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Anatomia - Coluna e Hérnia discal

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
Coluna 
Anatomia e patologia 
Coluna: É o esqueleto axial 
localizado no tronco, 
posteriormente. 
As vértebras são os ossos 
que compõem a coluna 
vertebral. O ser humano 
possui 33 vértebras, 
divididas em alguns 
segmentos. 
Limites 
• Superior: Crânio 
• Inferior: Cóccix 
• Anterior: Pescoço, caixa torácica e abdômen 
• Posterior: Músculos 
Funções do tecido ósseo 
▪ Sustentação: é quando o osso 
serve de arcabouço; Ex 1. Na caixa 
craniana, a dura-máter tá aderida 
ao osso e, depois dessa aderência, 
através da pia-máter e da 
aracnoide, fixa o encéfalo. Ex 2. A 
pleura pulmonar tá aderida a caixa 
torácica, as costelas, e serve de sustentação do osso 
para pleura e da pleura para os pulmões. 
▪ Proteção; 
▪ Alavanca do movimento - locomoção (biomecânica) – 
ajuda no funcionamento do músculo; 
▪ Hematopoiese (medula óssea – produção de células 
sanguíneas); 
▪ Reserva mineral (basicamente cálcio e fósforo). 
A medula é protegida e sustentada através da fixação 
do canal formado na coluna vertebral. 
Caracteres 
• Número: 33 (7 cervicais, 12 torácicas, 5 
lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas) 
• Estrutura: Mista / Forma: Irregular; 
• Esqueleto: exo-axial 
Suplência 
• Vasos: vertebrais. 
• Nervos: Plexos vertebrais, 
simpáticos e parassimpáticos. 
Curvaturas 
▪ Segmento superior → Coluna cervical, torácica, 
lombar e sacrococcígea. 
▪ Perfil: Curvaturas em S 
 
▪ Lordose (Cervical e lombar): Convexidade anterior 
e concavidade posterior. 
▪ Cifose (Torácica e sacrococcígea): Concavidade 
anterior e convexidade posterior. 
Essas curvaturas (lordose e cifose) são normais, desde 
que estejam dentro do ângulo de curvatura e local 
anatômico normal (Lordose cervical, lordose lombar, 
Cifose torácica e cifose sacrococcígea). 
Curvaturas fisiológicas normais, dos tipos primária e 
secundária. 
 Cifose (fisiológica, normal, primária – 
desenvolvimento intraútero – posição fetal). 
 Lordose cervical (fisiológica, normal, secundária – 
vida extrauterina acompanhando o desenvolvimento 
normal do ser humano – estímulo de sustentação da 
cabeça, por volta dos 3 meses de idade). 
 Lordose lombar (fisiológica, normal, secundária - 
Manutenção da biomecânica – Início da deambulação, 
por volta dos 9 meses) 
Escoliose (curvatura latero-lateral), aumento da cifose, 
cifose na região cervical ou lombar, aumento da 
lordose → Patológico. 
• Segmento anterior (sustentação do peso do corpo) 
→ Corpos vertebrais. 
• Segmento posterior (Coluna – movimentação) → 
Mais irregular → Apófises (articulares, 
transversas, espinhosas). 
Se a gente observar a coluna de cima pra baixo, a gente 
percebe que ela tem um formato um pouco cônico. As 
vértebras cervicais são menores, as torácicas são um 
pouco maiores, as lombares são bem maiores. Eu 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
sustento menos peso em cima do que eu sustento 
embaixo. 
É perceptível a diferença no tamanho do corpo e do 
forame das vértebras, por exemplo, cervical e lombar. O 
corpo (parte anterior) da vértebra sustenta peso. A 
parte posterior vai articular. A parte do forame vai 
formar o canal medular (passagem da medula espinhal). 
A medula, macroscopicamente, é maior na região 
proximal. Ao nível da L1 (1º vértebra lombar), termina 
e coluna e forma o cone medular e começa a cauda 
equina (continuidade de filetes de fibras nervosas, que 
se complementam para formar as raízes que vão sair pela 
região inferior do sacro, cóccix e região lombar). O 
forame da vértebra cervical é muito mais largo e o 
corpo é menor (sustenta menor peso) → Mais coisa pra 
proteger em cima e menos coisa pra proteger embaixo?. 
Todas as vértebras possuem alguns elementos que são 
clássicos: Corpo (porção mais sólida e volumosa), 
processo transverso (laterais das vértebras), pedículo 
(conecta o corpo com a região mais posterior), processo 
articular (4) direito e esquerdo, lâminas direita e 
esquerda (osso fino, estreito – conecta um lado com o 
outro), processo espinhoso (posterior e central - junção 
das vértebras). 
Cervical 
 
Particularidades da vértebra cervical: Forame 
transversal, corpo quadrilátero, forame vertebral 
bem largo, processo espinhoso bífido. 
A vértebra cervical possui um corpo em forma de 
quadrilátero, com processos transversos perfurados 
(forames transversais), pedículo de difícil visualização e 
os processos articulares. 
❖ Na parte posterior, da C2 até a C6, são bífidos. 
❖ C1 não tem processo espinhoso. 
❖ C7 tem o processo espinhoso em forma de 
martelo. É a vértebra mais saliente (palpável na 
região do pescoço). 
Quando eu junto a parte posterior do corpo, 2 pedículos, 
as massas articulares e as lâminas, eu vou formar um 
arco que vai dar origem ao forame vertebral (análise de 
uma vértebra sozinha). Quando uma vértebra é 
empilhada sobre outra, há a formação de um canal 
vertebral (conjunto de forames vertebrais – vai de C1 
até as vértebras sacrais). 
Entre uma vértebra e outra tem um pequeno arco, 
formado pela incisura da vértebra de cima e pela 
incisura da vértebra de baixo. Incisura é como se fosse 
uma depressão no osso. Um buraco que está entre duas 
vértebras é chamado de forame intervertebral (por 
onde saem as raízes nervosas). 
Processo transverso das vértebras cervicais: Tem 2 
furinhos (forames transversais), que servem para a 
passagem de vasos. 
Artéria vertebral é o primeiro ramo da artéria 
subclávia. A A.vertebral sai da subclávia, entra nas 
vértebras cervicais, vai ser protegida pelos forames 
transversais e vai chegar lá até a base do crânio e entrar 
através do forame magno. 
Todas as vértebras cervicais tem forame transversal? 
Se sim ...a artéria vertebral passa por elas? 
Todas as vértebras cervicais têm forame transversal, 
porém as artérias vertebrais direita e esquerda só 
estão presentes a partir da 6º vértebra, ou seja, tem 
artéria vertebral na C1, C2, C3, C4, C5 e C6. C7 tem 
o forame, mas o forame não tem artéria vertebral. 
Cervical (C1-C2) 
 C1 → Atlas – 
sustenta o mundo 
(cabeça) nas costas; 
Possui processo 
transverso, processo 
articular em cima e 
embaixo. 
 Não tem corpo nem processo espinhoso. Tem um 
arco anterior e um arco posterior que, juntos, 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
formam o forame vertebral de C1, que é o maior e 
o mais largo → transição do encéfalo (bulbo – 
medula oblonga) para a medula propriamente dita. 
 C2 → Axis. O seu corpo possui um prolongamento 
superior (processo odontoide – dente do axis). Esse 
dente funciona como um eixo para a articulação 
entre a 1º e a 2º vértebra. Esse eixo vai permitir 
a maior parte dos movimentos de rotação que nós 
temos na região cervical (Ex. girar a cabeça pra 
direita ou para a esquerda). 
Ao entrar na caixa 
craniana (através do 
forame magno), a 
artéria vertebral 
forma a artéria basilar. 
A artéria basilar dá 
origem às duas 
cerebrais posteriores, 
que, ao se juntarem com as cerebrais médias, formam o 
polígono de Willis. 
Torácica 
 
Corpo, pedículo, processos articulares, lâmina, processo 
espinhoso, processos transversos. 
O corpo é um pouco mais arrendodado em relação a 
cervical. Forame proporcionalmente um pouco menor. 
Processos transversos maiores. Processo espinhoso 
não é bífido, sendo um pouco mais verticalizado. 
Na lateral da vértebra 
torácica, 3 coisas 
chamam a atenção: 
Presença de faceta na 
região do corpo (parte 
superior, parte inferior) 
e no processo transverso (serve para receber os arcos 
costais). 
Na região torácica, eu tenho articulação com as 
costelas. Toda vez que eu tenho uma superfície lisa no 
osso, é provável que ela seja uma região articular 
(coberta por cartilagem, não sofre atrito). 
As facetas do corpo da vértebra são denomidas 
facetascostais. A faceta do processo transverso é 
denominada faceta costal transversal ou faceta 
transversal. 
Costelas: cabeça, colo, tuberosidade - fóvea (vai se 
articular com o processo costal). 
Aula 2 
Toda vértebra possui: corpo (peso da estrutura), 
pedículos (conecta o corpo com os elementos 
posteriores), processo articular (2 superiores e 2 
inferiores), processo transversos (estruturas mais 
laterais das vertebras) e lâminas que unidas formam o 
processo espinhoso (palpáveis no exame físico – região 
da linha média do dorso). 
O disco intervertebral conecta o corpo de uma 
vértebra ao corpo de outra. Presente em todas as 
vertebras desde C2-C3 até L5-S1. C1 e C2 não têm 
corpo e não têm disco estre elas e o sacro não tem 
porque são fusionadas. 
Lombar 
São 5 vértebras e nessa região existe uma 
particularidade clínica que é a punção lombar e a 
raquianestesia. Raqui: visa penetrar a coluna no espaço 
entre os processos espinhosos (rabisco azul de 1). 
Quando o paciente faz uma flexão anterior acaba por 
abrir o espaço na parte posterior (rabisco azul de 2), 
região onde não tem osso podendo acessar o canal 
medular – saco dural. 
No perfil é possível ver de estrutura anatômica: o 
corpo, o pedículo, acima do pedículo existe uma incisura 
vertebral superior (verde) e abaixo uma inferior 
(vermelho) formando o forame intervertebral por onde 
sai a raiz nervosa (roxo). 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
 
Possui um corpo muito mais avantajado (tamanho muito 
mais protuberante), com formato ovalado anterior e 
retificado posterior (formato de rim), pedículos curtos 
e mais robustos, presença dos processos transversos 
bem prolongados lateralmente. Toda essa robustez se 
dá por conta da carga que essa região tem que 
aguentar. 
Ela só tem 4 processos articulares (2 superiores e 2 
inferiores), que fazem a junção entre uma vértebra e 
outra. Esses processos articulares, na região lombar, 
estão voltados mais para dentro e isso modifica um 
pouco como vai ser o movimento. As torácicas, que têm 
os processos articulares mais para trás, têm mais 
liberdade para fazer flexão e rotação, já as lombares, 
flexão e extensão. 
O forame vertebral tem o tamanho menor em relação 
ao todo da vértebra. Lá em cima eu tenho mais medula, 
aqui embaixo só tem a cauda equina, ou seja, eu tenho 
menos conteúdo para ocupar o espaço. O processo 
espinhoso lombar é meio quadrilátero, robusto e 
horizontalizada (diferente da torácica que era mais 
verticalizada e delgada). 
Lembrar que as características de uma vértebra para 
outra meio que se misturam nos locais de transição, 
ou seja, C7 (última cervical) e da T1 (primeira torácica) 
são meio parecidas, a mesma coisa acontece com T12 e 
L1. Para diferenciar, deve-se olhar a fóvea costal, 
processo articular e transverso... 
Sacro e cóccix 
SACRO 
São 5 vértebras sacrais classificadas como vértebras 
apesar de serem um osso único. Foram fusionadas 
durante o desenvolvimento, mas os elementos que 
possuem o sacro são também de uma vértebra 
separada. 
Quando se olha o sacro de perfil se 
percebe que é uma estrutura côncava 
anteriormente (parte voltada para dentro 
da pelve), fazendo a transição entre 
coluna e pelve; e a (2) parte posterior que 
é convexa (face/superfície dorsal). 
Na vista anterior (região pélvica), o 
sacro tem um formato triangular, 
formato de pirâmide, em que a base é 
superior e o ápice é inferior e onde há 
a articulação com o 
cóccix. Também é 
possível observar 4 forames 
sacrais anteriores de cada lado, 
esse é o local por onde saem as 
raízes sacrais, correspondendo 
aos forames intervertebrais das 
outras regiões da coluna. A região superior é chamada 
de promontório (base) do sacro, região que vai receber 
todo peso do tronco, aí vai estar o último disco 
intervertebral (L5-S1). 
OBS.: Aumento na quantidade de vértebras é apenas 
uma variação anatômica, desde que não implique em 
alterações patológicas e não tenha repercussão 
clínica. Se muda a postura da pessoa, tem alteração 
anatômica + alteração patológica. 
Posteriormente tem (1) 2 porções articulares que vão 
se articular com a vértebra lombar; (2) no meio do sacro 
existe uma região bem saliente, chamada de crista 
sacral, que corresponde aos processos espinhosos das 
outras vértebras; (3) forames sacrais posteriores, 
saída de raízes nervosas; (4) linha lateral aos forames 
chamada de linha sacral, que corresponde mais ou 
menos à fusão dos processos transversos; (5) 
superfícies auriculares que se articulam com os ilíacos, 
são a fusão dos processos transversos. 
CÓCCIX 
Cóccix é uma pequena pirâmide formada por 4 
vértebras fusionadas que não tem muita importância. Só 
tem uma raiz nervosa no cóccix. 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
OBS.: O sacro como um todo se desloca na hora do 
parto. O que chama atenção para o promontório é que ele 
vai inferiorizar e abaixar, isso vai fazer com que todo 
o corpo do sacro vá para trás e para cima, aumentando 
o espaço pélvico e dilatando o canal vaginal. 
 
Hérnia discal 
o População ativa 
o Tratamento controverso 
o Pós traumático ou Laboral 
o Grande maioria – Dor lombar 
o 5% homens e 2,5% mulheres 
É um tipo de doença que vai atingir a população ativa, tem 
um tratamento muito controverso, porque há pessoas 
que melhoram só com fisioterapia, e outros que só 
melhoram com cirurgia... então, é muito relativo. 
OBS: na região do sacro e cóccix, só há raiz nervosa. 
Não tem medula, haja visto que ela termina a nível da 
primeira vértebra lombar (L1), onde há o cone medular, 
marcando, então o final da medula. Quando há lesão 
abaixo de L1 forma a síndrome da cauda equina e os 
sinais são mais relacionados a incontinência urinária, 
fecal, pois são raízes que tem relação com essas 
funções. São raízes que dão origem ao nervo pudendo 
que tem mais a ver com bexiga neurogênica, ereção no 
homem... 
As hérnias tem a ver com pós traumático. Exemplo: o 
paciente já tem alguma alteração no seu disco 
vertebral, sofre um acidente e esse disco acaba 
lesionando e herniando. 
Hérnia: qualquer estrutura anatômica que está fora 
do seu lugar de origem. Ex. Lá no cérebro tem a 
herniação de uncus (o conteúdo passou do tronco para 
dentro do forame occiptal); Hérnia abdominal (o 
conteúdo intestinal transpôs a parede abdominal e foi 
pra parte externa) 
 
O disco intervertebral tem uma estrutura fibrosa e 
dentro dessa estrutura há o núcleo líquido. Quando 
rompe o anel externo e esse conteúdo mais 
liquido/gelatinoso extravasa, o problema que ocorre é 
que ele vai comprimir as estruturas que estão ao redor 
dele. Coincidentemente, tais estruturas que estão perto 
são as estruturas nervosas, e por isso que a 
sintomatologia é de dor, parestesia (diminuição da 
sensibilidade), paresia (diminuição da força), sintomas 
urinários... 
Essa ressonância está no corte T2 (favorece a 
visualização, em branco, de líquido). No canal medular 
há o líquido cefalorraquidiano e perceba que entre uma 
vértebra e outra tem uma estrutura branca com uma 
borda preta. Essa borda preta é o anel fibroso e o 
branco é o núcleo pulposo. 
Ao comparar as vértebras íntegras com a vértebra em 
que há a hérnia de disco, é possível perceber que tem 
uma “parte preta” pressionando o canal medular. E, além 
disso, quase não dá pra ver a parte branca porque ele 
já desidratou devido ao processo de degeneração que 
ocasionou essa hérnia. Dependendo da área de 
compressão, o paciente pode apresentar sintomas 
motores (perda de força) ou sintomas sensitivos (Ex. 
paresia e parestesia) 
 
o Etiologia: ruptura do ângulo 
fibroso → saída do núcleo pulposo. 
Na frente dos corpos vertebrais 
passam os ligamentos longitudinais 
anteriores, atrás dos corpos 
vertebrais passam os 
ligamentos longitudinais 
posteriores e atrás docanal 
medular tem o ligamento 
longitudinal amarelo. 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
Quando o núcleo sai e pressiona a medula, há a 
formação da hérnia. 
Quadro clínico: 
• Sintomas: Dor, ciatalgia, parestesias, paresias 
• Diagnóstico: Clínico, RNM 
Se a dor for só na região lombar, significa que ela tem 
localização póstero-medial (ou seja, está no centro do 
canal vertebral). Então a sintomatologia é mais local, 
porque se há mais preferência por um lado ou outro, 
ela vai pressionar mais a raiz nervosa que sai por um 
daqueles orifícios. Quando ocorre isso, além da dor nas 
costas, também vai ter a dor irradiada, porque está 
pressionando a raiz e se for do lado direito, terá 
sintomatologia do lado direito, ou seja, é ipsilateral ao 
local da lesão. Então é possível diferenciar se a hérnia 
é posteromediana (posterior e no meio do canal) ou se 
é posterolateral (posterior mas lateralmente ao 
forame vertebral pressionando a raiz). 
Outras nomenclaturas: Hérnias medianas (hérnia 
posteromediana) ou hérnias paramedianas 
(posterolateral). 
A hérnia paramediana é a que irradia, já que ela 
pressiona a raiz nervosa. 
O diagnóstico é clínico e confirmado pelo exame de 
ressonância magnética. Lembrando que esse exame 
favorece a visualização de tecidos/parte mole. Na 
tomografia vê melhor osso, e como o disco é parte mole, 
usa-se RNM. 
Tratamento: Clínico (fisioterapia, medicações) ou 
cirúrgico (artrodese – se tem um local que está instável, 
a hérnia está pressionando as raízes nervosas, tira o 
disco e se tiver estabilidade, faz a artrodese. Mas tem 
situações que só é preciso retirar o disco). 
Na imagem tem os parafusos 
pediculares, que entra na vértebra 
através da massa óssea do pedículo. 
Outra cirurgia para retirar a 
compressão da fibra nervosa é a 
laminectomia, onde é retirado um 
pedaço da lâmina para abrir esse 
espaço posterior e liberar a compressão medular. 
 
Trauma raquimedular 
▪ 40/1000000 habitantes 
▪ 265000 pessoas nos EUA 
▪ Mais comum no verão, aos sábados 
▪ 4 homens/ 1 mulher 
 
Definição: injúria da 
medula espinhal, 
resultando em dano 
permanente ou temporário 
das funções motoras, 
sensitivas ou autônomas. 
 
Você pode ter fratura da vértebra e não ter um 
trauma raquimedular. 
A suspeita do trauma raquimedular se confirma quando 
além da fratura da vértebra -ou uma luxação - ocasiona 
a injúria da medula. 
Por ser tecido nervoso, que não cicatriza, se houver 
lesão, terá um quadro irreversível. 
 
▪ Em A é a lesão medular completa, em que o paciente 
não tem sensibilidade e nem motricidade. 
▪ Em B não tem força muscular nenhuma, mas a 
sensibilidade está preservada. 
▪ E é normal, com sensibilidade e motricidade 
preservados. 
Também tem a classificação da lesão medular por 
níveis. As raízes nervosas estão relacionadas com 
algumas partes do corpo, por exemplo, a raiz de C6 
está relacionada com a flexão do cotovelo e contração 
do bíceps. Então, se o paciente não consegue realizar 
esses movimentos, ele pode ter uma lesão a nível de C6. 
 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Coluna e Hérnia discal 
Diagnóstico 
o Anamnese; 
o Clínico; 
o Radiografia; 
o TC; 
o RNM 
Paciente chega com história de queda, acidente de 
mergulho, ou de carro ou moto, tá com déficit 
neurológico. Pode lançar mão da radiografia pra tentar 
ver alguma lesão de vértebra e o diagnóstico definitivo 
é através da RNM e TC. Nesse caso a TC é importante 
porque é possível ver pequenos fragmentos ósseos que 
adentraram o canal medular. 
Tratamento 
▪ Não existe. 
▪ É apenas preventivo. 
▪ Tem que evitar ter um trauma raquimedular. 
“Lembrar das hérnias, as localizações dela, posterior, 
paramediana, posterolateral e lembrarem como o disco 
funciona, como ele está entre uma vértebra e outra, 
como ele pode comprimir uma estrutura, basicamente, 
sobre clínica, é isso que eu gosto que vocês lembrem. O 
resto são as coisas de anotomia. Geralmente eu pergunto 
quais são as estruturas que fazem parte de uma 
vértebra, o que tem de diferente de uma vértebra para 
a outra... é mais ou menos isso que eu cobro na prova.”

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