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Fisiologia tireoidiana

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�siologi� tireoidian�
A tireoide é a maior glândula endócrina do corpo humano, sendo responsável pela produção dos
hormônios tireoidianos (T3 e T4), envolvidos com diversos componentes da homeostase (função cerebral,
cardiovascular, intestinal, metabolismo celular, produção de calor
etc.). A glândula é composta por folículos tireoidianos que são
formados pelas células foliculares. Os hormônios tireoidianos são
formados pela organificação do iodo, que é combinado a
tireoglobulina. A tireoperoxidase (TPO) é uma enzima crucial na
formação desses hormônios, e são localizadas na membrana
apical das células foliculares. A maior parte do hormônio
tireoidiano produzido fica armazenado no coloide, o qual é liberado
de acordo com a necessidade.
A tireoide produz e libera muito mais T4 do que T3, numa
proporção de 20:1. No entanto, o T3 é o maior responsável pela
atividade fisiológica nos tecidos periféricos. Na verdade, o T4
penetra nas células dos órgãos-alvo e logo é convertido em T3 por intermédio da Deiodinase tipo 1 (maioria
dos tecidos) ou tipo 2 (cérebro, hipófise, tecido adiposo marrom), ao retirar um átomo de iodo do anel externo
do T4. Podemos considerar o T4 como um pró-hormônio e o T3 como o hormônio ativo.
Deiodinase Função
1 ● Conversão sistêmica de T4 em T3
● Presente na tireóide, rim e fígado
2 ● Conversão central de T4 em T3
● Responsável pelo feedback negativo
● Presente na tireoide e hipófise
3 ● Conversão do T4 e T3 em T3 reverso(rT3)
● Inativa o hormônio
● Presente na placenta e SNC
Obs.: Doença não tireoidiana (síndrome do eutireoideo doente): Condição comum e importante
para pacientes internados em unidades intensivas. Nessa situação, determinadas citocinas podem inibir as
desiodase tipo 1 (D1) e 2 (D2). Como essas enzimas fazem a conversão periférica de T4 em T3, a
concentração de T3 está reduzida. Acaba sobrando mais T4 para a desiodase tipo 3 (D3) e consequente
aumento do T3 reverso (T3r). Esse aumento ainda é favorecido pela inibição da D1 que cataboliza o T3r. Com
a evolução da doença, cai também a concentração de T4. É possível que essas alterações sejam uma forma
de proteção do organismo contra o catabolismo excessivo desencadeado por algumas doenças. Assim, a
função tireoidiana não deve ser solicitada para pacientes agudamente enfermos, a menos que haja suspeita
elevada sobre uma doença da tireoide.
O eixo hipotálamo-hipófise- tireoide funciona baseado numa alça de retroalimentação negativa
(feedback negativo). A glândula tireoide secreta os hormônios T3 e T4. O T4 penetra
nos neurônios hipotalâmicos e nos tireotrofos, convertendo-se em T3, por ação da
5’-desiodase tipo 2. O T3 tem a capacidade de inibir a liberação hipotalâmica de TRH
e a secreção hipofisária de TSH – retroalimentação negativa. Com isso, os hormônios
tireoidianos regulam a sua própria produção: se esta diminui por algum motivo, a
produção aumentada de TRH e TSH estimula a secreção de T3 e T4; se, por outro
lado, a produção hormonal tireoidiana aumenta, a liberação reduzida de TRH e TSH
reduz a secreção de T3 e T4.
A compreensão desse eixo de retroalimentação é fundamental para avaliar o
significado da dosagem hormonal no diagnóstico das doenças da tireoide. Assim,
classificamos os distúrbios tireoidianos em primários (de origem na própria glândula tireoide), secundários
(de origem hipofisária) ou terciários (de origem hipotalâmica). A dosagem do TSH diferencia com precisão o
distúrbio primário do secundário/ terciário. Nos distúrbios primários, o TSH sempre varia de forma inversa aos
níveis plasmáticos de hormônios tireoidianos, devido ao feedback negativo.
O que pedir na análise laboratorial? TSH (0,5 a 5,0mU/mL) e T4 livre (0,9 a 2ng). Se hipertireoidimos,
avaliar T3 (tireotoxicose por T3).
Uma vez liberados pela tireoide, tanto o T3 quanto o T4 são carreados por proteínas plasmáticas.
Podemos afirmar que quase todo o hormônio tireoidiano circulante (cerca de 99,96% do T4 e 99,6% do T3)
encontra-se na forma ligada a proteínas, distribuídos da seguinte forma: 70% ligados à TBG (globulina
ligadora de tiroxina), 10% ligados à TBPA (pré-albumina ligadora de tiroxina, ou transtirretina) e 15% à
albumina. A concentração plasmática total de T3 e T4 reflete muito mais a fração ligada do que a fração
livre.Apesar de corresponder a uma pequenina fração do total, é a forma livre que possui importância
fisiológica e são os seus níveis séricos regulados pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, mantidos dentro da
normalidade durante o estado de eutireoidismo. Nos distúrbios da função tireoidiana (hiper ou hipotireoidismo)
a fração livre hormonal se altera, influindo diretamente sobre a fração ligada e, portanto, sobre a concentração
plasmática total. Por exemplo, se o T4 livre aumenta no hipertireoidismo, há mais T4 para se ligar às
proteínas TBG, TBPA e albumina, aumentando assim a fração ligada e, consequentemente, a concentração
total do hormônio. Mesmo no estado eutireóideo, condições que afetam os níveis plasmáticos das
proteínas carreadoras podem alterar significativamente os níveis do T4 e T3 totais, por isso solicita-se
o T4 livre. Fatores que aumentam TBG: gravidez, estrogenioterapia, cirrose hepática. Fatores que diminuem
TBG: androgenioterapia, desnutrição e síndrome nefrótica.
TSH topografa a síndrome:
● Como estarão os hormônios no hiper 1º? T4L aumentado e TSH diminuído (exemplo: doença
de graves)
● Como estarão os hormônios no hiper 2º? T4L aumentado e TSH aumentado (exemplo:
adenoma hipófise)
● Como estarão os hormônios no hipo 1º? T4L diminuído e TSH aumentado
● Como estarão os hormônios no hipo 2º? T4L diminuído e TSH diminuído

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