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Stefany Pontes- Odontologia UFPE Terapêutica -Anti-inflamatórios Não Esteroidais- Medicamentos utilizados para o controle da dor e inflamação · Todos estes AINES apresentam a mesma eficácia, o que vai diferenciar é a experiencia profissional, o custo (tenoxican são caros, o toragesic também). · Não podem ser administrado em dose única, e sim no mínimo 2 dias, pois o pico do edema acontece em torno de 76 horas, e a partir do 4 dia, qualquer inflamatório vai começar a inibir cicatrização e tecido de granulação. · Previnem dor, modulam e controlam a dor e inflamação. · Analgésicos e anti-inflamatórios. -Em caso de dor já instalada, ex: pulpite. -Dor pós operatória (edema e dor). · Depende do processo e da resposta do paciente. · Medicamentos utilizados no controle da dor e inflamação: - Analgésico para dor (Paracetamol e Dipirona) que reduzem os processos de dor e febre, agindo diretamente nos mediadores químicos imediatos (histamina, serotonina), então tem ação de provocar uma modulação nas terminações nervosas. -Anti-inflamatórios vão agir diretamente sobre os eicosanoides (advindos da degradação do ácido araquidônico, através da via cicloxigenase e lipoxigenase) reduzindo consequentemente a dor e o edema da agressão. · Inflamação: destruição do tecido, inflamação, ação dos eicosanoides que vão provocar dor e depois os eicosanoides que vão sensibilizar as terminações nervosas (prostaglandina e leucotrienos) e estimula a resposta imune pelo leucotrieno, participando do processo de inflamação. Resposta Inflamatória Ocorre Em Três Fases · Uma aguda: caracterizada por vasodilatação arteriolar e de vênulas local, com aumento de permeabilidade vascular e fuga de liquido para o interstício (edema), característico da histamina e prostaglandina. · Uma subaguda: caracterizada pela migração de leucócitos e fagocito (quimiotaxia). · Fase crônica: proliferativa, instalada 36 e 48 horas após o estimulo que provocou a inflamação, em que ocorrem sinais de regeneração e reconstrução de matriz conjuntiva, tentando deixar a área restrita. Fase em que há predomínio das citocinas (interleucina 1, fator de necrose tumoral, que são mediadores de processo inflamatório) assim como outros marcadores da doença periodontal. · Depois temos uma resposta inflamatória a nível molecular, onde ocorre uma desnaturação proteica, determinada pelas enzimas líticas, ruptura dos lisossomos e liberação de enzimas: proteases, colagenases, advinda dessa ruptura e em consequência da ação fagocitária que se instala no local onde houve a agressão. Diclofenato · Sódico -Comprimidos revestidos de 500mg (proteção a mucosa gástrica, absorvido na primeira porção do intestino, tendo em vista que todos os AINES inibem citoproteção gástrica, a inibir prostaglandina gástrica, deixando a mucosa gástrica sem o muco, sem proteção). -Comprimidos de 75mg ou de 100mg, revestidos de liberação retardada. · Ex: Voltarem retarde -100mg, caixa com 10 comprimidos de desintegração lenta. -Intervalo de adm. de 12/12hrs ou 8/8 (desintegração lenta). -Total de dose ao dia 100 ou 150mg. -Injetável 1 ampola de 75mg. · Potássico -Inibe dor e inflamação leve dose 75 ou 100mg dia. -Comprimidos de liberação entérica e imediata 50 ou 100mg. -Forma de apresentação, 25, 50, 75 ou 100 mg. -8/8 horas normalmente o de 50mg, revestido. -Ex: Cataflan. Cetorolacos · Inibe dor e inflamação. · Uso injetável-doses. · Doses em termo de cetorolaco trometamol: toragesic -Adultos com menos de 65 anos uma dose de 10 a 60 mg, via intramuscular, ou uma dose de 10 a 30 mg, via intravenosa direta. -Idosos com mais de 65 anos uma dose de 10 a 30 mg via IM, ou uma dose de 10/15mg via intravenosa direta. · Diminuição leve da função renal a dose deve ser menor -Uma dose de 10 a 30 mg via IM, ou uma dose de 10/15mg intravenosa direta. · Contraindicado em insuficiência renal moderada a grave. Cetoprofeno · 2 cápsulas 2x ao dia ou 1 capsula 3x. -Dose máxima diária de 300mg -Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. · Profenide - Gotas acima de 1 ano 1 gota por kg de peso, a cada 6h ou 8h; -7 a 11 anos 25 gotas a cada 6/8h; - Uso adulto 50 gotas a cada 6/8h; - Dose máxima diária 300mg (300 gotas). · Tenoxican -Posologia habitual para dor/inflamação pós-operatória recomenda-se uma dose diária de 20mg. -A dose recomendada para dor de leve a moderada é 40mg para dor mais intensa. -Para dor pós operatória a dose recomendada é de 40mg uma vez ao dia durante 5 dias. -Quando indicado, o tratamento pode ser iniciado por via IM ou intravenosa. · Piroxicam -Dose de 20mg ao dia. · Nimesulida -A formas de comercialização mais popular é comp. de 100mg. -A dose não pode ultrapassar 400mg por dia, e tomado pós refeição para evitar inflamação no estomago. -100mg de 12/12hrs, 2x ao dia. -Em gotas deve ser conforme o peso do paciente, 1 gota por kg de peso. -A solução pode ser na boca ou diluída em água. -1 gota tem 2,5 mg do medicamento. AINES · Nas cirurgias orais ex: terceiro molar os anti-inflamatórios diminui a intensidade e duração do processo, aliviando a dor, edema, hipertermia local e trismo. · Deve ser administrado precocemente porque a resposta edematosa máxima ocorre em 36 horas, duração do tratamento 48-72hrs. · Administrado por no mínimo 3 dias e não em dose única. · Todo possuem eficácia anti-inflamatória similar, mas nenhum sobrepõe a eficácia do AAS. · Sendo assim a escolha tem critérios como toxicidade relativa, conveniência de administração, custo e experiencia de emprego. Ácido Acetil Salicílico: · Administrado por via oral a cada 4h dose 500mg caso de dor, inflamação, temperatura 1000mg de 6 em 6 horas. -Sua administração com alimento diminui a irritabilidade digestiva -Quando administrado no intervalo das refeições a latência é menor. · Quando aumenta a dose também aumenta o intervalo de administração (característico deles). · Pacientes alérgicos aos AAS e os advindos dele: -Vão inibir a cicloxigenase, deixando livre a lipoxigenase e a liberação de leucotrienos, cuja função é de quimiotaxia e promovem broncoconstrição, aumentando a permeabilidade da mucosa brônquica e aumento de secreção brônquica neste local. · AAS 500mg duplica o tempo de sangramento por impedir agregação plaquetária por redução de txa2 que se recupera ao produzir novas plaquetas por um período de 4 a 7 dias, em dose baixas de 100mg aumentando a resposta de antiadesão plaquetária. · Procedimento cirúrgico pede para evitar medicamentos AAS e derivados pois eles têm o mesmo mecanismo de ação que é inibir cicloxigenase, tbxa2 e vai atuar em tbx plaquetário, evitando que essas plaquetas não se agreguem, evitando o trombo branco, consequentemente vai haver hemorragia se o paciente tomar esse medicamento e for fazer cirurgia. · Tanto o AAS simples como o tamponado: -Tamponado associado com antiácido) para evitar agregação do AAS na mucosa gástrica, porém é pequeno. -Induzem maior dano a mucosa gastrointestinal que as formas de liberação entérica. -Os salicilatos não-acetilados, os supositórios e as formas de liberação entérica, todas as preparações gerem salicemias similares (todos vão inibir inflamação). · Outros AINES: -São também utilizados por VO e são administrados com alimento para diminuir a irritabilidade digestiva, o que prejudica a absorção de ibuprofenos, cetoprofeno e fenoprofeno. -A duração do tratamento não costuma exceder 3 dias (evitando prolongar o tempo de administração, pois quanto maior o tempo mais tem chance de impedir a cicatrização). Efeitos adversos · Distúrbios gastrintestinais as manifestações incluem: -Eritema e erosão gástrica, ulceração gástrica e duodenal, dispepsia, dor epigástrica, náusea, vomito, anorexia, flatulência, diarreia, perda de sangue pelo tudo digestivo. · A administração conjunta com antiácidos e outros antiulcerosos diminuiu os danos desse medicamento a mucosa gástrica. · Os problemas renais decorrem de emprego prolongado em pacientes com disfunção renal preexistente ou comprometimento da perfusão renal.· As complicações compreendem em: · Insuficiência renal aguda e crônica. · Síndrome nefrotica necrose papilar aguda e nefrite intersticial aguda. · Discrasia sanguínea é rara, os derivados pirazolonicos (dipirona, metamizol). podem causar agranulocitose (neutrófilos, basófilos, eosinófilos) e anemia aplastica, especialmente em idosos. · Alterações hematológicas tem sido associado a indometacina (ácido indolaceticos); ibuprofeno (ácido arlipropionico); tolmetina (ácido heteroarilacetico); e piroxicam (ácido enolico). · Intolerância aos AINES: · Provoca laringe espasmo, broncoespasmo, dermatite, urticaria, angioedema, choque anafilático. · Intoxicação crônica: -Edema pulmonar leve a moderado, ventilação superficial, zumbido, confusão mental, delírios, estupor e coma. · Efeitos fetais aas não se associa a malformação. · Mães que ingerirem cronicamente salicitatos durante a gestão a criança apresenta peso baixo ao nascer. -Quando os AINES são adm na gestação, está descrito fechamento prematuro do ducto arterial. -Também podem ocorrer aumento da mortalidade pré-natal, hemorragia pós parto (por inibição do tbxa2 com muito sangramento). -Gestação prolongada e complicações de parto (Cesária devido a prostaglandina fazendo contração uterina). -Por isto o AAS deve ser evitado no último trimestre. Inibidores seletivos de cox-2 · Refecoxibe: - Efeitos adversos cardiovasculares (determinou a retirada do mercado). · Celecoxibe (celebra): -Gastropatia e hemorragias -Forma de apresentação comprimido de 100 e de 200mg, dose 1 a 2 comprimidos ao dia. -Dose de 100mg por VO 12/12 ou 1 dose de 200 ao dia. -Celebra pode causar um aumento no risco de eventos cardiovasculares, trombótico, infarto do miocárdio, e edema, derramo o que pode ser fatal. · Eterocoxibe (arcoxia): -Forma de apresentação comprimido de 60,90 e 120mg. -Dose 1 a 2 comprimidos ao dia. -Contraindicado para pacientes com doença ou problemas no coração: -Ataque cardíaco, cirurgia de revascularização. -Angina no peito, estreitamento ou bloqueio de artérias das extremidades do derrame para pacientes com alergia ao eterocoxibe ou a algum outro componente da formula. · Nimesulida: - Outro inibidor seletivo de co-2 foi removido do mercado espanhol e finlandês em função de hepatotoxicidade grave. · Avaliar risco e benefício ao prescrever os inibidores seletivos da cox2. · Só teriam justificativas na indicação em pacientes com 75 anos mais propenso as reações digestivas. · E nos que tem antecedentes de ulcera ou hemorragia digestiva induzida pelos AINE. · Sem comorbidade cardiovascular. · Todos os anti-inflamatórios NE podem ter um risco similar e pode aumentar com a duração e a posologia desse medicamento. · Prescrever para controlar inflamação: -Em caso de dor já instalada ou pós-operatória? -Dor instalada: diminuir a liberação dos Autacóides e eicosanoides, principalmente das prostaglandinas. -Pós-operatória: para evitar que haja liberação dos Autacóides e eicosanoides. “Todo efeito adverso de uma droga depende de dose e tempo de administração” 2
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