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ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS ASSUNTO: Diagnóstico e Controle laboratorial do Diabetes mellitus PROFESSOR: Luis Carlos Arão DISCIPLINA: Medicina Laboratorial Caso 1: Paciente J.M.V., 55 anos, casado, com um filho, procedente de Ribeirão das Neves e trabalha como pedreiro. Em recente consulta ao médico, relatou que, há 3 meses, percebeu piora na visão (hiperglicemia crônica) e que, há cinco meses, começou a ter dificuldade de ereção (quando não controlado corretamente, ocorre o estreitamento de artérias o que diminui o fluo sanguíneo e causa dificuldade erétil). Questionado pelo médico, informou que a mãe era diabética e pai faleceu por IAM. Negou cirurgias ou comorbidades prévias. Negou uso de medicamentos controlados ou de uso contínuo. Faz uso de bebidas alcóolicas nos finais de semana, não fuma e possui dieta rica em frituras, carboidratos e não gosta de comer salada. Ao exame físico, PA 129x87mmHg, IMC 28 (sobrepeso), abdome globoso, com circunferência de 115 (VR: máximo 102). Apresentava pequenas lesões no pés (pé diabético, úlceras), com sensibilidade diminuída. Os exames laboratoriais foram: Hemograma: Hemácia 4,8 milhōes/ mm3normal VCM 93,6 fLnormal Hemoglobina 16 g/dL normal HCM 33,5 pg elevado (anemia) Hematócrito 45% normal CHCM 36,2 g/dL elevado (hipercrômica) RDW 13% normal Leucócitos global 6.200/mm3 (Diferencial normal)normal Plaquetas 364.000 mm3 normal Ureia: 20 mg/dL normal Creatinina: 1,3 mg/dL elevada Glicemia de jejum: 137 mg/dL elevada Glicemia capilar pré-prandial: 125 mg/dL normal Urina rotina: Caracteres gerais: sem alterações Exame químico: Glicose +/+++ Sedimentoscopia: sem alterações Com base no caso acima, responda: a)- Qual a hipótese diagnóstica para o caso acima? A hipótese diagnóstiga é Diabetes do Tipo 2, Diabete Me b)- Quais são os achados relevantes para a essa hipótese diagnóstica? Os achados mais significantes para a hipótese diagnóstica na históra do paciente são: piora da visão, dificuldade erétil, IMC elevado, lesões nos pés e sensibilidade diminuída. Já nos exames laboratoriais são: creatininca elevada, glicemia em jejum elevada e glicosúria. c)- Quais o critérios diagnósticos para o diagnóstico laboratorial da DM? A1C > 6,5%. Glicemia de jejum > 126 mg/dL, Glicemia 2-h > 200mg/dL durante TTOG e glicemia aleatória > 200 mg/dL. Caso 2: Paciente M. J. A., 45 anos, sexo feminino, casada, compareceu ao consultório médico com queixa de cansaço fácil (glicose no sangue não vá para as células na quantidade adequada) e muita frequência para urinar (os rins não conseguem reabsorver toda glicose filtrada que é eliminada em uma grande quantidade de água). A paciente relatou que sente-se cansada há 4-6 meses e que esse cansaço se intensificou no último mês. Não soube informar fatores agravantes ou atenuantes. Alegou também noctúria (3x/noite), polaciúria e fadiga intensa. Relatou ainda polidipsia. Nega alterações visuais na urina, odor, disúria e tenesmo. Nega dores e febre. A paciente ainda relatou que tem tido recorrentes infecções no trato urinário baixo (cistite). Na história familiar, informou que a mãe é diabética (não insulino dependente) diabetes tipo 2, o pai hipertenso e os irmãos saudáveis. Na história gestacional informou G3P2A1 (dois partos cesarianas) e na segunda gestação teve diabetes gestacional. A paciente informou que não faz exercícios físicos e que não faz uso de álcool, nem cigarro. Ao exame físico, BEG, orientada no tempo e espaço, ativa, reativa, corada, hidratada, anictérica, acianótica e fácies atípica. Foram, então, solicitados exames laboratoriais: Ureia: 52 mg/dL elevada Creatinina: 0,8 mg/dL normal Glicemia de jejum: 161 mg/dL elevada Glicohemoglobina: 7,4% elevada (bom controle) Colesterol total: 235 mg/dL Elevado (LDL: 170mg/dL elevado; HDL: 30mg/dL diminuído; VLDL: 35mg/dL elevado) Triglicérides: 160 mg/dL elevada Urina rotina: Glicose ++/++++ (Outros parâmetros sem alterações) De posse desses exames, o médico solicitou um TTOG e uma nova glicemia de jejum: Teste de tolerância oral à glicose: 220 mg/dL elevada Glicemia de jejum: 200 mg/dL elevada Com base no caso acima, responda: a)- Quais os diagnósticos da paciente? A hipótese diagnóstica são Diabetes Mellitus 2. b)- Que medidas não farmacológicas devem ser orientadas para esta paciente? As medidas não farmacológicas a serem seguidas pelo paciente são uma dieta balanceada e exercícios físicos. c)- Que tratamento farmacológico deve ser preconizado para esta paciente? O tratamento farmacológico deve ser com sensibilizadores de insulina como Tiazolinedionas – Glitazonas.
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