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APOSTILA - GESTÃO DE COMPRAS

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GESTÃO DE COMPRAS
Elaboração:
Equipe Escola de Gestão do Paraná
Créditos:
Equipe Escola de Gestão do Paraná
Instituto Publix
Banco Mundial
Autor:
Vagner Luciano
Rua Jacy Loureiro de Campos S/N I Palácio das Araucárias I Centro Cívico I Curitiba/PR I CEP 80.530-915 I 41 3313.6264 I 3313.6670 www.administracao.pr.gov.br 
 
 
Sumário 
Apresentação ................................................................................................................ 5 
Módulo I......................................................................................................................... 6 
1 Controle dos Atos de Gestão ................................................................................... 6 
1.1 Introdução ........................................................................................................... 6 
1.2 Controle dos Atos de Gestão ............................................................................ 7 
1.3 Plano de Demandas ........................................................................................... 9 
Módulo II.......................................................................................................................13 
2 Licitação ....................................................................................................................13 
2.1 Introdução ..............................................................................................................13 
2.2 Princípios Aplicáveis ............................................................................................15 
2.3 Definições da Lei Estadual ...................................................................................17 
2.4 O Processo de Aquisição no Setor Público ........................................................20 
2.5 Etapas do Procedimento de Contratação ...........................................................22 
Módulo III......................................................................................................................23 
3 Modalidades de Licitação ........................................................................................23 
3.1 Introdução ..............................................................................................................23 
3.2 Modalidades de Licitação .....................................................................................24 
3.3 Estudo de Caso - Penalidade Imposta Pelo TCE por Problemas na Realização 
de Licitações ................................................................................................................30 
3.4 Tipos de Licitação .................................................................................................31 
3.5 Parcelamento .........................................................................................................34 
3.6 Fracionamento da Despesa ..................................................................................35 
3.7 Licitações Simultâneas e Licitações Sucessivas ...............................................36 
Módulo IV .....................................................................................................................37 
4 Processo Licitatório .................................................................................................37 
4.1 Edital.......................................................................................................................37 
4.2 Habilitação .............................................................................................................40 
4.3 Condições de Participação ...................................................................................46 
4.4 Publicação .............................................................................................................47 
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4 
 
4.5 Microempresa/Empresa de Pequeno Porte .........................................................48 
4.6 Formalização da Licitação ....................................................................................50 
4.7 Critérios Para Desclassificação de Propostas ...................................................52 
4.8 Adjudicação e Homologação ...............................................................................53 
4.9 Revogação e Anulação da Licitação ...................................................................54 
4.10 Contratação Direta ..............................................................................................55 
4.11 Dispensa de Licitação .........................................................................................56 
4.12 Compras Emergenciais .......................................................................................60 
4.13 Inexigibilidade de Licitação ................................................................................62 
4.13.1 Casos de inexigibilidade ..................................................................................62 
4.14 Formalização dos Processos de Contratação Direta .......................................63 
4.15 Estudo de Caso - Compras Públicas Sustentáveis ..........................................65 
Módulo V ......................................................................................................................66 
5 Sistema de Registro de Preços ...............................................................................66 
5.1 Sistema de Registro de Preços ............................................................................66 
5.2 Legislação Básica .................................................................................................68 
5.3 Pilares de uma Boa Gestão de compras .............................................................69 
5.4 Inovação em Compras Públicas no FNDE ..........................................................70 
Módulo VI .....................................................................................................................73 
6 Execução das Compras Públicas e seu Monitoramento ......................................73 
6.1 Credenciamento ....................................................................................................73 
6.2 Indicadores ............................................................................................................75 
6.3 Plano de Ação ........................................................................................................77 
6.4 Boas Práticas de Compras no Setor Público ......................................................79 
Referências ..................................................................................................................81 
 
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Apresentação 
OBJETIVO DO CURSO 
Debater a respeito do processo de compra de Insumos Estratégicos, buscando soluções 
e alternativas voltadas para o aprimoramento da gestão, fomentando a necessária 
segurança jurídica e, por conseguinte, o atendimento do interesse público. 
 
PÚBLICO-ALVO 
Gestores e coordenadores de órgãos centrais e unidades setoriais de logística, 
suprimentos e compras públicas; servidores em posições de assessoramento estratégico 
às funções de logística pública, bem como gerentes, técnicos e especialistas em 
planejamento e execução de compras públicas e em gestão da cadeia de suprimentos; 
técnicos responsáveis pela caracterização de demandas e requisitos de compras e 
contratação de serviços e produtos para atendimento de necessidades governamentais 
e setoriais. 
 
AUTOR 
Vagner Luciano 
 
 
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Módulo I 
1 Controle dos Atos de Gestão 
1.1 Introdução 
A atuação do Estado (ente politicamente organizado e com soberania em um território) deve 
ser norteada pela persecução do interesse público e do bem comum. Para seu funciona-
mento, pode-se dizer que a efetiva realização de suas funções perpassa pela existência de 
uma “máquina pública”; e esta necessitará contratar com particulares os meios e os recursos 
técnico-operacionais para seu funcionamento, mediante uma prestação remunerada pelo 
Poder Público. Essa escolha entre particulares interessados será realizada por meio de pro-
cesso administrativo regularmente instruído e em consonância com os princípios que regem 
a Administração Pública – “Licitação”. 
 
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1.2 Controle dos Atos de Gestão 
Os atos praticados por agente público na condução de quaisquer processos administrativos 
estão sujeitos à avaliação pelos órgãos de controle, em especial pelo Tribunal de Contas da 
União, cujas competências decorrem da previsão insculpida nos artigos 70 e 71 da Consti-
tuição Federal, e pelos Tribunais de Contas dos Estados, nos termos da respectiva Lei Or-
gânica, conforme o caso. 
Para melhor entender o que seria esse controle, cita-se duas de suas classificações, a saber: 
quanto ao momento em que é exercido e quanto à sua natureza. 
Quanto ao momento em que se efetua, temos: 
 Controle prévio ou preventivo: é o que é exercido antes de consumar-se a conduta 
administrativa. Via de regra, é por excelência o controle exercido pelo próprio gestor 
e tem estreita relação com os chamados “controles internos primários”. 
 Controle concomitante: acompanha a situação administrativa no momento em que 
ela se verifica. 
 Controle posterior ou corretivo: tem por objetivo a revisão de atos já praticados, 
para corrigi-los, desfazê-los ou, somente, confirmá-los. 
Quanto à natureza, o controle é classificado como: 
 Controle de Legalidade: é o que verifica a conformidade da conduta administrativa 
com as normas legais que a regem. Esse controle pode ser interno ou externo. Vale 
dizer que a Administração o exercita de ofício ou mediante provocação. 
 Controle do mérito: é o que se consuma pela verificação da conveniência e da opor-
tunidade da conduta administrativa. A competência para exercê-lo é da Administra-
ção, e, em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao Legislativo, mas nunca 
ao Judiciário. 
 Controle de resultado: é o que se realiza como um controle finalístico dos atos e se 
funda na efetividade da atuação administrativa, a partir do monitoramento e avaliação 
dos resultados obtidos. 
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Assim, é muito importante que o agente público atente para a necessidade de praticar seus 
atos em conformidade com os normativos e com as finalidades da Administração, exercendo 
primariamente o controle de seus atos e no âmbito de sua competência, sempre que neces-
sário. 
 
 
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1.3 Plano de Demandas 
Como visto no Módulo de Planejamento da Demanda de Compras, a construção de um 
Plano de Demandas se apresenta como a melhor forma de se planejar e viabilizar a maxi-
mização de acertos na cadeia logística de suprimentos, garantindo a factibilidade e a efeti-
vação das políticas públicas. 
 
 
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Nesse sentido, pode-se entender que a cadeia de suprimentos se refere ao somatório das 
etapas e dos procedimentos voltados para a contratação de insumos, nela compreendidos 
os processos de planejamento, o relacionamento com fornecedores, a formulação da de-
manda, a realização do processo de compra, a contratação, o recebimento, o pagamento, a 
gestão de estoque e a distribuição. 
A construção do Plano de Demandas Logísticas necessita retratar com a maior fidedignidade 
possível as necessidades de aquisição de insumos, sendo recomendável que este poderoso 
instrumento indique, sempre que possível: 
Demandante 
 A unidade demandante, mencionando o programa e o gestor respectivos. 
Dados da aquisição 
 Quantidade Demandada, de acordo com levantamentos realizados junto ao requisi-
tante; 
 Moeda; 
 Custo Unitário Estimado; 
 Custo Total Estimado. 
Dados do insumo 
 Código e Descrição do insumo; 
 Indicação de uso, ou seja: qual é a finalidade pretendida com a aquisição do insumo; 
 Tipo de Produto, indicando suas características, requisitos etc.; 
 Unidade de Acondicionamento (como o insumo será disposto ou embalado); 
 Unidade de medida (volume, peso, Unidade Internacional etc.). 
Dados da última aquisição 
 Modalidade de compra utilizada (se foi mediante licitação ou contratação sem licita-
ção) ou a indicação de ser a primeira compra; 
 Fornecedor (es) contratado (s); 
 Custo Unitário contratado; 
 Quantidade Total contratada. 
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Entrega e distribuição 
 Tipo/Local de Entrega (centralizada ou descentralizada); 
 1ª Entrega (data prevista para entrega da primeira parcela); 
 Quantidade Prevista de Entregas; 
 Prazo de Entrega (após assinatura do contrato). 
Estoque 
 Estoque Atual (somatório dos almoxarifados); 
 Previsão de abastecimento (estoque atual + quantidade a receber + aquisição em 
andamento); 
 CMM (Consumo médio mensal do insumo); 
 Previsão de cobertura para a nova aquisição (considerar a quantidade planejada, o 
CMM e a data da 1ª entrega); 
 Estoque Estratégico (reserva). 
Importação 
 Se o insumo é importado ou nacional; 
 Qual o modal de transporte (aéreo ou marítimo). 
Armazenagem 
 Característica de armazenagem necessária (seco, refrigerado); 
 Temperatura de armazenagem necessária (se for refrigerado); 
 Cubagem – altura x largura x profundidade; 
 Embalagem – tipo, preço e quantidade; 
 Área necessária para o armazenamento. 
Distribuição 
 Data prevista da distribuição (MM/AAAA); 
 Origem da distribuição, se será a própria Secretaria ou se o fornecedor realizará a 
entrega no local de destino; 
 Quantidade da parcela; 
 Necessidade de transporte (refrigerado, não refrigerado etc.); 
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 Necessidade de insumos acessórios (caixa de isopor, bobinas de gelo, fitas etc.); 
 Outras informações pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
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Módulo II 
2 Licitação 
2.1 Introdução 
A Licitação é um procedimento administrativo que visa escolher junto aos interessados par-
ticulares a proposta mais vantajosa para a Administração, com fulcro nos requisitos e condi-
ções definidos previamente à contratação, com base em parâmetros antecipadamente divul-
gados. 
A obrigação de licitar está consignada no art. 37, XXI, da Constituição Federal Brasileira, 
que fixou o procedimento como compulsório paraa contratação de obras, serviços, compras 
e alienações, ressalvados os casos especificados na legislação. 
 
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A regulamentação desse dispositivo constitucional se consubstanciou na Lei nº 8.666, de 21 
de junho de 1993, e alterações. Esses normativos disciplinaram o assunto licitações e con-
tratos da Administração Pública de forma complementar com outros ulteriormente editados 
(como exemplo temos a Lei 10.520/2002, que dispôs sobre a modalidade licitatória denomi-
nada Pregão). 
O Paraná editou a Lei Estadual nº 15.608, de 16 de agosto de 2007, estabelecendo normas 
sobre licitações, contratos administrativos e convênios no âmbito dos Poderes do Estado. 
 
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2.2 Princípios Aplicáveis 
Constituição Federal 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, im-
pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ” 
Lei nº 8.666/1993 
“Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isono-
mia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoali-
dade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da 
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos. ” 
Lei Estadual nº 15.608/2007 
“Art. 5º. A realização de contratos e convênios, subordinados a esta lei, está juridicamente 
condicionada: 
I – aos princípios universais da isonomia e sustentabilidade ambiental; 
II – aos princípios reguladores da Administração Pública, tais como legalidade, finalidade, 
impessoalidade, publicidade, moralidade, eficiência, celeridade, economicidade, razo-
abilidade, proporcionalidade, devido processo legal e motivação dos atos; 
III – aos princípios inerentes às licitações de vinculação ao instrumento convocatório, 
justo preço e competitividade. ” 
Para a prática dos atos administrativos, exigir-se-á do administrador público a observância 
dos princípios mencionados, sendo o da “motivação dos atos” aquele que viabilizará uma 
boa instrução do processo e, por conseguinte, o registro formal das razões que o levaram a 
decidir de uma ou de outra maneira. 
O princípio da motivação está especificamente disposto (em âmbito Federal) na Lei 
9.784/99, mais precisamente em seus artigos 2º e 50, in verbis: 
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“Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, fi-
nalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contradi-
tório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
(...) 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fun-
damentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
§ 1° A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de 
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propos-
tas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. 
§ 2° Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico 
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia 
dos interessados. 
§ 3° A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais 
constará da respectiva ata ou de termo escrito. ” 
 
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2.3 Definições da Lei Estadual 
O art. 4ª da Lei nº 15.608/07 traz definições de vários termos tratados na norma, sendo o 
ponto de partida para uma boa instrução do processo, dentre os quais merecem destaque: 
Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pú-
blica opera e atua concretamente; 
Administração Pública – administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive, as entidades com personalidade jurídica de 
direito privado sob controle do Poder Público e das fundações por ele instituídas ou manti-
das; 
Agente público – pessoa que exerce, mesmo que transitoriamente, com ou sem remunera-
ção, cargo, função ou emprego público; 
Compra – aquisição remunerada de bens para fornecimento em uma única vez ou em par-
celas; 
Execução direta – a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios 
meios; 
Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos 
seguintes regimes: 
a) empreitada por preço global – contratação da execução da obra ou do serviço por preço 
certo e total; 
b) empreitada por preço unitário – contratação da execução da obra ou do serviço por preço 
certo de unidades determinadas; 
c) empreitada integral – contratação de um empreendimento em sua integralidade, compre-
endendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira respon-
sabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em ope-
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ração, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segu-
rança estrutural e operacional, com as características adequadas às finalidades para que foi 
contratada; 
d) tarefa – quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou 
sem fornecimento de materiais. 
Imprensa oficial – veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para o 
Estado do Paraná o Diário Oficial do Estado e o sítio oficial da Administração Pública; 
Sítio oficial – local na Internet onde a Administração disponibiliza suas informações e ser-
viços de governo eletrônico, definido em Decreto do Poder Executivo Estadual ou em lei; 
Licitações simultâneas – as de objeto semelhante e com realização prevista para intervalos 
não superiores a 30 (trinta) dias; 
Licitações sucessivas – aquelas com objetos similares, cujo instrumento convocatório sub-
sequente seja publicado antes de decorridos 120 (cento e vinte) dias do término do contrato 
resultante da licitação antecedente; 
Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por exe-
cução direta ou indireta; 
Preços manifestamente inexequíveis – preços que os licitantes, após determinação da 
Administração, não comprovem, por meio de planilhas, serem fundamentados em custos de 
insumos coerentes com os de mercado e em coeficientes de produtividade compatíveis com 
a execução do objeto a ser contratado; 
Preços manifestamente superiores– preços que na totalidade da contratação se mostrem 
superiores aos praticados no mercado ou no âmbito da Administração Pública, ou sejam 
incompatíveis com os fixados pelos órgãos competentes; 
Projeto básico – conjunto de elementos necessários à definição do objeto pretendido pela 
Administração Pública e suficiente à elaboração da proposta, com nível de precisão ade-
quado para caracterizar a obra ou o serviço de engenharia, ou o complexo de obras ou 
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serviços de engenharia, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos prelimi-
nares, que assegurem: 
a) a viabilidade técnica da obra ou serviço de engenharia; 
b) a possibilidade de definição dos métodos e do prazo de execução; 
c) a identificação dos tipos de serviços a serem executados e dos materiais e equipamentos 
a serem incorporados na obra, bem como as especificações básicas que assegurem os me-
lhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo da licitação; 
d) as informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instala-
ções provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo 
da licitação; 
e) a possibilidade de avaliação do preço da obra ou serviço de engenharia, de acordo com 
preços compatíveis com os praticados no mercado; 
f) o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento. 
Registro cadastral – conjunto de informações relativas a fornecedores, construtores e pres-
tadores de serviços ou de bens de interesse da Administração, selecionados em razão da 
qualidade; 
Serviço – toda atividade intelectual ou material, destinada a obter determinada utilidade de 
interesse da Administração; 
Serviço e fornecimento contínuos – aqueles contratados pela Administração Pública para 
a manutenção de sua atividade fim ou administrativa. 
 
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2.4 O Processo de Aquisição no Setor Público 
No tocante aos processos de aquisição de Insumos Estratégicos para a setor público con-
vém abordar alguns aspectos que merecem atenção especial, já que envolvem uma série 
de nuances a depender do item a ser licitado. Tais aspectos devem ser levados em consi-
deração no momento do planejamento das aquisições, sua complexidade, tempo para se 
proceder com a licitação, dentre outros. A seguir são apresentados alguns desses itens. 
 Condições de armazenamento 
o Caso se licite um insumo sem antes dispor de um local adequado para arma-
zenagem, há grandes chances de haver perdas ou desperdícios de itens e, 
certamente, exigir-se-á a responsabilização de quem lhe tenha dado causa. 
 Condições de transporte 
o É necessário verificar que tipo de transporte o insumo demandará, seja pelo 
particular contratado para tal, seja pela Administração. 
 Prazos de validade do insumo 
o Em muitas situações se verifica o impedimento de se distribuir o insumo para 
uso nas organizações públicas, sendo o motivo a ausência de previsibilidade 
na licitação do “prazo máximo de validade transcorrido” (esse fator é muito 
comum de ocorrer especificamente na área da saúde ou na distribuição de 
alimentos para merenda escolar). 
 Demandas Judiciais 
o As demandas judiciais muitas vezes são difíceis de serem atendidas no prazo 
e na velocidade que o Magistrado entende possível, além de influenciar nega-
tivamente em todo o processo logístico envolvido, dada a imprevisibilidade de 
seu volume e abrangência. 
 Necessidade de atuação imediata 
o A depender do Programa correlacionado, o insumo não poderá esperar o rito 
ordinário do procedimento de compra, haja vista a existência de casos em que 
as instituições públicas precisam fornecer uma resposta rápida às situações 
que se apresentam. 
 Mercado restrito 
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o Determinados insumos possuem, em diversos casos, poucos fabricantes que 
concorrem entre si, o que exige um olhar diferenciado do comprador em rela-
ção ao respectivo mercado (aspecto que pode ser considerado especialmente 
nas áreas de segurança e saúde públicas). 
 Elevados custos de aquisição de insumos 
o As compras públicas podem envolver itens com custo unitário alto e em quan-
tidades altas. Como exemplos, podemos citar armamentos, transporte, medi-
camentos, construções, dentre outros. Portanto, um bom planejamento e ges-
tão das aquisições pode favorecer a eficiência nas compras dos insumos no 
setor público. 
 
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2.5 Etapas do Procedimento de Contratação 
Para uma melhor compreensão do processo de contratação pública, sugere-se dividir o pro-
cesso em três etapas: a fase interna da licitação; a fase externa da licitação e a etapa de 
execução contratual. 
A fase interna do procedimento se inicia com a justificativa para a contratação, com a con-
fecção do Termo de Referência, toda a tramitação interna do processo, os pareceres técni-
cos, quando for o caso, e o parecer jurídico. Para esta última manifestação, a continuidade 
da licitação estará condicionada à aprovação das minutas de edital e de contrato. 
A fase externa se inicia com a divulgação do certame na imprensa, quer seja na imprensa 
oficial, quer nos veículos privados. Essa divulgação se dá mediante a publicação de um 
aviso resumido, noticiando que a Administração pretende realizar uma disputa entre tercei-
ros interessados. Seu encerramento se dá com a assinatura do(s) respectivo(s) contrato(s) 
ou da(s) Ata(s) de Registro de Preços. 
 
 
 
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Módulo III 
3 Modalidades de Licitação 
3.1 Introdução 
As modalidades de licitação representam o conjunto de regras que devem ser observadas 
na realização de um determinado procedimento licitatório. 
A escolha da modalidade deve se dar em função de dois critérios: 
1. Critério qualitativo, em que a modalidade deverá ser definida em função das carac-
terísticas do objeto licitado, independentemente do valor estimado para a contratação. 
o Ex: Licitação que vise à contratação de um bem comum, para a qual é obriga-
tório o uso do pregão. 
2. Critério quantitativo, em que a modalidade será definida em função do valor esti-
mado para a contratação, se não houver dispositivo que obrigue a utilização do critério 
qualitativo. 
o Ex: Utilização da modalidade tomada de preços para obras com valor estimado 
de até R$ 1,5 milhão. 
 
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3.2 Modalidades de Licitação 
Nos termos da Lei nº 15.608/07, são modalidades de licitação: 
Concorrência 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que comprovem possuir os requi-
sitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Nos casos em 
que não exista determinação legal que obrigue o emprego de outra modalidade, embora 
possa se utilizar a concorrência independentemente do valor estimado para a contratação, 
é recomendável o seu uso acima dos limites a seguir relacionados: 
 Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 1,5 milhão; 
 Compras e demais serviços: acima de R$ 650mil. 
Concurso 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, 
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial. 
Convite 
É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastra-
dos ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade gestora 
ou administrativa, a qual publicará o resumo do instrumento convocatório na imprensa oficial 
e por meio eletrônico, e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especiali-
dade. 
O convite pode ser utilizado em situações nas quais não exista determinação legal que obri-
gue o emprego de outra modalidade e em função dos seguintes limites, tendo em vista o 
valor estimado da contratação: 
 Obras e serviços de engenharia: até R$ 150 mil; 
 Compras e demais serviços: até R$ 80 mil. 
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 No convite, cabe à Administração selecionar os participantes da licitação. Essa escolha, 
todavia, deve atender ao interesse público, fundamentando-se nos princípios da impessoa-
lidade e da moralidade. Nesse sentido, JUSTEN FILHO afirma que: 
“A faculdade de escolha pela Administração dos destinatários do convite deve ser exercida 
com cautela, diante dos riscos de ofensa à moralidade e à isonomia. Se a Administração 
escolher ou excluir determinados licitantes por preferências meramente subjetivas, estará 
caracterizado desvio de finalidade e o ato terá de ser invalidado. A seleção prévia dos parti-
cipantes faz-se no interesse da Administração e para a consecução do interesse público. ” 
Existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite realizado 
para objeto idêntico ou assemelhado é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interes-
sado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. 
Nos casos em que houver limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados 
e sendo impossível a obtenção do número mínimo de 3 (três) propostas efetivas, essas cir-
cunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do 
convite. 
Leilão 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis in-
servíveis para a Administração de produtos legalmente apreendidos ou penhorados e para 
a alienação de bens imóveis. 
Pregão 
É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o 
valor estimado da contratação, em que a disputa é feita por meio de propostas escritas e 
lances verbais, em uma única sessão pública, ou por meio da utilização de recursos de tec-
nologia da informação. 
O pregão não deve ser utilizado para contratar uma obra ou um serviço de engenharia com-
plexo que exijam no mínimo projeto básico, tampouco para locações imobiliárias e aliena-
ções em geral. 
Tomada de Preços 
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É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem 
a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do rece-
bimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
 
Pregoeiro e equipe de apoio 
Pregoeiro é o servidor designado para conduzir a licitação da modalidade pregão. Ele conta 
com o auxílio de uma equipe de apoio, que deverá ser integrada em sua maioria por servi-
dores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, preferencialmente perten-
centes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do certame. 
São atribuições do pregoeiro, segundo dispõe o art. 48 da Lei Estadual: 
 Coordenar e conduzir os trabalhos da equipe de apoio; 
 Receber, examinar e decidir as impugnações ao edital; 
 Iniciar a sessão pública do pregão; 
 Receber e examinar as credenciais e proceder ao credenciamento dos interessados; 
 Receber e examinar a declaração dos licitantes dando ciência da regularidade quanto 
às condições de habilitação; 
 Receber os envelopes das propostas de preço e dos documentos de habilitação; 
 Proceder à abertura dos envelopes das propostas de preço, ao seu exame e à clas-
sificação dos proponentes; 
 Conduzir a etapa competitiva dos lances; 
 Proceder à classificação dos proponentes depois de encerrados os lances; 
 Indicar a proposta ou o lance de menor preço e a sua aceitabilidade; 
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 Proceder à abertura dos envelopes de habilitação dos licitantes que apresentaram as 
03 (três) melhores propostas e verificar a regularidade das documentações apresen-
tadas a fim de declarar o vencedor; 
 Negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor; 
 Adjudicar o objeto da licitação ao licitante da proposta de menor preço aceitável, 
desde que não tenha havido recurso; 
 Receber, examinar, instruir e decidir sobre os recursos e, quando mantida a sua de-
cisão, encaminhar os autos à autoridade superior para deliberação; 
 Elaborar, juntamente com a equipe de apoio, a ata da sessão do pregão; 
 Encaminhar o processo licitatório, devidamente instruído, após a sua conclusão, às 
autoridades competentes para a homologação e contratação; 
 No julgamento da habilitação e das propostas, poderá sanar erros ou falhas que não 
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, medi-
ante despacho fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes 
validade e eficácia para fins de habilitação e classificação. 
 
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Jurisprudência TCU sobre a modalidade pregão: 
 Na inexistência de pregoeiro e de seu substituto no escritório de representação esta-
dual de um Ministério, devem ser adotadas providências para que a licitação seja 
promovida pelo órgão central do Ministério (Acórdão nº 3.407/2008- TCU - 2ª Câ-
mara). 
 Não há previsão legal de que a manifestação de intenção de recurso (efetivada na 
forma do art. 4º da Lei nº 10.520, de 17.07.2002, e no art. 11, inc. XVII, do Decreto nº 
3.555, de 07.07.1997), de forma imediata e motivada, possa ser recusada pelo pre-
goeiro de forma sumária (Acórdão nº 1.619/2008-TCU-Plenário). 
 Devem ser especificadas, nas atas dos pregões eletrônicos, de forma clara e precisa, 
as motivações para as possíveis suspensões das sessões de realização de pregão, 
em obediência ao princípio da motivação do ato administrativo, consubstanciado no 
art. 93, incisos IX e X da CF/88 e no art. 50 da Lei nº 9.784/1999 (Acórdão nº 
988/2008-TCU-Plenário). 
 Na ata de realização do pregão devem ser registradas as negociações realizadas pelo 
pregoeiro com vistas à obtenção de melhores preços para a Administração, mesmo 
que não ocorra redução do preço inicialmente proposto (Acórdão 1.886/2005-TCU-
Segunda Câmara). 
 É vedada a fixação de prazo para a fase de lances do pregão (Acórdão 2.255/2005–
TCU-Segunda Câmara). 
 É necessária a capacitação específica do pregoeiro (Acórdão 1968/2005–TCU-Pri-
meira Câmara). 
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 É possível o uso do pregão em serviços de engenharia, desde que esses serviços 
possam ser considerados comuns (Acórdão817/2005–TCU-Primeira Câmara). 
 É legal a realização de licitação na modalidade pregão para aquisição de veículos, 
dando como parte do pagamento bens inservíveis para a Administração (Acórdão n.º 
277/2003-TCU-Plenário-Voto do Ministro Relator). 
 
 
 
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3.3 Estudo de Caso - Penalidade Imposta Pelo TCE por 
Problemas na Realização de Licitações 
Este estudo de caso diz respeito à penalidade imposta pelo Tribunal de Contas do Estado 
do Rio de Janeiro a servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação 
do Estado. Esta Secretaria desejava realizar a contratação de serviços para instalação de 
infraestrutura elétrica, lógica e de telecomunicações, com adequações ambientais e instala-
ções para os centros de internet comunitários. 
Para isso foi desenvolvido um pregão presencial e uma empresa foi vencedora com o valor 
de R$ 1.798.200,00 (um milhão, setecentos e noventa e oito mil e duzentos reais). 
Oito anos após a conclusão da licitação, a Secretaria recebeu um pedido de esclarecimento 
do TCE, pois havia questionamentos acerca da modalidade utilizada. O TCE justificou que 
o objeto em questão não poderia ser licitado pela modalidade de pregão e, muito menos, na 
forma presencial. O Tribunal, entendendo que o pregão é desenvolvido apenas para bens e 
serviços comuns, não considerou o objeto da licitação como complexo. Assim sendo, era 
necessária a utilização da modalidade de concorrência. 
Mesmo que os servidores tenham alegado que o objeto poderia ser enquadrado como objeto 
comum, por haver a possibilidade de sua descrição detalhada no Termo de Referência, o 
TCE não acatou a defesa pelo fato de os servidores não conseguirem justificar sua escolha 
pelo formato de pregão presencial, que dá brechas para existência de acordos ou conluios, 
já que os participantes e o pregoeiro estão fisicamente próximos. A modalidade eletrônica 
favoreceria a transparência do certame, assim como a possibilidade de outras empresas, 
não localizadas no Rio de Janeiro, também participassem. 
 
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3.4 Tipos de Licitação 
São critérios utilizados para o julgamento do procedimento licitatório. A Lei nº 15.608/07 
estabeleceu os seguintes tipos de licitação: 
TIPO DESCRIÇÃO 
I – Menor preço 
O vencedor será o licitante que apresentar a proposta 
com o menor preço, dentre os licitantes considerados 
qualificados. A classificação se dará pela ordem cres-
cente dos preços propostos. 
II - Melhor técnica A definição do vencedor se dará em função de critérios 
técnicos e dos valores contidos nas propostas. Esses ti-
pos de licitação devem ser utilizados na contratação de 
serviços de natureza predominantemente intelectual, em 
especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscaliza-
ção, supervisão e gerenciamento e de engenharia con-
sultiva em geral e, em particular, para a elaboração de 
estudos técnicos preliminares e projetos básicos e exe-
cutivos. 
III – Técnica e preço 
IV – Maior lance ou oferta 
O vencedor será o licitante que apresentar a proposta ou 
lance com o maior preço, dentre os licitantes qualifica-
dos. A classificação se dará pela ordem decrescente dos 
preços propostos. Tipo de licitação utilizado nos casos 
de alienação de bens ou concessão de direito real de 
uso. 
 
Procedimentos adotados nas licitações do tipo melhor técnica: 
 Deverá haver fixação do preço máximo que a Administração se propõe a pagar; 
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32 
 
 Serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos lici-
tantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas pro-
postas de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado. Esses 
critérios devem estar definidos com clareza e objetividade no instrumento convocató-
rio e devem considerar a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade 
técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização, tecnologias e recur-
sos materiais a serem utilizados nos trabalhos e a qualificação das equipes técnicas 
a serem mobilizadas para a sua execução; 
 Uma vez classificadas as propostas técnicas, são abertas as propostas de preço dos 
licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no instrumento con-
vocatório. Em seguida, são negociadas as condições propostas, com a proponente 
melhor classificada, com base nos orçamentos detalhados apresentados e respecti-
vos preços unitários e tendo como referência o limite representado pela proposta de 
menor preço entre os licitantes que obtiveram a valorização mínima; 
 No caso de impasse na negociação anterior, procedimento idêntico será adotado, su-
cessivamente, com os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a con-
secução de acordo para a contratação; 
 As propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem preli-
minarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para 
a proposta técnica. 
 Procedimentos adotados nas licitações do tipo técnica e preço: 
 Serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos lici-
tantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas pro-
postas de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado. Esses 
critérios devem ser definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatório 
e devem considerar a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica 
da proposta, compreendendo metodologia, organização, tecnologias e recursos ma-
teriais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem 
mobilizadas para a sua execução; 
 Será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com crité-
rios objetivos pré-estabelecidos no instrumento convocatório; 
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 A classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada das va-
lorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos estabelecidos 
no instrumento convocatório. 
 Jurisprudência TCU sobre o assunto: 
 Somente quando não for possível a especificação de serviços entre os já encontrados 
no mercado e for preciso uma valoração técnica, isto é, caso seja necessária compe-
tição acerca da qualidade e desempenho dos itens a serem contratados, deve-se uti-
lizar a concorrência do tipo ‘técnica e preço’, seguindo, nesse caso, o que estabelece 
o art. 45, § 4º, da Lei nº 8.666/1993 (Acórdão nº 819/2009-Plenário); 
 Em licitações do tipo técnica e preço, devem constar no instrumento convocatório as 
justificativas para adoção de valor mínimo para fins de classificação da proposta téc-
nica, bem como de pesos diferenciados para as propostas técnica e preço (Acórdão 
nº 29/2009-plenário); 
 A licitação do tipo técnica e preço somente pode ser utilizada para serviços com ca-
racterísticas eminentemente de natureza intelectual, excluindo-se nesse caso a aqui-
sição de bens que, ainda de informática, sejam de fácil obtenção no mercado, medi-
ante a prévia especificação, e ainda os serviços comuns para a operação do sistema 
a ser desenvolvido/adquirido (Acórdão 1631/2005-TCU-Primeira Câmara); 
 Deve-se evitar conceder pontos na fase técnica da licitação a licitantes que possuam 
sede ou filial em localidadesespecíficas (TCU - Acórdão 26/2007 – Plenário); 
 Deve-se evitar estabelecer pontos na fase técnica da licitação para requisitos relativos 
ao quantitativo e qualificação do quadro de pessoal das empresas licitantes (TCU - 
Acórdão 26/2007 – Plenário); 
 É vedado atribuir pontos na avaliação da técnica para quesitos cujo atendimento pelos 
licitantes necessitem incorrer em despesas desnecessárias e anteriores à própria ce-
lebração do contrato (TCU - Acórdão 1878/2005 – Plenário); 
 É vedado atribuir pontos na avaliação da técnica pelo tempo de existência do licitante 
ou do produto no mercado (TCU - Acórdão 1878/2005 – Plenário); 
 Não deve ser utilizado o tipo técnica e preço para aquisição de bens que, ainda de 
informática, sejam de fácil obtenção no mercado, mediante a prévia especificação 
(TCU - Acórdão 1631/2005 - Primeira Câmara). 
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3.5 Parcelamento 
Caso exista necessidade – técnica ou econômica – de parcelamento para as contratações, 
cada etapa há de corresponder a uma licitação distinta (julgamento por item), preservada a 
modalidade para o objeto em licitação, sem que haja perda de economia de escala. (Decreto 
Estadual n° 4993/2016, art. 13). 
 
 
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3.6 Fracionamento da Despesa 
A estimativa para o enquadramento na modalidade licitatória adequada deverá ser feita em 
função da integralidade do objeto a ser contratado. Fracionar a despesa consiste em dividir 
as contratações sem observar a modalidade cabível para o objeto como um todo ou contratar 
diretamente, sem licitação, nos casos em que o procedimento é obrigatório. 
 A estimativa para o enquadramento na modalidade licitatória adequada deverá ser feita em 
função da integralidade do objeto a ser contratado. Caso exista necessidade (técnica e eco-
nômica) de parcelamento para as contratações, cada etapa há de corresponder à licitação 
distinta, preservada a modalidade para o objeto em licitação. Tal prática é vedada, em função 
das disposições contidas no § 3.º e no § 6.º, do art. 39 e nos incisos I e II, do art. 34, da Lei 
n.º 15.608/07. 
 
 
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3.7 Licitações Simultâneas e Licitações Sucessivas 
As definições e as correspondentes vedações para suas ocorrências estão dispostas nos 
artigos 4º e 36, respectivamente, da Lei Estadual 15.608/2007, que assim dispõem: 
Art. 4°. Para os fins desta lei considera-se: 
(...) 
XIX – Licitações simultâneas – as de objeto semelhante e com realização prevista para in-
tervalos não superiores a 30 (trinta) dias; 
XX – Licitações sucessivas – aquelas com objetos similares, cujo instrumento convocatório 
subsequente seja publicado antes de decorridos 120 (cento e vinte) dias do término do con-
trato resultante da licitação antecedente; 
(...) 
Art. 36. São vedadas as dispensas sucessivas de licitação, com base nos incisos I e II do 
art. 34 desta lei, assim entendidas aquelas com objeto contratual idêntico ou similar realiza-
das em prazo inferior a 60 (sessenta) dias, bem como as licitações simultâneas ou sucessi-
vas que ensejem a mudança da modalidade licitatória pertinente. 
 
 
 
 
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Módulo IV 
4 Processo Licitatório 
4.1 Edital 
O edital é o ato convocatório da licitação e sua principal função é estabelecer as regras 
definidas para a realização do procedimento, as quais são de observância obrigatória, tanto 
pela Administração, quanto pelos licitantes. Nas sábias palavras de MEIRELES (2016), o 
edital “é a lei interna da licitação”. 
O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autori-
dade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias 
integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados. 
Indicações constantes do edital (art. 69, Lei n.º 15.608/07) 
I No preâmbulo – o nome da entidade, do órgão e da unidade administrativa que 
está promovendo a licitação; – o número de ordem em série anual; 
– A modalidade e o tipo da licitação; 
– O local, dia e hora para entrega da proposta e comprovação da habilitação, se for o 
caso; 
– O prazo para impugnação; 
– Os meios de comunicação e os códigos de acesso disponibilizados para os interes-
sados, com indicação dos horários de atendimento e nome dos servidores responsáveis 
pelos esclarecimentos; 
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Indicações constantes do edital (art. 69, Lei n.º 15.608/07) 
– No caso de obras e serviços de engenharia, os locais e horários onde pode ser exa-
minado e adquirido o projeto; 
– O local, dia e hora para início da abertura das propostas e, quando for o caso, da 
habilitação. 
II No corpo – a menção de que a licitação será regida pela Lei nº 15.608/07 e por lei 
nacional em vigor; do Edital – as instruções para a impugnação do edital e obtenção de 
orientações; 
– O objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
– As condições para participação na licitação; 
– A forma de apresentação dos documentos e das propostas; 
– Os procedimentos para a sessão de recebimento e análise das propostas e dos do-
cumentos; 
– O critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos, inclusive, 
quando exigida a apresentação de propostas técnicas, a pontuação prevista para cada 
item; 
– O preço máximo e as condições de pagamento, este não superior a trinta dias, con-
tado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela; 
– A multa, juros de mora e atualização monetária incidentes sobre o valor devido e 
calculado entre a data do vencimento da obrigação de pagamento e a data em que este 
efetivamente ocorrer; 
– As instruções para os recursos previstos nesta lei; 
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Indicações constantes do edital (art. 69, Lei n.º 15.608/07) 
– O prazo e as condições para assinatura do contrato ou retirada do instrumento equi-
valente; 
– As penalidades aplicáveis por irregularidades praticadas durante o processo licitatório 
e pelo não atendimento às regras referidas na alínea anterior; 
– As condições de recebimento do objeto da licitação; 
– Outras indicações específicas ou peculiares da licitação; 
– O prazo para indicar o representante; 
III Os Anexos – na concorrência, tomada de preços, e no convite, o projeto básico, 
quando for o caso; 
– O orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários, compatíveis 
com os de mercado; 
– A minuta do contrato; 
– Outros elementos julgados relevantes pela Administração. 
Qualquer cidadão pode impugnar, motivadamente, edital de licitação até 5 (cinco) dias úteis 
antes da data fixada para a abertura da licitação, exceto para os casos de convite e pregão, 
cujo prazo será de 2 (dois) dias úteis. 
A Administração deve julgar e responder à impugnação em até 24 (vinte e quatro) horas 
para o pregão e 3 (três) dias úteis para os demais casos. 
A minuta do edital deverá ser previamente examinada e aprovada pelo órgão jurídico da 
unidadeou agente por esse designado, devidamente habilitado e qualificado. 
 
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4.2 Habilitação 
 
 
Segundo a Lei nº 15.608/2007, somente poderá ser exigida dos interessados a documenta-
ção relativa à: 
I. Habilitação jurídica; 
II. Regularidade fiscal; 
III. Qualificação técnica; 
IV. Qualificação econômico-financeira; 
V. Cumprimento com relação à proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a me-
nores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos, conforme disposto na Constituição Federal. 
 Jurisprudência TCU sobre o assunto: 
 Nas aquisições de bens e contratação de serviços por meio de dispensa ou inexigibi-
lidade de licitação, devem ser exigidas dos fornecedores as certidões de regularida-
des fiscais relativas ao INSS e ao FGTS. (Acórdão 2.387/2009-1ª Câmara); 
 É vedado exigir certificado ISO para habilitação (Acórdão 1292/2003-TCU-Plenário); 
 Nas aquisições de hemoderivados, não é ilegal a adoção de um ‘pool’ de fornecedo-
res, ou seja, um conjunto de vencedores de uma só licitação, com fundamento no art. 
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23, § 7º da Lei nº 8.666/93, não havendo necessidade de alteração da legislação para 
permitir o procedimento (Acórdão nº 975/2009-Plenário); 
 A apresentação fraudulenta de documentação falsa (notas fiscais e atestados), em 
licitação pública, possibilita ao TCU a declaração de inidoneidade da empresa para 
licitar ou contratar com a Administração Pública, nos termos do art. 46 da Lei nº 
8.443/1992 (Acórdão nº 974/2009-1ª Câmara); 
 Ainda na fase de habilitação, diante da constatação de coincidências entre os dados 
das empresas licitantes ou da existência de outros indícios que possam indicar um 
possível inter-relacionamento entre as licitantes, A Comissão de Licitação deve pro-
ceder à comunicação aos superiores sobre a possibilidade de frustração da competi-
tividade do certame e à realização de diligências saneadoras (Acórdão nº 374/2009-
1ª Câmara); 
 É vedado exigir em licitações Certidões Negativas de Débito Salarial e de Infrações 
Trabalhistas (Acórdão 87/2006-TCU-Segunda Câmara). 
I – Habilitação Jurídica 
 
 
Consiste, conforme o caso, na seguinte documentação: 
 Cédula de identidade; 
 Registro comercial (no caso de empresa individual); 
 Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor; 
 Inscrição do ato constitutivo (no caso de sociedades civis); 
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 Decreto de autorização (no caso de empresa ou sociedade estrangeira em funciona-
mento no país). 
II – Regularidade Fiscal 
 
 
Consiste, conforme o caso, na seguinte documentação: 
 Prova de inscrição no CPF ou no CNPJ; 
 Prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal da sede do 
licitante, se houver; 
 Prova de regularidade para com a Fazenda Federal (Certidões Negativas – Dívida 
Ativa/PFN e Tributos Administrados pela Receita Federal), Estadual e Municipal da 
sede do licitante; 
 Prova de regularidade relativa à Seguridade Social (CND) e ao FGTS (Certificado de 
Regularidade). 
III – Qualificação Técnica 
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Segundo o art. 76 da Lei nº 15.608/07, tal exame deve limitar-se aos seguintes itens: 
 Registro ou inscrição na entidade profissional competente; 
 Comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em 
características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das ins-
talações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a 
realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros 
da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; 
 À comprovação fornecida pelo órgão licitante de que recebeu os documentos e, 
quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condi-
ções locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação; 
 À prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. 
 Segundo o art. 76, § 1.º, no caso de obras e serviços a comprovação de aptidão será feita 
mediante atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devida-
mente registrados nas entidades profissionais competentes. 
Exemplos de situações que poderão caracterizar restrição à competitividade quanto à quali-
ficação técnica: 
 Exigência de comprovação de aptidão para execução dos serviços em um único con-
trato, sem que haja interdependência dos mesmos; 
 Fixação de quantidades mínimas e prazos máximos para a capacitação técnico-pro-
fissional; 
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 Exigência de itens irrelevantes e sem valor significativo em relação ao objeto em lici-
tação para efeito de capacitação técnico-profissional ou técnico-operacional; 
 Exigência de itens que, no decorrer do contrato, acabam não sendo executados. 
IV – Qualificação Econômico-Financeira 
 
 
Segundo o art. 77 da Lei nº 15.608/2007, tal verificação deve estar limitada à exigência de: 
 Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, os quais 
podem ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de três meses 
da data de apresentação da proposta. 
Somente poderão ser requeridos tais documentos quando já exigíveis e apresentados na 
forma de lei específica. Com efeito, prazos legais, como os definidos pela Lei nº 6.404/76 
(Lei das Sociedades Anônimas), que estabeleceu em quatro meses após o encerramento 
do exercício social para realização de assembleia geral ordinária para exame, discussão e 
aprovação das demonstrações contábeis do exercício anterior, devem ser levados em con-
sideração nas exigências constantes do edital. 
 Certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da 
pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; 
 Garantia limitada a 1% do valor estimado do objeto da contratação. 
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A Lei se refere à garantia para a apresentação da proposta, ou seja, garantia para a partici-
pação na licitação, que, portanto, não deve ser confundida com o disposto no § 1° do art. 
102, que se refere à prestação de garantia na contratação. Tal hipótese se configura como 
fator de segurança para o prosseguimento do certame, pois dificulta a participação de em-
presas que apresentam propostas sem a devida condição para prestação do objeto ou que 
desejem somente prejudicar a condução do certame. Note-se, porém, a vedação para exi-
gência cumulativa desta garantia e a comprovação de capital mínimo ou patrimônio líquido 
mínimo, conforme descrito no item a seguir. 
 Capital Mínimo e Patrimônio Líquido Mínimo: 
Nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, não havendo a exigên-
cia de garantia prevista no item anterior, poderá ser preceituada a comprovação de capital 
mínimo ou de patrimônio líquido mínimo no limite de até 10% do valor estimado da contra-
tação. 
JurisprudênciaTCU sobre o assunto com correspondência na Lei 8.666/93: 
 Nos termos do art. 31, § 2º, da Lei n.º 8.666/93 é vedada a exigência simultânea de 
requisitos de capital social mínimo ou patrimônio líquido mínimo e garantias para a 
comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes (Decisão 1521/2002 
- Acórdão 808/2003-TCU-Plenário). 
 Exemplos de situações que poderão caracterizar restrição à competitividade, quanto à qua-
lificação econômico-financeira: 
 Exigência de balanço patrimonial e demonstrações contábeis ainda não exigíveis por 
lei; 
 Exigência simultânea de capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo e garantia de 
proposta. 
 
 
 
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4.3 Condições de Participação 
Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução da obra ou ser-
viço e fornecimento (art. 16): 
 Autor do projeto básico, projeto executivo (pessoa física ou jurídica); 
 A empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto 
básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista 
ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou contro-
lador, responsável técnico ou subcontratado; 
 O servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licita-
ção 
 Os agentes públicos impedidos de contratar com a Administração Pública por veda-
ção legal; 
 Aquele que exerceu ou exerce função pública e participou, direta ou indiretamente, 
da elaboração do projeto básico ou do projeto executivo ou da elaboração do edital 
de licitação. 
* O projeto executivo pode ser incluído como encargo da contratada em seu preço global 
ou ser executado por preço previamente fixado pela Administração. 
 
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4.4 Publicação 
A divulgação antecipada da realização dos procedimentos licitatórios é obrigatória, com vis-
tas a atender ao princípio da publicidade. Será feita a convocação dos interessados por meio 
de publicação de aviso no Diário Oficial do Estado e no Sistema de Compras Eletrônicas e, 
quando o valor estimado da contratação atingir o limite fixado para tomada de preços, tam-
bém em jornal diário de grande circulação no Estado. O aviso contendo o resumo do edital 
deverá descrever as principais informações relativas à licitação, possibilitando a identifica-
ção do objeto licitado, do órgão contratante e das datas e prazos previstos. 
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto ori-
ginal, reabrindo o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando a alteração não afetar a 
formulação das propostas. 
 
 
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4.5 Microempresa/Empresa de Pequeno Porte 
A Lei complementar nº 147, de 2015, apresentou inovações em relação ao julgamento dos 
documentos de habilitação e das propostas eventualmente apresentadas pelas microempre-
sas e pelas empresas de pequeno porte, assegurando vantagens peculiares aos proponen-
tes que se enquadrarem em uma dessas condições. Esse tratamento diferenciado pode ser 
sintetizado nos seguintes pontos: 
 Regularidade fiscal - exigida somente para efeito de assinatura do contrato; 
 Na licitação – pode toda a documentação exigida para comprovar regularidade fiscal, 
mesmo que haja alguma restrição; 
 Havendo alguma restrição - 2 (dois) dias úteis para a regularização; 
 Não-regularização - decadência do direito à contratação, facultada a convocação de 
remanescente ou revogação do certame; 
 Critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empre-
sas de pequeno porte: 
o Empate na Concorrência, Tomada de Preços e Convite - propostas iguais ou 
até 10% superiores à melhor classificada; 
o Pregão - até 5%. 
 Possibilidade de apresentação proposta de preço inferior à vencedora. 
o Pregão - 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances p/ apresentar me-
lhor proposta. 
 Segundo os Arts. 48 e 49 da referida Lei Complementar, a administração pública: 
o Deve realizar processo licitatório exclusivo à participação de microempresas e 
empresas de pequeno porte para contratação de itens cujo valor seja de até 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
o Em processos licitatórios referentes a obras e serviços, exigir dos licitantes a 
subcontratação de microempresa e empresa de pequeno porte; 
o Em certames para aquisição de bens de natureza divisível, estabelecer cota 
de até 25% do objeto para contratação de microempresas e empresas de pe-
queno porte; 
o As três orientações dispostas acima não serão válidas se não houver pelo me-
nos 3 fornecedores competitivos enquadrados como microempresa ou em-
presa de pequeno porte; 
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o Não deve haver tratamento diferenciado e simplificado para microempresas e 
empresas de pequeno porte se não for vantajoso para a administração pública 
ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; 
 
 
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4.6 Formalização da Licitação 
O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devi-
damente autuado, protocolado e numerado, contendo, os documentos apresentados a se-
guir: 
ELEMENTOS DO PROCESSO LICITATÓRIO 
1. Definição sucinta e clara do objeto, conforme catalogação do item no GMS; 
2. Projeto básico ou executivo, quando for o caso. O Termo de Referência deve 
seguir as orientações do Decreto Estadual 4.993 de 2016; 
3. Estimativa do impacto orçamentário-financeiro do valor estimado do objeto no 
exercício em curso e nos dois subsequentes; 
4. Declaração do ordenador de despesa de que o valor estimado do objeto tem 
adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual e compatibilidade 
com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
5. Justificativa dos índices de qualificação econômico-financeira; 
6. Parecer jurídico; 
7. Orçamentos detalhados; 
8. Elaboração do edital e sua aprovação, a partir das minutas padrão da PGE; 
9. Elaboração da minuta do contrato e sua aprovação, a partir das minutas padrão 
da PGE; 
10. Autorização do agente público competente; 
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11. Publicação do resumo do edital apenas em veículos de comunicação na esfera 
estadual; 
12. Impugnação do edital; 
13. Recebimento dos documentos de habilitação e das propostas; 
14. Exame, julgamento e classificação das propostas; 
15. Recursos quanto à análise e julgamento das propostas; 
16. Análise e julgamento da habilitação; 
17. Recursos quanto à análise e julgamento da habilitação; 
18. Exame e análise da documentação relativa à habilitação; 
19. Adjudicação do objeto; 
20. Homologação da licitação. 
 
 
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4.7 Critérios Para Desclassificação de Propostas 
 
CASOS DE DESCLASSIFICAÇÃO DE PROPOSTAS[1] 
I – As propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação; 
II – As propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços mani-
festamente inexequíveis, assim considerados aqueles que os licitantes não demonstrem 
serem viáveis através de documentação que comprove serem fundados em custos de 
insumos coerentes com os de mercado e em coeficientes de produtividade compatíveis 
com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas 
no ato convocatório da licitação. 
[1] Lei n.º 15.608/07, art. 89 
Propostas inexequíveis em licitações de obras e serviços de engenharia: 
Segundo o § 1º do art. 89 da Lei n.º 15.608/07, consideram-se manifestamente inexequíveis, 
no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas 
cujos valores sejam inferiores a 70% do menor dos seguintes valores: 
a) Média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor orçado pela admi-
nistração, ou 
b) Valor orçado pela administração. 
Além disso, segundo o § 2º do mesmo dispositivo, dos licitantes classificados na forma do § 
1º, cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que 
se referem às alíneas "a" e "b", será exigida para a assinatura do contrato a prestação de 
garantia adicional, dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 102, igual a diferença 
entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta. 
 
https://www.ead.pr.gov.br/mod/lesson/view.php?id=31017&pageid=6592#_ftn1
https://www.ead.pr.gov.br/mod/lesson/view.php?id=31017&pageid=6592#_ftnref1
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4.8 Adjudicação e Homologação 
A adjudicação do objeto é o ato pelo qual a Administração atribui ao vencedor o objeto da 
licitação. Por sua vez, a homologação é o ato pelo qual a autoridade responsável, ao tomar 
ciência dos atos praticados e aprová-los, reconhece a licitude do procedimento. É de funda-
mental importância no universo jurídico, pois é nesse instante que a responsabilidade pelos 
fatos ocorridos no decorrer do procedimento passa a ser compartilhada com o ordenador de 
despesas. 
 
 
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54 
 
4.9 Revogação e Anulação da Licitação 
Ambos são atos que tornam sem efeito a licitação, sendo que a revogação decorre da exis-
tência de razões de interesse público em função de fato superveniente e a anulação decorre 
da ocorrência de ilegalidade no procedimento de licitação. 
 
 
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4.10 Contratação Direta 
A licitação precedendo o contrato é a regra para a Administração Pública adquirir bens ou 
contratar serviços com particulares. Não obstante, a própria Lei estabeleceu os casos em 
que o procedimento licitatório será dispensado, dispensável ou inexigível. O rol das dispen-
sas de licitação enumerado art. 34 da Lei é taxativo. Por outro lado, os casos de inexigibili-
dade de licitação previstos na Lei são exemplificativos. Assim, pode-se afirmar que não se 
pode dispensar a licitação em situação não contemplada nos incisos dispostos no art. 34, ao 
passo que a inexigibilidade será fundamento sempre que houver inviabilidade de competi-
ção, devendo a instrução do processo comprovar tal condição. 
 
 
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4.11 Dispensa de Licitação 
São situações de exceção, em que, embora possa haver competição, a realização do pro-
cedimento licitatório pode não se mostrar apta a satisfazer o interesse público em prazo 
compatível com o atendimento das necessidades. 
A Lei nº 15.608/07 estabeleceu, nos artigos 8º e 34, de forma exaustiva, os casos possíveis 
de dispensa de licitação: 
Casos de dispensa: 
Transferência de domínio nos casos previstos no Art. 8°. Nessas situações, a 
licitação é dispensada 
 De bens imóveis para dação em pagamento; doação (permitida exclusivamente para 
outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo); 
permuta, por outro imóvel que seja destinado ao atendimento das finalidades precí-
puas da Administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem 
a sua escolha e desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo 
avaliação prévia de ambos os bens; investidura; alienação, concessão de direito real 
de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou 
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por 
órgãos ou entidades da Administração Pública especificamente criados para esse fim; 
doação com encargo, no caso de interesse público devidamente justificado; direito 
real de uso quando destinado a outro órgão ou entidade da Administração Pública; e 
venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de 
governo, quando representar vantagem para o interesse público; 
 De bens móveis para doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativa-
mente à escolha de outra forma de alienação; permuta entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública; venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem previsão de utilização por seu titular; venda 
de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; 
venda de títulos, na forma da legislação específica; e venda de bens produzidos ou 
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comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de 
suas finalidades. 
Nos termos do art. 34, é dispensável a licitação nos seguintes casos 
 Para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-
visto, em norma nacional, para modalidade convite, desde que não se refiram a par-
celas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma na-
tureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
 Para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto, 
em norma nacional, para compras e serviços que não sejam de engenharia, na mo-
dalidade de convite, e para alienações, nos casos previstos nesta lei, desde que não 
se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que 
possa ser realizada de uma só vez; 
 Guerra ou grave perturbação da ordem; 
 Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência 
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segu-
rança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particu-
lares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial 
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no 
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da ocorrência da emergência 
ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
 Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não 
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração,

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