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HISTOLOGIA OVÁRIOS E TUBA UTERINA

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Histologia ovários e tuba uterina
Ovários
INTRODUÇÃO:
 Os ovários possuem duas funções principais:
Gametogênese (chamada de oocitogênese)
e esteroidogênese.
 Os dois hormônios estereóides produzidos
pelos ovários são: Estrógeno e Progesterona.
 A superfície externa do ovário é recoberta
por epitélio germinativo, o qual é composto
por células epiteliais simples e cúbicas. 
Em alguns pontos, essa células são mais
achatadas, quase pavimentosas. 
Um adendo é que apesar da denominação de
epitélio germinativo, esse termo é errôneo,
afinal, as células germinativas primordiais são
de origem extragonadária e migram para o
córtex durante a fase embrionária.
 
Logo abaixo do epitélio, entre ele e o córtex, 
 situa-se a túnica albugínea, uma camada de
tecido conjuntivo denso.
Córtex: Localiza-se abaixo da túnica
albugínea e mais externamente à medula,
circundando esta estrutura.. Contém
folículos ovarianos, corpo lúteo e células
intersticiais. Os folículos encontram-se
incrustados em tecido conjuntivo ricamente
celular. Fibras musculares lisas dispersas
estão presentes no estroma em torno dos
folículos.
PS: O ovário é recoberto por “epitélio
germinativo” em vez de mesotélio.
PS2: Os limites entre o córtex e a medula são
imprecisos. 
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL imagem fonte: Ross 6 Ed.
 OBSERVAÇÃO PATOLÓGICA
Os tumores que se originam da superfície epitelial do ovário correspondem
a mais de 70% dos cânceres de ovário. Isso pode estar relacionada com
ruptura e reparo repetidos do epitélio germinativo que ocorrem durante as
oocitações.
Medula: Localiza-se na parte central do
ovário. Contém tecido conjuntivo frouxo,
vasos sanguíneos contorcidos relativamente
calibrosos, vasos linfáticos e nervosos.
FOLÍCULOS OVARIANOS:
Estão distribuídos no estroma do córtex.
O tamanho de um folículo indica o estado
de desenvolvimento do oócito.
Os oócitos presentes ao nascimento
permanecem parados no
desenvolvimento na primeira divisão
meiótica
 São formados apenas durante a vida
embrionária. Possuem diversos tamanhos, e 
 contêm um único oócito.
O folículo ovariano é formado pelo
ovócito e as células foliculares que o
circundam.
Os folículos são separados do tecido
conjuntivo adjacente por uma lâmina
basal.
 O número total de folículos nos dois
ovários da criança recém-nascida é de,
aproximadamente 650.000, porém, a
maioria, com o decorrer do tempo,
desaparecerá devido a um processo de
morte celular programada (apoptose), a
atresia folicular, sendo que na menarca
existem ao redor de 400.000.
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS:
 São encontrados no estroma do córtex
imediatamente abaixo da túnica
albugínea.
Uma camada única de células foliculares
pavimentosas circunda o oócito. 
A superfície externa das células foliculares
é limitada por uma lâmina basal.
O oócito está parado em prófase da
primeira divisão meiótica.
Folículos primordiais
Folículos em crescimento ( subdivididos
em folículos primários e secundários (ou
antrais)
Folículos maduros ou folículos ováricos de
(de Graaf).
Histologicamente, podem ser identificados
três tipos básicos de folículos ovarianos de
acordo com o estágio de desenvolvimento:
CF: Células foliculares; N: Núcleo; X: cél. s/ núcleo. Fonte: Ross 6 Ed.
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
FOLÍCULO PRIMÁRIO
 Os folículos primários são constituídos por
um ovócito primário circundado por uma
única camada de células foliculares
(unilamelar) de forma cúbica, ou uma
mistura de pavimentosas com cúbicas. 
 À medida em que o folículo cresce, surge
a Zona Pelúcida, que irá se situar entre o
oócito e as células foliculares adjacentes.
 A proliferação das células foliculares gera
uma membrana granulosa (estrato
granuloso), circundando o oócito. As células
foliculares agora são identificadas como
células granulosas (ou células da granulosa)
 À medida que as células granulosas
proliferam, as células estromais mais
próximas ao folículo se transformam em
uma bainha composta por células de tecido
conjuntivo denominada teca folicular.
A teca folicular é dividida em Teca interna e
Teca externa
 O limite entre a teca interna e as células
granulosas é bem evidente, pois, estão
separadas por uma lâmina basal. Contudo
não é possivel delimitar a transição entre as
tecas.
 
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
Pense no folículo primário como
algo em evolução. Se forma
com o aparecimento de células
cúbicas e o restante vai
aparecendo mais tardiamente
de acordo com o processo,
dando origem ao folículo
primário tardio.
Folículo primário inicial
Folículo primário tardio
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
 Imagem fonte: Ross 6 Ed.
 Imagem fonte: Ross 6 Ed.
Surgimento do cumulus oophorus
Surgimento da corona radiata
Existe uma estrutura denominada
corpúsculo de CallExner que fica entre as
células da granulosa. Esse, contém
hialuronana e proteoglicanas.
FOLÍCULO SECUNDÁRIO
 É caracterizado pela presença da
cavidade antral. 
 À medida em que um líquido rico em
hialuronana, chamado de líquido folicular,
continua a se acumular entre as células
granulosas, as cavidades começam a se
unir, formando uma cavidade única
denominada antro.
Altamente vascularizada
Células cúbicas secretoras
Grande número de receptores de
hormônio luteinizante (LH)
Sintetizam e secretam os androgênios
que são os precursores do estrogênio em
resposta ao LH.
Contém também: fibroblastos, feixes de
colágeno e uma rica rede de pequenos
vasos
 Teca interna:
Composta por células de tecido
conjuntivo.
Contém principalmente células
musculares lisas e feixes de fibras de
colágeno.
 Teca externa:
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL Imagem fonte: Ross 6 Ed.
Antro maior
Estrato granuloso mais fino
camadas tecais se tornam mais
proeminentes.
FOLÍCULO MADURO (GRAAF)
 Tem um diâmetro igual ou superior a
10 mm.
 Se estende através da espessura completa
do córtex ovariano e chega a causar um
abaulamento na superfície ovariana.
 À medida que os espaços entre as células
granulosas continuam a aumentar, o oócito
e as células do cúmulo vão se afrouxando
do restante das células granulosas
preparando para a oocitação.
 
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
 PS: A corona radiata acompanha o oócito
após a ruptura folicular
 Há também o desenvolvimento do ovócito,
que completa a primeira fase da meiose e
inicia a segunda divisão meiótica, sendo
então designado de ovócito secundário;
forma-se o primeiro corpúsculo polar. No
entanto, estaciona na segunda divisão
meiótica (a segunda fase da meiose só
termina com o estímulo do espermatozóide).
 A ovulação geralmente ocorre em 10 a 12
horas após o pico do hormônio luteinizante
(LH)
OVULAÇÃO/ OOCITAÇÃO
 Consiste em um processo mediado por
hormônios que resulta na liberação do
oócito secundário. 
 Durante a oocitação, o oócito atravessa
toda a parede folicular, incluindo o epitélio
germinativo.
No momento da oocitação, as fímbrias da
tuba uterina ficam bem juntas à superfície
do ovário e direcionam o oócito para
dentro da tuba uterina. Dessa forma, a
massa do cúmulo (cúmulo oóforo)
contendo o oócito é varrida suavemente
pelas fímbrias no óstio abdominal da tuba
uterina e é ativamente transportada pelas
células ciliadas que revestem a tuba
uterina.
 PS: Recentemente o ultrassom transvaginal
vem sendo utilizado para monitorar o
desenvolvimento do folículo ovarian e pode
oferecer informações detalhadas sobre o
número e o tamanho dos folículos em
desenvolvimento.
 
Prepara o útero para uma possível
implantação embrionária.
 Na ausência de implantação, mantém
sua atividade por cerca de 12 dias (10 a 14
dias) e então se degenera.
 Quando ocorre a implantação, as
gonadotrofinas coriônicas que são,
inicialmente, produzidas pelo trofoblasto
(sinciciotrofoblasto) e, posteriormente,
pela placenta, irão estimular a
persistência do corpo lúteo,que passa a
ser chamado corpo lúteo gravídico. 
O corpo lúteo é essencial para a
manutenção da gravidez, mas com o
surgimento e produçao hormonal
placentária, entra em degeneração por
volta do 4º mês.
Ao ser degenerado, forma-se uma
espécie de cicatriz no local chamada
corpo albicante.
.
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
 Os oócitos que não conseguem entrar na
tuba uterina geralmente degeneram na
cavidade peritoneal. Todavia, exceções
podem ocorrer e descambar em gravidez
ectópica.
 O folículo colapsado sofre reorganização
no corpo lúteo após a oocitação.
Estimula o crescimento e a atividade
secretória do endométrio.
 CORPO LÚTEO
 O corpo lúteo é uma estrutura temporária
formada pelas células granulosas ou
foliculares (grânuloluteínicas) junto com as
células da teca interna (teco-luteínicas) que
secretam progestagênios e estrogênios.
Infundíbulo, ampola e istmo e intramural.
Mucosa
Muscular
Serosa 
Consistem em dois tubos musculares. 
 São divididas em 4 partes: 
Ps: intramural fica dentro do útero
A parede é composta por 3 camadas:
Mucosa:
 A mucosa é rica em dobras longitudinais,
as quais são mais numerosas na ampola e
vão progressivamente diminuindo em
direção ao útero.
 É composta por epitélio colunar simples +
lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo).
 O epitélio possui dois tipos celulares: células
ciliadas (se coram mais fraco) e células
secretoras (se coram mais forte)
 Os cílios batem em direção ao útero junto
com um muco que cobre sua superfície.
Muscular:
Composta por músculo liso e contem duas
camadas: a circular interna e a longitudinal
externa
Serosa: Origem do peritônio visceral
 No momento da ovulação, a tuba uterina
exibe movimentos ativos decorrentes da sua
musculatura lisa.
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL
TUBAS UTERINAS
Camilla da C. P. Sampaio | Unit AL

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