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50- Sistema de Produção

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
SISTEMA DE 
PRODUÇÃO
2
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
miSSão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
BiBLioteCa muLtiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Maluly, Carlos.
Sistema de Produção / Carlos Maluly. – Serra: Multivix, 2019.
FaCuLdade CaPiXaBa da Serra • muLtiViX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
diretor executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
diretora acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
diretor administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
diretor da educação a distância
Flávio Janones
Coordenadora acadêmica da ead
Carina Sabadim Veloso
Conselho editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
design editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
multivix educação a distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
editoriaL
4
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
LiSta de FiGuraS
 > FIGURA 1 - Influências da Era Industrial no mundo físico 27
 > FIGURA 2 - A eficiência e a aplicação dos princípios 
básicos da administração 30
 > FIGURA 3 - Linhas de montagem contemporâneas de Henry Ford 33
 > FIGURA 4 - Henry Ford e a produção em massa 34
 > FIGURA 5 - As linhas de montagem atuais 35
 > FIGURA 6 - Influências das “Eras da Administração” 37
 > FIGURA 7 - As principais influências sobre o projeto do trabalho 37
 > FIGURA 8 - Sistema de produção e processo de transformação 45
 > FIGURA 9 - Tipos de processos x objetivos. 47
 > FIGURA 10 - Processos 48
 > FIGURA 11 - Tipos de processos em serviços 53
 > FIGURA 12 - Alternativas de arranjo físico para cada tipo 
de processo 56
 > FIGURA 13 - Relações da estratégia da produção nos 
ambientes produtivos 88
 > FIGURA 14 - Níveis básicos das estratégias nas empresas 91
 > FIGURA 15 - Estágios da estratégia nos ambientes produtivos 93
 > FIGURA 16 - Processo de decisão estratégica 93
 > FIGURA 17 - Abrangência estratégica 94
 > FIGURA 18 - Estrutura funcional da célula 96
 > FIGURA 19 - Layout celular 97
 > FIGURA 20 - Layout celular em forma de “U” 98
 > FIGURA 21 - Detalhamento do lead time produtivo 107
 > FIGURA 22 - Práticas da manufatura enxuta 108
 > FIGURA 23 - Estratégia para melhorias e inovação 110
 > FIGURA 24 - Ciclo PDCA 110
 > FIGURA 25 - A autonomação na manufatura enxuta 113
 > FIGURA 26 - Visualização do tempo de desperdício 118
6
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
 > FIGURA 27 - Fluxo Balanceamento Capacidade X Demanda 126
 > FIGURA 28 - Fluxo do Sistema de Puxar 126
LiSta de FiGuraS
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
LiSta de QuadroS
 > QUADRO 1 - Abordagem de melhoramentos 71
 > QUADRO 2 - Diferenças básicas entre os Sistemas Ford e Toyota 73
 > QUADRO 3 - Ênfase e situação 76
 > QUADRO 4 - Definições do pensamento enxuto, premissas e consequência 
79
 > QUADRO 5 - Comparativo de sistemas de produção 81
 > QUADRO 6 - Práticas enxutas 105
 > QUADRO 7 - Muda, Mura e Muri 111
 > QUADRO 8 - Tempos de troca e procedimentos 116
 > QUADRO 9 - Sintomas de flexibilidade 118
 > QUADRO 10 - Exposição da polivalência com a situação e implicações 
128
 > QUADRO 11 - O mundo VUCA 131
 > QUADRO 12 - Aspectos relevantes da Indústria 4.0 133
8
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MECnº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SumÁrio
UNIDADE 1
UNIDADE 2
1 eVoLução HiStÓriCa da GeStão da Produção 19
iNtrodução 19
1.1 A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 20
1.1.1 O QUE É A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 22
1.2 A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO PRODUÇÃO E OPERAÇÕES NAS ORGANIZA-
ÇÕES 24
1.3 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E AS INFLUÊNCIAS NOS AMBIENTES DA IN-
DÚSTRIA 26
1.4 EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 31
1.4.1 AS PRÁTICAS GERENCIAIS NO CHÃO DE FÁBRICA 36
BiBLioGraFia ComeNtada 38
CoNCLuSão 39
2 CLaSSiFiCação doS SiStemaS de Produção 42
iNtrodução 42
2.1 DEFINIÇÃO DO SIGNIFICADO E CONCEITO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
43
2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO E OS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 
46
2.2.1 TIPO DE PROCESSO POR PROJETO 48
2.2.2 TIPO DE PROCESSO POR JOBBING 48
2.2.3 TIPO DE PROCESSO EM LOTE OU BATELADA 49
2.2.4 TIPO DE PROCESSO DE PRODUÇÃO EM MASSA 50
2.2.5 TIPO DE PROCESSO DE PRODUÇÃO CONTÍNUO 51
2.3 TIPOS DE PROCESSOS APLICADOS AOS SERVIÇOS 52
2.3.1 TIPO DE PROCESSO EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS 54
2.3.2 TIPO DE PROCESSO EM LOJAS DE SERVIÇO 55
2.3.3 TIPO DE PROCESSO EM SERVIÇOS EM MASSA 55
UNIDADE 3
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
SumÁrio
2.4 ARRANJO FÍSICO OU TIPOS DE LAYOUT 56
2.4.1 LAYOUT POSICIONAL, OU FIXO 58
2.4.2 LAYOUT POR PROCESSO, OU FUNCIONAL 59
2.4.3 LAYOUT CELULAR 60
2.4.4 LAYOUT POR PRODUTO 61
2.4.5 LAYOUT MISTO 62
CoNCLuSão 64
3 a Produção em maSSa e a Produção eNXuta 66
iNtrodução 67
3.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO TRADICIONAL E SISTEMA DE 
PRODUÇÃO ENXUTA 68
3.1.1 A PRODUÇÃO EM MASSA, A PRODUÇÃO EM GRANDES LOTES 
E A PRODUÇÃO EMPURRADA 69
3.1.2 A TRANSIÇÃO DA PRODUÇÃO EM MASSA PARA A 
PRODUÇÃO PUXADA 72
3.2 VISÃO GERAL DO SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO 73
3.2.1 AS ORIGENS DO JUST-IN-TIME E A PRÁTICA DO KANBAN 76
3.2.2 HISTÓRICO DA PRODUÇÃO ENXUTA 78
3.3 OS PILARES E A FILOSOFIA DO SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO 79
3.4 A ESTRUTURA DO SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO 80
3.5 O PENSAMENTO LEAN 81
3.6 APLICAÇÕES E VANTAGENS DA PRODUÇÃO ENXUTA 82
CoNCLuSão 84
UNIDADE 3
10
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SumÁrio
UNIDADE 4
UNIDADE 5
4 Produção FoCaLiZada 86
iNtrodução 86
4.1 ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 87
4.1.1 A ESTRATÉGIA NOS AMBIENTES PRODUTIVOS E A 
FÁBRICA FOCALIZADA 90
4.1.1.1 FOCALIZAÇÃO NOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 
REPETITIVA EM LOTES 94
4.2 CÉLULAS DE MANUFATURA 95
4.2.1 CONFIGURAÇÃO DAS CÉLULAS DE MANUFATURA 96
4.3 FOCALIZAÇÃO DAS CÉLULAS NOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 98
4.3.1 FOCALIZAÇÃO NOS PROCESSOS DE MONTAGEM 99
4.3.2 FOCALIZAÇÃO NA ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 99
CoNCLuSão 100
5 redução doS LeadS timeS ProdutiVoS 103
iNtrodução 103
5.1 PRINCÍPIOS DA MANUFATURA ENXUTA 104
5.1.1 A COMPOSIÇÃO DO LEAD TIME PRODUTIVO 106
5.2 PRÁTICAS DA MANUFATURA ENXUTA 108
5.3 PRÁTICAS DE MELHORIA CONTÍNUA 109
5.4 CAUSAS DOS DESPERDÍCIOS 111
5.5 REDUÇÃO NOS TEMPOS DE ESPERA E INSPEÇÃO 112
5.6 A TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTA 115
5.7 A DINÂMICA DA AUTONOMAÇÃO PARA A PRODUÇÃO 
ENXUTA E A DISTRIBUIÇÃO DOS TEMPOS DE SETUP 117
CoNCLuSão 119
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
6 PadroNiZação daS oPeraçÕeS e PoLiVaLÊNCia 121
iNtrodução 122
6.1 PADRONIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES 123
6.2 BALANCEAMENTO DOS CENTROS DE TRABALHO 124
6.2.1 TEMPO DE CICLO DE PRODUÇÃO, ROTINA DE OPERAÇÕES- 
PADRÃO E TAKT TIME 125
6.3 POLIVALÊNCIA 127
6.3.1 OPERADORES POLIVALENTES 129
6.3.2 MULTITAREFAS E AS PESSOAS EM PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 129
6.4 ORIGENS, COMPONENTES E APLICAÇÕES DA INDÚSTRIA 4.0 130
6.5 A ROBOTIZAÇÃO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO 134
BiBLioGraFia ComeNtada 134
CoNCLuSão 135
reFerÊNCiaS 137
SumÁrio
UNIDADE 6
12
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
iCoNoGraFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
BIODATA DO AUTOR 
Carlos Vinicius maluly
Mestre em Administração (área de concentração Produção e Sistemas de Informa-
ção), pós-graduado em Economia de Empresas pela Escola de Administração de 
Empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, e graduado em Administração 
pelo Centro Universitário UNIFEI, pela Escola de Administração Superior de Negó-
cios. Pós-graduado em Educação Profissional Técnica de Nível Médio pelo Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná. Formado também em cursos 
de extensão universitária na Columbia University, An Introduction American Studies; 
no Program Extension Center, na University of California, Berkeley; em Planejamento 
e Controle da Produção e Elaboração e Análise de Custos, UNIFEI-Centro Universitá-
rio da Faculdade de Engenharia Industrial; em Logística de Suprimentos, pela Escola 
Nacional de Administração Pública; e em Tecnologia de Estampagem, pela Universi-
dade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui aperfeiçoamento em Docência 
em Escola de Tempo Integral e Políticas Educacionais pela UFPR. Professor substi-
tuto de Administração para Engenharia – Setor de Tecnologia no Departamento de 
Transportes, UFPR; de Administração, Gestão da Produção Industrial e Engenharia 
Civil; professor conteudista e professor tutor em EAD do Centro Universitário Curitiba, 
Unicuritiba. Possui experiência como Assessor Pedagógico IFPR-EaD do Curso Técni-
co de Administração. Membro do Banco de Avaliadores de Curso do Sistema Nacio-
nal de Avaliação da Educação Superior, MEC, e do PMI Global Project Management 
Institute no Brasil. Também possui experiência como professor substituto do Instituto 
Federal do Paraná, campus Curitiba, e como professor tutor no curso de pós-gradua-
ção em Educação, Pobreza e Desigualdade Social e tutor no curso de especialização 
em Coordenação Pedagógica da UFPR. Experiência como Professor Orientador de 
monografia em Gestão Pública com habilitação em Logística IFPR e como Professor 
Temporário na Educação Profissional na Secretaria de Estado da Educação do Para-
ná. Professor do Ensino Superior desde 1993 e de pós-graduação em nível de espe-
cialização desde 2000. Experiência na indústria automobilística com atuação na área 
de Engenharia de Produção e Engenharia de Manufatura. Consultor em Avaliação 
e Análise de Projetos de Investimento. Articulista da revista de Negócios de 1995-
2004. Autor de artigos acadêmicos e do livro didático Gestão empreendedora. Orien-
tador de pós-graduação. Finalista do 8º Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo 
Sustentável. Prêmio nacional em projeto de ação social, Duke Energy. 
14
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
JUSTIFICATIVA 
A função produção está inserida nos Sistemas de Produção envolvidos no contexto 
do interesse principal da Administração da Produção, que tem a responsabilidade 
de gerenciar os recursos, no caso das entradas de bens tangíveis (inputs) no conjun-
to das atividades e operações que transformam os recursos para gerar e entregar 
produtos ou serviços através das saídas (outputs) também de bens tangíveis com a 
ampliação da utilidade. As atuais exigências de mercado, por exemplo, com relação 
aos requisitos de qualidade, confiabilidade, rapidez e prazo de entrega, flexibilida-
de provocam enormes desafios aos envolvidos local ou globalmente com a área de 
produção e operações deuma forma geral. Com a abordagem atual de uma gestão 
da produção integrada com o desenvolvimento de produtos ou serviços, o que inclui 
a função marketing, as vendas passaram a ser direcionadas para os mercados que 
hoje exigem produtos e/ou serviços direcionados para satisfação dos requisitos dos 
clientes, bem como do comércio em geral. 
A função produção, então, engloba outras funções além do apenas comercial incluin-
do as áreas de recursos humanos, contabilidade, finanças, sistemas e tecnologia da 
informação. Dentro dos temas a serem trabalhados ao longo da disciplina, você 
entenderá como o desenvolvimento da temática sob o olhar estratégico da produ-
ção e operações contribuiu para a classificação atual dos sistemas de produção, bem 
como os diferentes tipos de arranjo físico-organizacional de produtos da evolução 
histórica da área até a implantação da produção em massa ou produção em série. 
Com a disciplina você entenderá o conceito de produção focalizada, da padroniza-
ção das operações, e como a polivalência colabora com a redução dos leads times 
produtivos. Serão desenvolvidos ainda os aspectos conceituais das transformações 
da produção em massa para a produção enxuta e as práticas do lean manufacturing 
para que seja compreendido como um sistema de produção adequado impacta na 
administração e nos processos operacionais. 
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
ENGAJAMENTO 
Nos ambientes organizacionais você está em contato a todo momento com as ques-
tões decorrentes dos conceitos da Administração da Produção. Particularmente é 
importante compreender como as relações existentes entre a rede de fornecedores, 
as áreas de transformação e geração de bens e serviços afetam o seu dia a dia.
• Você conhece os indicadores de produtividade nos ambientes da produção e 
operações?
• Para a Administração de Produção e Operações, quais são os fundamentos 
estratégicos?
• Você tem domínio das competências que são obrigatórias para a sua 
compreensão da área de produção e operações?
• Como você trabalha os conhecimentos sobre planejamento e controle em 
produção e operações?
• Sob o enfoque da produção e operações, como você determina confiabilidade 
aos seus processos produtivos? Como você define o futuro da gestão de produ-
ção e operações?
• Reflita sobre a atuação do gestor da produção nesses novos cenários.
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Bem-vindo(a) à disciplina Sistemas de Produção! 
A partir desta disciplina você terá a oportunidade de desenvolver os seus conheci-
mentos sobre o contexto gerencial, bem como sobre a importância da gestão de 
produção e das operações dentro de uma empresa, por exemplo. Essa área hoje se 
apresenta bem instigante, principalmente devido à quantidade de mudanças nos 
processos industriais e empresariais em função do incremento de tecnologia aplica-
da aos sistemas de produção das últimas décadas. Considerando isso, acrescenta-se 
16
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
também que o conceito estratégico acompanha diretamente os processos de gestão 
da produção, por isso, a temática relacionada aos Sistemas de Produção é funda-
mental para as boas práticas da área. 
Com esta disciplina você entrará em contato com os conteúdos básicos da Adminis-
tração da Produção com foco nos Sistemas de Produção, valorizando e entenden-
do as mudanças na área. Será tomado como ponto de partida as técnicas tradicio-
nais desenvolvidas a partir do século XX, produtos das influências do pensamento 
da Organização Racional do Trabalho, do pensamento taylorista e pelas práticas do 
fordismo. 
Sendo assim, a proposta da disciplina é o desenvolvimento da temática sob o olhar 
estratégico da produção e operações, compreendendo aspectos tais como a classi-
ficação dos sistemas de produção, a evolução histórica e a produção em massa. No 
decorrer da disciplina você estudará os conceitos decorrentes da adoção da produ-
ção focalizada, padronização das operações e polivalência, com consequente redução 
dos lead times produtivos. Além disso, conhecerá também os aspectos conceituais 
da produção enxuta e o pensamento explicado pelas práticas do lean manufacturing. 
Portanto, a sua participação e dedicação com a integração no curso têm implicação 
direta para o seu bom desempenho. Nesse sentido, participe dos fóruns de discussão 
e, principalmente, leia os materiais complementares para ajudar no aprofundamen-
to dos seus conhecimentos.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de: 
• Compreender e estabelecer estratégias nos ambientes da produção e opera-
ções.
• Definir os processos operacionais visando desenvolver práticas para melhorar 
a produtividade.
• Definir a elaboração de normas, diretrizes e procedimentos para entendimen-
to sobre a evolução dos sistemas de produção. 
• Identificar a correta implantação de normas de qualidade.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SiStema de Produção
SUMÁRIO
• Definir os principais conceitos referentes à estrutura da administração da 
produção e operações.
• Identificar e caracterizar os tipos de sistemas de produção.
• Definir o tipo de planejamento, verificação e monitoramento dos sistemas de 
produção.
• Identificar modelos de administração da produção nos setores primário, 
secundário e terciário.
• Identificar a estrutura da administração da produção.
• Definir os procedimentos de análise dos processos de produção.
18
SiStema de Produção
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir a estrutura da administração da 
produção.
> Identificar os reflexos da Revolução 
Industrial nos ambientes de produção.
> Identificar os novos processos de produção.
> Definir os conceitos básicos que definem a 
estrutura da administração da produção e 
operações.
> Identificar historicamente as bases de 
influências da administração da produção.
> Definir a importância da produção e 
operações nos ambientes organizacionais.
UNIDADE 1
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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SUMÁRIO
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA 
GESTÃO DA PRODUÇÃO
A Administração da Produção ganhou a abrangência também no contexto das opera-
ções quando entendemos as várias fases envolvidas na configuração dos ambientes 
relacionados com a função técnica produção dentro do âmbito das organizações. 
Você estudará nesta unidade as conceituações básicas sobre a Administração da 
Produção, para poder definir o que é a Administração da Produção e Operações. Com 
isso, terá condições de compreender a importância da função produção e operações 
nas organizações. Também conhecerá sobre os papéis de relevância em termos das 
influências da revolução industrial nos ambientes da indústria, ou seja, considerando 
o avanço da tecnologia e o impacto nos processos produtivos. Desse modo, estabele-
cerá as origens da função técnica da produção. 
Nesta unidade, também serão desenvolvidos os conceitos para a aprendizagem 
sobre os desdobramentos e as contribuições da administração científica e as bases 
da organização racional do trabalho, que influenciaram Henry Ford e o surgimento 
das linhas de produção. 
No contexto da evolução histórica da produção foi perceptível o impacto nas organi-
zações como um todo. Com isso, a evolução da produção e operações exigiu o apri-
moramento de práticas gerenciais para melhor gestão da produção e operações dos 
sistemas de produção nas organizações.
Vamos lá?
INTRODUÇÃO
Teruma visão sistêmica da organização, ajuda na compreensão dos principais fatores 
que influenciam as boas práticas da gestão no ambiente da produção. Basicamente 
dentro da área de sistema de produção, a administração da produção é voltada para 
considerar as atividades relacionadas com as atividades industriais. Portanto, produ-
zem bens físicos. No entanto, quando observamos as operações estamos fazendo 
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referência ao conjunto de atividades que são desenvolvidos nos negócios empresa-
riais para os quais as empresas geram algum tipo de operação de serviço.
Por isso, é importante destacar que a função produção, no contexto das organiza-
ções, seja interpretada e ao mesmo tempo trabalhada a partir do foco na visão que 
define uma postura capaz de orientar um determinado posicionamento estratégico 
na implantação dos sistemas produtivos e operacionais gerando resultados capazes 
de configurar de fato uma vantagem competitiva para a organização empresarial em 
relação aos concorrentes. 
É importante considerar que a administração dos sistemas de produção é a mate-
rialização de insumos em algum bem ou serviço, mais amplamente no escopo das 
operações, com o intuito de atender aos clientes sempre gerando e entregando algum 
tipo de valor agregado, pois essa é uma responsabilidade gerencial no ambiente da 
produção e operações.
Nesse sentido, com esta unidade você conseguirá entender como os impactos da 
mudança de vertente no campo da administração da produção possibilitou a cons-
trução do sistema produtivo dos dias de hoje.
Bons estudos!
1.1 A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
É importante ressaltar que a administração da produção no contexto teórico da área 
está fundamentada na divisão por pilares de conhecimento em áreas, o que implica 
diretamente no surgimento e na classificação das áreas de especializações da profis-
são da administração, ou seja, administração da produção, administração financei-
ra, administração de marketing, administração de recursos humanos e gestão de 
pessoas, etc.
É comum no âmbito da administração ao se remeter à administração da produção, 
dentro dos sistemas de produção, voltar-se para o conceito de administração finan-
ceira, marketing ou gestão de pessoas. Conforme Moreira (2008, p. 11), “o pioneiro 
nesse tipo de classificação foi o engenheiro francês Henri Fayol, ao introduzir as famo-
sas funções administrativas”. 
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SUMÁRIO
Ainda contribuindo com a explicação, Moreira cita que
Em relação ao que propôs Fayol, e mesmo em relação ao que se usava há 20 
anos, cada uma dessas áreas se subdividiu e se ampliou; outras, inexistentes 
ou sem tanta importância no passado, agora marcam presença (como Gestão 
Social, Sustentabilidade e Tecnologia da Informação). (MOREIRA, 2008, p. 11)
Desse modo, quando você considera as classificações da administração, surge a área 
da produção. Uma primeira pergunta é: como entender a Administração da Produ-
ção? Para este entendimento é importante conhecer a função produção. Isso implica 
conhecer os elementos que explicam a evolução e a trajetória histórica no contexto 
da Gestão da Produção, bem como as origens e as aplicações na área da produção 
desde as bases da aplicação no início das práticas da Administração Científica e da 
Teoria Clássica, no caso, a função técnica. 
Em relação à função da produção, alguns autores argumentam que ela pode ser 
“entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem 
tangível em outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem” 
(MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 1).
A produção de um modo sintetizado acompanhou a trajetória da civilização, quando 
você considera as várias transformações desde os elementos da natureza que foram 
transformados pela ação do homem para produzir algum tipo de utensílio ou ferra-
menta. Ou seja, dessa maneira, você pode identificar uma atividade de produção. 
Nesse exemplo, você pode perceber que a transformação de algo em ferramenta é 
uma atividade de produção sem necessariamente ter a fase do comércio. 
Assim, nesse sentido, você pode observar que é um primeiro estágio dentro do proces-
so de produção. Até que de forma habilidosa começou propriamente uma fase do 
comércio em função da solicitação por terceiros de algum conjunto de especifica-
ções para determinados utensílios ou ferramentas. Para atender a essas necessidades 
surge a figura do artesão, que constituirá uma fonte de produção para atender às 
necessidades apresentadas, com a fixação de preços e prazos determinados para as 
demandas realizadas. Essa nova estruturação vai implicar diretamente na ampliação 
da produção com o enfoque artesanal, ocorrendo inclusive para essa forma ou modo 
de produção a necessidade de contratação de ajudantes para aprender o ofício e 
desse modo conseguir atender à necessidade de aumento do volume de produção. 
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Essa nova estruturação implicou diretamente a ampliação da produção ainda artesa-
nal ou com enfoque artesanal. Por isso, ocorreu para essa forma ou modo de produção 
a necessidade de contratação de ajudantes para aprender o ofício a fim de atender a 
necessidade de aumentar o volume de produção. O sistema de produção artesanal 
precisará ser alterado na sua concepção para conseguir assegurar a padronização dos 
processos produtivos com grandes volumes de produção.
1.1.1 O QUE É A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E 
OPERAÇÕES
Perceba ser bem oportuno aproveitarmos uma frase dos autores Nigel Slack, Bran-
don-Jones e Robert Johnston (2018, p. 11), quando escrevem que “A Produção não 
movimenta o mundo, mas faz o mundo se movimentar”. Não é bem interessante essa 
frase? Por isso, nesse contexto, cabe entender como a aplicação da produção dentro 
da área de especialização da administração passa a atender ao interesse das opera-
ções para garantir a redução de custo com a utilização adequada de matéria-prima 
e escolha do processo produtivo de fabricação. Ou seja, fica claro que são muitas as 
possibilidades da aplicação da função produção e operações no ambiente das orga-
nizações. 
Você pode perguntar qual a importância da administração da produção? A resposta 
consiste em entender que as empresas trabalham com insumos que são fornecidos 
para a transformação em algum produto. Exatamente essa articulação entre as quanti-
dades de entrada e as de saída se relaciona com a utilização de determinadas técnicas 
de produção para otimizar o processo de produção. Por exemplo, a utilização de técni-
cas de controle para melhorar o trânsito das matérias-primas, o acompanhamento dos 
tempos de produção envolvidos, a determinação da capacidade de cada máquina 
utilizada no processo produtivo e a quantidade de recurso utilizado, o uso adequado 
de mão de obra para garantir o máximo de eficiência podem impactar diretamente 
nas questões relacionadas com a gestão da função produção e operações.
Assim, entende-se que a produção se responsabiliza no sentido da transformação de 
matéria-prima em produto, como, por exemplo, trabalha com dados para produzir 
um conjunto de informações. Por isso, independentemente do tamanho das orga-
nizações, de um modo geral elas dependem da função produção, além das suas 
próprias necessidades, tanto na área de manufatura quanto na área de serviços. Ou 
seja, é identificada a função produção tanto para a fabricação quanto para a prestação 
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SUMÁRIO
de serviços.Ao observar os serviços dentro de uma organização, por exemplo, é visível 
que os serviços também fazem parte das possíveis atribuições da Administração da 
Produção. A preocupação da administração deve ir além de produzir produtos, ou 
seja, deve-se voltar para a prestação de serviços de qualidade.
Para o completo entendimento da função produção e operações, também é neces-
sário que as organizações ao mesmo tempo gerem e transformem insumos seguindo 
variadas combinações com o uso de diferentes processos de produção para entregar 
algum tipo de produto ou serviço. É importante notar que, nesse caso, independen-
temente de as empresas ou organizações serem com ou sem finalidade lucrativa 
e atuarem no campo das empresas privadas ou públicas. A função produção está 
presente nas organizações de um modo geral (SLACK; JONES; JOHNSTON, 2018).
De modo mais amplo, é possível compreender que essa necessidade de melhorias, 
por exemplo, no uso de insumos para desenvolver questões relacionadas com aspec-
tos da produtividade, tem o intuito de gerar resultados no sentido financeiro, além 
de propriamente atender aos interesses dos clientes. Desse modo, fica claro que a 
função produção é completamente abrangente e dentro do contexto da administra-
ção incorpora as preocupações da gestão, quando exatamente atua além do espaço 
restrito aos ambientes da produção. Por isso, no sentido da visão gerencial ao se rela-
cionar essas questões com as áreas da produção, de marketing, de finanças, é possí-
vel entender o motivo dos especialistas nas várias áreas de atuação administrarem os 
processos com o objetivo de prestar atendimento aos vários clientes, sejam internos 
ou externos. Em resumo, essa é uma forma de entender as operações no contexto 
organizacional. 
Por outro lado, quando se leva em consideração a questão da escassez dos recursos, 
sejam eles humanos, tecnológicos, informacionais etc., a gestão de produção e de 
operações atua principalmente no sentido estratégico, pois articula as quantidades 
compatíveis desde a capacidade de atender, envolvidos com os atributos de qualida-
de e os fatores tempo e custo, para que haja uma boa relação no atendimento das 
necessidades dos clientes. Por isso, independentemente da questão relacionada ao 
lucro, as funções de operações trabalham para gerar valor aos seus clientes, o que 
necessariamente envolve produtos e serviços (CORRÊA, 2019). 
Desse modo, fica evidenciado o importante e relevante papel da função produção no 
ambiente das organizações. Cabe agora o entendimento da importância das funções 
de produção e operações dentro do sistema das organizações.
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1.2 A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO PRODUÇÃO E 
OPERAÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES
No contexto organizacional, por exemplo, dentro dos níveis hierárquicos, o estabele-
cimento de objetivos permitirá o desenvolvimento de estratégias para a organização. 
Por isso, é importante compreender que é exatamente esse o momento principal da 
atuação da administração da produção e operações. Também se tem a sua presen-
ça em todas as áreas das organizações, principalmente quando estas atividades, na 
tentativa de transformar insumos, tais como matérias-primas, em produtos acaba-
dos, e conceitualmente no caso das operações para os serviços, consomem recursos 
e nem sempre agregam valor ao produto final.
É objetivo da administração da produção e das operações trabalhar com a 
gestão eficaz dessas atividades. Perceba que “As atividades desenvolvidas 
por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longo 
prazos se inter-relacionam, muitas vezes, de forma extremamente comple-
xa” (MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 5).
Cabe refletir se a utilização de recursos em função das exigências de determina-
dos processos de produção quando geram mais quantidades de produtos podem 
permitir a ideia do conceito da produtividade. Certamente que sim, a quantidade de 
produtos gerados com a menor utilização de recursos garantirá maior indicação de 
produtividade. Por isso, você pode levar em consideração que
A conceituação de produtividade tem abrangência ampla. Uma delas, talvez 
a mais tradicional, é a que considera a produtividade como a relação entre o 
valor do produto e/ou serviço produzido e o custo dos insumos para produ-
zi-lo. Assim, a produtividade depende essencialmente do output, ou seja, o 
numerador da fração, e do input, o denominador. O valor obtido na venda do 
produto e/ou serviço tem um componente primordial que muitas vezes está 
fora do controle da empresa: o mercado. (MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 5-6)
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A função produção no contexto organizacional trabalha para desenvolver as medi-
das da produtividade, ou seja, para garantir a melhoria dos indicadores de produtivi-
dade através da redução dos tempos de produção. Ou seja, é de suma importância 
considerar a medida e verificação da produtividade em qualquer que seja o nível 
da organização. Por isso, é um assunto importante e bem comum nas organizações 
e acompanha as ações de todos os gerentes que precisam cumprir objetivos para 
aumentar a produtividade das tarefas sob a sua responsabilidade. Porém, não poderá 
em nenhum momento desconsiderar os objetivos da qualidade.
Nesse sentido, perceba que a base para se alcançar um bom nível de produ-
tividade tem relação direta com o aumento do nível de satisfação dos clien-
tes o que poderá resultar na redução de preços e o aumento das vendas.
Por isso, para as questões de produtividade é fundamental produzir mais produtos 
com menos recursos, o que impacta diretamente na função operação. No caso, a 
observação para a redução dos desperdícios acompanhará os resultados da melhoria 
da produtividade e pode implicar em redução do prazo de entrega de produto ou 
serviço. Ou seja, a boa medida da produtividade pode implicar a garantia do trabalho 
com a utilização dos recursos de modo mais racional.
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Os autores Martins e Laugeni (2012) alertam sobre os fatores relacionados aos 
custos, quando ressaltam que a gestão dos custos dos insumos também pode 
ser controlada pela empresa. As empresas têm sofrido pressão do mercado 
para baixarem os preços de vendas, o valor do output, forçando, dessa forma, 
a baixarem na mesma proporção ou de forma mais acentuada os custos dos 
insumos. Isso tem gerado uma verdadeira guerra pela produtividade. Pode-
-se afirmar que todas as técnicas, sejam elas modernas ou antigas, modismos 
ou não, atualmente divulgadas por meio de cursos, seminários, palestras etc., 
visam ao aumento da produtividade, seja em âmbitos pessoal, departamen-
tal, empresarial ou macroeconômico (MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 5-6).
Nesse sentido, visando à melhoria da produtividade tem-se o contexto da Revolução 
Industrial, onde surgem várias influências no mundo das fábricas, particularmente 
nos ambientes da produção com o advento da revolução industrial. Entenda mais, a 
seguir.
1.3 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E AS INFLUÊNCIAS 
NOS AMBIENTES DA INDÚSTRIA
É importante ressaltar que, para o estudo da função produção nas organizações, 
é necessário entender como se deu o processo de revolução histórica da adminis-
tração da produção no contexto das empresas. Ao compreender sobre o início da 
produção e sua relação com o processo de produção a partir do modo artesanal de 
produção, vale entender que esse processo inicial de produção encontrou inúmeras 
dificuldades para continuar atuando em decorrência do surgimento da Revolução 
Industrial, que precisamente culminou com a decadência do processo artesanalem 
1764. Quando James Watt, a partir da descoberta da máquina a vapor, ressignifica o 
trabalho trocando a força humana pela força motriz, tem-se o início da substituição 
da força humana em algumas situações pela força da máquina (MARTINS; LAUGENI, 
2012).
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A figura a seguir ilustra as influências da era industrial nos ambientes da produção, 
uma vez que a partir das operações planejadas, a utilização dos recursos produzia 
resultados eficientes, eficazes e lucrativos.
FIGURA 1 - INFLUÊNCIAS DA ERA INDUSTRIAL NO MUNDO FÍSICO
Fonte: Elaborada pelo autor, adaptada de CHIAVENATO, 2014.
Desse modo, as operações na indústria enfatizam tarefas específicas, repetitivas e 
rotineiras, capazes de gerar resultados com bom aproveitamento em termos finan-
ceiros. As tarefas no chão de fábrica eram desempenhadas baseadas nos princípios 
da divisão do trabalho.
O conceito da “divisão do trabalho” explicado na obra de Adam Smith, ilustrado na 
figura apresentada, foi primeiramente formalizado como conceito pelo economista 
em seu livro a riqueza das nações, em 1776. Talvez o pilar da divisão do trabalho seja 
a linha de montagem, onde os produtos se movem ao longo de um caminho único e 
são construídos por operadores que repetem continuamente uma única tarefa. Esse 
é o modelo predominante do projeto do trabalho na maioria dos produtos fabrica-
dos em massa e em alguns serviços produzidos em massa (por exemplo, comida 
fast-food). 
A divisão do trabalho impõe efeitos positivos e negativos, mas é ainda um fator signi-
ficativo no projeto do trabalho. Projetando métodos de trabalho tem-se o conceito 
de administração científica. 
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O termo “administração científica” estabeleceu-se em 1911 com a publica-
ção do livro com o mesmo título por Frederick Taylor (essa abordagem total 
ao projeto do trabalho é, às vezes, referida pejorativamente como tayloris-
mo). Nesse livro, ele identificou o que viu como princípios básicos da admi-
nistração científica.
A partir da adoção da administração científica, apoiada no princípio da divisão do 
trabalho, surge nas fábricas um novo contexto, um novo padrão de produção em que:
[...] os artesãos, que até então trabalhavam em suas próprias oficinas, come-
çaram a ser agrupados nas primeiras fábricas. Essa verdadeira revolução na 
maneira como os produtos eram fabricados trouxe consigo algumas exigên-
cias, como a padronização dos produtos e seus processos de fabricação; o trei-
namento e a habilitação da mão de obra direta; a criação e o desenvolvimento 
dos quadros gerenciais e de supervisão; o desenvolvimento de técnicas de 
planejamento e controles financeiros e da produção; e o desenvolvimento de 
técnicas de vendas. Muitos dos conceitos que hoje nos parecem óbvios não o 
eram na época, como o conceito de padronização de componentes introduzi-
do por Eli Whitney, em 1790. (MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 2)
Com a Revolução Industrial e o conceito da divisão do trabalho, criou-se um ambien-
te propício à disseminação dos princípios da administração científica. Perceba que, 
com essa sucessão de acontecimentos por causa do início do uso da tecnologia, os 
processos de fabricação são mais exatos e precisos, requerendo o uso de desenhos 
dos processos de fabricação, ou seja, têm início a utilização do conceito de projeto do 
produto e o envolvimento de questões técnicas relacionadas aos processos produti-
vos, instalações, máquinas e equipamentos. Desse modo, temos uma caracterização 
da função técnica que responde à compreensão da função produção devido a uma 
necessidade de caráter essencialmente técnico para a sua operação.
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Para saber mais sobre o surgimento da administração científica, pesquise 
sobre as contribuições dos autores Petrônio Martins e Fernando Laugeni, que 
ressaltam que “No fim do século XIX, surgiram nos Estados Unidos os traba-
lhos de Frederick W. Taylor, considerado o pai da Administração Científica. 
Com os trabalhos dele, surge a sistematização do conceito de produtividade, 
isto é, a procura incessante por melhores métodos de trabalho e processos 
de produção, com o objetivo de se obter melhoria da produtividade com o 
menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas 
as empresas, alterando apenas as técnicas utilizadas” (MARTINS; LAUGENI, 
2012, p. 2).
Sob o enfoque das Teorias da Administração, oriundas dos princípios da administra-
ção científica, as contribuições de Chiavenato (2014 b) permitem relembrar que essa 
atenção às estruturas se inicia com o engenheiro francês Henri Fayol (1841-1925), por 
volta de 1916, com a publicação de seu livro administração industrial e Geral. Fayol 
defendia que a empresa no seu todo é composta de seis funções básicas: administra-
tiva, técnica, comercial, financeira, contábil e de segurança. Ele, no entanto, valorizou 
a função administrativa que coordena e integra todos os conceitos das demais. 
Em função da definição da função administrativa que absorvia os atos de prever, 
organizar, comandar, coordenar e controlar, Fayol entendia que o exercício da função 
administrativa tinha exatamente essas responsabilidades. Em relação ao âmbito do 
“chão da fábrica”, a função técnica enquadra-se dentro dos princípios da administra-
ção, conforme apresentado por Chiavenato, 
Fayol pretendia traçar os caminhos de uma ciência por meio de princípios 
gerais e universais de administração que pudessem servir a todo e qualquer 
tipo de organização e funcionassem como aspectos normativos e prescritivos 
para focalizar todas as situações. Com Fayol surgiu a Teoria Clássica da Admi-
nistração. A ideia era padronizar e proporcionar regras genéricas de aplicação, 
como uma espécie de receituário para lidar com todos os assuntos adminis-
trativos. (CHIAVENATO, 2014a, p. 39)
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A figura a seguir ilustra, no contexto das funções básicas citadas, a relação da depen-
dência dos resultados obtidos a partir da aplicação dos princípios básicos da adminis-
tração. Ou seja, reforçando o desdobramento da função administrativa com as ações 
de planejar ou prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Esse desdobra-
mento é visível quando observamos a visão da transformação dos recursos de entra-
da (inputs) para gerar os recursos de saída (outputs). Nesse contexto da concepção 
dos princípios gerais da administração: a função comercial para cuidar das relações 
de compra e venda; a função financeira para cuidar do caixa da empresa; a função 
contábil responsável pelos registros contábeis da empresa; e a função de segurança 
com a responsabilidade das questões patrimoniais da empresa.
FIGURA 2 - A EFICIÊNCIA E A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Fonte: Elaborada pelo autor, adaptada de CHIAVENATO, 2014.
Em relação à ligação entre o input e o output é importante saber que:
A análise da relação entre o output – medida quantitativa do que foi produzi-
do, como quantidade ou valor das receitas provenientes da venda dos produ-
tos e/ou serviços finais – e o input – medida quantitativa dos insumos, como 
quantidade ou valor das matérias-primas, mão de obra, energia elétrica, 
capital, instalações prediais e outras – nos permite quantificar a produtivida-
de, que sempre foi o grande indicador do sucesso ou fracasso das empresas. 
(MARTINS; LAUGENI, 2012, p. 2)
Ou seja, através da transformação dos insumos de entrada, como energia e matéria-
-prima,pelos processos produtivos, são gerados bens ou serviços. 
Cabe agora a você entender como essa transformação se deu ao longo da evolução 
da administração da produção.
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1.4 EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA 
PRODUÇÃO
A evolução da administração da produção passou por várias fases e percorreu etapas 
para que fosse possível demarcar o registro da sua evolução: desde a fase da produ-
ção artesanal, que é afetada pela influência da Revolução Industrial, por exemplo, 
por James Watt, através da fase marcante dos processos de substituição da força de 
trabalho pela participação da mão de obra pelo uso da máquina a vapor. Você pode-
rá concluir que, por causa do uso da máquina, o artesão perde espaço de trabalho, 
sendo que nesse momento surge dentro do contexto da organização racional do 
trabalho a figura característica da fábrica. O que você precisa compreender que ocor-
re nesse ambiente das fábricas? Perceba que a forma de organização do trabalho 
implica alcançar objetivos e de modo organizado produzir considerando prazo de 
entrega e parâmetros de preço correspondendo a preço determinado. Acerca dessa 
conduta, você pode observar que há uma mudança da fase artesanal para a forma de 
produzir dentro dos padrões da indústria que seguia a padronização dos produtos 
e também dos processos de produção. A fábrica ao reproduzir o conceito da divisão 
do trabalho é um ambiente que retrata a figura da hierarquia, unidade de coman-
do, unidade de direção, por exemplo, através da atuação do supervisor funcional. É 
importante considerar que essa evolução exigiu adaptações e trabalhos que geraram, 
por exemplo, ações específicas no ramo industrial para muitas e diferentes atuações 
em vários mercados. Assim, nesse tópico, você aprenderá que através da transforma-
ção dos insumos pela evolução da administração da produção são gerados bens ou 
serviços de que hoje dispomos. A partir da transformação da ideia do que o mercado 
precisa e quer, é possível entender que os sistemas de produção também se volta-
ram para a real necessidade de produzir orientados ao consumo. Ou seja, se apenas o 
interesse é na quantidade produzida em termos de volume, o sistema como um todo 
pode apenas produzir e gerar estoques. A base da indústria e a sua expansão desde a 
fase da produção artesanal foi expandida até o modelo da produção em massa.
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Considerando essa expansão do modelo de produção, o professor Daniel 
Moreira (2008) no contexto da evolução da administração da produção rela-
cionada com aplicações na indústria ressalta sobre a amplitude da aplicação 
do termo indústria. Ele também lembra sobre os casos da Ford e da Gene-
ral Motors através da exemplificação da produção de carros e caminhões, 
empresas relacionadas com o ramo industrial. Ou a marca Omo, com a indus-
trialização para o sabão em pó; e o nome Sadia, para o caso dos alimentos 
industrializados. Ou seja, às vezes, a palavra “indústria” é usada em sentido 
genérico, com o significado de “atividade” ou produção de algo (MOREIRA, 
2008, p. 13-14).
A figura a seguir ilustra as práticas iniciais na indústria até o estabelecimento da 
adoção e prática das linhas de montagem concebidas por Henry Ford. O fluxo de 
trabalho é estabelecido pela máquina que conduzirá o tempo para cada operação 
fragmentada, ou seja, realizada através da combinação de pequenas tarefas para 
conceber o sistema de produção em série dentro da linha de montagem sendo capaz 
de produzir quantidades de produtos padronizados. Assim, as tarefas individuais são 
desempenhadas em cada posto de trabalho com o uso de máquinas e ferramentas 
específicas para cada função. 
Nesse ambiente a linha de montagem é o grande diferencial que permitirá a implan-
tação da produção em série de produtos, considerando que as funções desempenha-
das pelos operários são especializadas e colaboram com o desempenho em tempo 
padronizado e executa movimentos básicos planejados para evitar movimentos 
desnecessários. É uma atuação que revela a atuação do operário no chão de fábrica 
de maneira especializada. As tarefas são executadas repetidas vezes pelo operador no 
fluxo estabelecido e respeitando a sucessão de tarefas que estão fragmentadas dentro 
do conjunto de tarefas para a obtenção do produto que está sendo processado.
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SUMÁRIO
FIGURA 3 - LINHAS DE MONTAGEM CONTEMPORÂNEAS DE HENRY FORD
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM, 2019.
Nesse momento você poderá ampliar o seu conhecimento e pesquisar sobre 
o artigo produzido pelo professor Claude Machline, “a evolução da admi-
nistração no Brasil”, publicação da área da administração. É um texto clássi-
co que pode servir de boa orientação acadêmica. Compreenda que o autor 
argumenta sobre a evolução da Administração da Produção nas empresas 
brasileiras e descreve os conceitos e os métodos ensinados e a prática nas 
indústrias. A importância consiste no fato de o autor defender que os obje-
tivos do artigo priorizam a descrição dos processos de mudanças nas indús-
trias quanto às práticas dos métodos de gestão.
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Você pode observar, no caso da Figura 4, a ilustração do reflexo na indústria 
em termos das quantidades envolvidas de produção, mão de obra com a 
prática da produção em massa, por exemplo, com as linhas de montagem 
na indústria automobilística. 
FIGURA 4 - HENRY FORD E A PRODUÇÃO EM MASSA
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM, 2019.
Nesse caso a indústria automobilística é um exemplo marcante. A função técnica 
expandida para o conceito da função produção é acompanhada pelas aplicações 
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de conceitos e técnicas no chão de fábrica, que ajudaram a aumentar e melhorar a 
produtividade com eficiência no uso dos recursos produtivos. Isso ajuda no entendi-
mento da evolução da administração da produção com a introdução do conceito de 
gestão focalizada nos processos de produção das organizações, além da necessidade 
de trabalhar de modo integrado com outras áreas funcionais envolvendo marketing, 
finanças e pessoas, para ampliar o conceito da administração da produção e a sua 
relação e aplicação no ambiente das indústrias.
Com o uso das técnicas administrativas e gerenciais nos ambientes da indústria é 
possível entender o alcance da evolução da administração da produção, por exem-
plo, com as linhas de montagem atuais ilustradas na Figura 5. Você poderá conside-
rar nesse ambiente a prática da flexibilidade nos processos produtivos, tal que seja 
perceptível certo grau de autonomia por parte dos operários. Isso pode significar a 
possibilidade de influência no processo produtivo sendo capazes de demonstrar 
capacidade para o exercício de multitarefas.
FIGURA 5 - AS LINHAS DE MONTAGEM ATUAIS
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM, 2019.
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1.4.1 AS PRÁTICAS GERENCIAIS NO CHÃO DE FÁBRICA
Desde o seu início, a indústria automobilística, com os esforços pioneiros de Henry 
Ford e Alfred Sloan, precursores de um tempo que verdadeiramente mudou o mundo, 
ainda continua disseminando técnica e métodos de trabalho. No decorrer dos anos, 
desde a produção em série, dos tempos de Ford, até as experiências mais inovadoras 
no Japãoe Europa, esse ramo da indústria ainda é ponto de referência para os avan-
ços das técnicas produtivas. Assim, você tem a oportunidade de visualizar de modo 
compreensivo que as práticas gerenciais no chão de fábrica permitiram o aumento 
da produtividade através dos avanços da administração da produção, principalmen-
te considerando a necessidade de mudanças para alcançar de maneira contínua os 
níveis de melhoria com produtividade e de maneira integrada e interdisciplinar. Essas 
práticas permitiram trabalhar com mais flexibilidade no contexto do planejamento 
e controle da produção para a melhor utilização dos recursos produtivos disponiveis. 
Portanto, a adoção de um conjunto de técnicas administrativas no chão de fábrica 
permitiu a transformação do chão de fábrica capaz de produzir de modo integrado 
com eficiência e efetividade, ou seja, capaz de considerar os pedidos em termos de 
demanda e ter a capacidade do pleno atendimento com sistemas de produção foca-
lizados e com operários no contexto do exercício multifuncional e polivalente.
Você poderá pesquisar o texto “Administração da Produção nas Organi-
zações: Uma Breve Revisão Teórica”, elaborado por Silva, Ba e Nicolau. Os 
autores definem que “a geração de produtos ou serviços que são lançados 
no mercado a fim de atender determinada demanda. As organizações são 
constituídas não apenas por máquinas e estruturas, mas também por recur-
sos humanos. Estes, por sua vez, operam funções produtivas as quais auxi-
liam as organizações a atingirem seus objetivos”. Por isso, é um texto em que 
você poderá aprender o papel de contribuição do operário que fica integra-
do ao processo produtivo e participa com certa autonomia e flexibilidade do 
processo produtivo.
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E as inovações nos processos produtivos com a automação e a robotização conti-
nuam mudando, à medida que novas formas e métodos de produção são utilizados 
nos ambientes produtivos nos sistemas de produção. Profundas mudanças nas rela-
ções de trabalho e a competitividade, por exemplo, levaram de modo geral as empre-
sas a adotarem novas posturas e técnicas gerenciais com visão integrada de todos os 
atores envolvidos com o processo de produção. Tal que, na Figura 6, a seguir, ilustram-
-se as principais influências sobre o projeto do trabalho configurado para a redução 
de custos e adequada alocação do tempo de trabalho e o projeto do ambiente de 
trabalho no contexto das “Eras da Administração” em termos da utilização das ferra-
mentas tecnológicas disponíveis que explicam as influências desde o período da era 
industrial clássica até o uso intensivo da tecnologia da informação com equipamen-
tos e máquinas conectadas através da conectividade permitida com o mundo da 
internet aplicado ao chão da fábrica nos sistemas de produção.
FIGURA 6 - INFLUÊNCIAS DAS “ERAS DA ADMINISTRAÇÃO”
Fonte: Elaborada pelo autor, adaptada de CHIAVENATO, 2014a.
Por isso, perceba as influências sobre o projeto do trabalho, ilustradas na Figura 7:
FIGURA 7 - AS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS SOBRE O PROJETO DO TRABALHO
Fonte: Elaborada pelo autor, adaptada de SLACK; JONES; JOHNSTON, 2018, p. 315.
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Com isso, várias mudanças nos ambientes da produção propiciaram condições para 
mudanças significativas no sentido da aplicação de práticas gerenciais para a melho-
ria da produtividade e redução de custos com reflexos nas quantidades e no controle 
da geração de estoques. Ou seja, isso permite até pensar na melhoria da eficiência 
operacional das organizações, principalmente a partir dos ambientes da indústria 
como resultado da evolução da função produção no contexto da administração da 
produção.
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
É importante a leitura do primeiro capítulo do livro de Daniel Moreira, sob o título 
a administração da Produção e operações. No final do capítulo 1, o autor trata de 
conceituar pontos de interesse para o entendimento do tema. Por exemplo, ele abor-
da a Administração da Produção e Operações (APO) argumentando que “é uma das 
grandes divisões funcionais, nas quais se costuma dividir a Administração de Empre-
sas para efeitos didáticos” (Moreira, 2008). É importante conhecer a defesa apresen-
tada pelo autor, quando ele define prestação de serviços; e você aprenderá que “O 
serviço é prestado e consumido no mesmo instante, por um contato próximo entre o 
cliente e o prestador” (MOREIRA, 2008).
Aproveite as contribuições dos autores Nigel Slack, Jones e Johnston na 8ª edição da 
obra administração da Produção, quando apresentam uma série de etapas simples 
para o compromisso de bom resultado no processo da aprendizagem. Logo de início 
você entrará em contato com as definições conceituais da administração da produ-
ção, quando definem que ela “trata da forma como as organizações criam e entregam 
serviços e produtos”. Os autores apresentam os conceitos que definem as diferenças 
das posições hierárquicas vinculadas aos ambientes da produção para o supervisor 
de produção e gerente de produção. Por isso, é bem importante familiarizar-se com 
conceitos básicos apresentados no capítulo de introdução, quando poderá examinar 
a compreensão sobre o papel funcional do administrador da produção e as relações 
com os processos produtivos e as funções do gerente de produção.
Para a sua relação com uma obra atual, no caso da obra de Henrique Corrêa sobre a 
Administração da Produção, além da atualidade dos exemplos, você poderá entrar 
em contato com o tratamento do tema sobre o enfoque da abordagem voltada para 
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a gestão estratégica de produção e operações. Isso é muito importante, pois, confor-
me os próprios autores relatam, procuram “contextualizá-los estrategicamente, quan-
to às implicações do uso das técnicas para a forma de a empresa desempenhar-se no 
ambiente em que se insere” (CORRÊA, 2019). É importante observar que no primeiro 
capítulo o tema abordado é “Introdução e evolução histórica da gestão de produção 
e operações”.
Aproveite as contribuições dos autores Petrônio Martins e Fernando Laugeni, auto-
res da obra administração da Produção, pois eles, na apresentação do livro, relatam 
que a terceira edição está direcionada para atender aos estudantes e professores 
na disciplina Administração da Produção com ampla abordagem no contexto para 
a compreensão dos processos produtivos. Por exemplo, no primeiro capítulo você 
entrará em contato com os tópicos evolução histórica da Administração da Produção; 
visão geral de manufatura e serviços; fluxos de mercadorias, serviços e capitais; objeti-
vos da Administração da Produção/Operações; avaliação da produtividade.
CONCLUSÃO
Você aprendeu que a administração da produção no contexto teórico está funda-
mentada na divisão das suas áreas de atuação e de conhecimento dentro de uma 
trajetória histórica desde, as origens com as aplicações no início das práticas da Admi-
nistração Científica e da Teoria Clássica até o momento atual, caminhando para apri-
morar a aplicação das técnicas gerenciais no chão de fábrica com foco na utilização 
das ferramentas tecnológicas da era da internet para integrar e conectar máquinas, 
fornecedores, fabricantes, distribuidores e o mercado com processos, por exemplo, 
dentro dos sistemas de produção adequados conforme a demanda. Ao compreen-
der que a função técnica nasceu dentro do foco tradicional voltado para o controle 
das questões relacionadas ao controle de equipamentos, quantidades, recursos e uso 
adequado de estoques. Porém, sempre considerando a articulação com o incremen-to dos recursos humanos. 
Por isso, é importante lembrar que desde as bases do surgimento do pensamento 
que orientou a Organização Racional do Trabalho; nesse contexto, você pode concluir 
que a administração da produção é uma sequência de ações dentro da organiza-
ção, na verdade, uma sequência de atividades que sempre estão orientadas para a 
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produção de um bem físico ou quem sabe para a geração ou para a prestação de um 
serviço. Nessa relação, sob o enfoque da gestão, é realçado o perfil gerencial, portan-
to, surge a função administrativa. 
O que isso significa? É exatamente o momento no qual surge a responsabilidade 
de utilizar racionalmente todos os recursos disponíveis, de modo produtivo. Assim, 
sempre com o desempenho e uso adequado de técnicas e ferramentas de gestão no 
que diz respeito ao ambiente da produção com foco na produção de bens e também 
voltado para a geração de serviços. Essa é uma função que acompanha o conjunto 
de competências e habilidades do gestor da produção a partir da identificação das 
necessidades de mudança no chão de fábrica para alcançar níveis de melhoria de 
produtividade e redução de custos, reduzindo tempos de produção e operando com 
funcionários capazes de executar multitarefas. 
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Identificar a classificação dos sistemas de produção.
> Identificar os tipos de sistema de produção.
> Identificar os conceitos básicos que definem sistema de 
produção e arranjo físico.
> Definir para cada sistema de produção o arranjo físico 
adequado. 
> Definir os tipos de layouts de acordo com os aspectos de 
volume e variedade de produtos.
> Descrever os reflexos e abrangência dos sistemas de 
produção nos ambientes da indústria com relação aos tipos 
de sistemas e tipos de arranjo físico.
> Definir a relação dos sistemas de produção com o ambiente 
de prestação de serviços. 
> Definir a importância dos sistemas de produção e 
operações nos ambientes empresariais, nos aspectos de 
competitividade.
UNIDADE 2
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2 CLASSIFICAÇÃO DOS 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Dentro do contexto da organização dos meios de produção, a Administração da 
Produção e Operações trabalha com a sistematização quanto a definir os tipos de 
sistemas de produção.
A partir do pressuposto da utilização dos processos transformadores num contexto 
que respeita a interdependência, os processos produtivos podem ser configurados 
e estabelecidos de modo racional para que tenham a capacidade de combinar os 
recursos disponíveis com as necessidades requeridas para o atendimento do pedi-
do do cliente. Isso envolve atender de maneira adequada a demanda, e para isto é 
importante ter volume e variedade de produtos, que são itens determinantes na defi-
nição do tipo de sistema de produção a ser adotado no processo. 
Desse modo, a escolha de um determinado sistema de produção deve levar em conta 
a concepção do arranjo físico do processo produtivo. Em outras palavras, o layout 
representa exatamente a forma como o espaço físico é organizado para atender a 
um objetivo determinado no processo, propiciando, assim, a linearidade no processo 
produtivo.
Nesta unidade, serão trabalhados os conceitos que possibilitam definir e classificar 
os tipos de sistemas de produção, bem como os respectivos layouts, em termos de 
arranjo físico, que influem diretamente nos aspectos necessários para as decisões 
acerca tanto da administração da produção e operações quanto de aspectos como 
quantidade, variedade, flexibilidade e custos.
Vamos lá?
INTRODUÇÃO
Para adentrarmos no conceito dos sistemas de produção, vale ressaltar que, dentro do 
campo da administração da produção e operações nas organizações, apresentam-se 
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aspectos importantes para a sistematização dos tipos de sistemas que impactam 
diretamente no processo operacional da produção. 
A compreensão de como se dá a utilização dos processos transformadores das áreas 
de produção refletem um aspecto importante para a produção, que é o grau de 
relacionamento e interdependência dos processos produtivos. Nesse sentido, deve-
-se atentar que cada sistema de produção requer uma configuração específica, o 
que denota a necessidade de se estabelecer características únicas que representam 
a combinação física dos recursos disponíveis com a finalidade de atender às neces-
sidades requeridas pelo cliente ou fornecedor em termos de velocidade, quantida-
de e variedade, porém, dentro dos aspectos que influem nos custos e impactam na 
produção.
Sendo assim, um dos pontos relevantes é o layout que representa exatamente a forma 
como o espaço físico deve ser organizado para atender ao objetivo determinado. 
A partir dessa contextualização serão trabalhados os conceitos que possibilitam defi-
nir e classificar os tipos de sistemas de produção e os respectivos layouts, em termos 
de arranjo físico, que são influenciadores diretos do processo produtivo, bem como 
propiciar o entendimento da importância de uma cadência no processo de produ-
ção e operação dentro das organizações. 
Bons estudos!
2.1 DEFINIÇÃO DO SIGNIFICADO E CONCEITO DE 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
A palavra sistema tem sua origem proveniente do grego e do latim, na palavra syste-
ma. A sua origem permite compreender que sistema é na verdade um conjunto de 
elementos que são interdependentes, mas que atuam de forma a produzir um todo 
organizado. Isto é, junto e acrescido do conceito de permanecer, a palavra systema 
na origem é aquilo que está ou permanece junto. Cabe ressaltar ainda que, em um 
contexto mais amplo, o sistema possui a característica de atender a um objetivo geral 
que precisa ser alcançado. Nesse contexto, é necessário definir como é a escolha do 
processo de produção para aquele produto que será manufaturado. 
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Considerando isso, entende-se que o conceito de sistema está relacionado direta-
mente aos componentes que são transformados na área de produção para gerar um 
bem físico ou serviço que deverá atender às necessidades específicas da produção, 
tais como variedade e volume de produtos.
Nesse sentido, o conceito de sistema permeia a noção que este é a união de inúme-
ras partes diferentes. Ou seja, entender essa origem permite aprender que, desde a 
sua origem, o sistema é aquele que faz algo funcionar em união ou junto. Você pode 
perceber que essa definição tem ocorrência em várias áreas de conhecimento, por 
exemplo, nas Ciências da Saúde, nas áreas da Comunicação, Direito e na Adminis-
tração. Então, considerando essa definição, se todas as partes estão integradas, espe-
ra-se que haja a completa sinergia dos elementos deste sistema para garantir que o 
objetivo determinado possa ser atingido. Ou seja, o sistema é um conjunto de partes 
com diferentes e específicas funções integradas, relacionadas, pois o mau ajuste ou 
funcionamento de uma das partes pode provocar ocorrências tais como mau funcio-
namento, que levará a falhas no sistema como um todo. 
Então, em primeiro lugar, é importante entender que há maneiras diferentes para 
a apresentação das classificações dos sistemas de produção. A ocorrência desses 
diferentes modos de produção é explicada pelas diferentes formas de combinar os 
elementos básicosque são observados na sequência entre os recursos de entrada e 
o modo de transformação na área de transformação que será capaz de gerar bens ou 
serviços. Ou seja, a partir disso, entendemos que os diferentes tipos de combinação 
dos recursos de entrada definidos como inputs geram a produção dos recursos de 
saída, definidos como outputs. 
Observe a figura a seguir, que ilustra essa definição através da visão sistêmica. Isso 
resulta em diferentes processos de transformação a partir da administração da produ-
ção dos recursos de entrada para produzir recursos de saída com valor agregado para 
o atendimento destinado aos clientes.
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FIGURA 8 - SISTEMA DE PRODUÇÃO E PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
Recursos de
Entrada
INPUTS OUTPUTS CLIENTES
PROCESSO DE 
TRANSFORMAÇÃO
Recursos de
Saída
VALOR
AGREGADO
• Materiais
• Informações 
• Instalação
• Funcionários
Fonte: Elaborada pelo autor (adaptada de SLACK; JONES; JOHNSTON, 2018, p. 13).
Como ilustrado na figura, perceba que os materiais constituem os recursos de entra-
da, dentre eles podemos destacar os recursos materiais, tecnológicos, humanos, 
financeiros etc. Observe que as instalações representam o espaço físico onde ocor-
rerão as transformações. Isso significa, por exemplo, a transformação da matéria-pri-
ma em algum produto, por exemplo, em uma etapa do processo produtivo. Por isso, 
conforme as características dessa combinação com os elementos que constituem um 
modo de produção considerando as condições de volume e variedade dos produtos 
gerados, é possível definir os tipos de sistemas de produção.
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Observe que os vários tipos de processos de produção nas fábricas surgem 
em função da configuração dos equipamentos, volume e variedade dos 
produtos. Por exemplo, uma fábrica de alto-falantes trabalha com linhas 
de montagem com trabalhos manuais. Nesse caso, os vários funcionários 
desenvolvem o trabalho lado a lado e montam os produtos com a utilização 
de ferramentas e dispositivos dentro das rotinas dos processos de produção. 
Quando um funcionário utiliza ferramentas, como ferro de solda e parafusa-
deira, isso significa que ele está realizando as operações do processo produ-
tivo nas operações da fábrica. Em outros casos, você poderá visualizar maior 
quantidade de equipamentos de grande porte em relação às quantidades 
de funcionários, por exemplo, no caso das indústrias petroquímicas.
Desse modo, conclui-se que um sistema é necessariamente um conjunto de elemen-
tos com atuação interdependente, mas que estão ajustados e combinados com o 
objetivo de produzir, formar, gerar algo que no todo está organizado. Ou seja, a partir 
das entradas de matéria-prima, insumos, o processo de transformação é iniciado atra-
vés da mão de obra que reproduz operações sequenciadas, planejadas e até repe-
titivas, ou com a utilização de tecnologia que produz as saídas do sistema gerando 
produto e assim estoques. O autor Henrique Corrêa (2019) ajuda na compreensão 
para identificar os processos produtivos, considerando que existem padrões na varie-
dade dos processos.
Entenda, a seguir, como se dá a classificação dos tipos de sistemas de produção, bem 
como são estabelecidos os processos de fabricação de produtos. 
2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO E OS 
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Para compreender os sistemas de produção, é importante compreender que 
neste contexto a administração da produção é entendida como o resultado de 
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uma sequência de atividades que são orientadas para produção de um bem físico. 
Também é definida para o caso da prestação de serviços. Por isso, são estabelecidos 
os tipos de sistemas de produção permitindo a devida atuação do administrador na 
gestão da produção com a responsabilidade de administrar e controlar o desempe-
nho da produção dos bens e dos serviços para atender aos objetivos estabelecidos 
para os volumes e variedades de produtos que são fabricados.
Veja a figura a seguir, que ilustra os tipos de processos dentro da produção. 
FIGURA 9 - TIPOS DE PROCESSOS X OBJETIVOS.
Projeto
Jobbing
Lotes
Massa
Contínuo
Fl
ex
ib
ili
d
ad
e
C
u
st
o
Fonte: Elaborada pelo autor (adaptada de SLACK; JONES; JOHNSTON, 2018, p. 212).
As quantidades em termos de volume de produção têm uma relação direta com o 
tipo de processo de produção. Do mesmo modo, a quantidade de variedade indica 
também as características do tipo de processo de produção. Ou seja, essa proposta 
didática apresentada por Slack, Jones e Johnston (2018) ilustra a divisão tradicional 
dos tipos de processos de manufatura, bastando observar que a variedade associa 
características de diferenciação do produto. 
A partir dessa compreensão da importância da diferenciação do produto para a 
produção, conheça os principais tipos de processos.
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2.2.1 TIPO DE PROCESSO POR PROJETO
Agora, você aprenderá sobre a classificação dos sistemas de produção e os respecti-
vos tipos de processos de produção. Assim, você poderá observar e compreender a 
influência do volume de produção que poderá variar da quantidade baixa até atingir 
alto volume de produção. Observe que a figura apresentada a seguir ilustra os tipos 
de processos em manufatura, ao considerar as quantidades de produtos em termos 
de volume de produção no eixo horizontal variando de baixo volume até alto volume 
em relação à variedade dos produtos e variando de quantidade baixa até alta.
FIGURA 10 - PROCESSOS
Volume
V
ar
ie
d
ad
e
Baixo Alto
A
lt
a
Processos
de jobbing
Processos
de lotes
Processos
em massa
Processos
contínuos
B
ai
xa
Processos
de projeto
Fonte: Elaborada pelo autor (adaptada de SLACK; JONES; JOHNSTON, 2018, p. 207).
2.2.2 TIPO DE PROCESSO POR JOBBING 
O processo por jobbing é decorrente do trabalho que tem origem na encomenda 
de determinado produto que será confeccionado sob medida. Isso tem implicação 
no modo como ele será fabricado, portanto, tendo consequências nas variadas e 
específicas operações que exigirão equipamentos específicos. O que chama atenção 
nesse processo é o grau de diferenciação dos produtos, principalmente quando você 
entende que para este processo é importante considerar as quantidades de produtos 
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em relação à variedade dos produtos. Ou seja, nesse caso, a quantidade de produtos 
é diferente da situação do processo por projeto, pois a quantidade não é mínima.
Processos por jobbing, conforme Slack, Jones e Johnston (2018), “são exem-
plificados pelo trabalho de alfaiates que trabalham com roupas sob medida, 
muitas operações de engenharia de precisão, como ferramentarias especia-
lizadas, oficinas de restauração de móveis e gráficas que imprimem ingres-
sos para um evento social local. Este marceneiro está usando uma tecnologia 
de corte de madeira de uso geral para fabricar um produto para um cliente 
individual”. Dessa forma, apresentam que “O próximo produto fabricado será 
diferente (embora talvez similar) para um cliente diferente” (SLACK; JONES; 
JOHNSTON, 2018, p. 208-211).
2.2.3 TIPO DE PROCESSO EM LOTE OU BATELADA
O tipo de processo denominado por batelada, ou em lote, está relacionado com o 
sistema de produção que é chamado de intermitente. O que isso significa? Isso quer 
dizer que, por exemplo, “a mão de

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