem ser consideradas agravantes (art. 61 CP).
1.2.9 Homicídio Privilegiado-Qualificado:
Homicídio qualificado: circunstâncias subjetivas (ligado ao crime cometido em si – motivos: I, II, V e VII) e circunstâncias objetivas (tudo que tá ligado ao meio e modo: III, IV).
Desde que o motivo seja privilegiador e a qualificadora seja de natureza objetiva. 
Ex: pai que matou estuprador da filha, usando veneno e tortura (quando tem motivo RELEVANTE mas usa meios qualificadores). 
→ Pro STF não é crime hediondo. 
1.3 Majorantes:
- Par. 4º parte final: “Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.”
- Par. 6º: “A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.”
1.4 Homicídio culposo: Par. 3º: “Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.” → imprudência, imperícia e negligência. 
- Majorante: Par. 4º parte inicial: “No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício (isso é a imperícia – é bis in idem e igual vale), ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante (obriga a fazer prova contra si mesmo???).”
- Perdão judicial: Par. 5º: “Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.”
	Súmula: 18 STJ - sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
AULA 31/05 e aula 07/06
2. Art. 122 – Auxílio ao Suicídio: “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.”
	Induzir: É quando o sujeito ativo dá a ideia. A pessoa propõe. → crimes de palavras
	Instigar: Você alimenta uma ideia que já existe. → crimes de palavras
	Auxiliar: É a participação material. → ajuda a fazer (dá os instrumentos…)
- Sujeito passivo: Capacidade – sujeito passivo tem que ter capacidade de compreender que está tirando a própria vida, caso contrário, será considerado homício por autoria mediata (usa de alguém que não pode ser culpado (menor de 18, inimputável por doença mental, coação moral irresistível) para fazer um crime para você).
- Dolo específico: De que determinada e certa pessoa tire a própria vida. 
- Tentativa: Pena - … reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
A tentativa é somente em caso de ocorrer lesão corporal grave. 
- Pacto de morte: Tem que ver quem tirou a vida – Se a pessoa faz p ela mesmo, é auxílio. Se é outra pessoa que mata, é homicídio.
2.1 Par. Único - Majorante: A pena é duplicada: Aumento de pena - I - se o crime é praticado por motivo egoístico (se você vai ganhar algo com o suicídio); II - se a vítima é menor (14 anos) ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência (somente diminuída, mas tem um pouco de capacidade).
3. Art. 123 – Infanticídio: “Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos.”
→ Crime doloso.
- Requisitos:
	Estado puerperal: desequilíbrio hormonal – não é exigido perícia. 
	Durante o parto ou logo após (bolsa estourada).
→ Logo após: enquanto durar o estado puerperal.
	Próprio filho (não precisa ser o que nasceu).
- Coautoria: Verbo – matar. Quem de qualquer forma contribuir para o crime, responde por infanticídio (tem que saber que está no estado puerperal) (art. 30, CP). 
- Erro sobre a pessoa: Segue sendo infanticídio (art. 20, par. 3º, CP)
4. Aborto: O legislador rompeu com o concurso de pessoas. Teoria dualista: penas diferentes para o autor e o partícipe. 
4.1 Auto-Aborto: Art. 124 - “Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos.”
- Crime de mão-própria: Pois somente a gestante pode cometer.
→ Não tem como ter coautoria. 
4.2 Aborto com consentimento: Art. 126 - “Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de um a quatro anos.”
→ É o crime de quem faz o aborto. 
→ Pessoa que faz o aborto na gestante, pena mais pesada.
- Validade: Par. Único - “Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.”
→ Requisitos para o consentimento: Tem que ser gestante maior de 14 anos, não pode ter doença mental e não pode ter sido obtido mediante fraude, coação e violência. 
4.3 Aborto sem consentimento: Art. 125 - “Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos.”
→ Sem o consentimento ou o consentimento não for válido. 
4.4 Majorantes: Art. 127 - “As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.” É sempre uma fração.
→ Cuidar pois no código está como qualificadora. 
→ Qualificadora: mexe na base, no mínimo e no máximo dela. 
4.5 Aborto Legal: Art. 128 - “Não se pune o aborto praticado por médico: I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante (necessário-estado de necessidade); II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal (decorrente de estupro-aborto humanitário), mediante consentimento.”
→ 3º possibilidade: ADPF nº 54 STF – aborto anencéfalo. 
→ ADPF 442 STF: visa a descriminalização do aborto.
Procedimento dos Crimes Contra a Honra: calúnia, difamação e injúria. 
→ Ação penal privada. 
1. Audiências de conciliação:
→ Antes do recebimento da QUEIXA será marcada audiência de conciliação entre as partes.
- Art. 519 CPP: “No processo por crimede calúnia ou injúria, para o qual não haja outra forma estabelecida em lei especial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Titulo I, deste Livro, com as modificações constantes dos artigos seguintes.”
- Art. 520 CPP: “Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a presença dos seus advogados, não se lavrando termo.”
- Art. 521 CPP: “Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, promoverá entendimento entre eles, na sua presença.”
- Efeitos: Art. 522 CPP: “No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência, a queixa será arquivada.” → perdão – extinção da punibilidade. 
- Exceção da verdade: Art. 523 CPP: “Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal.”
→ Vai tentar provar que o que falou é verdade. 
→ Vem junto com a resposta à acusação. 
→ Depois dá prazo para o querelante contestar. 
→ Caso não tenha acordo na audiência de conciliação, segue o trâmite normal do rito comum. 
1. Art. 138 – Calúnia: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.”
- Bem jurídico: É a honra objetiva – proteger o que os outros pensam sobre você. Imagem perante os outros. 
- Requisitos:
	Fato: tem que narrar um fato (tem que ter um contexto, não só adjetivos negativos).
	Falsamente a prática de um crime (dizer que cometeu um crime, não pode ser contravenção penal). 
- Consumação: Terceiro tem que ficar sabendo (não pode só falar para a própria “vítima”).
→ Se não tiver terceiro sabendo, é atípico.
- Diferenças com art. 339 CP – Denunciação caluniosa: “Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.”
→ Na denunciação caluniosa a pessoa calunia em um ato do poder judiciário.
- Sujeito passivo: Regra geral, pessoa física.
	Par. 2º: É punível a calúnia contra os mortos. → mas não é considerado sujeito passivo no restante dos crimes, é só porque tem previsão legal aqui.
	Contra pessoa jurídica: Apenas em crimes ambientais. 
1.1 Par. 1º: “Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.” - Subtipo:
- Relatar ou divulgar: Passa para a frente SABENDO que é mentira.
1.2 Par. 3º: Exceção da verdade - “Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.”
→ É um instrumento incidental onde o acusado visa provar a veracidade das suas imputações. 
→ Vedações:
	Se o objeto da calúnia for de ação penal privada e o ofendido desta não processou.
	Se falar de crime do presidente da república ou contra chefe de governo estrangeiro.
	Se foi absolvido pelo crime imputado. 
2. Art. 139 – Difamação: “Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.”
- Bem jurídico: Honra objetiva também...
- Requisitos:
	Fato também.
	Vexatório à honra → fofoca pura.
→ Se contar para alguém interessado é atípico. 
- Consumação: Mesma que da calúnia. 
- Sujeito passivo: De regra, pessoa física.
	Aqui morto não entra, pois não tem previsão. 
	Pessoa jurídica pode. 
3. Art. 140 – Injúria: “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”
- Bem jurídico: É a honra subjetiva (o que você pensa sobre você mesmo). Aqui entra xingamento.
- Consumação: Quando o sujeito passivo ficar sabendo, aí consumou. 
- Diferença com art. 331 CP - Desacato: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.” → injúria especial: envolve funcionário público.
- Sujeito passivo: Pessoa física somente.
- Vários xingamentos: é um crime único.

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