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Módulo 10 - Casos Clínicos Pelve

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CURSO DE MEDICINA 
DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA 
FÓRUM DE AVALIAÇÃO DA ANATOMIA DA PELVE 18/03/2021 – 13horas 
 
ORIENTAÇÕES PARA A AVALIAÇÃO: 
1. Os casos abaixo devem ser preparados por todos os grupos. 
 
2. Será sorteado durante a atividade síncrona do dia 18/03/2021, a partir das 13 horas, os casos a 
serem respondidos e o membro do grupo que deverá responder. O membro do grupo que irá 
responder deverá ligar a câmera. A nota correspondente é para o grupo. 
 
3. Serão descontados pontos, na avaliação síncrona, daqueles grupos cujos membros sorteados 
fizerem a leitura simples das respostas. 
 
4. Poderá ser solicitado, pelo professor, que outro (s) membro do grupo auxilie na resposta, caso haja 
dificuldade pelo membro sorteado, comprometendo a avaliação do grupo. 
 
5. Algumas perguntas relativas aos casos, poderão não ser utilizadas na avaliação. 
 
6. ATENÇÃO: SERÁ PERMITIDO O USO DE IMAGENS E FIGURAS PARA AUXILIAR A 
EXPLICAÇÃO (SEM LEGENDAS). ENTRETANTO, AS RESPOSTAS (ORAIS) DEVEM SER 
OBJETIVAS E RESUMIDAS O SUFICIENTE PARA QUE SE PERMITA A SUA COMPREENSÃO. 
 
7. A postagem das respostas, por todos os grupos, deve ser feita NO DIA 18/03/2021 das 8 às 12 
horas, no FÓRUM correspondente do Moodle. Não serão aceitas postagens após o prazo. Serão 
anuladas as respostas dos diferentes grupos que forem iguais (cópia). Lembre-se que os nomes dos 
participantes devem estar listado EM ORDEM ALFABÉTICA e identificado a que turma o grupo 
pertence. Além disso, somente os alunos que participam das discussões e preparo das respostas, 
devem ser listados no grupo. 
 
8. As presenças ao módulo e a esta atividade serão computadas durante a ATIVIDADE 
SÍNCRONA de cada grupo. Alunos que não poderem estar presentes durante a apresentação 
do seu grupo poderão realizar prova oral, no mesmo formato do Fórum, posteriormente, sobre 
todo o conteúdo dos módulos (cumulativa), a ser marcada após a solicitação pelos mesmos 
à professora regente, ao final do semestre. 
 
 
I. CASO 1. Mesa ____________ 
Mulher, 23 anos, encontrando-se na 37ª. semana de gestação, chega ao hospital obstétrico apresentando contrações 
sequenciais frequente, em trabalho de parto evidente, relatando ter perdido líquido pela vagina. 
Ao exame: médico obstetra de plantão realizou toque vaginal e constatou dilatação do óstio externo do colo uterino de 
9cm e ruptura prévia da bolsa amniótica. 
Paciente foi encaminhada imediatamente para sala de parto sendo realizado o parto por via vaginal. Durante o 
procedimento, o médico assistente optou por episiotomia para ampliação do canal de parto. Para essa incisão cirúrgica 
realizou previamente anestesia da vulva, com sucesso (Figura.1). 
 
Figura.1 1magens sequenciais do parto vaginal em que observamos palpação do canal vaginal para localização de 
estrutura óssea relacionada com o trajeto do nervo pudendo (A), administração de anestésico local em leque (B e C) 
episiotomia (D) e extração fetal (E e F). 
QUESTÕES 
1- Defina vulva, seus limites, mencionando os componentes anatômicos vulvares. Descreva a rima do pudendo. 
Localize o frênulo do clitóris e conceitue prepúcio do clitóris e as relações de sintopia com as estruturas da rima 
do pudendo e do períneo. Explique como identificar o óstio externo da uretra. 
2- Descreva a inervação vulvar. Explique a origem do nervo pudendo, seu trajeto no canal pudendo (de Alcock) 
(mencione o seu conteúdo) até seu término, descrevendo seus territórios de inervação 
3- Explique de que forma o nervo pudendo pode ser utilizado para a analgesia do parto e quais os pontos de 
referência que podem ser utilizados para a anestesia vulvar neste parto? Esta analgesia seria completa (de todo 
o canal de parto e da vulva)? Explique sua resposta baseada na inervação vulvar e vaginal. 
 
 
 
 
 
 
CASO 2. Mesa ____________ 
 
Homem, 64 anos, procurou ambulatório de urologia queixando-se de alguns sintomas do trato urinário inferior 
como esforço para urinar, diminuição do jato urinário, intermitência, noctúria (aumento da frequência urinária 
a noite) e urgência miccional ocasional. Referiu início dos sintomas 6 meses antes, com piora progressiva. 
Refere que seu pai teve câncer de próstata. Foi solicitada a dosagem sérica de antígeno prostático específico 
(PSA) total que revelou valores normais. 
Ao toque retal verificou-se aumento do volume prostático, com superfície lisa. 
Solicitada ultrassonografia prostática, por via abdominal, identificou-se bexiga de paredes espessadas ("bexiga 
de esforço") e aumento do volume prostático com projeção intravesical (Figura 1). Embora as características 
ecográficas não sejam sugestivas de neoplasia, decorrente da história familiar e idade do paciente optou-se por 
realizar a punção biópsia prostática e estudo histopatológico, que demonstrou tratar-se de hiperplasia prostática 
benigna. 
Em função de falha no tratamento conservador com medicações, foi realizada ressecção transuretral (RTU) da 
próstata (Figura.2), sem intercorrências. 
Figura 2 Imagem endoscópica uretra! durante a RTU prostática, na qual se observa aumento dos lobos 
medianos (A e B). Após a ressecção verificam-se os fragmentos prostáticos retirados (C). 
 
QUESTÕES: 
1. Descreva a estrutura da próstata (lobos), suas relações de sintopia. Descreva as vesículas seminais, 
ductos ejaculatórios e glândulas bulbouretrais e explique qual a relação destas estruturas com a próstata 
e uretra e suas contribuições na composição do líquido de ejaculação. 
2. Descreva a inervação prostática, mencionando a relação dela com os nervos eretores penianos. 
3. Explique qual a relação da próstata com o músculo esfíncter interno da uretra e músculo esfíncter externo da 
uretra. Justifique, do ponto de vista da estrutura anatômica) a possibilidade de retenção urinária pela hiperplasia 
da próstata e de incontinência urinária após procedimentos cirúrgicos prostáticos. 
Figura 1. 
4. Explique, a vascularização da próstata e justifique do ponto de vista anatômico, baseada nestas estruturas, o fato 
de a coluna vertebral ser o local mais comum de metástases (disseminação por via hematogênica) do câncer 
prostático. 
5. E do ponto de vista da drenagem, linfática, para onde ocorrerá a drenagem da linfa desta glândula? 
 
CASO 3. Mesa ____________ 
 
Uma jovem de 19 anos, procura serviço de Pronto Atendimento, grávida, na 7ª semana de gestação., com queixa de 
secreção vaginal, dor na parte inferior do abdome, tontura quando se levanta e dor em ombro direito. 
 Ela nega a passagem de qualquer tecido pela vagina, trauma ou relação sexual recente. Sua história médica é 
significativa para infeção da pelve há três anos. Não relatou comorbidades, negou uso de medicamentos. Hábitos 
intestinal e urinário inalterados. Nega febre. 
 EXAME FÍSICO: Hidratada, hipocorada (+/4+), acianótica e anictérica. Palidez e extremidades frias. Sons 
respiratórios normais, ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros, com bulhas normofonéticas. Pressão arterial 
era de 90/60 mmHg, frequência cardíaca de 110 batimentos/min, pulsos radiais diminuídos simetricamente e perfusão 
capilar instantânea. Abdome globoso, discretamente distendido, de difícil palpação, com dor a palpação difusa do 
abdome, sem sinais de irritação peritonial, ruídos hidroaéreos presentes. 
 Exame especular: sangramento cervical discreto, ativo. 
 Ao toque vaginal: colo fechado, doloroso à mobilização, útero de consistência amolecida, sensibilidade 
moderada das estruturas acessórias (anexos) direitas. 
 Exames laboratoriais: fração b da gonadotrofina coriônica humana (BHcg) quantitativa é 2.300 mUI/mL, 
hemograma com Hgb de 8,7g/dL, leucocitose leve. 
 Ultrassonografia transvaginal mostra um útero vazio e quantidade moderada de líquido na escavação retouterina, 
identificando provável saco gestacional roto em tuba uterina direita (gravidez ectópica). 
1. Descrever a anatomia das tubas uterinas, o suprimentosanguíneo dos ovários, das tubas uterinas. Pressupondo que 
este liquido na pelve seja sangue, levando em consideração a hipótese diagnóstica, qual a origem deste sangramento? 
2. Onde normalmente ocorre a fertilização? 
3. Como diagnóstico diferencial, poderíamos pensar em doença inflamatório pélvica (DIP). Pacientes com DIP podem 
apresentar coleção purulenta na pelve. Explique do ponto de vista anatômico como ocorre esta contaminação. 
4. Revise os espaços onde podem ocorre acúmulo de líquido na pelve feminina. Como podemos puncionar o líquido da 
escavação retouterina para auxilio diagnóstico? 
5. Qual é a causa da hipotensão? Explique, do ponto de vista anatômico, a dor no ombro referida pela paciente. 
6. Explique as relações de sintopia do ovário com a tuba uterina. Explique a inervação ovárica e o fenômeno da dor referida 
no período ovulatório. 
7. Em caso de uma lesão neoplásica de ovário, descreva a sequência da drenagem linfática desta estrutura. 
 
 
CASO 4. Mesa ____________ 
 
Paciente masculino 12 anos, chega a emergência com queixa de dor e aumento de volume em bolsa escrotal há 
12h. Iniciou com queixa de dor em bolsa escrotal de início súbito às 4h da manhã. Acordou os pais, relatando que a dor 
estava insuportável, enquanto a mãe foi buscar um analgésico o menino apresentou vômitos, ficando pálido e sudorético. 
 Estavam passando o final de semana na praia, o posto de saúde daquela cidade só funciona das 7h às 18h, então 
tiveram que aguardar para fazer a consulta médica. Chegando lá, foram atendidos pelo clínico geral que solicitou uma 
ecografia testicular com doppler, porém o exame foi agendado para às 17h, mesmo sendo solicitado com urgência. 
 Diante da situação, os pais decidiram retornar a Novo Hamburgo procurando a emergência para novo 
atendimento. Ao exame físico, menino apresentava edema e hiperemia em bolsa escrotal D, testículo mais alto neste 
mesmo lado. Foi então realizada ecografia, porém o pediatra alertou os pais sobre a hipótese de torção testicular, 
esclarecendo a gravidade do caso já que os sintomas haviam começado a mais de 12h. 
 
Figura 1. Hidrocele em bolsa escrotal a direita Figura 2. Ecografia descreveu hidrocele reacional em bolsa escrotal 
direita, diminuição de fluxo arterial e venoso em testículo D. Fluxo sanguíneo normal a esquerda. 
1. Descreva a vascularização do testículo. Qual a relação dos achados ecográficos com a hipótese diagnóstica do ponto 
de vista anatômico? 
3. Revise o trajeto percorrido pelo testículo desde a fase embrionária até o nascimento do feto. Quais as estruturas são 
responsáveis por fixar o testículo na posição anatômica? 
4. Quais as estruturas que transitam pelo canal inguinal e funículo espermático? 
5. Após a ecografia, foi indicada cirurgia para exploração da bolsa escrotal. Quais as camadas que necessitam ser 
incisadas para exploração testicular via bolsa escrotal? (Estratigrafia da pele até o testículo) Relacione estas camadas 
com a descida escrotal embrionária. 
7. Descreva o trajeto percorrido pelos espermatozoides desde sua formação até a ejaculação. 
8. Baseado na estrutura anatômica da drenagem venosa dos testículos, explique porque as varicoceles (dilatação do plexo 
pampiniforme) é mais comum a esquerda do que a direita. 
 
CASO 5. Mesa ____________ 
Mulher, 68 anos, na menopausa, procurou o consultório ginecológico em função de metrorragia (sangramento vaginal 
não relacionado com o período menstrual) de pequena monta, porém com vários episódios repetidos. A hemorragia 
provocou estranheza na paciente, uma vez que a menopausa ocorreu aos 53 anos. Nega emagrecimento. 
Ao exame ginecológico: observou-se discreto sangramento pelo óstio externo do útero. 
Toque vaginal bimanual identificou útero com aparente aumento de volume. 
A análise ultrassonográfica transvaginal identificou espessamento do endometrio sugestivo de processo neoplásico 
(Figura 1). A histeroscopia com biópsia confirmou suspeita de câncer endometrial. A paciente realizou demais exames 
pré-operatórios para cirurgia de histerectomia. 
 
FIGURA 1: ultrassonografia transvaginal no plano longitudinal (A) e plano transversal (B) evidenciando imagem 
sugestiva de espessamento do endométrio 
 
Testículo direito testículo esquerdo 
1. Para análise dos exames ultrassonográficos transvaginais é fundan1ental o conhecinlento da posição e formato 
normais do útero na cavidade pélvica. Comente-os. Defina anteversão, retroversão, anteflexão e retroflexão. 
2. Defina vagina mencionando o seu comprimento médio. Cite as relações anatômicas da vagina, explicando que 
tipos de informações um exame ultrassonográfico através da vagina (transvaginal) poderia fornecer. 
3. O câncer endornetrial tem início no interior da cavidade uterina. Defina cavidade uterina, canal do colo uterino, 
óstio interno do colo uterino, óstio externo do colo uterino, perirnétrio, rniornétrio e endométrio. Corno o 
formato do óstio externo do colo uterino pode indicar a história gestacional de uma paciente? 
4. Para a remoção cirúrgica do útero faz-se necessária a secção dos ligamentos de fixação e sustentação do órgão. 
Descreva os ligamentos uterinos, diferenciando os de fixação dos de sustentação. 
5. Urna das complicações iatrogênicas urinárias mais comuns da histerectornia é a ligadura inadvertida do ureter. 
Explique as vascularizações e a relação anatômica do ureter com a artéria uterina. 
 
CASO 6. Mesa ____________ 
Mulher, 65 anos, hipertensa, é levada por familiares para atendimento em serviço de emergência com queixa 
de dor abdominal associada a redução do nível de consciência. 
Ao exame físico encontrava-se desorientada, com fácies de dor, hipocorada, 
taquipneica; PA = 100 x 70 mmHg, FC = 110 bpm. 
Ao exame do abdome apresentou dor difusa à palpação abdominal e presença de importante massa pulsátil em 
região epigástrica. 
Realizada Tomografia Computadorizada de abdome que evidenciou aneurisma de aorta abdominal com 
aproximadamente 6 cm de diâmetro e presença de coleção líquida moderada em retroperitônio (sugestivo de 
ruptura de aneurisma) (Figura.1). 
Encaminhada imediatamente ao centro cirúrgico teve o sangramento retroperitoneal interrompido com 
clampes vasculares seguida pela colocação de prótese aórtica (Figura 19.1 B e C). 
 
 
 
figura 19.1 A: TC de abdome apresentando aorta abdominal aneurismática, com calcificações na parede 
vascular e barramento periaórtico sugestivo de ruptura de aneurisma. B: imagem operatória do aneurisma após 
tração de vísceras peritoneais para visualização de retroperitônio. C: imagem da colocação e sutura de prótese 
aórtica para a correção do aneurisma. 
 
QUESTÕES 
1. Defina o retroperitônio e seus limites. Que estruturas estão presentes nesta região. O retroperitônio 
pertence a cavidade abdominal?. 
2. Explique a localização da aorta abdominal, suas relações mais importantes de sintopia e seus ramos.. 
3. Descreva a ramescência da Aorta abdominal e seus territórios de vascularização. 
4. A observação detalhada do exame evidenciou que este aneurisma se estendia desde aproximadamente 
1cm abaixo do tronco celíaco apresentando 6cm de diâmetro e 8 cm de extensão em direção inferior. 
Se, for realizado o clampeamento (obstrução do fluxo de sangue com uma pinça) da aorta abdominal 
para conter o sangramento, logo abaixo do tronco celíaco e este clampeamento for demorado, em 
consequência da dificuldade cirúrgica, quais órgãos poderão apresentar problemas. Justifique. 
5. Quais seriam as abordagens cirúrgicas (incisões e acessos) possíveis para abordar um aneurisma na 
localização descrita. Explique do ponto de vista anatômico de que forma a aorta abdominal seria 
alcançada para a cirurgia). 
 
CASO 7. Mesa ____________ 
 Uma mulher de 45 anos sofreu cirurgia para remoção do útero (histerectomia total) decorrente de endometriose 
sintomática há 3 dias. Ela se queixa de hipersensibilidadeno dorso e na região lateral do tronco à direita. Relata também 
urina avermelhada, porém acredita estar relacionada ainda com uso de sonda vesical durante a cirurgia. 
 Ao exame, a temperatura era de 38,8ºC, frequência cardíaca de 100 batimentos/min e pressão arterial de 130/90 
mmHg. Ausculta cardíaca e respiratória normais. O abdome está difusamente sensível ao toque, mas os ruídos intestinais 
estavam normais. Existe uma sensibilidade mais intensa ao toque no ângulo costovertebral direita. A incisão cirúrgica 
parece estar dentro dos limites normais (incisão supra-púbica – indica cirurgia via abdominal). Paciente foi então 
submetida a ecografia abdominal total(figura1) e após uma urografia excretora (figuar 2). 
Figura 1. US abdominal evidenciou dilatação acentuada do sistema coletor renal direito e dilatação do ureter direito. 
 
 
 Figura 2. Urografia excretora identifica dilatação e ponto de obstrução ao nível do ureter distal que sugere a 
hipótese de lesão iatrogênica de ureter direito. 
 
 
1. Diante do exame de imagem (observe a porção óssea), em qual local houve esta lesão? Descreva os trajetos abdominal 
e pélvico do ureter 
2. Descrever os locais nos quais o ureter é anatomicamente estreitado e quais os locais de risco de lesão, relacionado a 
suas relações de sintopia, durante cirurgias abdominais e pélvicas. Sintopia do ureter. 
3. Relembre a vascularização do útero, de que forma isto tem relação com a lesão de ureter? 
4. Qual o suprimento sanguíneo do ureter? 
5. Caso a paciente fosse submetida a ooforectomia (remoção cirúrgica do ovário), haveria risco de lesionar o ureter? 
Justifique do ponto de vista anatômico. 
6. Pensando em fazer uma cistoscopia (endoscopia bexiga vesical) para melhor avaliação do caso, revise a anatomia da 
uretra feminina e da bexiga. 
7. Quais estruturas anatômicas estão relacionadas com a função de evitar o refluxo de urina da bexiga para o ureter 
quando esta está cheia? 
 
CASO 8. Mesa ____________ 
 
Mulher, 45 anos, refere quadro de dor abdominal de forte intensidade e de início súbito há algumas horas. Refere que a 
dor inicia na região lombar esquerda e irradia para a região inguinal esquerda. Refere ter percebido hematúria (sangue 
na urina). Foi solicitado exame de Rx simples de Abdomen, com a imagem abaixo (figura 1). Com o diagnóstico de 
ureterolitíase (cálculo impactado no ureter), responda às perguntas abaixo: 
 
 Figura 1. Imagem sugestiva de cálculo em trajeto de ureter esquerdo. 
 
 
1. Revise a anatomia renal, do pedículo renal e ureter. Baseado na estrutura anatômica do rim e seu sistema coletor, 
existem locais onde é mais provável que cálculos (pedras) localizadas nos cálices renais possam migrar para o 
ureter mais facilmente? 
2. Correlacione as porções ureterais com a sua representação no Rx simples de abdomen, como na imagem acima. 
3. Quais as alterações anatômicas podem se desenvolver, no rim, caso um cálculo impactado no ureter não seja 
retirado e a urina não consiga ultrapassar este ponto de obstrução? Explique com base em seus conhecimentos 
de anatomia. 
4. Justifique, baseado na inervação do ureter, os pontos de dor referidos pela paciente. 
5. Defina a localização do rim na cavidade abdominal e explique de que forma ele se mantem em sua posição. 
Caso o cálculo ureteral não seja expelido espontaneamente, quais acessos (através da parede abdominal) podem 
ser utilizados para realizar essa extração do cálculo. 
6. Baseado na estrutura da anatomia renal e sua vascularização, explique porque existe risco elevado de 
sangramento em procedimentos cirúrgicos realizados sobre o rim. 
7. Qual seria o acesso (caminho anatômico) natural para retirada de cálculos no ureter. 
 
 CASO 9. Mesa ____________ 
 
Homem, 32 anos, procurou ambulatório urológico queixando-se de "ferida no pênis que nunca cicatriza". Alegou já ter 
procurado 3 outros urologistas, que lhe prescreveram agentes tópicos diversos, sem resultado, acreditando tratar-se de 
"doença sexual': Desta vez, ao ser examinado, foi evidenciada lesão dismórfica na glande, com odor fétido (Figura 1). 
Solicitada biópsia peniana, foi confirmada suspeita de carcinoma epidermoide peniano. O paciente foi encaminhado para 
cirurgia urológica de penectomia parcial (Figura 60.4.2) e linfadenectomia inguinal profilática (Figura 60.4.3). Encontra-
se em seguimento médico e psicológico. 
 
 
Figura 1 imagens da genitália externa evidenciando lesão peniana sugestiva de câncer. 
 
 
Figura 2. imagens cirúrgicas da penectomia parcial. Observa·se a secção dos corpos cavernosos (A), sutura do coto 
remanescente e confecção do novo óstio uretra I externo (seta) (B). com resultado final oncologicamente satisfatório 
(C). 
 
Figura 3. Imagem pós-operatória imediata da linfadenectomia inguinal bilateral (ressecção de linfonodos inguinais), 
pós-penectomia parcial. 
 
1. Para compreensão do estadiamento do câncer peniano é fundamental o conhecimento dos componentes do órgão. 
Cite a composição básica peniana (corpo e raiz) e explique a função de cada componente. 
2. Conceitue prepúcio, frênulo do prepúcio, glândulas prepuciais (de Tyson) e esmegma 
3. Observa-se nítido comprometimento da glande, pela lesão neoplásica, no paciente. Defina glande, coroa da glande 
e colo da glande (sulco balanoprepucial). Qual a diferença entre a inervação da glande e as demais regiões do 
pênis? 
4. Descreva as vascularizações arterial e venosa do pênis, diferenciando os vasos relacionados com a ereção dos vasos 
responsáveis pela oxigenação/aporte de nutrientes tissular. 
5. Explique a inervação peniana, diferenciando a inervação destinada à sensibilidade geral da inervação relacionada 
com a ereção. Explique sucintamente o mecanismo da ereção e detumescência peniana. 
6. Descreva a drenagem linfática peniana, explicando o motivo da linfadenectomia no paciente. 
 
 
 
CASO 10. Mesa ____________ 
Homem, 29 anos, procurou ambulatório urológico queixando-se de aumento gradual do volume testicular direito nos 
últimos 12 meses. Referiu discreta dor local. Ao exame físico observou-se testículo direito de volume algo aumentado, 
com consistência pétrea e indolor à palpação. Solicitada ultrassonografia escrotal que identificou imagem de 
ecogenicidade heterogênea sugestiva de câncer testicular (Figura 1 A). Indicada tomografia computadorizada para 
avaliação de cadeias linfáticas, verificou-se linfonodomegalia retroperitoneal importante (aumento dos linfonods 
retroperitoneais) (Figura.1 B). O paciente foi submetido a orquiectomia radical (ressecção do testículo) (Figura.2) e 
linfadenectomia retroperitoneal (ressecção de linfonodos) (Figura.3), com diagnóstico histopatológico de seminoma. 
 
 
Figura 1. US escrota! evidenciando parênquima testicular heterogêneo (A) e linfonodomegalia retroperitoneal à TC 
abdominal, corte axial, com meio de contraste venoso (B) (setas). 
 
 
Figura 2 . Imagem do ato cirúrgico onde se observa a exposição do testículo e epidídimo direitos, com a ligadura do 
funículo espermático em topografia do anel inguinal superifícial (seta) (A). Verifica-se ainda a peça cirúrgica, seccionada 
no plano longitudinal, evidenciando aspecto "carnoso" (sólido) da massa tumoral, típico desta doença oncológica (B). 
 
 
Figura 3. Sequência operatória da linfadenectomia retroperitoneal. Observa-se exérese dos volumosos linfonodos (A) 
até exposição da região aortocaval (B). Verifica-se ainda parte dos linfonodos ressecados para análise histopatológica 
(C). 
 
1. O conhecimento da vascularização testicular é fundamental para a realização das orquiectomias. Explique as 
vascularizações arterial, venosa e linfática dos testículos. 
2. .Na Figura 2 A observa-se garroteamento do funículo espermático para prevenção de dispersão de células 
neoplásicas, durante a manipulação cirúrgica do tumor testicular. Defina funículo espermático mencionando o 
respectivoconteúdo no sexo masculino. Cite a diferença com relação ao sexo feminino. 
3. Explique a origem e trajeto ducto deferente até sua porção final. Cite as divisões do epidídimo mencionando a 
localização dele em relação ao testículo 
4. Explique a drenagem linfática do testículo e explique a sequência de cadeias de linfonodos que seriam 
acometidas no caso de disseminação tumoral. Baseado nestas informações explique o motivo da linfadenectomia 
realizada no paciente. 
 
 
CASO 11. Mesa ____________ 
 
Mulher, 65 anos, procurou ambulatório ginecológico queixando-se de dispareunia e aumento doloroso 
do volume vulvar. Referiu vida sexual ativa. Negou exame preventivo ginecológico nos últimos 10 anos. 
Ao exame físico apresentou aumento da região adjacente ao introito vaginal, com extensão para grande 
lábio direito (Figura 59.1.1), associada a dor, calor e flutuação à palpação da massa cfstica. Caracterizado 
quadro de bartholinite, a paciente foi submetida a drenagem cirúrgica e antibioticoterapia oral, com resolução 
do quadro clinico. 
Figura 1. Inspeção vulva r revelando massa cística inflamatória com extensão para lábio maior direito (setas), 
caracterizando o quadro clínico de bartholinite. A paciente encontra-se com cateter uretra I. 
 
1.Conceitue vulva mencionando a respectiva importância e defina os componentes anatômicos vulvares. Defina rima do 
pudendo (fenda pudenda), comissura anterior e comissura posterior da vulva. Quais são os componentes presentes no 
vestíbulo da vagina? 
2. Cite as divisões anatômicas e os elementos formadores do clitóris. Comente a importância clitoridiana. 
3. A paciente apresentava alterações inflamatórias da glândula vestibular maior direita. Cite a localização e a importância das 
glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) e menores. Se fosse necessário a drenagem cirúrugia deste cisto, do ponto de 
vista anatômico, qual seria a melhor localização para esta incisão. 
4. Descreva e comente a função dos bulbos vestibulares. 
5. Defina hímen e mencione os tipos existentes. 
6. Revise a vascularizações arterial, venosa e linfática da vulva. Qual seria a primeira cadeia de drenagem de linfonodos de 
uma neoplasia maligna de vulva?. 
 
 
 
 
.

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