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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA) Camila E. A. Martins Disciplina de Embriologia e Biologia do Desenvolvimento para Biotecnologia Professora Carla Grade Aula 09 - Desenvolvimento dos derivados Ectodérmicos Resumo A aula começou com a professora mostrando as consequências da Neurulação: formação do tubo neural, que origina o Sistema Nervoso Central; formação da crista neural, que origina o Sistema Nervoso Periférico e múltiplos tipos celulares; e formação da epiderme, que recobre todo o embrião. Com essas informações é possível entender quais os derivados ectodérmicos e se eles provêm do ectoderma, da crista neural ou do tubo neural. Para conseguir entender ainda melhor como tudo é formado, foi relembrado algumas coisas, como a divisão do Sistema Nervoso Humano em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP), e pelo que é composto o Tecido Nervoso: neurônios (células com longos prolongamentos) e células da glia (bem menores que os neurônios e sendo 10 delas para cada neurônio); então a professora começou explicando sobre os derivados do tubo neural, ele se fecha aproximadamente ao 28° e pode ser estudado do ponto de vista macroscópico e microscópico. Do ponto de vista macroscópico, ao 28° dia, ele apresenta maior calibre na porção anterior com três dilatações, prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo; ao 49° dia, o prosencéfalo está diferenciado em telencéfalo (que forma os hemisférios cerebrais) e diencéfalo (que forma o hipotálamo e as vesículas ópticas), o mesencéfalo está diferenciado em aqueduto de Sylvius, e o rombencéfalo está diferenciado em metencéfalo (que origina a ponte e o cerebelo) e mielencéfalo (que origina o bulbo); no 3° mês, o telencéfalo cresce muito a ponto de englobar o diencéfalo e tornar as demais estruturas inferiores. O lúmen presente no tubo neural é contínuo na medula e presente como vesículas no cérebro, sendo dois ventrículos laterais no telencéfalo, o terceiro no diencéfalo e o quarto no rombencéfalo, eles são comunicantes entre si e produzem o líquido cefalorraquidiano. Do ponto de vista microscópico, observa- se que o epitélio do tubo recém-formado é pseudoestratificado com uma camada germinativa de alta atividade mitótica, com o manto de neuroblastos e a camada marginal com alongamentos dos axônios; esse neuroepitélio irá formar três tipos diferentes de células: os neuroblastos, que produzem os neurônios e não se divide mais, os glioblastos, que produzem determinadas células das glia, como astrócitos protoplasmáticos e fibrosos e os oligodendrócitos, e as células ependimárias, que também produzem células da glia e que só se diferenciam depois de parar a divisão. Em seguida, a professora explicou como acontece o desenvolvimento da medula classificando primeiro os neurônios. Eles podem ser classificados como: sensoriais ou aferentes, responsáveis por receber os estímulos e levar ao SNC e são formados quando as células da crista neural migram pela extremidade anterior dos somitos; motores ou eferentes, responsáveis por levar a informação do SNC para os órgãos, formados nas placas basais que se organizam ao final da 4ª semana e quando atravessam coletivamente a marginal formam a raiz ventral motora do nervo espinhal; e os interneurônios, que conectam os motores e sensoriais, são formados nas placas alares também ao final da 4ª semana e, quando invadem a marginal, encontram os neurônios sensoriais dos gânglios e formam a raiz dorsal sensorial do nervo espinhal. Para ajudar na sustentação, já no final do 3° mês, os oligodendrócitos se posicionam na medula, as células de Schwann se posicionam fora, assim como a bainha de mielina, que começa a se formar a partir do 4° mês. Dessa forma, já está definido o eixo Dorso-Ventral, pelo estímulo das TGF-beta do ectoderma na placa do teto e do Shh da notocorda na placa do assoalho, assim como o eixo Ântero-Posterior, por estímulo de fatores parácrinos que regulam a expressão dos genes Hox. O próximo tópico explicado foi sobre quais as estruturas formadas pelas células da crista neural, evidenciando que cada região forma estruturas diferentes: a região cefálica produz os neurônios sensoriais, os ossos e tecido conjuntivo da face e pescoço, o timo, a tireoide, a paratireoide, o ouvido interno e os odontoblastos; a região do tronco produz os melanócitos, as células de Schwann, os neurônios sensoriais, a medula suprarrenal e os nervos da aorta; e a região cardíaca que produz o endotélio da aorta e o septo que separa a aorta do tronco pulmonar. Por fim, a professora explicou sobre a pele, que possui origem no ectoderma de revestimento e no mesênquima; inicialmente, o ectoderma possui uma camada, já no 2° mês, ela apresenta duas camadas: a periderme a camada germinativa, e no 4° mês já possui quatro camadas, a córnea, a granulosa, a espinhosa e a basal; a parte da derme do tronco é derivada do mesoderma lateral somático enquanto a da cabeça é derivada da crista neural; e então a professora finalizou a aula citando alguns anexos da pele, pelos, dentes, glândulas, esclarecendo que eles só são possíveis pois há uma interação onde o mesênquima determina e o epitélio se diferencia.
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