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ESTRUTURA DA PELE A pele é o maior órgão do corpo, e um dos melhores indicadores de saúde geral. É dividida em 3 camadas: o Epiderme (mais externa) → camada fina (podendo ser mais espessa no pé), constituída por células epiteliais escamosas dispostas em camadas e que estão em continuo processo de renovação. Não possui vascularização. As terminações nervosas e os corpúsculos sensoriais situam-se na camada basal (que é a camada mais profunda da epiderme, suas células são entremeadas por melanócitos). *Obs: a pessoa que tem a pele mais escura, não quer dizer que ela tem menor quantidade de melanócitos, a quantidade de melanócitos é igual para todo mundo, o que varia é a quantidade de melanina produzida por esses melanócitos. o Derme→ tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, receptores sensoriais, fibras elásticas, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, elementos celulares e corpúsculo de Merkel, Pacini, Meissner e Krause. o Hipoderme ou tecido celular subcutâneo (mais profunda) → rica em gordura (panículo adiposo), glândulas sudoríparas e sebáceas e vasos sanguíneos. FUNÇÕES DA PELE Proteção (de traumas, raios UV). Termorregulação (vasodilatação e vasoconstrição). Percepção (terminações nervosas). Reserva alimentar. Excreção: ureia, amônia, ácido úrico. Metabólica: vit D > calcificação óssea. Imunológica: células de Langerhans (captam e processam antígenos). ANAMNESE IDADE, SEXO, ETNIA (A pele muda com a idade. Doenças autoimunes são mais frequentes em mulheres. Característica da composição da melanina tem fatores de proteção/exposição dependendo da etnia. PROCEDÊNCIA GEOGRÁFICA (fatores ambientais). ESTAÇÃO DO ANO (dependendo da estação a pele pode apresentar diferentes características). OCUPAÇÃO (trabalhador rural/ praia x trabalhador interno). NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO (ambientes fechados, aglomerações, ventilação, higiene ruim). ANTECEDENTES PATOLÓGICOS (manifestações cutâneas relacionadas a doenças que os pacientes possam ter) ANAMNESE DERMATOLÓGICA MORFOLOGIA DA LESÃO (número de lesões, são iguais ou diferentes, tamanho e formato da lesão). TEMPO DE EVOLUÇÃO (quanto tempo tem essa lesão?). INÍCIO DOS SINAIS E SINTOMAS (os sintomas são só cutâneos?). ÉPOCA DE APARECIMENTO (estação que a lesão aparece). DISTRIBUIÇÃO (pega o corpo inteiro, ou locais específicos como mãos, pernas, face, regiões de dobras). Regional ou universal ORGANIZAÇÃO (pápulas, em um dermátomo). MANEIRA DE PROGRESSÃO (ordem de evolução da lesão). FATORES: o De piora, o De melhora, o Desencadeantes, SINTOMAS ASSOCIADOS (febre, falta de ar, diarreia, dor articular). MORFOLOGIA Lesão anular: Lesão numular: Lesão em alvo: Lesão em placa: Lesão em mancha: Lesão gutata: Lesão serpinginosa: DISTRIBUIÇÃO Regional : Universal: D ORGANIZAÇÃO Lesão linear: Lesão zoosteriforme: Lesão Herpetiforme: Lesão reticulada: EXAME FÍSICO Paciente despido Local bem iluminado Inspeção pele e mucosas Palpação Exame físico geral -Serão sistematicamente investigados os seguintes elementos: *Coloração: PALIDEZ: significada atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. HIPEREMIA: aumento da circulação na derme, pode ficar mais avermelhado. CIANOSE: cor azulada da pele e das mucosas. Manifesta-se quando a hemoglobina reduzida alcança no sangue valores superiores a 5 mg/ 100 ml. ICTERÍCIA: cor amarelada da pele e das mucosas, ocorre devido ao acumulo de bilirrubina no sangue. CAROTENOSE: aumento de betacaroteno, pele mais alaranjada. *Umidade: o Normal. o Pele seca: pode ser encontrado em paciente desidratado. o Aumentada ou sudorenta. *Textura: o Normal. o Fina: pode ser encontrada em pessoas idosas, no hipotireoidismo em áreas recentemente edemaciadas, em algumas afecções como mixedema e dermopatias crônicas. o Áspera: indivíduos que trabalham em atividades rudes, pacientes desidratados. o Enrugada: vemos em pessoas idosas, pessoas que perderam peso rápido ou quando se elimina o edema. *Espessura: o Normal: encontrada em paciente hígido. o Atrófica: acompanha-se certa translucidez que permite ver a rede venosa superficial. É observada nos idosos, prematuros e algumas dermatoses. o Espessado ou hipertrófica: é vista geralmente em indivíduos que trabalham expostos ao sol. *Sensibilidade: o DOLOROSA: ▪ Hipoalgesia ou analgesia: ausência de dor ao contato com um objeto aquecido ▪ Hiperestesia: até com os toques mais sensíveis se desperta dor. o TÁTIL ▪ Anestesia ou hipoestesia: é uma perda ou diminuição da sensibilidade tátil. O TÉRMICA *ELASTICIDADE E MOBILIDADE: devem ser analisadas em conjunto. o A elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado, e a mobilidade refere-se à sua capacidade de se movimentar sobre os planos profundos subjacentes. o Para avaliar a elasticidade, pinça-se uma prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo, em seguida, certa tração, ao fim da qual se solta a pele. Para a pesquisa da mobilidade, emprega-se a seguinte manobra: pousa-se firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se a mão para todos os lados,fazendo-a deslizar sobre as estruturas subjacentes (ossos, articulações, tendões, etc). o A elasticidade pode ser: ▪ NORMAL: observa-se em indivíduos hígidos. ▪ AUMENTADA OU HIPERPLÁSICA: lembra características da borracha. Tem como exemplo a síndrome de Ehlers-Danlos, na qual está presente um distúrbio do tecido elástico cutâneo. ▪ DIMINUÍDA OU HIPOPLÁSICA: a pele ao ser tracionada volta vagarosamente. Pode ser observada em idosos, pacientes desnutridos e desidratados. o A mobilidade pode ser: ▪ NORMAL: a pele normal apresenta certa mobilidade em relação as estruturas mais profundas que se relaciona. ▪ DIMINUÍDA OU AUSENTE: pode ocorrer em área-sede de processo cicatricial, na esclerodermia, na elefantíase e nas infiltrações neoplásicas próximas á pele. ▪ AUMENTADA: observada na pele de pessoas idosas e na síndrome de Ehlers- Danlos. *Turgor: avalia-se pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba o tecido subcutâneo. o NORMAL: quando o examinador obtém sensação de suculência em que, ao se soltar,observa-se a prega se desfazer rapidamente. Indicando conteúdo normal de água, ou seja, pele hidratada. o DIMINUÍDO: sensação de pele murcha e uma prega que se desfaz lentamente. O que indica desidratação. *Temperatura LESÕES ELEMENTARES AVALIAR: forma, bordas, cor, localização e superfície. ➢ PODEM SER: o Primárias: não é precedida de outra alteração cutânea. o Secundárias: evolução das lesões primárias. PRIMÁRIAS: •Mácula/Mancha •Pápula •Placa •Nódulo •Vesícula •Bolha •Pústula •Abscesso LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS: Manchas/Mácula ➢ Alterações, planas e impalpáveis, resultado de alteração da coloração da pele: o PIGMENTARES: alteração do pigmento melânico: ▪ ACRÔMICAS (vitiligo): ausência de melanina. ▪ HIPOCRÔMICAS: diminuição da melanina. ▪ HIPERCRÔMICAS (melasma): aumento da melanina, mais escura que a pele do paciente. Mácula: até 01cm Mancha:>01cm OVASCULARES: distúrbios da microcirculação da pele, desaparecem a digitopressão. ▪ TELANGIECTASIA: dilatações dos vasos terminais. ▪ MANCHA ERITEMATOSA OU HIPERÊMICA: decorrem da vasodilatação. o HEMORRAGICAS: não desaparece a digitopressão. ▪ PETÉQUIA: são puntiformes. ▪ VÍBICE: forma linear. ▪ EQUIMOSE: são em placas. o DEPOSIÇÃOPIGMENTAR: ▪ Bilirrubina, hemossiderina, corpo estranho (tatuagens), pigmento caroteno. LESÕES PALPÁVEIS, ELEVADAS E SÓLIDAS: ➢ PÁPULAS: até 1cm, superficiais, bem delimitadas, com bordas facilmente percebidas quando se desliza uma polpa digital sobre a lesão. ➢ PLACA: >= 1 cm por coalescência de pápulas. ➢ NÓDULO: >1cm, mais profunda (hipoderme) e firme que uma pápula. São mais percebidas na palpação do que na inspeção. ➢ URTICA: lesão eritematoedematosa, causadas por edema na derme ou hipoderme. ➢ VEGETAÇÃO: lesão elevada, pediculada ou não, de superfície irregular. Elevações Superficiais e Circunscritas da pele, formadas por uma coleção líquida ou purulenta: ➢ VÉSÍCULA: até 1 cm contendo liquido no seu interior. ➢ BOLHA: > 1 cm contendo liquido no seu interior. ➢ PÚSTULA: é uma vesícula com conteúdo purulento. ELEVAÇÃO DERMO-HIPODÉRMICA: ➢ ABSCESSO: são coleções purulentas, mais ou menos proeminentes e circunscritas, de proporções variáveis, flutuantes, de localização dermo- hipodérmica ou subcutânea. LESÕES ELEMENTARES SECUNDÁRIAS PERDA DE SUPERFICIE CUTÂNEA: ➢ EROSÃO: perda da epiderme (parte mais superficial da pele, não sangrenta). Não deixa cicatriz. Quando é de origem traumática recebe o nome de escoriação. ➢ ÚLCERA: perda até a derme que resulta em cicatriz. ➢ FISSURA: fenda linear na pele, superficiais ou profundas. MATERIAL SOBRE A SUPERFÍCIE CUTÂNEA: ➢ CROSTA: resíduo ressecado da serosidade, sangue, pus ou mista que recobre uma área previamente lesada. ➢ ESCAMA: lâminas epidérmicas secas que tendem a se desprender da superfície cutânea. ➢ ESCARA: tecido necrótico FISTÚLA: ➢ Pertuito da pele pelo qual ocorre drenagem de material proveniente de foco supurativo ou necrótico profundo. LIQUENIFICAÇÃO: ➢ Espessamento da pele, com acentuação das estrias. ATROFIA: ➢ Pele fina, lisa, translúcida e pregueada. CICATRIZ: ➢ Reposição de tecido destruído por tecido fibroso O ATRÓFICA: deprimida. o HIPERTRÓFICA: não ultrapassa os limites da ferida. o QUELOIDIANA: ultrapassa os limites da ferida, formação fibrosa rica em colágeno. SINAIS DERMATOLÓGICOS ➢ Auspitz (orvalho sangrante): surgimento de pequenos pontos hemorrágicos após remoção das escamas. ➢ Nikolsky: pele se desprende da lesão com fricção.
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