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A homeostase pode ser definida como todos os processos desempenhados pelo organismo a fim de manter uma estabilidade nos ambientes celulares

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A homeostase pode ser definida como todos os processos desempenhados pelo organismo a fim de manter uma estabilidade nos ambientes celulares, mantendo as diferenças nas concentrações e pressões parciais do líquido extracelular e intracelular, proporcionando assim gradientes eletroquímicos e de pressão, de substâncias indispensáveis a vida. 
O sistema circulatório é indispensável a manutenção da homeostase fisiológica pois está intrinsicamente relacionado ao transporte de substâncias (gases e nutrientes) por todos os tecidos e órgãos dos sistemas, permitindo a sobrevida destes. 
A concentração de nutrientes absorvidos, como a glicose, sempre é maior no sangue. Isto favorece o transporte de glicose para dentro da célula, mantendo-a assim, sempre abastecida de substrato energético para seu metabolismo, o que favorece sua vida. Como o metabolismo favorece a produção de metabólitos tóxicos, como a ureia por exemplo, o sangue também é responsável pelo transporte destas substâncias para serem excretadas nos rins, promovendo mais uma vez a condição de estabilidade e segurança do líquido extracelular. 
O sistema circulatório também promove a homeostase ao carregar neuro-hormônios e outros hormônios do sistema endócrino como Angiotensina II (que promove aumento da PA por mecanismos de aumento de volemia e resistência periférica) e Peptídeo natiuretrico atrial, produzido inclusive pelo coração, (que promove diminuição da PA, que diminui a resistência periférica), favorecendo a comunicação celular endócrina (longas distâncias) e mantendo o organismo em link e em funcionamento. 
A nível periférico, o sangue bombeado pelo coração chega aos tecidos levando O2 (necessário a respiração celular de um músculo, por exemplo). Como ocorre um gradiente de pressão (entre o O2 carregado pelo sangue e o CO2 produzido pelas células) a difusão do O2 é favorecida para dentro da célula, enquanto o do CO2 tem difusão favorecida para a corrente sanguínea. Se não fosse possível o transporte de sangue oxigenado, por este sistema que promove mecanismos para que o fluxo sanguíneo permaneça constante e ininterrupto por todo o organismo (a partir do bombeamento cardíaco), este entraria em colapso. 
Aqui existe um link entre o sistema cardiovascular e o sistema respiratório, já que este último é o responsável por muitos aspectos da circulação como a oxigenação do sangue, que ocorre por meio da diferença de pressões parciais dos CO2 (maior no sangue, na circulação pulmonar por ter sido carregado dos tecidos periféricos) e O2 do ar atmosférico, favorecendo a homeostase.
Proporcionar as trocas gasosas, por entre a corrente sanguínea e o ar atmosférico, só é possível pela produção de surfactantes (para diminuir a pressão superficial), movimentos de músculos, como o diafragma, que favorecem a ventilação, e assim, diferenças de pressões. Sem as atividades do sistema respiratório acima mencionadas, as trocas não seriam possíveis, inviabilizando a vida já que a oxigenação do sangue não aconteceria. 
Um outro aspecto de manutenção da homeostase pelo sistema respiratório, está no controle de pH sanguíneo. Esse sistema consegue tal feito a partir da retenção ou exalação de CO2 (que aumenta e diminui o pH, respectivamente). Manter o pH é de extrema importância para o correto funcionamento do organismo, pois variações de pH dificultam o transporte de O2 e influenciam na desnaturação de proteínas (como os receptores de membrana) que são indispensáveis a homeostase.

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