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2.2 Redigir um texto em que comente a aplicação da cláusula penal em obrigações que deixaram de ser cumpridas diretamente em decorrência da pandemia da COVID-19. O texto a ser redigido pelo grupo deverá levar em conta os argumentos do texto da Prof.ª Dra. Gisela Sampaio Cruz Guedes. Contratos de Locação dento de Shoppings na Pandemia COVID – 19 As relações jurídicas têm sofrido duros impactos pelos efeitos da pandemia do COVID-19, dentre eles os shoppings que em todo o país tiveram suas portas fechadas, obrigando os lojistas a abruptamente encerrar, ainda que transitoriamente, as suas atividades. O fechamento dos pontos comerciais dentro dos shoppings centers por determinação do Poder Público é, um fato do príncipe, que nada mais é do que um evento de força maior caracterizado por uma ação do Estado sobre a qual o particular não pode impedir, atingindo as obrigações. No caso, as obrigações atingidas são os contratos de locação dos imóveis não-residenciais, situados internamente dentro dos shoppings. No caso acima uma das tentativas para o locador e um diálogo onde ambas as partes pode-se negociar um novo valor do aluguel a ser pago, ou te sugerindo um valor com abatimento durante os meses da epidemia, retornando ao normal após o seu término. De acordo com o Artigo 18 da Lei do Inquilinato: “Art. 18. É lícito às partes fixar, de comum acordo, novo valor para o aluguel, bem como inserir ou modificar cláusula de reajuste. Ou seja, nesse momento de pandemia onde ainda não temos Lei para tal definição o ideal seria usar a boa-fé entre as partes. Mas se mesmo com as tentativas de comum acordo entre as partes pode - se solicitar uma revisão forçada do contrato de locação comercial, baseado na “teoria da imprevisão”: possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa O Código Civil, em seu artigo 317 cita: “Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.” Contudo o que se percebe, é que a crise epidemiológica causada pelo COVID-19 tem atingido não apenas a saúde e a vida das pessoas, mas também das relações jurídicas, que estão sendo assoladas pelos efeitos maléficos do vírus. Se já não bastasse o medo que assola os indivíduos, as incertezas jurídicas causam um clima maior de terror, levando os operadores do direito a buscarem soluções equânimes e justas que olhem não apenas para o sofrimento de uma das partes, mas principalmente para a justiça contratual e social, o que só é possível fazer por meio das lentes de uma análise econômica macro do direito, e não apenas de uma visão micro contratual. Considerações jurídicas sobre os centros comerciais (“shopping centers”) no Brasil: · João Carlos Pestana de Aguiar (AGUIAR, João Carlos Pestana de. O fundo de comércio e os “shopping centers”. In: ARRUDA; LÔBO. Op. cit. p. 191) · João Augusto Basílio (BASILIO, João Augusto. Shopping center. Rio de Janeiro: Renovar, 2005. p. 32). Fonte: · http://genjuridico.com.br/2020/04/24/covid-19-locacao-shoppings-centers/ · https://www.jornalcontabil.com.br/pandemia-a-revisao-dos-contratos-de-locacao-comercial/
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