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WWW.ICMSPARA.COM.BR Pag. 2 de 74 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
SUMÁRIO 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................................... 4 
2. INCIDÊNCIA E FATO GERADOR DO IPVA .......................................................................................... 5 
3. NÃO-INCIDÊNCIA E IMUNIDADE ......................................................................................................... 24 
4. ISENÇÕES ................................................................................................................................................. 30 
4. DISPENSA DO PAGAMENTO DO IMPOSTO ..................................................................................... 38 
5. DISPOSIÇÕES COMUNS DA NÃO-INCIDÊNCIA, ISENÇÃO E DISPENSA DE PAGAMENTO 41 
6. CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL ..................................................................................................... 43 
7. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................... 49 
8. LISTA DE QUESTÕES SECAS ............................................................................................................. 64 
9. GABARITO ................................................................................................................................................ 73 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................. 73 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, futuro colega! 
Na primeira aula, foram tratadas as principais características do IPVA e seus aspectos 
constitucionais. Agora, o estudo partirá das principais legislações que disciplinam este 
imposto no Estado do Pará, são eles a Lei nº 6.017, de 30 de dezembro de 1996, e o Decreto 
nº 2.703, de 27 de dezembro de 2006, que regulamenta a Lei. 
Vale ressaltar mais uma vez que, conforme estudamos na Aula 01, a competência 
para legislar a respeito de Direito Tributário é concorrente entre União, Estados e DF, de 
acordo com o art. 24, I, da CF/88. Porém, como vimos também, a União até o momento não 
editou uma lei de normas gerais para o IPVA, conforme a previsão do art. 146, III, “a” da 
Lei Maior, o que fez com que os Estados e o DF exercessem a competência legislativa plena 
sobre esse assunto (art. 24, § 3º). 
Importante destacar que o nosso estudo será focado principalmente no Decreto nº 
2.703/06, denominado Regulamento do IPVA (RIPVA), tendo em vista que ele disciplina a 
Lei nº 6.017/96, porém, com mais densidade. Assim, sempre que a Lei disciplinar algum 
ponto que não esteja no Decreto e este for importante para o entendimento do assunto, ele 
será abordado nesta Aula. 
Toda a parte teórica foi abordada até a página 48. Os exercícios comentados estão 
nas páginas 49-63. Por fim. A lista de questão seca está nas páginas 64-72. 
Por fim, recomendo que leia toda a aula com a atenção que ela merece, entretanto, 
sugiro que dê maior atenção aos seguintes temas: fato gerador, momento da ocorrência do 
fato gerador e isenção. Sem sombra de dúvida, esses temas são os mais cobrados em prova 
e que merecem atenção redobrada. 
Dito isso, passemos a aula! 
 
 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
2. INCIDÊNCIA E FATO GERADOR DO IPVA 
2.1 INCIDÊNCIA DO IPVA 
A incidência e o fato gerador do imposto dizem respeito ao critério material do imposto 
e ajudam a responder a seguinte pergunta: O “que” deve ocorrer para a incidência do 
IPVA? 
Nesse sentido, a incidência do imposto está prevista nos arts. 1º e 3º do RIPVA. 
Contudo, antes de transcrevê-los, é importante esclarecer que a incidência pode ser 
entendida como a relação entre um fato acontecido e o que a lei diz sobre ele. No caso do 
Direito Tributário, a incidência é a situação hipotética descrita em lei (hipótese de 
incidência), que, ao ocorrer no mundo dos fatos (fato gerador), dá origem à obrigação 
tributária. 
Vejamos então o que diz o art. 1º do RIPVA: 
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA incide sobre a 
propriedade de veículo automotor terrestre, aquaviário e aeroviário. 
 
§ 1º O imposto de que trata o caput é devido anualmente, incidindo sobre a propriedade 
de veículos automotores sujeitos ou não a registro, matrícula, inscrição ou 
licenciamento. 
 
§ 2º Para efeito deste Regulamento, veículo automotor é qualquer veículo terrestre, 
aquaviário e aeroviário dotado de força motriz própria, ainda que complementar ou 
alternativa de fonte de energia natural. 
 
Observe que o art. 1º do RIPVA traz muitas informações importantes a respeito do 
imposto. O caput desse dispositivo define como hipótese de incidência a propriedade do 
veículo automotor terrestre, aquaviário e aeroviário, muito embora o entendimento 
jurisprudencial seja de que o imposto incide exclusivamente sobre a propriedade de 
veículo terrestre, conforme vimos na Aula 01. Nesse caso, para efeitos da legislação 
paraense, consideramos como certa a assertiva que diz que o imposto incide sobre a 
propriedade dos veículos “aquaviário e aeroviário”. Qualquer dúvida recomendo que volte 
a esse ponto da aula anterior. 
Logo em seguida, o § 1º do mesmo artigo esclarece que a periodicidade do IPVA é 
anual, isto é, a cada ano o imposto será devido, salvo previsão legal em sentido contrário, 
e que a incidência do imposto sobre a propriedade de veículo automotor independe de seu 
registro, matrícula, inscrição ou licenciamento. 
Com efeito, em relação a veículo automotor terrestre, o registro do veículo é feito junto 
aos DETRAN estaduais e é representado pelo Certificado de Registro de Veículo - CRV, 
sendo que a matrícula do veículo é o código indicado em sua placa. Por sua vez, o 
licenciamento, conforme definido no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro1, é o 
 
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503Compilado.htm 
http://www.icmspara.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503Compilado.htm
 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
procedimento anual relativo a obrigações do proprietário de veículo, comprovado por meio 
de documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). 
Importante entender neste ponto que o IPVA será devido sobre a propriedade do 
veículo automotor mesmo que este, por exemplo, não possua placa ou não esteja 
licenciado. 
Caro aluno, vimos na Aula 01 que o STF firmou entendimento sobre a não incidência 
do IPVA sobre a propriedade de veículos automotores aéreos e aquáticos, com base no 
histórico do imposto que tem sua origem na Taxa Rodoviária Única. Naquela ocasião, 
entendeu o Supremo que o conceito de veículo automotor para fins de IPVA é o definido no 
Código de Trânsito Brasileiro, Lei n.º 9.503/97, que por óbvio, aplica-se exclusivamenteaos 
veículos terrestres. 
No entanto, como vimos no § 2º, do art. 1º, o Pará usando de sua competência 
legislativa plena definiu expressamente o conceito de veículo automotor para fins de 
incidência do imposto no Estado, abarcando, inclusive, os veículos aéreos e aquáticos. 
Segundo esse dispositivo, veículo automotor é todo aquele dotado de força motriz 
própria, ainda que complementar ou alternativa de fonte de energia. Fica claro que o veículo 
deve ter “motor” por assim dizer e, aqui caro aluno, devemos entender motor como aquilo 
que é capaz de gerar movimento. Isso é importante de se entender, tendo em vista que 
atualmente há várias espécies de motores: combustão, elétrico, etc. 
Passemos agora ao art. 3º que trata do fato gerador do imposto: 
Art. 3º O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA tem como fato 
gerador a propriedade, plena ou não, de veículo automotor terrestre, aquaviário e 
aeroviário. 
O caput do art. 3º do Decreto nº 2.703/06 reproduz na verdade a hipótese de 
incidência do IPVA, conforme vimos no art. 1º. A única novidade deste dispositivo diz 
respeito a possibilidade de a propriedade do veículo poder ser plena ou não, para se sujeitar 
a incidência do imposto. Ou seja, tanto faz se o veículo foi adquirido pelo proprietário à vista 
(propriedade plena) ou por exemplo por meio de alienação fiduciária2. Qualquer uma dessas 
situações, ao ocorrer, se torna fato gerador do imposto. 
É importante frisarmos que a propriedade será plena quando o proprietário tiver todos 
os atributos da propriedade, que são o uso, gozo, disposição e reivindicação, em suas 
mãos. Quando qualquer um desses atributos não estiverem sobre o controle do proprietário, 
ou seja, estiverem desmembrados, diz-se que a propriedade não é plena. Por exemplo, 
temos o caso dos financiamentos de veículos onde a propriedade do mesmo fica com o 
banco, porém, a posse será da pessoa que financiou o veículo. 
 
2 É a modalidade de empréstimo e financiamento em que uma pessoa (devedor fiduciante) solicita 
um crédito, e transfere a propriedade de um bem que pretende adquirir (garantia), para o credor 
(credor fiduciário), até que realize o pagamento integral da dívida. 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
 
Por sua vez, o art. 2º do RIPVA traz os documentos necessários quanto a 
comprovação da propriedade dos veículos automotores, são eles, quanto aos veículos: 
a) Terrestres: Certificado de Registro de Veículo (CRV) emitido pelo Departamento 
Estadual de Trânsito - DETRAN; 
b) Aquaviários: Título de Inscrição de Embarcação (TIE ou TIEM), acompanhado 
do Certificado de Regularização de Embaraço (CRE), ambos fornecidos pela Capitania 
dos Portos; 
c) Aeroviários: Certificado de Matrícula, acompanhado do Certificado de 
aeronavegabilidade, ambos fornecidos pelo Departamento de Aviação Civil - DAC, do 
Ministério da Aeronáutica; 
d) Importados (diretamente pelo proprietário): Fatura Proforme; 
e) Doados: Carta de Doação; 
f) Primeira aquisição e demais casos: Nota Fiscal do veículo. 
Destacamos que no caso da primeira aquisição, a comprovação da propriedade dá-
se pela própria Nota Fiscal (NF-e), que também será usada como comprovante em outras 
hipóteses não previstas no art. 2º do RIPVA. 
Além disso, quanto aos veículos importados do exterior diretamente pelo proprietário, 
exige-se a comprovação por meio da Fatura Proforme3. Observe que se o proprietário 
comprasse o veículo por meio de uma empresa importadora o documento hábil seria a 
Nota Fiscal. 
Ainda em relação aos documentos previstos no art. 2º, importante ressaltar que, em 
tese, na prática para fins de incidência do IPVA, não se considerariam os documentos que 
comprovam a propriedade de veículos aquaviários ou aeroviários, em razão do 
entendimento do STF sobre o assunto, conforme explicado anteriormente. 
 
3 É a cotação ou formalização do pedido de compra do importador. Semelhante a um orçamento no mercado 
interno. Também tem utilidade para habilitar o fechamento de câmbio no caso de pagamento antecipado. 
Além disto, a Fatura Proforma garante as informações necessárias para emissão da carta de crédito. É emitida 
pelo próprio exportador, a pedido do importador, em papel timbrado da empresa com a descrição Fatura Pro-
Forma (português), Factura Pro forma (espanhol) ou Pro-forma Invoice (inglês). Disponível em 
https://onedrive.live.com/edit.aspx?cid=117b9519abcb5615&page=view&resid=117B9519ABCB5615!2105&parId=117
B9519ABCB5615!2099&app=Word. 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
(INÉDITA) Segundo a Lei nº 6.017/96, o Imposto sobre a Propriedade Veículos 
Automotores (IPVA) incide sobre a propriedade: 
a) de veículo automotor terrestre, aéreo, aquaviário e ferroviário. 
b) de veículo automotor terrestre, e aéreo, mas não sobre a propriedade de veículos 
aquaviários. 
c) somente de veículos automotor terrestres. 
d) de veículos automotor terrestre, aquaviário e aéreo. 
e) veículo automotor de qualquer espécie. 
Comentários 
Questão que cobra a literalidade da Lei nº 6.017/96, de acordo com a lei paraense, o IPVA 
incide sobre a propriedade de veículos automotor aéreo, aquaviário e terrestre (art. 1º, 
caput). 
Letra D 
 
(INÉDITA) De acordo com o Decreto nº 2.703/06, o IPVA é devido anualmente, e incide 
sobre a propriedade de veículo automotor terrestre, aquaviário e aeroviário, desde que 
estejam sujeitos a registro, matrícula, inscrição ou licenciamento nos órgãos competentes. 
Comentários 
Errado. O imposto é devido anualmente, incidindo sobre a propriedade de veículos 
automotores sujeitos ou não a registro, matrícula, inscrição ou licenciamento (art. 1º, § 
1º). Não esqueçam, o fato do veículo está ou não registrado no órgão competente 
independe para efeitos de incidência do IPVA. 
 
(INÉDITA) Segundo a legislação paraense, veículo automotor é qualquer veículo dotado 
de força motriz imprópria, ainda que complementar ou alternativa de fonte de energia 
natural. 
Comentários 
Errado. Pessoal, a legislação paraense define veículo automotor como qualquer veículo 
terrestre, aquaviário e aeroviário dotado de força motriz própria, ainda que 
complementar ou alternativa de fonte de energia natural (art. 1º, § 2º, RIPVA). 
 
(INÉDITA) Para efeitos do RIPVA, considera-se documento de propriedade dos veículos 
aeroviários, o Certificado de Matrícula, acompanhado do Certificado de 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
aeronavegabilidade, ambos fornecidos pelo Departamento de Aviação Civil - DAC, do 
Ministério da Defesa. 
Comentários 
Errado. De fato, os documentos que comprovam a propriedade dos veículos aéreos são o 
Certificado de Matrícula, acompanhado do Certificado de aeronavegabilidade, ambos 
fornecidos pelo Departamento de Aviação Civil - DAC, porém o DAC é do Ministério da 
Aeronáutica, e não da defesa. 
 
(INÉDITA) Bibi, residente e domiciliado em Belém, importou uma Ferrari zero km 
diretamente da Itália, por meio da empresa IMPORTA TUDO. De acordo com a legislação 
paraense a respeito do IPVA, considera-se documento de propriedade do veículo adquirido 
por BIBI: 
a) a Fatura Proforme 
b) o Certificado de Registro de Veículo emitido pelo Departamento Estadual de Trânsito - 
DETRAN 
c) a Nota Fiscal 
d) a Declaração de Importação 
e) a homologação do fisco 
Comentários 
Segundo RIPVA, na situação apresentada o documento que comprova a propriedade é a 
Nota Fiscal. Vimos que a Fatura Proforme na importação somente será considerada 
quandoa compra for realizada de forma direta pelo proprietário. Assim, como Bibi importou 
sua Ferrari por meio de empresa importadora, o documento que servirá como comprovante 
de propriedade será a Nota Fiscal que é o documento que comprova a propriedade nos 
casos não previstos no art. 2º do RIPVA. 
Letra C 
2.2 MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR DO IPVA 
O momento do fato gerador é o aspecto temporal do imposto, e ajuda a responder a 
seguinte pergunta: “quando” será considerado ocorrido o fato gerador para a 
incidência do IPVA? 
O fato gerador ocorre com a prática do ato descrito na lei como necessária e suficiente 
para a incidência do imposto, fazendo nascer a obrigação tributária para o contribuinte. No 
aspecto temporal, a regra é que o fato gerador do IPVA ocorra no dia 1º de janeiro de 
cada ano, tendo em vista que, como falado anteriormente, se trata de um imposto anual. 
Contudo, o art. 3º do RIPVA, no § 1º e incisos, colocam outros momentos. São eles: 
1) na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado diretamente 
do exterior por consumidor final. 
2) na data da primeira aquisição por consumidor final. 
3) na data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do 
revendedor ou do importador; 
4) na data em que ocorrer a perda da não-incidência ou da isenção; 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
5) Se o proprietário for locadora de veículos: 
5.1) o dia 1º de janeiro de cada ano, quando se tratar de veículo usado já inscrito 
no Cadastro de Contribuintes do IPVA no Estado do Pará; 
5.2) a data em que vier a ser locado ou colocado à disposição para locação no 
território paraense, quando se tratar de veículo usado registrado anteriormente em outro 
Estado; 
5.3) a data de sua aquisição para integrar a frota destinada à locação no Pará, 
quando se tratar de veículo novo. 
Vamos entender melhor cada um desses momentos em que se considera ocorrido o 
fato gerador do imposto? Simbora! vamos lá: 
1 - Na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado diretamente 
do exterior por consumidor final; 
 A primeira previsão diz respeito a importação de veículo realizada diretamente por 
consumidor final. Nessa situação, o momento do fato gerador a ser considerado será o da 
data do desembaraço aduaneiro. Assim, não entra neste caso a circunstância em que 
alguém importa veículo de país estrangeiro por meio de empresa importadora. 
Desembaraço aduaneiro é o ato final de liberação da mercadoria para importação ou 
exportação pela autoridade aduaneira, após a verificação do cumprimento de todas as 
exigências legais. No Brasil, a autoridade aduaneira é a Receita Federal do Brasil. 
Importação direta é aquela realizada pelo próprio consumidor final, ao passo que a 
importação por meio de uma empresa importadora “trading” corresponde a uma importação 
indireta. “Trading” é uma empresa especializada que atua na intermediação de importações 
e exportações. 
Portanto, se um residente no Estado do Pará realiza a importação de veículo como 
consumidor final no dia 06/07/2020 e o desembaraço aduaneiro ocorre no dia 13/09/2020, o 
momento do fato gerador a ser considerado será o dia 13/09/2020, que é o momento em 
que a autoridade aduaneira libera o veículo. 
2 - Na data da primeira aquisição por consumidor final 
Nessa situação, considerando que um determinado sujeito no dia 05/05/2020 adquira 
um veículo automotor novo, essa data será o momento em que ocorre o fato gerador do 
imposto. Ou seja, você foi a concessionária e neste dia comprou um carro zero (primeira 
aquisição). Neste momento, ocorre o fato gerador do IPVA. 
3 - Na data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do 
revendedor ou do importador 
Na terceira situação descrita no RIPVA, temos o caso de um veículo que foi 
incorporado ao ativo imobilizado (permanente) do fabricante, revendedor ou importador. 
Nesse caso temos a situação, por exemplo, de uma indústria automobilística que 
fabrica o veículo e em vez de vendê-lo no mercado o incorpora ao seu ativo imobilizado, o 
que, segundo a legislação paraense, será considerado como ocorrido o fato gerador na data 
dessa incorporação. 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
Outro caso é quando uma empresa revendedora de veículos adquire um veículo para 
comercializá-lo no mercado, contudo, em razão da necessidade da empresa, ela incorpora 
o veículo ao seu ativo imobilizado, será considerado como ocorrido o fato gerador na data 
dessa incorporação. 
Por fim, o mesmo ocorrerá quando da importação de veículo que venha a ser 
incorporado ao ativo imobilizado do importador. 
4 - Na data em que ocorrer a perda da não-incidência ou da isenção 
A isenção é hipótese de exclusão do crédito tributário, ou seja, é a dispensa legal da 
obrigação tributária. Portanto, o fato gerador existe, porém a lei dispensa o contribuinte do 
recolhimento da obrigação tributária. 
A não incidência é a ausência de tipicidade entre o fato que foi praticado pelo sujeito 
passivo e o tipo tributário, ou seja, não existe se quer previsão de hipótese de incidência na 
norma legal para o caso. Inclusive, sendo dispensável sua previsão na lei, pois se não existe 
hipótese de incidência, certamente não há possibilidade de ocorrência do fato gerador. 
Essa situação descrita ocorre, por exemplo, quando uma empresa “X” que usufrui de 
isenção ou não incidência do IPVA perde essa condição. Assim, o momento do fato gerador 
a ser considerado será a data em que for revista a previsão de isenção ou não incidência 
para aquele contribuinte e/ou situação. 
Imagine que Paulo, deficiente físico, adquiriu isenção do imposto em 02/02/2020, 
tendo sido revogada essa condição, pela inobservância das condições exigidas para a sua 
fruição, a partir de 13/07/2020. Nesse caso, será considerado ocorrido o fato gerador na data 
da perda da isenção, qual seja, 13/07/2020. 
Nesse ponto, destacamos que de acordo com os §§ 6º e 7º, do art. 3º, do RIPVA, em 
qualquer hipótese de não-incidência e isenção, o imposto será devido durante o período em 
que não se observem as condições exigidas para a fruição do benefício fiscal, sendo que, 
nesse caso, o imposto será devido durante o período em que o veículo estiver na posse do 
proprietário ou de outrem, disponibilizado para o uso. 
Assim, no exemplo que mencionamos a respeito da isenção do Paulo, o imposto será 
devido entre o período de 13/07/2020 e 31/12/2020. 
5 - No dia 1º de janeiro de cada ano, nos demais casos não previstos neste artigo. 
Esse item, conforme mencionado acima, nos traz a regra geral da incidência do 
imposto. Essa é a situação mais comum de ocorrência do fato gerador do imposto. A lei 
atribui, portanto, que quanto aos veículos usados e as demais situações não previstas na 
legislação paraense, o momento da ocorrência do fato gerador será o primeiro dia do 
calendário do ano civil. 
Assim, todos os anos ocorrem o fato gerador do IPVA no dia 1º de janeiro para os 
veículos adquiridos em anos anteriores. Apesar disso, geralmente os Estados estabelecem 
prazos para pagamento do imposto em datas posteriores a data da ocorrência do fato 
gerador. No Pará, esse prazo é concedido de acordo com o final da placa do veículo. 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DO PARÁ 
AULA 02 
O último item relativo ao aspecto temporal do imposto, refere-se aos veículos 
pertencentes às empresas locadoras. Esse tratamento específico deu-se em razão da 
guerra fiscal que os Estados vêm travando com essas empresas, que geralmente registram 
seus veículos em Estados onde a tributação é mais vantajosa, embora disponibilizem esses 
veículos em Estados diferentes de onde estão registrados (já observaram a quantidade de 
carros de locadoras com a placa deBelo Horizonte – MG?). Veremos logo mais que o STF 
manifestou-se sobre essa celeuma recentemente. 
Voltando ao item 6, perceba caro aluno que o tópico “a” nada mais é do que a regra 
geral do imposto, ou seja, para os veículos usados das locadoras (registrados no Estado) 
o momento da ocorrência do fato gerador será o primeiro dia do calendário do ano civil. 
Imagine vocês que a empresa Loca-car no seu estabelecimento localizado na cidade 
de Ananindeua, Estado do Pará, tenha em sua frota 50 veículos no ano de 2020, dos quais 
30 deles foram registrados no Departamento de Trânsito do Estado em anos anteriores, 
nessa situação, o momento da ocorrência do fato gerador do imposto, relativamente aos 30 
veículos registrados em exercícios anteriores, será no dia 1º de janeiro do ano 2020. 
Quanto ao tópico “b” temos a seguinte situação, o estabelecimento da Empresa Loca-
car, localizado no Pará, recebe de sua sede, localizada no Estado de Minas Gerais, 10 
veículos no dia 10/06/2020, todos registrados no Estado de sua sede. Posteriormente, no 
dia 13/06/2020 o estabelecimento paraense coloca esses veículos à disposição de seus 
clientes para serem locados. Percebam que o momento da ocorrência do fato gerador do 
IPVA na situação ilustrada será exatamente no dia 13/06/2020. 
Por último, temos o tópico “c”. Caro aluno, você lembra que falamos no exemplo do 
tópico “a” que a Loca-car possuía 50 veículos, dos quais 30 foram adquiridos em exercícios 
anteriores? Pois é! Agora imaginem que a Loca-car visando expandir a prestação de seus 
serviços de locação no território do Estado, tenha adquirido os outros 20 veículos (novos) no 
dia 23/07/2020. E aí? Fácil né? Pois é, o fato gerador do imposto considera-se ocorrido 
exatamente nessa data: 23/07/2020. 
Importante destacarmos que conforme previsão do § 8º, do art. 3º, o disposto neste 
tópico aplica-se às empresas locadoras de veículos qualquer que seja o seu domicílio, ou 
seja, pouco importa se o domicílio dessas empresas estão ou não localizadas no território 
paraense. Vamos conhecer na íntegra essa previsão: 
6 - Relativamente a veículo de propriedade de empresa locadora: 
 
a) no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado já inscrito no 
Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado; 
 
b) na data em que vier a ser locado ou colocado à disposição para locação no 
território deste Estado, em se tratando de veículo usado registrado anteriormente em 
outro Estado; 
 
c) na data de sua aquisição para integrar a frota destinada à locação neste Estado, 
em se tratando de veículo novo. 
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AULA 02 
§ 8º O disposto no inciso VI do § 1º deste artigo aplica-se às empresas locadoras de 
veículos qualquer que seja o seu domicílio. 
 
 
 
(INÉDITA) Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto sobre Propriedade de 
Veículos Automotores – IPVA, exceto: 
a) A data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado diretamente do 
exterior por importador. 
b) A data da primeira aquisição por consumidor final. 
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c) A data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou 
do importador. 
d) A data em que ocorrer a perda da não-incidência ou da isenção. 
e) O dia 1º de janeiro de cada ano, como regra geral. 
Comentários: 
A Letra A fala em “importado do exterior por importador”. O importador pode ser uma 
empresa revendedora, que, caso compre para revenda, não será um consumidor final. O 
correto seria “importado diretamente do exterior por consumidor final”, conforme 
preceitua o art. 3º do RIPVA. Gabarito Letra A. 
(AFRE/PE – 2014 – FCC - adaptada à legislação do Pará) De acordo com o Decreto 
Estadual nº 2.703/06, considera-se ocorrido o fato gerador do IPVA, no Estado do Pará, 
tratando-se de veículo: 
a) de procedência estrangeira, e para efeito da primeira tributação, na data do desembaraço 
aduaneiro, quando importado por empresa revendedora de veículos, com a finalidade de 
comercializá-lo. 
b) de procedência estrangeira, e para efeito da primeira tributação, no momento da 
incorporação ao ativo permanente da empresa importadora, revendedora de veículos. 
c) usado, adquirido no exercício corrente, na data da aquisição. 
d) novo ou usado, na data de sua primeira aquisição por consumidor final, pessoa física ou 
jurídica. 
e) que ingressou na frota do Estado do Pará, transferido de outros Estados da Federação, 
na data da transferência. 
Comentários: 
a) Não há fato gerador na hipótese mencionada. O momento do fato gerador será o da 
revenda pela empresa que importou o veículo, com destino a consumidor final. 
b) Exatamente como prescreve o art. 3º, § 1º, inciso I, do RIPVA. Não caia em pegadinha, 
o veículo deve ser importado diretamente por consumidor final. 
c) o fato gerador para veículos usados será no dia 1º de janeiro de cada ano. 
d) Apenas para o veículo novo o fato gerador será considerado na data de sua primeira 
aquisição por consumidor final, seja pessoa física ou jurídica. 
e) Relativamente aos veículos que ingressarem na frota, transferidos de outros Estados da 
federação, o imposto será devido ao Estado do Pará, somente a partir do exercício seguinte 
ao do seu ingresso. Letra B. 
 
2.3 LOCAL DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR DO IPVA E O DOMICÍLIO DO 
PROPRIETÁRIO 
O local da ocorrência do fato gerador do imposto diz respeito ao critério espacial do 
imposto e ajuda a responder a seguinte pergunta: “onde” o fato gerador precisa ocorrer 
para que tenhamos a incidência do IPVA? 
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Os parágrafos § 2º a 5º e 8º a 16, todos do art. 3º do RIPVA, referem-se ao local de 
ocorrência do fato gerador do imposto, e também a respeito do domicílio do proprietário. 
Vamos estudá-los a seguir. 
 
2.3.1 - Local da ocorrência do fato gerador 
Ilustríssimo(a), o § 2º do art. 3º do RIPVA, por seu turno diz em que circunstâncias o 
IPVA será devido ao Pará, de acordo com esse dispositivo o imposto será devido ao Estado 
quanto: 
1) ao veículo terrestre: quando aqui se localizar o domicílio do seu proprietário; 
2) à aeronave: quando aqui se localizar o aeródromo da matrícula; 
3) à embarcação: quando aqui ocorrer a sua inscrição. 
Vale lembrar mais uma vez, todavia, que o IPVA será devido ao Pará 
independentemente de o veículo estar aqui registrado, licenciado, inscrito ou matriculado. 
Em tal situação, o Fisco buscará o domicílio do proprietário ou, na ausência deste, o do 
possuidor do veículo, conforme manda os §§ 3º e 4º do citado artigo. Vejamos: 
§ 3º O disposto no parágrafo anterior aplica-se ainda que o veículo não esteja sujeito a 
registro, licenciamento, inscrição ou matrícula nos órgãos competentes. 
 
§ 4º Não estando o veículo sujeito a registro, licenciamento, inscrição ou matrícula, 
o imposto será devido no local de domicílio do seu proprietário. 
 
§ 5º Na falta de indicação do domicílio do proprietário, será considerado o domicílio 
do possuidor do veículo. 
 
Além disso, o § 9º, do art. 3º, do RIPVA estabelece que o imposto será devido no 
local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo no Estado do Pará. 
2.3.2 - Domicílio do proprietário 
Para os seus efeitos, o RIPVA divide as situações dos domicílios a serem 
considerados nos casos de pessoa natural, pessoa jurídica de direito privado e pessoa 
jurídica de direito público. 
Antes de qualquer coisa, de antemão, esclarecemos que como regra geral, presume-
se domiciliado no Estado do Pará o proprietário cujo veículo estiver registrado no 
DETRAN/PA4. 
Vamos conhecer agora as regras referente ao domicílio dos proprietários de veículos 
no Estado: 
 
 
4 Art. 3º, § 14. Presume-se domiciliado no Estadodo Pará o proprietário cujo veículo estiver registrado no órgão 
competente deste Estado. 
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PESSOA NATURAL 
 
§ 10. Para os efeitos deste Decreto, considerar-se-á domicílio: 
I - se o proprietário for pessoa natural: 
a) a sua residência habitual; 
b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua 
atividade onde o veículo esteja sendo utilizado; 
No caso de pessoa natural, para os efeitos do RIPVA, considera-se como seu 
domicílio a sua residência habitual, ou se esta for incerta ou desconhecida, o centro habitual 
de sua atividade onde o veículo esteja sendo utilizado. 
Esta hipótese é reforçada pelo § 9º do art. 3º que vimos há pouco, que diz: “o imposto 
será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículo neste 
Estado”. 
 
Neste aspecto, devemos esclarecer a diferença entre residência e domicílio. De modo 
bem singelo, residência é onde alguém mora, já o domicílio é o local para efeitos de 
direito. 
Isto posto, é importante explicar que o Código Civil, em seu art. 70, define o domicílio 
da pessoa natural como o lugar onde ele estabeleça residência com ânimo definitivo. 
Portanto, a pessoa que possua domicílio no Pará deverá a este Estado o IPVA 
referente ao seu veículo. Todavia, imaginemos que não foi possível ao Fisco localizar seu 
domicílio em território paraense. Entretanto, descobriu-se que o mesmo é advogado e possui 
escritório em Belém, ou seja, aqui exerce sua atividade, e o veículo fica lá a sua disposição. 
Nesse caso específico, esta pessoa deverá arcar com o IPVA para o Estado do Pará. 
Outro detalhe é que o RIPVA diz que se a pessoa natural possuir múltiplas 
residências, presume-se que o seu domicílio tributário para fins de pagamento de IPVA será 
o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão, como no caso de um 
dentista que atenda em sua casa, ou ainda, o endereço constante da Declaração de Imposto 
de Renda, na hipótese de residir e exercer profissão em mais de um local. 
Vamos entender melhor sobre o domicílio da pessoa natural, no caso de múltiplos 
domicílios: 
§ 11. No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como 
domicílio tributário para fins de pagamento do IPVA: 
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a) o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão; 
b) caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço 
constante da Declaração de Imposto de Renda. 
 
Na primeira situação, suponha que André Carvajal exerça a atividade de dentista em 
sua própria residência, localizada na Av. José Bonifácio, no bairro de São Brás em 
Belém/PA. Sabe-se também que André Carvajal possui residência na cidade de 
Marituba/PA. Nesse caso, de acordo com o RIPVA para efeitos de cobrança do imposto, 
presume-se como domicílio tributário de André Carvajal, o local onde, cumulativamente, 
exerça a suas atividades odontológicas e resida, ou seja, sua residência localizada em 
Belém. 
Agora, avançando um pouco mais no exemplo anterior, imagine que além de exercer 
suas atividades odontológicas em sua residência localizada em Belém, André Carvajal 
também exerce essas mesmas atividades em sua residência localizada na cidade de 
Marituba, cujo endereço consta como sua residência na Declaração de Imposto de Renda 
que envia anualmente à Receita Federal. Perceba agora que, para fins de pagamento do 
IPVA, presume-se que o domicílio de André Carvajal será sua residência localizada na 
cidade de Marituba. 
Por fim, caso não seja possível precisar o domicílio tributário da pessoa natural, nas 
hipóteses mencionadas acima, a autoridade administrativa (leia-se Auditor Fiscal de 
Receitas Estaduais ou o Fiscal de Receitas Estaduais) poderá fixá-lo tomando por base o 
endereço que vier a ser apurado em órgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral, 
de empresa seguradora, de concessionária de serviço público, dentre outros, essa é a 
previsão do § 125. 
Hum!...então se não for possível identificar o domicílio tributário nas hipóteses dos §§ 
10 e 11 do art. 3º, a autoridade fiscal poderá considerar qualquer uma que ele identifique em 
cadastros diversos. No nosso exemplo, se fosse desconhecido o domicílio de André 
Carvajal, e se, porventura, a autoridade fiscal verifica-se, junto ao Tribunal Regional Eleitoral 
do Estado do Pará, que André tinha como domicílio eleitoral o endereço localizado na cidade 
de Belém, este poderia ser fixado como seu domicílio para efeitos de pagamento do IPVA. 
 
 
5 § 12. Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos §§ 10 e 11 deste artigo, 
a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o endereço que vier a ser apurado em órgãos públicos, nos 
cadastros de domicílio eleitoral, de empresa seguradora, de concessionária de serviço público, dentre outros. 
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