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Doenças Autoimunes: Diferenciação e Sintomas

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Como diferenciar as doenças auto imunes? 
 predomínio periférico ou axial / Simetria X Assimetria 
*Periférico: Maioria das artrites, AR e LES 
*Axial: Espondilite Anquilosante (principal) 
*Simetria: AR +++(bem simétrica, bem espelhado um lado com o outro) e LES ++ 
*Assimetria: Artrite reativa e Artrite Psoriásica 
 LES, Artrite reativa e Artrite Psoriásica 
 : AR e Espondilite 
 
GOTA 
É uma doença metabólica muito comum. Atinge mais homens (geralmente possui uma 
circulação de ácido úrico maior) do que mulheres, em 7:1 a 9:1, em torno da quinta década de 
vida. Mulheres sofrem de gota pós-menopausa. 
É diferente de hiperuricemia. Muitas pessoas vão ter Hiperuricemia e não vão ter gota 
(manifestação articular por depósitos de cristais de ácido úrico). 
Lembrar que hiperuricemia, não complica apenas com gota, pode fazer depósitos de cristas, 
fazendo calculo renal, por exemplo. Então, hiperuricemia é a porta de entrada para outras 
complicações. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 A hiperuricemia é um problema na metabolização das purinas (adenina e guanina). Esse 
problema pode ser genético ou dietético. 
 A gente circula uma quantidade 
X de ácido úrico que é normal, faz parte 
do processo de metabolização. O grande 
problema é se esse processo impacta na 
metabolização do ácido úrico eu acabo 
acumulando ácido úrico. 
 Alguns alimentos aumentam 
muito a quantidade de ácido úrico-carne 
vermelha, cerveja ( não aumenta de 
forma diretamente o ácido úrico, mas ele 
diminui o metabolismo desse ácido úrico. 
 
 
 Isso vai aumentar o ácido úrico, 
e vamos ter que eliminar. Parte da eliminação pela via intestinal e outra parte, via renal. E 
ai que esta o problema: pode ocorrer formação de cristais de ácido úrico. 
QUADRO CLÍNICO 
A hiperuricemia por si só, não traz sintomas. Muitas pessoas descobrem que tem ácido úrico 
elevado porque faz o exame de sangue. 
 Artrite Gotosa Aguda 
 Gota Tofácea Crônica 
FATORES PROVOCATIVOS DAS CRISES 
 Trauma, álcool, medicamentos: diuréticos tiazídicos, aspirina, ingesta alimentar : carne 
vermelha, frutos do mar, miúdos, grãos 
ARTRITE GOTOSA AGUDA 
 Artrite súbita (geralmente desenvolve em questão de horas) de forte intensidade 
 Duração: 05-07 dias 
 Envolvimento de membros inferiores 
 80% os ataques inicias são 
monoarticulares, atingindo, geralmente a 
1° articulação metatarsofalângica 
chamado de Podagra. 
 
 
 
GOTA TOFÁCEA CRÔNICA 
 Geralmente ocorre 10 anos após crises aguda de gota. As articulações tornam-se 
persistentemente inflamada e a intensidade dos sintomas é menor que na fase aguda. 
 Envolvimento poliarticular, incluindo pequenas articulações das mãos. 
 Formação de TOFOS: acúmulos de cristais nos tecidos(geralmente indolores) na 
articulação metatarsofalangeanas e orelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓTICO LABORATORIAL 
 Liquido sinovial: pesquisa de cristais de monourato de sódio; celularidade aumentada: 
neutrófilos (liquido leitoso) 
*Microscopia polarizada: cristais em forma de agulha 
 Ácido úrico sérico elevado 
 Urina de 24 horas: uricosúria 
- Normal a aumentada→ hiperprodutores 
- Diminuída→ hipoexcretores 
D IAGNÓSTICO RADIOLÓGICO 
 Na gota aguda, geralmente vem normal, não altera a radiografia. Já na crônica, tem 
alteração: 
 
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
 Doença inflamatória crônica de etiologia autoimune que acomete diversos órgãos e 
sistemas. 
 Acomete principalmente mulheres: 10:1, na faixa dos 18 aos 40 anos 
 A patogenia se dá pela desregulação da resposta imune humoral, com a formação de 
autoanticorpos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍ NICAS 
 Queixas sistêmicas: febre recorrente, fadiga, anorexia, perda de peso e mialgias. 
 Cutâneas: rash malar, fotossensibilidade e lesões eritematosas. 
 
 Osteo-muscular: miopatia, miosite, artralgias, poliartrite simétrica e não erosiva e 
Artropatia de Jaccound(desvio ulnar) 
 
 Articular: poliartrite 
 Hematológicas: anemia (doença crônica /autoimune: hemolítica) 
 Pulmonares: derrame pleural e serosite 
 Cardíacas: derrame pericárdico 
 Vasculares: vasculite 
 Renais: nefrite lúpica, com diagnóstico por biopsia renal, que pode evoluir para insuficiência 
renal aguda. Edema e hipertensão arterial, urina espumosa, proteinúria e hematúria. 
 Neuropsiquiátricas: AVC, psicose lúpica, alterações de nervos periféricos 
 Gastrintestinal-: ulceração 
 Oculares 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: GRAVIDEZ 
 Lúpus neonatal: 
Manifestação mais grave: bloqueio cardíaco congênito- Ac anti SSA 
 
 Síndrome Ac antifosfolipide 
-Eventos trombóticos 
-Abortamento 
-Complicações na gravidez 
É preciso que o paciente tenha, pelo menos, 4 dos critérios apresentados abaixo: 
1- Rash malar 
2- Rash discóide 
3- Fotossensibilidade 
4- Ulceras orais 
5- Artrites 
6- Serosite: pleurite/pericardite 
7- Nefrite 
8- Alteração neurológica: convulsão/psicose 
9- Alteração hematológicas: anemia, leucopenia(leuco baixo), e plaquetopenia 
10- Alteração imunológica: anti Sm, anti DNA e ac anticardiolipina 
11- FAN 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Auto anticorpos: FAN (fator anti núcleo) 
 Anti DNA, anti Sm, anti SSA, anti SSB 
 Exames gerais para atividade da doenças: VHS, PCR 
 Exames específicos conforme o órgão envolvido: sumario de urina, proteinúria de 24h, hemograma, 
TC, RM 
ARTRITE REUMATÓIDE 
 A patogenia consiste em uma doença autoimune(imunidade celular- linfócito T) 
 Há predisposicaçao genética(HLA-DR4) e pode estar associado a uma etiologia viral( 
parvovirus e Epstein-Barr) 
 Acomete jovens entre 20-40 anos, especialmente mulheres ( 70% dos casos) 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Poliartrite difusa, simétrica e deformante 
 Envolvimento predominante articular, com pouco envolvimento extra articular. As 
principais articulações atingidas são pés e mãos. 
 Também ocorre desvio ulnar (Artropatia de Jaccoud), porém aqui ela é fixa. 
 
 Outras deformidades que aparecem na AR: 
 
 
EXAME COMPLEMENTARES 
 Radiológicos: Rx articular, USG, RM 
 Laboratoriais: Anticorpo: fator reumatoide, anti CCP, ativ da doença:VHS, PCR 
 
ESPONDILITE ANQUILOSAN TE 
 Doença autoimune inflamatória crônica, que afeta o 
esqueleto axial + sacrilíacas e acomete mais 
frequentemente homens, entre a segunda e terceira 
décadas. 
 Processo inflamatório é seguido por calcificação dos 
ligamentos interarticulares e essas calcificações 
começam a fundir as vertebras. As articulações 
começam a ficar grudadas, reduzindo a mobilidade 
da coluna. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Além do predomínio axial (coluna e sacrilíacas) o paciente cursa com dor lombar de 
caráter inflamatório (dor em repouso), rigidez após período de repouso. 
 Depois de um tempo pode começar a manifestar nas articulações periféricas: quadril 
(mais frequente), joelho, tornozelo. 
 As manifestações clinicas estra articulares mais comuns são uveíte( e entesite(inflamação 
do tendão) 
 
 A postura característica dessa doença é a chamada de ‘’esquiador’’. 
 
 Paciente cursa com a diminuição da amplitude de movimento. 
 
 Teste de Patrick-Fabere: Dor na região do quadril, revelando dor na articulação 
sacrolíaca , característico da espondilite anquilosante. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Laboratorial: 
*VHS normal ou aumentado 
*PCR ultrassensível elevado 
*HLA B 27 
 Exames de imagem 
*Achado mais precoces: inflamação → RM 
*Achado mais tardios: calcificação→ Raio X 
FEBRE REUMÁTICA 
 É uma complicação imunológica tardia, decorrente de um processo inflamatório 
posterior a uma infecção da orofaringe (amigdalite ou escarlatina), que acomete 
crianças e adolescentes (7 a 15 anos) 
 Agente infeccioso: Estreptococo beta-hemolítico do grupo A 
 A incidência da FR vem caindo em todo mundo, porém, nos países em 
desenvolvimento ainda é a principal artrite crônica na infância. No brasil, a 
cardiopatia reumática crônica permanecesendo a maior causa de doenças cardíaca 
entre crianças e adultos jovens. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Manifestações PRECOCES: 
Ocorrem uma semana após o quadro de amidalite/faringite. 
• Febre 
• Artrite: migratória, oligo/poliarticular e não deixa sequelas 
 Três semanas após a infecção: 
• Cardite: manifestação mais grave 
• Pancardite 
• Única que deixa sequelas – endocardite com lesão valvar 
 Manifestações TARDIAS: 
• Coreia de Sydenhan – movimentos involuntários, como se 
tivesse dançando ( 10-40% dos casos, mais frequentes no sexo 
feminino) 
• Nódulo subcutâneo (5-10% dos casos) 
• Eritema marginatum (borda vermelha e centro claro, não 
doloroso ou pruriginoso) 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 ASLO (ac anti estreptoliina O 
 VHS, PCR 
 ECG 
 Ecocardiograma 
 
Ordem de 
comprometimento →

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