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Direito Processual Civil Execução e Tutela Provisória Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 1 Regras de reenvio Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva. Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial. COMPETÊNCIA PARA O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (Títulos executivos judiciais) Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira (art. 109, X, CF/88) ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. (art. 42/66 CPC) O inciso X, do artigo 515 do CPC/2015 foi vetado pela Presidência da República, logo o "o acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo" não tem natureza de título executivo judicial. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891808/inciso-x-do-artigo-515-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891828/artigo-515-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 OPÇÕES DO EXEQUENTE PARA O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 4 ALTERNATIVAS Juízo do atual domicílio do executado juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer À requerimento do exequente no juízo de origem Objetivos: 1. Respeito ao princípio da patrimonialidade; 2. Poderá ser questionado pelo executado (art. 525, § 1º, VI); 3. Preenchidos um dos casos do art. 516, o executado deve aceitar a alteração de competência; 4. A regra busca favorecer exclusivamente o exequente; 5. É vedada a atuação oficiosa do juízo para negar a escolha do exequente, bem com o o juízo de destino deverá receber os autos; Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 COMPETÊNCIA PARA A AÇÃO DE EXECUÇÃO AUTÔNOMA (Títulos executivos extrajudiciais) Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado. FOROS CONCORRENTES Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 COMPETÊNCIA 1. Foro de domicílio do executado 2. Foro de eleição constante do título 3. Foro da situação dos bens a ela sujeitos Mais de um domicílio: qualquer deles Incerto ou desconhecido o domicílio do executado: 1. Foro do lugar onde for encontrado; 2.Foro de domicílio do exequente; Mais de um devedor, com diferentes domicílios: 1. Foro de qualquer deles, à escolha do exequente; Foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado. LEGITIMIDADE ATIVA PARA A EXECUÇÃO Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. § 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário: I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; (GANHA FORÇA NO DIREITO PROCESSUAL COLETIVO, EM QUE SE TRATA DE LEGITIMADO EXTRAORDINÁRIO) II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; (TRATA-SE DE LETIMAÇÃO ATIVA, ORDINÁRIA E SUPERVENIENTE PELA MORTE DO EXEQUENTE) Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 8 III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; (TRATA-SE DE LEGITIMAÇÃO SUPERVENIENTE, QUANDO O CEDENTE TRANSFERE O DIREITO CREDITÓRIO AO CESSIONÁRIO, QUE PASSA A SER O CREDOR) IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (TRATA-SE DE LEGITIMAÇÃO SUPERVENIENTE E OCORRE QUANDO OCORRE O ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO POR UM TERCEIRO, PASSANDO ESSE A SER O CREDOR DA OBRIGAÇÃO) § 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 9 LEGITIMIDADE PASSIVA PARA A EXECUÇÃO Art. 779. A execução pode ser promovida contra: I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; (TRATA-SE DE LEGITIMAÇÃO PASSIVA E ORDINÁRIA, OU SEJA, É O DEVEDOR NO PLANO DE DIREITO MATERIAL DESDE A CONSTITUIÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO) II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; (ART. 796. O ESPÓLIO RESPONDE PELAS DÍVIDAS DO FALECIDO, MAS, FEITA A PARTILHA, CADA HERDEIRO RESPONDE POR ELAS DENTRO DAS FORÇAS DA HERANÇA E NA PROPORÇÃO DA PARTE QUE LHE COUBE.) Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 10 IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; (ART. 794. O FIADOR, QUANDO EXECUTADO, TEM O DIREITO DE EXIGIR QUE PRIMEIRO SEJAM EXECUTADOS OS BENS DO DEVEDOR SITUADOS NA MESMA COMARCA, LIVRES E DESEMBARGADOS, INDICANDO-OS PORMENORIZADAMENTE À PENHORA). TRATA-DE DA INVOCAÇÃO DO BENEFÍCIO DE ORDEM EM FAVOR DO FIADOR. V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; (AQUELE QUE OFERTOU BEM PARTICULAR PARA A GARANTIA DO PAGAMENTO DA DÍVIDA DO DEVEDOR, ASSUMINDO A RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DA DÍVIDA) VI - o responsável tributário, assim definido em lei. (TRATA-SE DA POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ÀQUELE QUE NÃO É O CONTRIBUINTE DIRETO DA OBRIGAÇÃO, OU SEJA, DAQUELE QUE NÃO SE BENEFICIOU DIRETAMENTE DA SITUAÇÃO QUE GEROU O FATO GERADOR. O STJ, POR EXEMPLO, ENTENDE QUE PODERÁ HAVER O REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO AO SÓCIO GERENTE DA EMPRESA EXECUTADA, DESDE QUE A FAZENDA COMPROVE QUE O SÓCIO TENHA AGIDO COM EXCESSO DE PODER OU INFRAÇÃO A CONTRATO SOCIAL OU DO ESTATUTO) – REsp. 174.532/PR. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 11 TÍTULOS EXECUTIVOS • Como já analisamos, a tutela jurisdicional executiva pressupõe a existência de um título líquido, certo e exigível. Iniciando na análise , importa-nos saber se o título tem origem judicial (art. 515, CPC), ou extrajudicial (art. 784, CPC), cuja diferença repousa na variação dos atos executivos que deverão ser praticados para que se busque a efetividade. • É de nosso interesse analisar os títulos executivos judicias, que se encontra intimamente ligada ao direito processual civil, diferentemente dos títulos executivos extrajudiciais, matéria afeta ao direito empresarial (Títulos de Crédito). Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 12 • Valendo-se da oportunidade conferida pelo CPC, art. 3º, §§ 2º e 3º, é possívelque as partes encontrem uma solução amigável para o litígio, seja nas oportunidades expressamente determinadas pela lei (art. 334 e 359), ou em outra oportunidade, dentro dos próprios autos. • Caso a composição seja realizada extrajudicialmente, por qualquer meio alternativo para a resolução do conflito de interesses, poderão os interessados optarem pelo documento que consubstancia o acordo, ou, caso queiram, poderão leva-lo ao órgão jurisdicional competente para a homologação (art. 725, VIII) Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 13 Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; • O formal ou a certidão de partilha permite que os herdeiros do falecido transfiram os bens perante os órgãos competentes. O título executivo judicial só se forma entre o inventariante, herdeiro e sucessores. Caso o bem esteja com pessoa distinta, deverá haver o reconhecimento judicial do direito e, consequentemente, possibilitar a persecução em face de quem estiver o bem. • Leia-se “decisão que o fixa”. São eles: o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 14 IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; Art. 91. CP - São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; • A cognição do juiz cível visa tão somente à pesquisa do quantum debeatur, aplicando-se à espécie o § 4º, do art. 509, CPC, ou seja, o juízo da execução não poderá modificar a sentença e discutir novamente a lide. • Art. 31 da Lei 9.30796 (Lei de arbitragem) c.c art. 515, VII, CPC, conferem executividade às sentenças prolatadas no juízo arbitral, pois esse órgão possui força executiva para fazer cumprir forçadamente suas próprias decisões, sendo competente o juízo estatal. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 15 VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VII - a sentença arbitral; • A homologação é realizada pelo STJ que analisará os requisitos legais para a sua execução no território nacional (art. 960-965). • Homologada, é da Justiça Federal (art. 100, X, CF/88) a competência para a ação de execução. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 16 VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; Art. 515. § 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS e EXTRAJUDICIAIS Diferença entre os procedimentos 1. TÍTULOS JUDICIAIS Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 17 FASE DE CONHECIMENTO Sentença de cunho condenatório FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA INTIMAÇÃO PARA PAGAMENTO EM 15 DIAS OU PARA CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO NO PRAZO ESTABELECIDO NA DECISÃO 2. TÍTULOS EXTRAJUDICIAS Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 18 AÇÃO DE EXECUÇÃO AUTÔNOMA CITAÇÃO PARA: OBRIGAÇÃO DE PAGAR: Em 3 dias pagar a quantia devida OBRIGAÇÃO DE ENTREGA: Em 15 dias entregar a coisa devida OBRIGAÇÃO DE FAZER: Satisfazer no prazo concedido pelo juiz OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER: Desfazer no prazo concedido pelo juiz
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