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Controle de constitucionalidade

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alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
As normas inferiores retiram seu fundamento de validade das normas superiores. Assim, as normas devem retirar seu 
fundamento na CF (conforme o princípio da supremacia da CF). Assim, por meio do controle de constitucionalidade tem-
se a fiscalização da compatibilidade com a CF, garantindo a força normativa e efetividade do texto constitucional. 
A declaração de inconstitucionalidade afeta o plano de valida da lei, ou seja, uma vez declarada inconstitucional, a lei será 
declarada nula desde o seu nascimento, com efeitos retroativos (ex tunc), uma vez que não existe constitucionalidade 
superveniente. Entretanto, há a possibilidade de mitigação do princípio da nulidade, com a possibilidade do STF, ao 
declarar a inconstitucionalidade de uma norma, modular os efeitos da decisão por razões de segurança jurídica ou 
excepcional interesse público (aí o efeito será ex nunc). 
Para ter o controle de constitucionalidade, é preciso que a CF seja escrita e rígida, bem como é necessária a existência de 
fiscalização das leis, com previsão de um órgão competente para o controle (judiciário). 
 
1. ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Por ação: o desrespeito à CF decorre da edição de um ato normativo contrário à CF. 
Por omissão: o desrespeito decorre da inércia do legislador frente a um dispositivo carente de regulamentação por lei 
(norma de eficácia limitada), obstando o exercício de um direito. 
Material/nomoestática: o conteúdo da lei contraria a CF. Assim, a lei será considerada inválida. 
Formal/nomodinâmica: o desrespeito está no processo de elaboração da norma. 
Total: a lei é considerada inconstitucional em sua íntegra. 
Parcial: a lei só tem uma parte inconstitucional. O judiciário pode declarar a inconstitucionalidade de parte do artigo, 
parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo apenas sobre uma palavra ou expressão, desde que isso não modifique o sentido 
da norma. 
Atenção: não confundir com o veto presidencial no projeto de lei, que não poderá ser de apenas uma palavra ou expressão, 
mas sim do artigo, parágrafo, inciso ou alínea por inteiro. 
Direta: quando a violação à CF se dá por um ato normativo primário (leis). 
Indireta: quando a violação à CF se dá por um ato normativo secundário (decretos, resoluções, portarias etc, que retiram 
seu fundamento de validade em leis, e não na CF). Para o STF não existe a inconstitucionalidade indireta. 
 
 
 
alicelannes alicelannes9@gmail.com www.alicelannes.com 
2. SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Existem três sistemas de controle no mundo: 
• Judicial/jurisdicional: judiciário que faz o controle 
• Político: um órgão político, sem natureza judicial, que faz o controle 
• Misto: o controle é dividido pelo judiciário e por um órgão político 
No Brasil, a regra é o controle judicial, mas existem algumas hipóteses de controle político. 
 
3. MOMENTOS DE CONTROLE 
O controle pode ser: 
• Preventivo/a priori: a fiscalização da constitucionalidade se dá na fase de elaboração da norma, incide no projeto 
de lei ou EC. Pode ser: 
o Político-preventivo: realizado pelo legislativo (pelas comissões de constituição e justiça) e pelo executivo 
(pelo veto presidencial), incidindo na fase de elaboração 
o Judicial-preventivo: controle excepcional do STF para ver se a norma está seguindo o correto processo 
legislativo 
• Repressivo/a posteriori: é a fiscalização da norma já pronta. Pode ser: 
o Político-repressivo: realizado pelo judiciário ou pelo legislativo (caráter excepcional, em que ele pode 
sustar os atos normativos do executivo que exorbitem o poder regulamentar ou limites da delegação 
legislativa, bem como o congresso pode rejeitar as medidas provisórias) 
Atenção: o STF permite que o TCU, no exercício das suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos 
atos do poder público. Assim, o TCU poderá, de modo incidental (no caso concreto), deixar de aplicar lei que considere 
inconstitucional. 
o Judicial-repressivo: cabe aos juízes e tribunais o controle de constitucionalidade das normas já prontas 
e integrantes do ordenamento 
 
4. VIAS DE CONTROLE 
Incidental/concreto: a aferição de constitucionalidade se dá diante de um caso concreto em que uma das partes requer a 
declaração da inconstitucionalidade de uma lei. A aferição não é o objeto principal, mas apenas um incidente (incidenter 
tantum). 
Principal/abstrato: a aferição da constitucionalidade é o pedido principal do autor, é a razão do processo. O autor requer 
que determinada lei tenha sua constitucionalidade avaliada com o fim de resguardar o ordenamento jurídico. 
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5. MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Em relação aos órgãos do judiciário que podem fazer o controle, temos os controles: 
• Difuso/aberto: a competência é de todos os órgãos 
• Concentrado/abstrato: a competência é de um único órgão, ou de um número limitado de órgãos. O controle 
está concentrado nas mãos de um (ou pouquíssimos) órgão 
No Brasil, adota-se o controle misto, em que o judiciário pode atuar tanto de forma concentrada por meio do STF e TJs, 
quanto de forma difusa por qualquer juiz ou tribunal. 
 
5.1. CONTROLE DIFUSO 
Acontece em uma ação em que a constitucionalidade ou não da norma é uma questão prejudicial, que deverá ser resolvida 
antes da análise do mérito. 
Como o controle difuso se dá em qualquer ação, os legitimados ativos são todas as partes do processo e eventuais terceiros 
intervenientes, bem como o MP na condição de custos legis. Além disso, o judiciário pode declarar de ofício a 
inconstitucionalidade da lei e afastar da aplicação no caso. 
Qualquer lei ou ato normativo poderá ser objeto do controle, que terá como parâmetro qualquer norma constitucional, 
mesmo que já revogada no momento, mas que estivesse em vigor na edição do ato normativo questionado. 
Quando a ação é proposta perante o juiz de 1º grau, ele decidirá monocraticamente sobre a constitucionalidade (e a parte 
vencida poderá apelar). Mas, se o controle for perante o tribunal, é necessária obediência à cláusula de reserva de plenário, 
em que somente pelo voto da maioria absoluta dos membros será declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato 
normativo. 
Art. 97 CF: somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão 
os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público. 
Em razão da cláusula de reserva de plenário, órgãos fracionários (turmas, câmaras e seções) dos tribunais não podem 
declarar a inconstitucionalidade das leis. Poderá, entretanto, declarar a constitucionalidade. 
Atenção: 
• Órgãos fracionários não podem reconhecer a inconstitucionalidade da lei e deixar de aplicá-la ao caso concreto. 
• Órgãos fracionários podem reconhecer a constitucionalidade da lei e aplicá-la ao caso concreto. 
STF: a cláusula de reserva de plenário só se aplica quando for a primeira vez que o tribunal analisará a controvérsia. Se o 
plenário já tiver decisão sobre o caso, os órgãos fracionários poderão declarar a inconstitucionalidade. 
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Súmula vinculante 10: viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não 
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativodo poder público, afasta sua incidência, no todo 
ou em parte. 
A decisão de inconstitucionalidade no controle difuso só tem eficácia inter partes, bem como não vincula os demais órgãos 
do judiciário e da administração. Assim, para as demais pessoas, a lei ou ato normativo continua plenamente válido. 
Os efeitos são retroativos (ex tunc), atingindo a relação jurídica motivadora da decisão desde a sua origem. Entretanto, 
por decisão de 2/3 dos membros do STF, poderá haver a modulação dos efeitos da decisão. 
Atenção: o senado poderá (discricionário) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do STF. Nesse caso, os efeitos serão erga omnes e atingirão a todos. 
Em razão da eficácia somente inter partes e a possibilidade de decisões conflitantes nos tribunais, a EC 45/2004 conferiu 
poder ao STF para editar as súmulas vinculantes. 
Art. 103-A, CF: o STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas 
decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito 
vinculante em relação aos demais órgãos do judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
Art. 103-A, §1º, CF: a súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das 
quais haja controvérsia atual entre os órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave 
insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
Assim, os pressupostos para edição de súmula vinculante são: 
• Existência de reiteradas decisões sobre matéria constitucional 
• Existência de controvérsia atual entre órgãos do judiciário ou entre o judiciário e a administração 
• Aprovação por 2/3 dos membros do STF (8 membros) 
As súmulas vinculantes não vinculam: 
• STF 
• Legislativo no exercício da sua função típica de legislar 
• Executivo no exercício de sua função atípica de legislar (PR não se submete às SV ao editar MP) 
Ato administrativo ou decisão judicial contrária à súmula vinculante enseja reclamação perante o STF. 
 
 
 
 
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5.2. CONTROLE ABSTRATO 
Aqui busca-se examinar a constitucionalidade de uma lei em tese. Não há a análise de um caso em concreto. A 
inconstitucionalidade é arguida na via principal, por meio da ação direta. Há a impossibilidade de desistência, uma vez 
intentadas as ações do controle abstrato. 
O controle abstrato é realizado pelo STF ou pelos TJs (quando o parâmetro for constituição estadual). 
O controle abstrato/concentrado se manifesta através das seguintes ações: 
• Direta de inconstitucionalidade (ADI) 
• Inconstitucionalidade por omissão (ADO) 
• Declaratória de constitucionalidade (ADC) 
• Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
Atualização em 21/02/2019: não se conta em dobro o prazo recursal para a FP em processo objetivo, mesmo que seja para 
a interposição de recurso extraordinário em processo de fiscalização normativa abstrata. Ou seja, a FP não possui prazo 
recursal em dobro no processo de controle concentrado de constitucionalidade, mesmo que seja para a interposição de 
recurso extraordinário. 
 
5.2.1. Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 
Competência: compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ADI de lei ou ato normativo federal ou estadual. 
Parâmetro de controle: todas as normas do texto constitucional, implícitas ou explícitas e tratados sobre direitos humanos 
com status constitucional, desde que estejam em vigor. 
Objeto: aferição da validade da lei ou ato normativo federal ou estadual editados posteriormente à CF. 
Atenção: leis municipais não se sujeitam à ADI, mas somente à ADPF. Leis distritais só se sujeitam à ADI quando forem 
materialmente estaduais. 
Só podem ser objeto de ADI também normas genéricas. Atos de efeitos concretos não podem ser objeto de ADI. Exceção: 
atos de efeitos concretos aprovados sob a forma de lei em sentido estrito, elaborada pelo legislativo e aprovada pelo chefe 
do executivo, podem ser objeto de ADI. 
Num resumo, podem ter sua constitucionalidade aferida por meio de ADI: 
• EC, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, MP, decretos legislativos e resoluções 
• Decretos autônomos 
• Tratados internacionais 
• Regimentos internos dos tribunais e casas legislativas 
• Constituições e leis estaduais 
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Não podem ser impugnadas por ADI: 
• Normas constitucionais originárias 
• Leis e atos normativos revogados ou cuja eficácia tenha se exaurido 
• Direito pré constitucional 
• Súmulas e súmulas vinculantes 
• Atos normativos secundários 
Legitimação ativa: podem propor a ADI perante o STF: 
• PR (universal) 
• Mesa do senado (universal) 
• Mesa da câmara (universal) 
• Mesa de assembleia legislativa ou câmara legislativa do DF (especial) 
• Governador de estado ou DF (especial) 
• PGR (universal) 
• Conselho federal da OAB (universal) 
• Partido político com representação no congresso (precisam de advogado para propor, mas podem praticar atos 
durante o processo sem ele – legitimado universal) 
• Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (precisam de advogado para propor, mas podem 
praticar atos durante o processo sem ele – legitimado especial) 
Legitimados universais são os que podem propor ADI sobre qualquer tema. Legitimados especiais são aqueles que só 
podem propor ADI quando comprado interesse de agir, ou seja, pertinência temática. 
Efeitos da concessão de medida cautelar na ADI: 
• Efeitos prospectivos (ex nunc) 
• Eficácia erga omnes e efeito vinculante 
• Efeito repristinatório (a norma impugnada ficará suspensa e eventual legislação anterior se torna aplicável) 
Deliberação: a decisão de mérito na ADI está sujeita à presença de pelo menos 8 ministros, com aprovação da maioria 
absoluta (pelo menos 6 ministros). 
Efeitos da decisão (irrecorrível) de mérito da ADI: 
• Efeitos retroativos (ex tunc – a ação é meramente declaratória), podendo haver a modulação 
• Eficácia erga omnes e efeito vinculante (mas não vincula o STF e o legislativo) 
• Efeito repristinatório 
 
 
 
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5.2.2. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) 
Existem várias normas de eficácia limitada, ou seja, precisam de regulamentação para produzirem efeitos. A ADO surgiu 
para combater a inércia do legislador e garantir a efetividade das normas constitucionais. 
Atenção: ADO é usada para casos genéricos (lei em tese), enquanto o mandado de injunção é usado para omissão em um 
caso concreto. 
Legitimados ativos: mesmos da ADI. 
Legitimados passivos: órgãos ou autoridades omissos, que deixaram de tomar as medidas necessárias à implementação 
dos dispositivos constitucionais não autoaplicáveis. 
Objeto: podem ser impugnadas omissões (legislativas e administrativas) de: 
• Órgãos federais e estaduais em face da CF 
• Órgãos do DF quanto às suas competências estaduais 
• Inércia na deliberação das casas legislativas 
Não podem ser impugnadas por ADO omissões de: 
• Órgãos municipais 
• Órgãos distritais quanto às suas competências municipais 
Atuação do AGU e PGR: na ADI é obrigatória a manifestação do AGU e do PGR, mas na ADO só o PGR é obrigado; o AGU 
só se manifestará se o ministrorelator solicitar. 
Efeitos da medida cautelar na ADO: 
• Suspensão da aplicação da lei ou ato normativo questionado, no caso de omissão parcial 
• Suspensão de processos judiciais ou processos administrativos 
• Outra providência fixada pelo tribunal 
Efeitos da decisão (irrecorrível) de mérito da ADO: duas situações diferentes: 
• Em caso de omissão de um dos poderes: STF dará ciência ao poder competente para adotar as medidas 
necessárias 
• Em caso de omissão imputável a órgão administrativo: o STF notificará o órgão para que adote as providências 
necessárias em 30 dias a partir da ciência da decisão ou em outro prazo razoável estipulado pelo tribunal 
 
5.2.3. Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) 
Na ADC, o autor busca que o STF se pronuncie sobre lei ou ato normativo que venha gerando dissenso entre juízes e demais 
tribunais. Não há o que se falar em ADO se não houver incerteza sobre a legitimidade da lei. 
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Legitimados ativos: mesmos da ADI. 
Objeto: a ADC só tem como objeto leis e atos normativos federais. A controvérsia na aplicação da lei objeto da lei se dá 
pela divergência de uso e afastamento da norma nos órgãos jurisdicionais. 
Atuação do AGU e PGR: como na ADO, só o PGR é obrigado a atuar; mas o AGU não. 
Efeitos da medida cautelar no ADC: a cautelar deve ser julgada no prazo de 180 dias, sob pena de perda da sua eficácia 
• STF determinará que os juízes e tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da 
lei ou ato normativo até que a ADC seja julgada. 
• Eficácia erga omnes e efeito vinculante ex nunc 
Efeitos da decisão (irrecorrível, salvo embargos de declaração) de mérito da ADC: 
• A ação pode ser julgada procedente (norma é constitucional) ou improcedente (norma é inconstitucional) 
• Efeitos retroativos (ex tunc) 
 
5.2.4. Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
O STF se manifestou estabelecendo quais são preceitos fundamentais parâmetros para a ADPF: 
• Direitos e garantias individuais 
• Cláusulas pétreas 
• Princípios constitucionais sensíveis 
• Direito à saúde 
• Direito ao meio ambiente 
Legitimidade ativa: os mesmos da ADI. 
Objeto: são impugnados pela ADPF: 
• Leis e atos normativos municipais 
• Atos administrativos 
• Direito pré constitucional 
A ADPF tem caráter subsidiário, ou seja, não será admitida quando houver outro meio eficaz para sanar a lesividade. 
Não podem ser objeto de ADPF: 
• Atos políticos 
• Veto do chefe do executivo em projeto de lei 
• Enunciado de súmula do STF 
• Normas secundárias de caráter regulamentar 
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Medida cautelar na ADPF: suspendem o andamento dos processos ou efeitos de decisões judiciais ou qualquer outra 
medida que tenha relação com a matéria da ADPF. 
Princípio da fungibilidade: ADI e ADPF são consideradas ações fungíveis, ou seja, uma pode ser substituída pela outra, 
desde que coexistentes todos os requisitos de admissibilidade. 
Efeitos da decisão (irrecorrível) de mérito da ADPF: a decisão para o julgamento da ADPF se dará por decisão de pelo 
menos 2/3 dos ministros (8 ministros). 
• Eficácia erga omnes e efeito vinculante 
• A decisão de mérito da ADPF produz efeitos imediatos, independentemente do acórdão (se diferencia da ADI e 
ADC) 
• Efeitos ex tunc

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