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Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital Autores: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 16 de Dezembro de 2020 1 73 Sumário 1. Passivo ............................................................................................................................................................................. 4 1.1 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante ................................................................................................. 4 1.2 - Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? ........................................................................... 5 1.3 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas .................................................................................. 6 2. Classificação De Acordo Com O Ciclo Operacional .............................................................................................. 9 3. Provisões, Passivo Contingente e Ativo Contingente ............................................................................................ 12 3.1 - Definições .......................................................................................................................................................... 12 - Conceito de Provisão .............................................................................................................................................. 12 - Conceito de Passivo “Normal” ............................................................................................................................... 13 - Conceito de Passivo Contingente .......................................................................................................................... 14 - Conceito de Ativo Contingente .............................................................................................................................. 15 3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do CPC 25 ............................................................ 15 3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos .................................................................................................................. 17 4. Diferenças Entre Provisões e Passivos Contingentes ............................................................................................. 18 5. Reconhecimento Das Provisões ................................................................................................................................. 19 5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão ....................................................................................................... 20 6. Passivo Contingente .................................................................................................................................................... 20 7. Ativo Contingente ....................................................................................................................................................... 21 8. Reavaliação a Cada Exercício ................................................................................................................................ 23 8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão ........................................................................................................ 23 9. Folha De Pagamentos: Elaboração E Contabilização ......................................................................................... 25 9.1 - Valor Da Folha De Pagamentos ................................................................................................................... 27 9.2 - Encargos Sociais ............................................................................................................................................... 27 - INSS retido do funcionário ..................................................................................................................................... 27 - INSS patronal ........................................................................................................................................................... 28 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 2 73 - FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ........................................................................................... 28 9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias ........................................................................................................... 29 9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário ................................................................................................. 31 9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte ................................................................................................................ 31 10. Questões Comentadas ........................................................................................................................................... 33 10.1 - AOCP ................................................................................................................................................................. 33 10.2 - Outras Bancas ................................................................................................................................................... 38 11. Lista de Questões .................................................................................................................................................... 60 11.1 - AOCP ................................................................................................................................................................. 60 11.2 - Outras Bancas ................................................................................................................................................... 62 12. Gabarito ................................................................................................................................................................... 71 13. Resumo ...................................................................................................................................................................... 72 13.1 - Passivo e Receita Diferida ............................................................................................................................. 72 13.2 - Provisão ............................................................................................................................................................. 72 13.3 - Folha de Pagamento ...................................................................................................................................... 73 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 3 73 APRESENTAÇÃO Olá, pessoal! Tudo bem? Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! Contabilidade é muito bom! Hoje, falaremos sobre um grupos do balanço patrimonial que é extremamente importante: o passivo. Vamos à aula? Um abraço. Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e @profjuliocardozo Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 4 73 1. PASSIVO Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a sociedade tem perante terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos amiúde. 1.1 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante O passivo exigívelbasicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações: Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. Visualizemos por meio do seguinte esquema: Exercício de X2 Passivo circulante Passivo não circulante X3 em diante 31.12.X231.12.X1 Acima um exemplo da classificação em circulante e não circulante. A Lei 6.404/76 adota como marco temporal a data do encerramento do exercício social. Contudo, se não estivermos falando dessa data, devemos considerar o período de 12 meses. Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros. Além disso, já vimos diversas vezes a definição prevista no CPC 00 para passivo: Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. A seguir, um quesito: (Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a teoria contábil, uma condição indispensável para que um item patrimonial seja definido como um passivo é que a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada entre as partes. b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito de receber. c) o valor da obrigação seja líquido e certo. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 5 73 d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados. e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do devedor. Comentários: A letra a está incorreta. Não necessariamente a obrigação é de vencimento futuro. O passivo pode também já estar vencido ou vencer no presente. Esse não é um requisito existente no CPC 00. A letra b também está incorreta. O consentimento não é um requisito para que seja reconhecido um passivo. Muitas vezes, por exemplo, as provisões são feitas com base em estimativas e não há sequer ciência do possível credor deste reconhecimento. Por exemplo, se a empresa constitui uma provisão para garantias de produtos que possam vir a estragar, por possuir uma ampla e conhecida política neste sentido, os compradores/clientes não sabem que ela fez uma provisão para isso. A letra c está incorreta. O passivo muitas vezes pode ser reconhecido por valores estimados. Há uma preferência na contabilidade para que sejam reconhecidos os valores pelos seus exatos montantes. Todavia, quando não se mostrar possível, muitas vezes precisamos nos utilizar de estimativas. A letra d está correta e é o nosso gabarito. Está em consonância com o CPC 00. A letra e está incorreta. A saída de recursos (ativos) para liquidar as obrigações não é, muitas vezes, uma escolha ou decisão do devedor. Pode vir, por exemplo, de uma decisão judicial. 1.2 - Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? Faço aqui uma pergunta a vocês. A classificação do passivo circulante toma como base o curto prazo (12 meses), enquanto o passivo não circulante toma como base o chamado longo prazo (posterior aos 12 meses). Mas existe a possibilidade de um empréstimo de curto prazo ser classificado no passivo não circulante? A resposta é sim! Quando, professores? Vamos entender este tema por meio de uma questão cobrada no concurso para Analista Judiciário do TRT 23ª/2016, feito pela Fundação Carlos Chagas: (Analista Judiciário/TRT 23ª/2016) A empresa Ilha Bela S.A. contraiu empréstimo de R$ 1.000.000,00, pactuado pelo prazo de 12 meses, contratado em primeiro de janeiro de 2015, com o banco Solution S.A. A sociedade, por meio de cláusula contratual convencionou de forma unilateral (decisão da empresa Ilha Bela) que poderá repactuar por mais 36 meses o financiamento, caso não consiga gerar recursos suficientes para cumprimento dos pagamentos. O contrato prevê a entrega de ações como meio de pagamento (decisão unilateral da empresa Ilha Bela). Neste caso a empresa deve contabilizar o empréstimo como A) passivo não circulante. B) ativo não circulante. C) passivo circulante. D) ativo circulante E) patrimônio líquido. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 6 73 Comentários: Vejam! A situação é a seguinte: 1) A empresa Ilha Bela contraiu um empréstimo no valor de R$ 1.000.000, para pagar em 12 meses, portanto, de curto prazo. 2) Foi pactuado no contrato que de modo unilateral, por decisão do devedor, poderia ser repactuada a dívida por mais 36 meses. Pois bem. A resposta para esta questão está prescrita no CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis. 73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo existente, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de período mais curto. Contudo, quando o refinanciamento ou a substituição (roll over) da obrigação não depender somente da entidade (por exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é considerado suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é classificada como circulante. Assim, se a entidade tem um empréstimo de curto prazo, mas há grande possibilidade de que (de modo unilateral) ela possa prorrogar a obrigação por um período maior e seja muito provável que ela faça, então a dívida deve ser classificada no passivo não circulante. Todavia, se tiver de existir um aval do banco ou se depender do aceite do credor, então a classificação fica no passivo circulante. O gabarito da nossa questão, portanto, é a letra a. 1.3 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da MP 449 e Lei 11.941/2009. Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas, que fica no passivo não circulante. O saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida. O exemplo clássico explorado pelas bancas de resultado de exercícios futuros (agora receita diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente. São diversas questões da banca que versam sobre este tema. Vamos supor que uma empresa tenha um imóvel para alugar. Ela aluga o imóvel por 2 anos, recebendo R$ 24.000 adiantados. A questão agora é a seguinte: se o inquilino desocupar o imóvel, a empresa deverá devolver o aluguel recebido antecipadamente? Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 7 73 Se sim, então a contabilização fica assim: D - Caixa (Ativo) 24.000 C - Aluguel recebidos antecipadamente (Passivo) 24.000 Razonetes: 24.000,00 24.000,00 Caixa (Ativo) Alugueis receb. ante. Depois de um mês, a empresa contabiliza a receita de um mês de aluguel (esse, não precisa mais devolver): D - Aluguel recebido antecipadamente (Passivo) 1.000 C - Receita de aluguel (Resultado) 1.000 Razonetes: 1.000,00 1.000,00 24.000,00 Receita de Aluguel Alugueis receb. ante. E assim por diante, até zerar a conta no passivo. Vejam que é uma conta do passivo, não é receita diferida! Fica no passivo, pois a empresa pode ter que devolvero dinheiro (se o inquilino romper o contrato e desocupar o imóvel antes do término). Muito bem. Mesma situação, aluguel de imóvel por 2 anos, com R$ 24.000 recebidos adiantados, mas com a condição de que a empresa não precisa devolver o dinheiro, caso o inquilino desocupe o imóvel. Nesse caso, o dinheiro já é da empresa, mas a receita tem que ser contabilizada por competência, conforme a passagem do tempo. A contabilização é igual, mas, ao invés de ficar creditada em conta do passivo (aluguel recebido antecipadamente), fica contabilizada em conta de receita diferida, no Passivo não circulante, e vai para o resultado mês a mês. Muitos alunos perguntam se “todas as receitas diferidas são classificadas no passivo não circulante, independente do prazo”. Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa já "ganhou" (não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa do regime de competência. Assim, não há sentido colocá-la no passivo circulante, pois a receita diferida não será paga a ninguém. E passivo implica em um pagamento a terceiro. Tudo bem? Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 8 73 (Analista Judiciário/TJ MT/2016) No Balanço Patrimonial, é Conta do Passivo Exigível: a) Adiantamento de Clientes. b) Adiantamento a Fornecedores. c) Impostos a Recuperar. d) Adiantamento a Empregados. Comentários: Vamos lá! As contas do passivo são aquelas que representam obrigações para a empresa. Neste rol, a única que representa obrigação são os adiantamentos de clientes. Quando o cliente adianta o valor a empresa, ele tem o direito a receber, por exemplo, a mercadoria ou os serviços contratados. Para a empresa, de outro lado, surge uma obrigação, portanto, um passivo. As outras contas são contas de ativo. O gabarito é a letra a. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 9 73 2. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o passivo. O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria- prima, produzir, vender e receber. Esquematizemos o Ciclo operacional empresa industrial: Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e recebimento dos clientes. Esquematizemos o Ciclo operacional empresa comercial: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 10 73 Vamos explicar esta situação por meio de duas questões. (Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C, respectivamente, no (A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo. (C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo imobilizado. (E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a longo prazo Comentários: Empresa A: Demora 400 dias para produzir + 30 dias para receber (ciclo de 430). Portanto, seu ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo Circulante. Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante. Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado. O gabarito, portanto, é a letra a. (Transpetro/Contador/2018) O CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM 676/2011, estabelece, como um dos critérios para a classificação dos ativos no balanço patrimonial, o ciclo operacional da empresa. Nesse contexto, entende-se que o ciclo operacional de uma indústria é o período decorrente entre a compra de matéria-prima, seu processamento e a (A) venda e recebimento da venda (B) emissão da nota fiscal de venda (C) transformação em produto acabado (D) venda e transferência da propriedade (E) saída do produto do estoque de produtos acabados Comentários: O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria- prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e recebimento dos clientes. O gabarito, portanto, é a letra a. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 11 73 Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano. Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2 anos, teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o exercício social continua a ter a duração de um ano. (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2013) Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação de contas no circulante ou longo prazo terá por base o prazo: a) legal estatutário b) do ciclo operacional c) do exercício social d) do ano comercial e) estipulado pela CVM Comentário: Durante a aula vimos que segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. O gabarito, portanto, é a letra b. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 12 73 3. PROVISÕES, PASSIVO CONTINGENTE E ATIVO CONTINGENTE O assunto é tratado pelo CPC 25, cujo teor será objeto do estudo a seguir. Quatro são os itens objeto de estudo nesta norma e que, ao final desta aula, devem estar claros na sua mente: 1) Os passivos propriamente ditos; 2) As provisões; 3) Os passivos contingentes; 4) Os ativos contingentes. Todos são extremamente cobrados em provas de concurso. 3.1 - Definições O CPC 25 traz algumas definições importantes para concursos, devemos conhecê-las: - Conceito de Provisão Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Esquematizemos: Prazo OU Valor Provisão Incerto Um exemplo clássico aqui é o seguinte. Imagine que você passe em um concurso para Auditor Fiscal e receba uma ordem de fiscalização em desfavor de determinado contribuinte. Formada a sua convicção, você lavra um auto de infração de muitos milhões. O sujeito passivo recebe. Consulta, assim, o seusetor jurídico, que decide recorrer. O setor jurídico, portanto, vai olhar e dizer: ora, é provável (mais para sim do que para não) que nós percamos esta lide. Todavia, não sabemos qual o valor exato, que pode ou não ser aquele do auto, nem quando será efetuado o desembolso, já que essa pendenga pode durar anos a fio. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 13 73 Assim, estamos diante do caso de constituir uma provisão: prazo ou valor incerto. Entendido? Por enquanto, grave apenas isso. - Conceito de Passivo “Normal” Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Esquematizemos: Aqui é simples. Contraímos uma dívida com determinado fornecedor no montante de R$ 100.000,00. Essa dívida é líquida e certa. Ela terá de ser paga na data estipulada. É uma obrigação presente, pois foi firmada em um contrato ou em algum título de crédito. É derivada de eventos passados, qual seja, a compra da mercadoria. Também quando liquidarmos, tiraremos recursos (dinheiro) da entidade. Esses recursos, se fossem mantidos poderiam ser aplicados em outros tipos de investimentos. Esse é um passivo “normal”. Agora, duas questões: (TCE-RO/Ciências Contábeis/2013) É denominado passivo o componente patrimonial que constitui uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados. Espera-se que a liquidação dessa obrigação resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Comentários: Como acabamos de salientar, o item está certo. Passivo Obrigação presente Derivada de eventos passados Liquidação vai tirar recursos da entidade Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 14 73 (MTE/AFT/2013) A existência de uma obrigação futura é requisito essencial para a contabilização de um passivo. Comentários: Errado, a obrigação deve ser presente. - Conceito de Passivo Contingente Passivo contingente é: (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou (b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: (i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou (ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. Voltamos ao exemplo do auto de infração que você lavrou contra o contribuinte X, dado logo ali em cima. Naquela situação, era muito provável que a empresa, em determinado momento e por determinado valor, tivesse de desembolsar a quantia ao fisco. A possibilidade de perda era provável. Aqui não! No passivo contingente, a possibilidade de perda é possível, mas é mais para não do que para sim. Vejam que a definição diz “não é provável”. Portanto, diferentemente das provisões, os passivos contingentes não são contabilizados. Essa não contabilização se dá: - Porque a saída de recursos é somente possível. - Pois você não consegue estimar com confiabilidade o valor desta obrigação. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 15 73 - Conceito de Ativo Contingente Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. Outro conceito importantíssimo e que, vez ou outra, assola as provas de concursos e exames. É simples. Imagine agora que, em vez ser autuado, você descobriu que pagou um valor maior ao Fisco! Sim, se você pagou um tributo a maior, você tem direito à restituição (também conhecida por repetição do indébito). Você peticionou e está esperando uma resposta do Governo. Todavia, no decurso deste processo, você descobre que há uma série de restrições para que você pode se aproveitar deste valor e avalia que a possibilidade de receber este montante é somente “possível”, ou seja, mais para não do que para sim. Esta é uma clara hipótese de ativo contingente: a existência do direito será confirmada pela decisão do fisco, que não está sob controle da empresa, a quem só cabe aguardar. Tome nota! Os ativos contingentes não são contabilizados. 3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do CPC 25 Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar essa obrigação. Aqui funciona assim. A provisão, o passivo “normal” e o passivo contingente surgem de uma obrigação, correto? Seja um processo judicial, administrativo, uma lei que está para ser publicada etc. Essa obrigação pode surgir através de duas sortes de eventos: Obrigação legal é uma obrigação que deriva de: (a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos); (b) legislação; ou (c) outra ação da lei. Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade em que: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 16 73 (a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de declaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e (b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes de que cumprirá com essas responsabilidades. Então, vamos esquematizar? Assim, uma provisão pode surgir, por exemplo, de uma lei que exija determinada conduta da entidade ou de um contato firmado pela empresa. Todavia, pode surgir também de uma obrigação não formalizada, quando a entidade resolve que irá cortar 50% de seus diretores e anuncia amplamente a medida, comunica os diretores e pessoas envolvidas, gerando expectativas válidas. Por que estamos falando isso? Pois é cobrado em provas. Obrigação Legal Contrato Lei Não formalizada A entidade se compromete Cria expectativas válidas Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 17 73 3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos Exemplo de passivo contingente e provisão. Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Na metade do ano de 20X0 é possível que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado após o final do ano. Deverá a empresa, portanto, divulgar o fato em nota explicativa, pois se trata de uma obrigação possível no futuro. Ademais, o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade e trata-se de uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. Contudo, se fosse praticamente certo que a lei seria aprovada rapidamente haveria necessidade de se fazer o reconhecimento de uma provisão pela melhor estimativa dos custos de limpeza. A iminência da publicação da lei transforma o passivo contingente em provisão, o que leva ao reconhecimento. Aobrigação passa de possível (passivo contingente) para provável (provisão). Então, vamos esquematizar? Aprovação da lei Possível que aconteça Passivo contigente Divulga nas notas explicativas Praticamente certo Provisão Contabiliza no passivo Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 18 73 4. DIFERENÇAS ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES Provisões: São reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação Passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: 1) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou 2) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação). Vejam: passivo contingente não é reconhecido, pois a saída de recursos é somente possível. Na provisão, a saída de recursos é provável. Há, portanto, uma diferença fundamental entre Provisão e Passivo Contingente: As provisões são contabilizadas, e os passivos contingentes não são. Esquematizemos: Os passivos contingentes não são contabilizados, pois: 1) Ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente; 2) Ou existe a obrigação presente, mas não é provável que seja necessária uma saída de recursos para liquidá-la; 3) Ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação. D ife re nç a Provisão Saída de recurso Provável Contabilizada Passivo contigente Saída de recurso Possível Não contabilizado Notas Explicativas Remota: não precisa N.E. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 19 73 Então, imagine-se que há um processo judicial de natureza trabalhista para o qual não há indícios suficientes se a entidade terá ou não de desembolsar um valor. Não é provável, por enquanto, que haja um desembolso, pois não há uma estimativa confiável. É somente possível um desembolso. Nesta hipótese, teremos um passivo contingente, A seguir, uma quesito: (CADE/2014) Um passivo contingente deve ser reconhecido quando for decorrente de obrigação presente que resulte de eventos passados devendo as informações desse passivo ser detalhadas em nota explicativa às demonstrações contábeis. Comentários: Errado, os passivos contingentes não são reconhecidos (contabilizados). 5. RECONHECIMENTO DAS PROVISÕES Vamos em frente. Segundo o pronunciamento CPC 25: 14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Esquematizemos: Uma questão sobre o assunto: (FUB/Contabilidade/2015) Não é possível o reconhecimento de provisão caso não possa ser feita estimativa confiável do valor da obrigação. Comentários: Como acabamos de salientar, o item está certo. Provisão reconhecida quando Obrigação presente Estimativa confiável Provável saída de recurso Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 20 73 5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão Continuando aquele exemplo do auto de infração lavrado por uma autoridade fiscal, vamos supor que o valor da multa foi de R$ 10.000.000,00. A empresa fará o lançamento da seguinte maneira: D – Despesa com provisão tributária (despesa) 10.000.000,00 C – Provisões tributárias (passivo) 10.000.000,00 Razonetes: 10.000.000,00 10.000.000,00 Despesa com prov. Prov. Tributária 6.PASSIVO CONTINGENTE A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Ou seja, o passivo contingente não é contabilizado. O passivo contingente caracteriza-se por ser uma saída de recursos possível, mas não provável (probabilidade do não é maior que a do sim). Passivos contingentes não são reconhecidos no balanço patrimonial. Sua divulgação será feita tão- somente em notas explicativas. E mais, se essa possibilidade de saída de recursos for remota, dispensada está a entidade da divulgação em notas explicativas. Esquematizemos: P o ss ib ili d ad e d e sa íd a d e re cu rs o s Provável Provisão Contabilizada no Passivo Possível Passivo contingente Não contabiliza Divulga em NE Remota Passivo contingente Não contabiliza Divulgação dispensada Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 21 73 Vejamos como foi cobrado: (TRT10/Contabilidade/2013) Deve-se reconhecer uma provisão para passivo contingente, caso a entidade preveja a necessidade, ainda que remota, de uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar determinada obrigação. Comentários: Errado, apenas quando a possibilidade de saída de recursos seja provável. 7. ATIVO CONTINGENTE Segundo o CPC, item 31, a entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Devem, sim, ser evidenciado em notas explicativas. Então, se, por exemplo, você entrou na justiça para reaver um tributo pago a maior, e esse processo está para ser analisado, mas é somente possível que o desfecho seja favorável, então, nesta hipótese estamos frente a um ativo contingente, que, como tal, não é contabilizado. Veja, é possível que você ganhe e tenha o direito a receber, mas não é praticamente certo, tampouco provável. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto. Portanto, ativos contingentes surgem da possibilidade da entrada de benefícios econômicos não esperados ou não planejados. Grave-se: ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis até que a realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual deixaremos de caracterizá-lo como contingente. É bem parecido com o caso do passivo! Esquematizemos: ATIVO CONTINGENTE Praticamente certo Contabiliza e divulga Provável Não contabiliza e divulga Remoto Não contabiliza, nem divulga Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 22 73 Quanto à ótica da entrada de benefícios econômicos na entidade, fica assim: 1) Praticamente certa: Nesse caso, não é um ativo contingente. A Empresa contabiliza o ativo. 2) Provável, mas não praticamente certa: não contabiliza, mas divulga. 3) A entrada não é provável (é possível ou remota): Não contabiliza e nem divulga. A seguir, um quesito: (Exame de Suficiência/2013/2º) A respeito do Ativo Contingente, conforme a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção incorreta. A) A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. B) O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for provávela entrada de benefícios econômicos. C) Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado. D) Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Comentários: Todas estão corretas, exceto a letra D: “Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. ” Errado. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados (...) Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 23 73 8. REAVALIAÇÃO A CADA EXERCÍCIO Segundo o CPC 25: 59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. Portanto, ao término do exercício social, você deve fazer uma reavaliação das provisões e dos passivos contingentes. Vamos exemplificar: X1: Provisão constituída – R$ 10.000.000,00. Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é somente possível, no valor de R$ 4.000.000,00. Portanto, a provisão se tornou um passivo contingente. Veja, você não deve reverter somente a diferença, mas sim todo o valor. Atenção! Você não tem mais uma provisão, portanto, nesta hipótese, nada é contabilizado. Reverte tudo. X1: Passivo contingente – R$ 5.000.000,00. Não há nada contabilizado, portanto. Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é provável, no valor de R$ 6.000.000,00. Uma provisão será constituída neste valor. 8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão Caso seja a hipótese de reverter uma provisão, devemos fazer o lançamento seguinte: 1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 Reversão - Prov. Prov. Tributária Agora uma questão de cálculo, a FCC adora: (Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) O Balanço Patrimonial de uma empresa, em 31/12/2014, apresentou o saldo de R$ 1.200.000,00 na conta representativa das provisões que era composta dos seguintes valores: Tipo de processo Provisão reconhecida em 31/12/2014 Trabalhista R$ 500.000,00 Tributário R$ 700.000,00 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 24 73 Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2015, as informações obtidas pela empresa sobre os processos existentes em 31/12/2014 e sobre outros que surgiram durante o ano de 2015 são apresentadas na tabela a seguir: Tipo de processo Classificação pela empresa em 31/12/2015 Valor estimado em 31/12/2015 Trabalhista Provável R$ 400.000,00 Tributário Possível R$ 200.000,00 Cível Possível R$ 100.000,00 Ambiental Provável R$ 150.000,00 O efeito líquido causado na Demonstração do Resultado de 2015 da empresa relacionado com as provisões foi, em reais: (A) aumento de 350.000,00. (B) aumento de 450.000,00. (C) redução de 850.000,00. (D) aumento de 650.000,00. (E) redução de 550.000,00. Comentários: Segundo o CPC 25: 59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. Portanto, Trabalhista: Reverte R$ 100.000,00 (receita). Tributário: Reverte R$ 700.000,00 (receita). Por que reverte tudo? Passou de provisão para passivo contingente. Cível: Não faz nada, já que é passivo contingente. Ambiental: Provisão de R$ 150.000,00 (despesa) Portanto: - 150.000 + 700.000 + 100.000 = 650.000,00 (receita) Outra forma de resolver: A empresa tem as seguintes provisões em 31/12/2014: Tipo de processo Valor (R$) Trabalhista 500.000,00 Tributário 700.000,00 Total 1.200.000,00 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 25 73 Em 2015, deve contabilizar as seguintes provisões (que apresentam possibilidade de desembolso “provável”): Tipo de processo Valor (R$) Trabalhista 400.000,00 Ambiental 150.000,00 Total 550.000,00 Assim, o valor da provisão deve diminuir de $1.200.000 para $550.000, o que representa um ganho (um aumento do resultado) no valor de $ 650.000 ($1.200.000 - $550.000). O gabarito é letra d. 9.FOLHA DE PAGAMENTOS: ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO Dentro do grupo Passivo é muito importante que a gente conheça aspectos importantes sobre a constituição e contabilização da folha de pagamento. Tema bastante importante para provas! Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador. Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa para a empresa o valor de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês. D – Despesa com salários 5.000,00 C – Salários a pagar 5.000,00 Razonetes: 5.000,00 5.000,00 Despesa com sal. Salários a pagar Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no ato, lançaremos: D – Despesa com salários 5.000,00 C – Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00 Razonetes: 5.000,00 5.000,00 Despesa com sal. Bancos Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 26 73 Neste caso, devemos nos perguntar se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo do empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável. Esquematizemos: Vejamos como foi cobrado: (Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores: Salários e ordenados R$ 63.000,00 Horas-extras R$ 3.500,00 Salário-família R$ 80,00 Salário-maternidade R$ 1.500,00 INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 FGTS R$ 5.320,00 Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de a) R$ 66.500,00. b) R$ 87.230,00. c) R$ 79.270,00. d) R$ 77.630,00. e) R$ 80.850,00. Comentários: Salários e ordenados R$ 63.000,00 + Horas-extras R$ 3.500,00 + INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 + FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00. O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo: Encargos do empregador • Lança como despesa, fora do valor dos salários Encargos do empregado • Retém o valor, reduzindo o valor a pagar parao empregado Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 27 73 D – INSS a recolher (passivo circulante) C – Salários a pagar (passivo circulante) No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família. O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio empregado, e, portanto, não deve ser contabilizado como despesa da empresa. O gabarito, portanto, é a letra e. 9.1 - Valor Da Folha De Pagamentos O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão. Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais. 9.2 - Encargos Sociais Os principais encargos são o INSS e o FGTS. INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS: - INSS retido do funcionário As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário recebido, e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionário. Este valor não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa. Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com retenção do INSS de 9%: D – Despesa de salário 1.000 C – INSS retido a recolher (Passivo) 90 C – Salários a pagar (Passivo) 910 Razonetes: 1.000,00 90,00 910,00 Salários a pagarDespesa de salário INSS retido a recolher Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 28 73 Vejam que não foi considerado este valor como despesa, já que o valor é ônus do empregado. Temos de descontar do valor a pagar e recolher para o Governo. Pelo pagamento do salário: D – Salário a pagar 910 C – Caixa 910 Razonetes: 1.000,00 90,00 910,00 910,00 910,00 Salários a pagarCaixa Despesa de salário INSS retido a recolher Pelo recolhimento do INSS: D – INSS retido a recolher 90 C – Caixa 90 Razonetes: 1.000,00 90,00 90,00 910,00 910,00 910,00 90,00 Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagarCaixa Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e também não afeta o valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais). - INSS patronal Constitui um encargo (despesa) da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao INSS. - FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado numa conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou em certos casos: compra de imóvel, doença etc. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 29 73 Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai etc. Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do grau de risco da atividade. Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser considerado. Assim, gravemos: 9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano. Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o Regime da Competência. A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais. E isso não é relativo a 1/3 de férias. Se ele for demitido, no “acerto de contas” ele receberá 9/12 do salário, pois, se ele estivesse de férias, receberia o salário normal, mesmo que não trabalhasse. A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada individualmente para cada funcionário. A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma: 1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias na seguinte proporção: Até 5 faltas 30 dias corridos De 6 a 14 faltas 24 dias corridos De 15 a 23 faltas 18 dias corridos De 24 a 32 faltas 12 dias corridos Acima de 32 faltas perde o direito às férias. Encargo da empresa INSS patronal FGTS Encargo do trabalhador INSS dos funcionários Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 30 73 2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais, com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias. Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço). Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3 do salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais. Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12 avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim Observação: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos. Salário 1.000,00 Base para provisão (10/12 avos) 833,00 Abono de férias (1/3) 277,67 Subtotal 1.110,67 INSS (20%) 222,13 FGTS (8%) 88,85 Total Provisão férias 1.421,65 Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como despesa: Funcionários da produção: D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65 C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 Outros funcionários (escritório): D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65 C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da provisão de férias (férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode contabilizar um valor total e manter um controle à parte, extra-contábil. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 31 73 9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais encargos. A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral. A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como despesa, para os outros funcionários. Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados. 9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes: Data Valor mensal 01.01.2020 R$ 1.039,00 01.01.2019 R$ 998,00 01.01.2018 R$ 954,00 É crueldade, mas algumas bancas costumam pedir questões e não dão o valor do salário mínimo. Portanto, o candidato deve saber pelo menos de uns dois ou três anos recentes. Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o funcionário gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário. Esquematizemos: Va let ra ns p o rt e Empregado Tem descontado 6% do valor do SALÁRIO Empresa Lança como despesa a diferença Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 32 73 Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 260,00 por mês e tem salário de $2.000,00 a empresa desconta 6% do salário (120 reais) e considera o excesso (260 – 120 = 140) como despesa com vale transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento). Salário do funcionário R$ 2.000,00 Total da despesa com transporte R$ 260,00 Pode descontar do funcionário 6% x 2.000 = R$ 120,00 Despesa da empresa R$ 260,00 – R$ 120,00 = R$ 140,00 (CAGE/RS/Auditor do Estado/2014) Numa determinada empresa, o vale transporte é concedido a alguns colaboradores que o solicitaram por ocasião da assinatura do contrato de trabalho. Um determinado funcionário recebe a importância mensal de R$ 1.600,00 e utiliza 4 vales transportes por dia de trabalho para deslocar-se de sua residência até o seu local de trabalho. Cada vale transporte custa R$ 2,85. Para o mês de janeiro de 2013, este funcionário recebeu a quantia relativa a 22 dias de trabalho. O valor que o Setor de Pessoal procederá o desconto em folha de pagamento relativo ao vale transporte deste funcionário será: A) R$ 96,00 B) R$ 125,40 C) R$ 250,80 D) R$ 342,00 E) R$ 346,80 Comentários O valor total do vale transporte no mês de janeiro para esse funcionário é de R$ 2,85 x 4 x 22 dias = R$ 250,80. O valor que a empresa pode descontar do salário do funcionário é $1.600,00 x 6% = R$ 96,00 (Gabarito da questão). A diferença de $258,80 - $96,00 = $154,80 é despesa da empresa. O gabarito, portanto, é a letra a. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 33 73 10. QUESTÕES COMENTADAS 10.1 - AOCP 1. (AOCP/ISS CARIACICA – ES/ Fiscal de Tributos Municipais/2020) Referente às provisões e aos passivos contingentes, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). I. Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizada a provisão e divulgada em nota explicativa. II. Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizada, mas deve ser divulgada em nota explicativa. III. Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não é contabilizada, nem divulgada em nota explicativa. (A) Apenas I e II. (B) Apenas I e III. (C) Apenas II. (D) I, II e III. Comentários: Item bastante cobrado sobre o CPC 25, em quais situações serão constituídas as provisões. Todos estão corretos. O gabarito é letra d. 2. (Instituto AOCP/PC ES/Per. Of. Crim./Área 1/2019) Analise os seguintes registros contábeis relativos aos gastos com a folha de pagamento dos funcionários de uma determinada empresa: Salários R$ 50.000,00 Horas extras trabalhadas R$ 5.500,00 Imposto de renda retido na fonte R$ 5.600,00 Contribuição para o INSS, empregado 11% Contribuição para o INSS, empregador 20% Depósito do FGTS 8% Insalubridade R$ 2.500,00 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 34 73 Com base nessas informações, é correto afirmar que a despesa total do empregador, com a folha de pagamento, será de a) R$ 71.040,00. b) R$ 64.000,00. c) R$ 81.408,00. d) R$ 74.240,00. e) R$ 69.600,00. Comentários: Nas questões de folha de pagamento, temos que ficar atentos com o que é despesa da empresa, por competência, e o que ela tem a função de fazer a retenção do encargo do empregado e recolher aos cofres públicos. Salários R$ 50.000,00 (despesa da empresa) Horas extras trabalhadas R$ 5.500,00 (despesa da empresa) Imposto de renda retido na fonte R$ 5.600,00 (encargo do empregado) Contribuição para o INSS, empregado 11% (encargo do empregado) Contribuição para o INSS, empregador 20% (despesa da empresa) Depósito do FGTS 8% (despesa da empresa) Insalubridade R$ 2.500,00 (despesa da empresa) O INSS e o FGTS serão calculados sobre o total de proventos do trabalhador = 50.000 + 5.500 + 2.500 = R$ 58.000: Salários R$ 50.000,00 Horas extras trabalhadas R$ 5.500,00 Insalubridade R$ 2.500,00 Total de proventos (Salários + Horas Extras + Insalubridade) R$ 58.000,00 INSS empregador (20% de 58.000) R$ 11.600,00 FGTS (8%) R$ 4.640,00 Total de Despesas da empresa R$ 74.240,00 O gabarito é letra d. 3. (Instituto AOCP/IBGE/Recursos Humanos/2019) Consoante às Rotinas e aos Cálculos da Folha de Pagamento de uma determinada sociedade empresarial, o Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) computou os seguintes elementos e valores: Salário-base R$ 160.000,00 Horas-extras R$ 8.500,00 Adicional de insalubridade R$ 36.000,00 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 35 73 Salário-família R$ 8.000,00 Imposto de Renda Retido na Fonte Pessoa Física R$ 12.500,00 Salário-maternidade R$ 3.200,00 INSS - Contribuição - Empregado R$ 16.600,00 INSS Contribuição - Patronal R$ 32.000,00 FGTS R$ 10.000,00 Considerando as informações apresentadas, o DGP deverá apurar a despesa total com a folha de pagamento sobre a responsabilidade do empregador no valor de a) R$ 262.200,00. b) R$ 259.000,00. c) R$ 246.500,00. d) R$ 213.000,00. e) R$ 210.500,00. Comentários: Salários R$ 160.000,00 Horas extras R$ 8.500,00 Insalubridade R$ 36.000,00 Total de proventos (Salários + Horas Extras + Insalubridade) R$ 204.500,00 INSS patronal R$ 32.000,00 FGTS R$ 10.000,00 Total de Despesas da empresa R$ 246.500,00 O gabarito é letra c. 4. (Instituto AOCP/ADAF/2018) Nos termos do CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, referente ao passivo contingente, é correto afirmar que a) é um passivo de prazo ou de valor incerto. b) é uma obrigação presente que provavelmente requer uma saída de recursos como resultado de evento passado. c) é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos e requer uma saída de recursos. d) é uma obrigação possível, resultado de eventos passados. e) é uma obrigação provável, que é resultado de eventos passados e requer uma saída de recursos. Comentários: Conforme esse pronunciamento: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 36 73 Passivo contingente é: (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou (b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: (i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou (ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade . O gabarito é letra d. 5. (AOCP/EBSERH/Contabilidade/(HU-UFJF)/2015) Qual das alternativas a seguir faz parte do Passivo Circulante do Balanço Patrimonial? a) Móveis e utensílios. b) Duplicatas a receber. c) Capital social. d) Adiantamento de clientes. e) Reservas de lucros. Comentários: Vamos analisar as alternativas: a) Móveis e utensílios Ativo Imobilizado. b) Duplicatas a receber Ativo Circulante; c) Capital social Patrimônio Líquido. d) Adiantamento de clientesPassivo Circulante: Quando o clienteadianta o valor a empresa, ele tem o direito a receber, por exemplo, a mercadoria ou os serviços contratados. Para a empresa, de outro lado, surge uma obrigação, portanto, um passivo. e) Reservas de lucros Patrimônio Líquido. O gabarito é letra d. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 37 73 6. (AOCP/UFGD/Contador/2014) A Fábrica XL produz três modelos de geladeiras e dá garantia no momento da venda aos clientes. De acordo com os termos de garantia, a empresa se responsabiliza pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro de 12 meses a partir da data da venda. Sabe-se que, se forem detectados defeitos menores em todos os itens vendidos a empresa terá um custo de reparação de 100 mil reais e, se forem detectados defeitos maiores esse custo se elevaria para 400 mil reais. No entanto, a empresa já está há 10 anos no mercado e sua experiência tem demonstrado que 75% dos bens vendidos não apresentavam defeito algum e que os reparos menores representavam 20% e os reparos maiores apenas 5%. Com base nessa experiência, a empresa constituiu uma provisão para garantia. Assinale a alternativa correta. a) O valor da provisão para garantia é de R$ 40.000,00. b) O valor da provisão para garantia é de R$ 100.000,00 c) O valor da provisão para garantia é de R$ 400.000,00. d) O valor da provisão para garantia é de R$ 500.000,00 e) O valor da provisão para garantia é de R$ 20.000,00. e) O valor da provisão para garantia é de R$ 20.000,00. Comentários: Essa questão foi elaborada em um Exemplo previsto no CPC 25, vamos analisá-lo: A entidade vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro dos primeiros seis meses após a compra. Se forem detectados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 1 milhão. Se forem detectados defeitos maiores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 4 milhões. A experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 75 por cento dos bens vendidos não terão defeito, 20 por cento dos bens vendidos terão defeitos menores e 5 por cento dos bens vendidos terão defeitos maiores. De acordo com o item 24, a entidade avalia a probabilidade de uma saída para as obrigações de garantias como um todo. O valor esperado do custo das reparações é: (75% x 0) + (20% x $ 1 milhão) + (5% de $ 4 milhões) = $ 400.000. A nossa questão apresenta as seguintes variáveis: 75% dos bens vendidos não apresentavam defeito algum = valor esperado do custo das reparações: 0 Reparos menores representavam 20% = valor esperado do custo das reparações: 100.000 x 0,20 = 20.000 Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 38 73 Reparos maiores apenas 5% = 400.000 x 0,05 = 20.000 Portanto, o valor da provisão para garantia será de 20.000 + 20.000 = 40.000. O gabarito é letra a. 10.2 - Outras Bancas 7. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) Uma entidade apresentou as seguintes informações financeiras: Salários a pagar em 31/12/2017: R$ 670.000,00 Salários a pagar em 31/12/2018: R$ 840.000,00 Despesa com salários em 2018: R$ 760.000,00 Neste sentido, o pagamento de salários no exercício de 2018 totalizou, em R$: a) 840.000,00 b) 590.000,00 c) 670.000,00 d) 750.000,00 e) 760.000,00 Comentários: Para facilitar a visualização, montemos o Razonete: 670.000,00R$ SI em 31/12/17 840.000,00R$ SF em 31/12/18 Salários a pagar Aqui é importante lembrar que a apropriação da despesa com salários é a seguinte: D - Despesa com salários R$ 760.000,00 C - Salários a pagar R$ 760.000,00 Consequentemente, devemos inserir no razonete: 670.000,00R$ SI em 31/12/17 2018 760.000,00R$ 760.000,00R$ Apropriação despesa 840.000,00R$ SF em 31/12/18 Salários a pagar Despesa com salários Observem que o saldo inicial da conta salários a pagar somado com a contrapartida das despesas com salários ultrapassa o saldo final: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 39 73 Saldo Inicial Salários a pagar + Despesa com salários > Saldo Final Salários a pagar R$ 670.000 + R$ 760.000 > R$ 840.000 Essa diferença corresponderá ao pagamento de salários: R$ 670.000 + R$ 760.000 – Pagamentos = R$ 840.000 R$ 1.430.000 – Pagamentos = R$ 840.000 Pagamentos = R$ 1.430.000 – R$ 840.000 = R$ 590.000 Assim, o gabarito é letra b. Para fins didáticos, vejamos a contabilização: D- Salários a pagar R$ 590.000 C- Caixa ou Bancos R$ 590.000 Razonetes: 670.000,00R$ SI em 31/12/17 2018 760.000,00R$ Pagamentos 590.000,00R$ 760.000,00R$ Apropriação despesa 840.000,00R$ SF em 31/12/18 Salários a pagar Despesa com salários 8. (VUNESP/VALIPREV/Contador/2020) O departamento jurídico de uma empresa de capital aberto apresentou as seguintes informações para o Departamento de Contabilidade: Processos judiciais Probabilidade de Desembolso (em R$) Remota Possível Provável Trabalhistas 0,00 0,00 123.000,00 Cíveis 0,00 150.000,00 0,00 Tributários 120.000,00 0,00 0,00 O valor da Despesa com Provisão na Demonstração de Resultado do Exercício será, em R$: a) 123.000,00 b) 150.000,00 c) 273.000,00 d) 120.000,00 e) 393.000,00 Comentários: Vamos analisar cada um dos processos: Trabalhistas: Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40 73 Classificada como Provável, saldo de R$ 123.000 = provisão de R$ 123.000 no período (despesa). Cíveis: Classificada como Possível, não deve ser contabilizado, mas deve ser divulgado em nota explicativa. Tributários: Classificada como Remota, não é contabilizado, nem divulgado em Notas Explicativas. Portanto, o valor da Despesa com Provisão na Demonstração de Resultado do Exercício será, em R$, 123.000. O gabarito é letra a. 9. (IBFC/EBSERH/Analista Contábil/2020) A Empresa Tudo junto e misturado apresenta as seguintes informações no seu Balanço Patrimonial em 31/12/X1: Processo Valor Estimado Probabilidade de Perda do Processo Ações Trabalhistas R$ 3.450.000,00 Provável Ação Fiscal ICMS R$ 1.900.000,00 Possível Processo Ambiental R$ 2.420.000,00 Possível Ação Fiscal IPTU R$ 938.000,00 Provável Sabe-se que esses valores foram passados pelo departamento jurídico da Empresa Tudo junto e Misturado, relativo a todos os processos movidos contra a empresa. Com base nas informações apresentadas e na Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral NBC TG 25 (R2), assinale a alternativa que apresenta o valor a ser evidenciado como provisão no passivo no Balanço Patrimonial da empresa Tudo junto e Misturado em 31/12/X1. a) R$ 4.320.000,00 b) R$ 4.388.000,00 c) R$ 8.708.000,00 d) R$ 3.450.000,00 e) R$ 2.420.000,00 Comentários: Apenas as perdas consideradas PROVÁVEIS serão provisionadas pela empresa: Processo Valor Estimado Probabilidade de Perda do Processo Ações Trabalhistas R$ 3.450.000,00 Provável Ação Fiscal IPTU R$ 938.000,00 Provável Total R$ 4.388.000,00 O gabarito é letra b. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 41 73 10. (FCC/ALAPA/Assistente Legislativo Atividade Orçamentária e Financeira/Especialidade - Assistente de Contabilidade/2020) Considere os conceitos abaixo: I. Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passadose cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade. II. Passivos contingentes nunca podem ser reconhecidos em Balanço Patrimonial, visto que sua existência depende da ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade, não é possível mensurar o desembolso futuro com confiabilidade e/ou o prazo de execução da obrigação é incerto. III. Provisões, por serem caracterizadas como passivos contingentes, não são reconhecidas em Balanço Patrimonial. IV. As provisões remotas são reconhecidas no passivo em contrapartida ao reconhecimento de despesa na Demonstração de Resultado do Exercício. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e III. (B) I e II. (C) I, III e IV. (D) II e IV. (E) II, III e IV. Comentários: I. Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade. Correto, temos um “Ctrl C + Ctrl V” da definição prevista no pronunciamento contábil n° 25. II. Passivos contingentes nunca podem ser reconhecidos em Balanço Patrimonial, visto que sua existência depende da ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade, não é possível mensurar o desembolso futuro com confiabilidade e/ou o prazo de execução da obrigação é incerto. Para facilitar o entendimento, vamos dividi-lo em duas partes: “Passivos contingentes nunca podem ser reconhecidos em Balanço [...]” 27. A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Com base no pronunciamento, a primeira parte está correta. “[...] visto que sua existência depende da ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos que não estão totalmente sob controle da entidade, não é possível mensurar o desembolso futuro com confiabilidade e/ou o prazo de execução da obrigação é incerto.” Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 42 73 Ainda, conforme as definições desse pronunciamento: Passivo contingente é: (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros INCERTOS não totalmente sob controle da entidade ; ou (b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque: (i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou (ii) o valor da obrigação NÃO PODE SER MENSURADO com suficiente CONFIABILIDADE. A segunda parte também está correta. Consequentemente, item II está correto. III. Provisões, por serem caracterizadas como passivos contingentes, não são reconhecidas em Balanço Patrimonial. Errado, provisões não são passivos contingentes e são reconhecidas em Balanço Patrimonial. IV. As provisões remotas são reconhecidas no passivo em contrapartida ao reconhecimento de despesa na Demonstração de Resultado do Exercício. Errado, os passivos contingentes que podem ser remotos ou possíveis e não são reconhecidos. Eles são apenas são divulgados em Notas Explicativas, exceto quando remotos. Lembramos que as PROVisões ocorrem quando a possibilidade de saída de recursos é PROVável. Elas são reconhecidas no passivo em contrapartida ao reconhecimento de despesa na Demonstração de Resultado do Exercício. O gabarito é letra b. 11. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 — Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes —, o procedimento contábil a ser adotado em relação ao reconhecimento contábil de ativos contingentes é A reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando for provável a entrada de benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. B reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando a entrada de benefícios econômicos futuros se tornar praticamente certa, ocasião em que o referido ativo deixa de ser considerado contingente. Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 43 73 C não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial, mas divulgá-lo em notas explicativas quando for possível que esse ativo venha a gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. D reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial sempre que houver alguma possibilidade de esse ativo gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. E não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial e somente divulgá-lo em notas explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar praticamente certa. Comentários: A reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando for provável a entrada de benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. D reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial sempre que houver alguma possibilidade de esse ativo gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle Errados, os ativos contingentes não são contabilizados e também não são totalmente sob controle da entidade. Conforme o CPC 25: Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. B reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando a entrada de benefícios econômicos futuros se tornar praticamente certa, ocasião em que o referido ativo deixa de ser considerado contingente. Correto, mais uma vez pedimos que gravem: ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis até que a realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual deixaremos de caracterizá-lo como contingente . Ou seja, quando for praticamente certo, ele será um ativo e não um ativo contingente, por isso esse benefício deverá ser reconhecido no Balanço patrimonial. C não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial, mas divulgá-lo em notas explicativas quando for possível que esse ativo venha a gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. Errado, a entidade não contabilizará o ativo contingente e deverá divulgá-lo em notas explicativas quando for Provável , mas não praticamente certa. A pegadinha do item é associar Possível + Notas Explicativas com ativo contingente, assim os candidatos lembrariam do Passivo contingente e errariam. Tome nota! Passivo contingente Possível Não contabiliza e Divulga em NE Luciano Rosa, Júlio Cardozo Aula 09 Contabilidade I p/ PC-PA (Investigador) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 44 73 Ativo contingente Provável Não contabiliza e Divulga em NE E não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial e somente divulgá-lo em notas explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar praticamente certa. Errado, os ativos contingentes somente serão divulgados em notas explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar PROVÁVEL. O gabarito é letra b. 12. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Caso a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços de um passivo contingente se torne provável, a) uma nota explicativa deverá ser divulgada nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade. b) esses valores deverão ser registrados
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