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ESTUDOS ECOLÓGICOS ou DE AGREGADOS 
Tipo de estudo epidemiológico descritivo e de análise em que a unidade de análise é um 
agregado populacional em lugar do indivíduo. Procuram analisar como os contextos sociais e 
ambientais podem afetar a saúde dos grupos populacionais (estudam as frequências de eventos 
de saúde em populações específicas e determinadas, comparando geografias diferentes, mas 
também analisando, temporalmente, uma única população). 
 
Entre seus objetivos, estão: geração de hipóteses etiológicas a respeito da ocorrência de 
uma determinada doença (analisando correlações entre a doença e os fatores sociais e 
ambientais de determinada população); avaliação da eficácia de intervenções na população 
(considerando o período em que não havia a medida aplicada e o período em que houve); 
resultados interessantes devem ser avaliados por meio de outros estudos com dados 
individuais. 
Como vantagens, podem ser citados: baixo custo (através de dados em fontes secundárias, 
como o DATASUS Tabnet, de modo que o autor não precisa buscar as informações por si só, 
como uma fonte direta) e execução rápida; gerador de hipóteses (além de testar a 
plausibilidade de hipóteses já formuladas e antes testadas) e uso de dados secundários. 
Entre as desvantagens, podem ser citadas: informações sobre comportamento, atitudes e 
história clínica pregressa não estão disponíveis (os estudos ecológicos consideram mais 
aspectos coletivos de doenças em populações, ou seja, analisam em nível populacional e não 
individual); depende da qualidade das informações disponíveis (fontes diversas); não se leva 
em conta a variabilidade da característica estudada dentro do grupo; migração entre grupos 
(por exemplo, moradia em uma área e trabalho na outra); por fim, falta de informação 
relevante. 
Quanto ao seu histórico, John Cade, em 1949, propôs o uso de sais de lítio como medicação 
para o controle de exitação psicótica em coelhos. Em 1968, Dawson lançou a seguinte 
pergunta: sais de lítio teriam a propriedade de controlar estados maníaco-depressivos? 
Dawson partiu da seguinte hipótese: se sais de lítio têm a propriedade de controlar a mania, 
então as internações hospitalares por essa doença devem ser menos frequentes nas regiões 
onde a água de beber é rica em cátion lítio do que em regiões pobres no referido íon. Para a 
pesquisa, analisou-se a água de beber (para verificar a concentração de cátion lítio) e obteve-
se informações sobre a prevalência de doenças mentais de 27 cidades. 
Os níveis de inferência podem ser inferências biológicas sobre efeitos em riscos 
individuais (analisando como algo surte efeito a risco individual; por exemplo, o uso de 
capacete em motociclistas reduz o risco de morte INDIVIDUAL em acidentes de trânsito) ou 
baseadas na população (voltado ao aspecto coletivo e não individual, como o estudo 
comparativo entre duas cidades, uma com leis que obrigam o uso de capacete e outra cujas 
leis não exigem, por meio dos índices de mortalidade dos motociclistas por acidentes em 
ambas as cidades). 
Os tipos de variáveis utilizadas são três, sendo as: MEDIDAS AGREGADAS (sintetizam 
características individuais dentro de cada grupo, porcentagem de fumantes, renda familiar, 
incidência de doenças), MEDIDAS AMBIENTAIS (características físicas do ambiente onde 
os membros de cada grupo vivem ou trabalham, nível de qualidade da água, do ar e de 
poluição, radiação, por exemplo) e MEDIDAS GLOBAIS (atributos de grupos, organizações 
ou lugares sem análogo no nível individual, ou seja, só se medem a nível coletivo, como 
densidade demográfica e nível de desigualdade social). 
As FALÁCIAS ECOLÓGICAS (conclusões erradas a partir de inferências de níveis 
distintos, a citarem indivíduo e população) podem ser: falácias individualistas (ou seja, 
inferem para agregados populacionais a partir de dados individuais) e falácias ecológicas (ou 
seja, inferem para o indivíduo a partir de dados agregados, como afirmar que um protestante 
tem maior chance de cometer suicídio do que um católico, considerando a região mais 
populosa em protestantes e esquecendo as proporções, como fez Durkheim). 
Portanto, lembrando, falácia ecológica é uma conclusão errada obtida quando se infere 
comportamento ou experiência de indivíduos a partir de comportamento ou experiência de 
grupos). Não se pode dar conclusões para um nível micro, individual, a partir de um nível 
diferente, macro e populacional. 
QUESTÕES 
Falácia Ecológica refere-se a: 
A) avaliar a exposição em grandes grupos em vez de vários grupos pequenos. 
B) atribuir as características de um grupo para cada indivíduo naquele grupo. 
C) avaliar o desfecho em grandes grupos em vez de vários grupos pequenos. 
D) falha ao examinar relações temporais entre exposição e desfecho. 
Sobre os tipos de variáveis utilizadas em um estudo ecológico e os conceitos 
relacionados, pode-se afirmar: 
A) Todas se relacionam a características individuais dos grupos estudados. 
B) Geram novas hipóteses, de maneira rápida, eficiente e encaixadas em contexto de 
estudo. 
C) Não buscam levar em consideração contextos sociais ou ambientais. 
D) Possuem facilidade muito grande em delimitar e conter fatores de confusão. (Esses 
fatores podem sim intervir). 
A sintetização de características individuais dentro de cada grupo está relacionado a: 
A) Medidas ambientais. 
B) Medidas agregadas. 
C) Medidas globais. 
D) Medidas de frequência. 
Os estudos ecológicos não são definidos pela seguinte noção: 
A) contexto social e ambiental. 
B) preço de custo menor e rapidez de execução. 
C) uma área geográfica definida. 
D) valores individuais reais.

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